Será que eles são mesmo só burros?
18 de fevereiro de 2022 § 10 Comentários

Você vem ouvindo o rádio, vendo a televisão, lendo os jornais. E todo dia eles fazem tudo sempre igual. Como curar nossas doenças sem remover suas causas? E tome especialistas em “nadas” falando contra ou a favor de “nadas”…
“Ditadura nunca mais”! “Vêm aí as cassações dos escolhidos do povo por fake news”. “Prenda-se e arrebente-se”! “Ódio aos gabinetes de ódio”! “Quem não aderir à censura (Telegram) está expulso do Brasil”!, gritam os censores, os invasores de propriedades, os cassadores de mandatos eleitos, os carcereiros dos prisioneiros de consciência, “em defesa da democracia”.
Pois é. Não é para principiantes…
522 anos de excomunhões, de torturas e de execuções na fogueira por “pensamentos e palavras” ditos ou atribuídos a “pecadores”; 522 anos de indulgências plenárias pelos crimes e pelos atos de corrupção concretamente cometidos. E os mesmos inquisidores contra-reformistas de sempre, com suas capas negras como suas almas, ganhando manchetes da turba midiática que, todo dia, publica listas de “hereges” e clama na rua por mais autos-de-fé.
E aí você se pergunta: será que eles são mesmo só burros ou tem outro tipo de truta escondida nesse buraco?

Gênero, raça, “feminicídios”…
Privilegiaturas até na morte, e o Estado distribuindo dinheiro e privilégios a grupos pesando metade ou mais do eleitorado em vésperas de eleições?
“Corretíssimo”!
Mas dar às “pessoas pretas”, aos homo e heterossexuais, às mulheres e às outras “minorias” todas “desse povinho que deus pôs aqui”, o direito de mandar em político, cassar os mandatos dos que soltam bandidos e aprovar ou desaprovar as leis que lhes dizem respeito como fez todo o mundo que teve conserto?
De jeito nenhum!
E aí você se pergunta: será que eles são mesmo só burros ou tem outro tipo de truta escondida nesse buraco?

Terceira via? “Federações partidárias” no país onde “federação” traduz um mito que estupra a aritmética?
Ideologia não é um compromisso que você estabelece com os eleitores para mobilizar adesões, pressuposto das contribuições que irão sustentar vivos os partidos que tiverem algo a dizer ao povo em condições de competir no palco das eleições das “democracias representativas“?
Mas quem precisa de eleitor pra isso no país dos partidos e das “campanhas eleitorais” estatizadas onde, conforme à latitude, tem voto que vale 1 e tem voto que vale 20?
E aí você se pergunta: será que eles são mesmo só burros, não sabem onde a coisa pega, ou tem outro tipo de truta escondida nesse buraco?
Enterrados na lama de cada verão, de cada barragem bilionária que se esboroa sobre o favelão, seu nome é CORRUPÇÃO! O único remédio para isso é democracia. Accountability, a palavra que não tem tradução em português. Será que eles acreditam mesmo que dá pra consertar o Brasil sem por o Brasil mandando em Brasília? Que não sabem como é que isso funciona no mundo?
E aí você se pergunta: será que eles são mesmo só burros ou tem outro tipo de truta escondida nesse buraco?

A culpa é da vítima!
O assassino é a policia!
O que é que mata tanto, o número de armas em circulação ou a certeza de que você volta pra rua, mate quantos matar, nem que você seja o chefe do PCC, desde que tenha dinheiro para desfilar com um “garantista” abanando o rabo na sua coleira?
E aí você se pergunta: será que eles são mesmo só burros ou tem outro tipo de truta escondida nesse buraco?
O Brasil tem mais faculdades de Direito que o resto do mundo inteiro somado. É o resto do mundo que ainda não acordou para a justiça da “justiça” getulista, ou esses “direitos trabalhistas” que acabaram com o Brasil só continuam aí para sustentar a maior fábrica de “advogados” analfabetos do planeta?
E aí você se pergunta: será que eles são mesmo só burros ou tem outro tipo de truta escondida nesse buraco?

Keynes ou Hayeck?
Ough! What a tricky dilemma, indeed!
Cobrar mais imposto dos ricos (deixando pros ricos cobrá-los dos pobres pra manter azedo o azedume)?
Ok!
Mas dar aos pobres, aos pretos e às putas o direito de estabelecer quanto é justo o funcionário público ganhar daquilo que eles conseguirem suando?
Isso jamais!
E aí você se pergunta: será que eles são mesmo só burros ou tem outro tipo de truta escondida nesse buraco?
O crime só vai ficar menor que a lei, minhas senhoras e meus senhores, meus Ls, meus Gs, meus Ts, meus Bs e meus +, quando houver certeza de punição. Mas enquanto a escolha for entre o Xi Jinping que o Lula “wanabe” e o Vladimir Putin com quem “é solidário” o Bolsonaro, você continuará sendo o merda que você é.
Isso só muda quando o rabo dos políticos e dos juízes que eles nomeiam estiverem nas suas mãos.

merda e paranoico é vc, que votou em bolsonaro, o miliciano, quando poderia ter votado nulo, caso fosse um democrata.
MAM
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MAM me lembrou um ditado árabe antigo: os cães ladram e a caravana passa. Relaxa amigo, o fim da Pós-Modernidade e da prevalência da lógica dialética – que se exaure na crítica – é tão certo como a morte
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Fernão corajoso…
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Fernão
Como sair dessa arapuca mais do que manjada?
Você próprio preconiza acertadamente a via do voto distrital com recall para garantir representatividade e responsabilidade.
Fim do foro privilegiado, prisão em segunda instância, imprescritibilidade dos crimes de corrupção são outros caminhos, entretanto nosso povo é o brasileiro, como mobilizar as pessoas além das infindáveis ladainhas salvacionistas?
Não há solução fácil. Proporia que não desperdiçássemos esse forum e discutíssemos no seu blog meios realistas para chegar lá.
Daria um pontapé inicial com o recurso à lei de iniciativa popular a ser “adotada” por um congressista.
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Fernão. O projeto do estado brasileiro possui a forma de um trator de esteira e nós criticamos o seu funcionamento tomando como pressuposto que esse veículo deveria voar. Admitindo como fato e justo que o povo queira voar e também, que o veículo ofertado pelos políticos não pode e nem se destina a voar, resta evidente que o problema tratável é o dos políticos, inábeis para o desempenho das funções que lhes cabe e que apenas sabem construir tratores. Aprofundando a análise vamos descobrir que temos ai um problema de formação ou de má formação. Os nossos políticos não se candidatam a prestar serviços à população por ocasião das eleições, eles se consorciam para disputar licitação cujo premio é o direito de explorar o condomínio por certo período. Foi isso que lhes foi ensinado nas escolas. O estado brasileiro não é uma instituição pública, é um negócio escuso legalizado. Quando, por acidente, entra um governante focado no interesse coletivo, a reação é a que estamos presenciando.
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Bela pensata, me pergunto quantos são os que enxergam a vida como ela é (tipo assim)? Olho a torto e à direita e vejo ao meu redor grande contingente de polaristas. A classe média está atônita e, em grande parte, cheia de certezas. Tempos sombrios. Minha conclusão é que os pais da polaridade metastática que nos devora e ao juízo de quem deveria liderar e orientar a sociedade é o contigente de “escolhidos” (humanistas Kaviar, ambientalistas Kaviar, socialistas Kaviar, intelligenstsia Kaviar, etc) que sequestra a causa da periferia e, paternalisticamente, a incorpora, discutindo sem lugar de fala daquilo que não conhece e, de fato, nunca “tocou” (apenas leu nos clássicos da hipocrisia), tomando sua IPA preferida, nos barzinhos do Leblon e da Vila Madalena, nos restaurantes vegano-chics dos Jardins e Ipanema e outros pontos descolados, tipo Lagoa de Paranoá no DF. O povo é alérgico a esses pretensiosos hinri-cristos da vida e não os reconhece como seus porta-vozes. Mas esses doentes da classe média alta, em sua maioria, amargurados com o sucesso dos país e com a impotência diante de sí, usam de sua influência na comunicação e nos circulos capitalistas semi-intelectuais para distorcer, confundir, criar suas verdades e outras trapalhadas graves. Esse pessoal hpócrita, bem de vida e incapaz de assumir responsabilidades e que vota no Lula de maneira religiosa como zumbis da contradição, achando que vão se Salvar da danação e do ninho rentista e seus counterparts da mesma vizinhança, os playboys e negacionistas que vc, de repente, como num filme trash de terror, encontra na própria família te pedindo para não se vacinar e dar uma chance para o Bolsonaro, porque, afinal, ele que está sendo perseguido pelo status quo por querer acabar com a corrupção na política e o coisa ruim na sociedade libertária. Ou seja, o problema não está na elite empresarial e empreendedora e muito menos na base da pirâmide, mas nesse nicho deformado da classe média e alta que não sabe de nada, tem baixíssima auto-estima enrustida, que enxerga a própria soberba preguiçosa como “trabalho cidadão” e, de outro lado, os psicopatas propriamente ditos e os burros profundos. Alea jacta est.
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Bravo, Fernão!!!
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Boa, Fernão, uma voz isolada que nos traz reflexões necessárias ao debate sobre este nosso país feito para não mudar. Pouca gente parece ver que as “fake news” são simplesmente fofocas e mentiras que sempre vieram de todos os lados. Só que, quando ganham o nome chique, passam a denominar as mentiras que vêm apenas de um lado. E estas é imperativo extirpar em nome da democracia. Hum, burros talvez não sejam. Mas contam com nossa burrice.
Kei Marcos
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Exatamente!
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Seria bom manter esse assunto na mídia neste ano eleitoral!
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