Conversa sobre monopólios
10 de abril de 2015 § 3 Comentários
honorio sergio
10 de abril de 2015 às 12:33
O problema da Friboi é que querem acabar com os açougues tradicionais, aqueles de vizinhança em que o açougueiro corta e pesa na frente do freguês. Agora a carne vem processada e embalada, e é muito cara, pelo menos aqui na minha cidade. Talvez seja para pagar os altos salários dos estrelões que aparecem nos comerciais para melhorar a imagem da empresa. Ora bolas JBS, venda mais em conta, não é o Tony Ramos ou RC que vai fazer com que eu compre sua carne. Aliás a cara de nojo do Roberto Carlos ao ver o bife no prato é impagável!
Resposta
flm
10 de abril de 2015 às 13:17
Antigamente, Honório, o que diferenciava os governos democráticos dos outros era que eles desmontavam monopólios enquanto os de esquerda montavam monopólios. O exato contrário do que repete a propaganda até hoje. O período que vai da primeira lei antitruste nos EUA (Sherman Act de 1890) até o final dos anos 70 do século 20 foi o ápice da democracia no mundo.
Com os monopólios chineses entrando de sola no mercado globalizado e forçando a febre mundial das fusões e aquisições (“Cresça ou desapareça!”), tudo isso se perdeu e até os americanos foram arrastados pra essa arena. Hoje mesmo o Valor traz matéria do Wall Street Journal com alguma consultoria prevendo que este ano haverá novo recorde de fusões e aquisições que devem envolver US$ 3,7 trilhões!! É o maior número desde o fatídico ano de 2007 que antecedeu o último estouro planetário.
É daí que vem a inspiração para o esquema Lula/Luciano Coutinho/BNDES, acrescentado da proverbial roubalheira que corre no paralelo dessa montagem: um monopólio em cada setor e o povo que se f…
Essa praga, além da concentração da riqueza que pode matar o capitalismo democrático, está quebrando o nexo que havia entre enriquecimento e produção. Agora quem mais enriquece são os intermediários dessas fusões e aquisições, aquelas figurinhas carimbadas do mercado financeiro que não produzem nem constroem nada, gastam do mesmo jeito que ganham e disseminam uma espécie de anti-ética do trabalho.
Não vai acabar nada bem!
É verdade,esses monopólios excluem mesmo pequenos negócios ,criatividade e liberdade.Não parece bom.Pode até parecer prático para o consumidor ir ao Pão de Açucar na esquina ou ao Walmart e outros,mas muitos pequenos perderão oportunidades e terão de trabalhar eventualmente até como terceirizados para o Pão de Açucar ou para o Walmart e outros.Então como fica?Terceirização é bom ou não é?Favorece a quem afinal?Eu acho que favorece à todos…
Agora,o monopólio não parece mesmo bom,mas não tenho certeza.Penso que desde que não usem bancos públicos-que têm a função de atender à todos e não só aos enormes- para financiar essas fusões milionárias,tudo bem,não?
Eu acho que nem deveria haver bancos públicos,ou então ,se estes tiverem função social,a mesma precisa ser respeitada,o que não acontece com BNDES,CAIXA etc…
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Vejo no interior,por exemplo,os produtores de leite vendem todo o leite para os monopólios a um preço bem baixo,mas se não venderem para os monopólios,não têm para quem vender….
Se os que controlam o poder fossem decentes,eles desenvolveriam o país como um todo,de modo que todos os cidadãos pudessem se desenvolver com liberdade e criatividade sem depender dos monopólios.
O problema não é tanto dos monopólios,mas dos governos sem vergonha que roubam tudo que é destinado ao povo.
Nas prefeituras do interior,por exemplo,os prefeitos têm tudo e o povo não tem nada ou tem os restos.
Em países da Europa,o habitantes de pequenas vilas têm seus próprios negócios,produzem queijos,vinhos,roupas etc ,têm políticas de agricultura decentes etc.O prefeito desses lugares não deve roubar tanto.Talvez não roube nada.E assim todos se desenvolvem.
Nos Estados Unidos também,há espaço para todos se desenvolverem ,apesar dos monopólios.O problema está na roubalheira e nos desvios do que é publico em direção dos “oligarcas”que parecem querer reinar em todo canto.Esse que ,a meu ver,é o problema.
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E tudo começou com as Campeãs Nacionais, enganação tipica de uma megalomania Lulista a dar aparência disfarçada aos objetivos espúrios a servir à corrupção.
Com essas empresas mais algumas empreiteiras na mão do governo como a Odebrecht. Aquelas dependentes diretamente ao BNDES, e estas indiretamente nas obras públicas no exterior. Cuba é o último exemplo chegando ao absurdo de artigo do presidente da empresa publicar no jornal plural, a Folha, artigo singular de concordância com a obra.
Não satisfeitos, vem outro artigo com o mesmo propósito e intitulado “Lula fez um golaço” da jornalista Patricia Campos Melo.
O Geisel deve estar chutando o caixão diante de tanta concorrência monopolista, embora a dele, do finado, fosse estatal e dos petistas para os subservientes e sempre disponívei$ amigos do Lula.
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