O dilema das redes

23 de setembro de 2020 § 27 Comentários

O que a vida em rede vai fazer com este mundo pendurado nos celulares? O docudrama “The social Dilemma”, da Netflix (aqui), abre para o grande público a batalha deste milênio no front do jornalismo. 

É absolutamente assustador mas o fato do problema estar, finalmente, sendo encarado no que tem de essencial é a prova de que tem cura. A base de tudo são os trabalhos de Shoshana Zuboff. Professora da Harvard Business School, ela é aquela espécie de Farrah Fawcett da terceira idade que aparece no filme. Persegue o tema desde 2014. A forma acabada é o livro de 2019 cujo título não brinca em serviço: “THE AGE OF SURVEILLANCE CAPITALISM, The Fight for a Human Future at the New Frontier of Power”.

Alguns traduzem como “capitalismo de vigilância”. Eu acho “capitalismo de espionagem” mais preciso. A própria Shoshana abre o seu livro com uma definição em oito pontos: 1 – É uma nova ordem econômica que trata a experiencia humana  como matéria prima para práticas comerciais ocultas de extração, predição e vendas; 2 – Uma lógica econômica parasitária em que a produção de bens e serviços esta subordinada a uma nova arquitetura global de modificação de comportamentos; 3 – Uma mutação bandida do capitalismo marcada por um grau sem precedentes de concentração de riqueza, conhecimento e poder; 4 – A estrutura fundamental da economia da espionagem; 5 – Uma ameaça tão grande à natureza humana quanto o capitalismo industrial foi para o mundo natural nos séculos 19 e 20; 6 – Um instrumento de poder que garante o domínio da sociedade e traz ameaças sem precedentes para a democracia de mercado; 7 – Um movimento que busca impor uma nova ordem coletiva baseada na certeza total; 8 – A expropriação de direitos humanos fundamentais que só pode ser entendida como um golpe de cima para baixo contra a soberania do povo.

Este o livro que os alexandres de morais e, antes deles, os jornalistas e editorialistas que têm apoiado as truculências do Grande Censor do STF teriam de ler se o que estivessem querendo fosse mesmo proteger a democracia no novo mundo em rede e não fazer política partidária rasteira para dizer quem pode e quem não pode usar esse instrumento com vistas à próxima eleição.

O que o diretor da peça da Netflix, Jeff Orlowski, e seus roteiristas fazem com maestria é, mais que traduzir para uma linguagem mais próxima da relação das pessoas comuns com a rede, dramatizar, pondo na boca dos interlocutores mais certos impossível, os perigos das grandes plataformas que nos dão acesso à rede mundial. Põem os próprios “criminosos” confessando seus “crimes”. Tristam Harris, diretor de ética e design do Google, Justin Rosenstein, inventor do “like” do Facebook, Tim Kendal, do Pinterest, Jaron Lenier, pioneiro da realidade virtual e mais uma boa dezena de figurões da ciência da computacão de Silicon Valley depõem na tela sobre a perda de controle sobre suas criaturas, o mal de que elas são capazes, como eles tentam proteger seus próprios filhos dos venenos que elas destilam e o medo que têm de que tudo isso esteja definitivamente fora de controle.

Resumo alguns depoimentos:

Se você não está pagando pelo produto que consome na rede, você é o produto. O que eles vendem são contratos futuros de seres humanos. Previsões cada vez mais precisas sobre o que você vai fazer e desejar. E então, passam a manipular as informações que têm o poder de fazer chegar ou não a você de modo a que as previsões que venderam se cumpram. Têm um modelo de cada ser humano “no porão”, com uma memória infindável, analisado por ciências e perspectivas cruzadas 100% do tempo, que se vai tornando mais preciso que o original e fazendo, a cada dia que passa, mais o que as plataformas querem que façam. 

Quando uma coisa é uma ferramenta ela fica lá esperando você. O seu celular não. Ele te chama. Demanda coisas de você. Te seduz. A mídia social não é uma ferramenta, é uma droga. Quando surgiu a bicicleta as famílias, os relacionamentos pessoais, a democracia, nada ficou ameaçado. Hoje a manipulação exercida pelas redes está no centro de tudo que fazemos. É a “persuasion technology”. Você está sendo programado no seu nível mais profundo sem saber. Nós viramos ratos de laboratório e o nosso “sacrifício” não está se dando para achar a cura do câncer. É só para dar lucro a eles.

O que é essa polarização maluca que envolveu o mundo? São as pessoas indignando-se com a constatação em relação aos outros: “Como é que eles não enxergam o que está tão evidente”?! O que ninguém se dá conta é de que “eles” não enxergam porque não estamos todos vendo os mesmos fatos. A cada um está sendo entregue uma “realidade” particular. Cada pessoa no mundo tem a sua própria “realidade” e os seus próprios “fatos”. 

Está fora de controle. Isso é feito por algorítmos que se reescrevem a si mesmos recorrentemente a partir das informações que vão armazenando. As pessoas esperam que a Inteligência Artificial resolva isso. Não vai resolver. Nem isso, nem as fake news. O Google conta cliques. Ele não sabe qual é a verdade. E se não existir verdade nenhuma, estamos todos ferrados. Se não concordarmos que existe uma verdade nada tem solução. Mas isso depende de uma compreensão comum do que é a realidade…

A mensagem é aterrorizante mas o fato de estar dada é otimista. Não ha caminho fácil, porém. Os americanos dizem que “a seção 230 do Communications Decency Act de 1996 contém as 26 palavras que tornaram a internet possível”. O que ela diz, resumidamente é que em matéria de responsabilidade legal, os websites e plataformas devem ser tratados mais como bancas que como publishers de jornais. Ou em outras palavras, o prefeito não pode ser responsabilizado por tudo que se diz no Parque do Ibirapuera. Isso mataria a internet como a conhecemos e poria o mundo de volta naquela condição em que uns poucos grupos com muitos recursos tinham voz no debate publico e todo o resto ficava a mercê dos seus editores que sustentou as hegemonias que hoje sentem-se ameaçadas. 

Mas a liberdade para publicar não é tudo que a internet proporciona. Shoshana Zuboff e “The Social Dilemma” estão mostrando o outro lado dessa moeda, e onde, mais exatamente, está o problema. É nas ferramentas originalmente desenhadas para procurar e para sugerir o que comprar e turbinar o que vender a partir de exercícios de avaliação e relacionamento dos impulsos introduzidos na rede que mora o perigo. Dominadas por quem quer te vender ideias e comportamentos, elas se transformam numa poderosa ameaça contra a liberdade.

O primeiro passo é, sempre, identificar o inimigo. O resto vem com luta. Toda quebra de padrão tecnológico traz ganhos e perdas. Cada uma fabrica os seus “robber barons e os políticos que eles põem no bolso, enseja o logro e a desgraça dos desavisados, proporciona concentração de riqueza e poder. Depois que passa a ofuscação com a “competência” dos desbravadores espertos e são expostos os truques sujos que os tornaram  trilionários; depois que amaina o furor e a ganância dos aproveitadores políticos e esfria o terror instilado pelos interesses contrariados, o essencial começa a ser destrinchado: a identificação precisa da nova fonte de poder sem controle que é preciso domesticar.

Já aconteceu antes e vai acontecer de novo. O problema é cada vez maior e mais complexo, mas é basicamente o mesmo. A essência da humanidade é a liberdade. E nós nunca deixaremos de persegui-la … enquanto durarmos como espécie.

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§ 27 Respostas para O dilema das redes

  • Antonio Augusto Palumbo disse:

    Para mim a única novidade é a assunção pelos depoentes de que o sistema começa a ficar fora de controle. A TV aberta já fazia isso com as propagandas expostas: o anunciante pagava pela exposição dos anúncios, que eram criados por especialistas em consumo.

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  • luciaparasmo disse:

    Adoro seus artigos q me parecem espontanos e sem rabo preso, ou com rabo preso com a própria verdade (se isso for possível). E o mais importante pra mim é a “confiança” (esta percepção tão fora de moda) que suas entrelinhas catalisam. Rarissimo hoje em dia…

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  • Gilmar Oliveira disse:

    Mestre Fernão! Parabéns! Brilhante como sempre! E o melhor sempre colocando o jornalismo a serviço do povo. Eu tenho esta preocupação, em como vamos combater este inimigo, pois já há algum tempo eu declarei o “marketing” como o inimigo dos tempos atuais. Ele é usado o tempo todo para manipular as pessoas em proveito de alguém ou alguns! E como nada é de graça, só aumenta a desgraça! Um ótimo dia a todos!

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  • rubirodrigues disse:

    Pertinente, inteligente e útil. Parabéns! A questão é sempre a tão prezada liberdade, versus a tendência, instintiva decorrente da racionalidade, de, buscando o menor esforço, por os outros para trabalhar para nós. Existem pássaros que põem os ovos no ninho de outro para não ter trabalho, de sorte que isso parece estar inscrito na nossa porção animal. Solução definitiva parece não existir. Talvez possa ser minimizado com o alcance de compreensão e discernimento da totalidade, que formata os indivíduos e as coisas em unidades complexas e permitem melhor compreensão de como os humanos se inscrevem no universo e em sua natureza. Com isso talvez a nossa escala de valores se volte para o bem-estar potencializado pela sintonia de nosso viver para com a natureza e o esporte de dominar os outros caia de moda.

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    • Nico Fensterseifer disse:

      Na minha modesta opinião, que já sei de antemão não é totalmente compartilhada pelo Fernão, boa parte do enfrentamento desta questão está em uma educação básica honesta e eficiente. Educação que ensine a compreender o que está sendo lido e mais, que suscite uma reflexão sobre cada assunto. Quando as redes não puderem mais “empurrar goela abaixo” o que querem, porque as pessoas dedicam algum raciocínio sobre o que estão lendo, ou vendo, parte da solução terá sido encontrada. Salvo melhor juízo.

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  • honorio sergio disse:

    ganhei um celular (usado) de minha esposa à meses, estava relegado em minha gaveta sem chip e sem plano de telefonia, de tanto me encherem o saco, adquiri um chip e plano mensal faz uma semana, e já enjoei do cara, pesado para carregar, tem que ficar monitorando a carga, e respondendo o zap. navegar no youtube e face é um saco (tela pequena) passo muito bem sem ele e outras novidades, a internet gosto por um motivo, nunca assisti a tantos documentários, vi filmes (e revi alguns clássicos) assisti boas séries e o mais legal li uma média de 30 livros ao ano tudo de graça baixado na net, não tenho vergonha de confessar!

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    • A. disse:

      honorio: sugiro você “cruzar” dois trechos.
      O 1º trecho, do artigo do Fernão: “Se você não está pagando pelo produto que consome na rede, você é o produto.”
      O 2º trecho, do seu comentário: “tudo de graça baixado na net, não tenho vergonha de confessar!”
      Um abraço!

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  • Helio Souza disse:

    Assistí a esse documentário e recomendo. Fiz meus dois filhos (12 e 13 anos) assistirem também!
    Todo o meio de comunicação sempre teve como objetivo final influenciar o comportamento do espectador com objetivo de lucro. Faz parte do jogo.
    O problema é que o veículo que transporta essa receita foi, ao longo dos anos, evoluindo e se aproximando cada vez mais das nossas vidas.
    Um livro ou um jornal são ambientes estáticos, bidimensionais e apesar de nos transportarem para outras realidades, têm um limitado poder de sugestão fruto do próprio meio fisico onde são escritos. A idéia tem que ser realmente bem trabalhada para nos influenciar fortemente.
    Os filmes, por sua vez, mostram cenas animadas, tridimensionais e portanto mais fáceis de tomarmos por realidade. Entretanto, na maioria das vezes foram rodados em lugares distantes, com paisagens e pessoas diferentes das que estamos acostumados, o que compensa um pouco o problema.
    Já as novelas, trazem perigosamente os produtos e comportamentos para dentro das casas, é como se fossem cenas reais que vivenciamos na nossa comunidade.
    Muitos até confundem os atores com os personagens em encontros casuais.
    Com a chegada das mídias sociais, essa receita teve seu potencial ampliado exponencialmente.
    Agora, como nós participássemos do enredo da novela, temos a sensação de que é a mais pura realidade.
    A ambientação saiu da nossa comunidade e foi para dentro das nossas cacholas.

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    • flm disse:

      O modo como as grandes plataformas da rede “nos editam” é mais sutil e holistico, Helio. Ao longo do tempo quem se informa só só pelas redes vai recebendo cada vez mais somente os fatos e ficções que reforçam as preferencias que ele vai manifestando. Não é com cada filme ou novela que eles te influenciam, mas com tudo que você vê ao longo da vida. Um processo muito mais perigoso e imperceptível, que passa despercebido mesmo para quem tem censo critico…

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      • Fernando Lencioni disse:

        Sim. É preciso prestar muita atenção para perceber isso. Mas quando vc percebe fica muito nítida essa manipulação. Vc só vai receber e-mail, notificações e etc. de assuntos que vc pesquisou ou leu na internet. Os algoritmos fazem isso de forma matemática e traçam até mesmo um perfil sociológico e de personalidade de seu alvo. Isso ficou provado no caso das eleições para o brexit e na eleição do trump que contratou a mesma empresa inglesa para tanto.

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  • Herbert Forster disse:

    Assistimos há poucos dias, minha esposa e eu, ao documentário “O dilema das redes”( The Social Dilemma) da NETFLIX. Com certeza muitos “especialistas” , “intelectuais” , órgãos de imprensa, sejam de esquerda ou direita, vão fazer os mais variados comentários.
    Faço aqui também minha reflexão. O ser humano, ao longo de sua existência, foi descobrindo os segredos do universo. Nas últimas décadas a evolução se tornou cada vez mais acelerada. Desde que o homem tomou consciência do seu livre arbítrio e da existência do bem e do mal, surgiu o grande desafio, para ele, em poder e saber usar essas descobertas para seu bem ou para o mal. Exemplos:
    1. Descoberta da dinamite por Alfred Nobel, ferramenta para inúmeras áreas da industria da mineração mas também arma mortal na mão de terroristas.
    2. Descoberta da relação Energia e Massa por Albert Einstein. A energia atômica já trouxe muitos benefícios à vida humana mas as bombas atômicas também já tiraram a vida de muita gente.

    As Redes Sociais, decorrentes da evolução eletrônica > comunicações > web design > miniaturização, etc, possibilitaram às pessoas se manifestarem, expressar seu pensamento, sua opinião, regalia de poucos até aqui. À semelhança de outras descobertas surge novamente o desafio, seu uso para o bem ou para o mal. Teremos que apreender. Em minha opinião não cabe a algumas “autoridades” por falta total de moral, censurar ou definir o que será “bem” ou “mal”. Experimentando ações e consequências, aprenderá o cidadão a usar mais este maravilhoso recurso.

    No Brasil, “aos trancos e barrancos” as Redes Sociais tem ajudado e muito, revelar a face nua e crua da nossa realidade sócio-política. Aos poucos conseguimos enxergar que não estamos mais diante do desafio de direita ou esquerda. Estamos sim diante de uma realidade em que uma população inteira sustenta um estado constituído de “Instituições” que abrigam privilegiados que levam vidas de luxo sem limites as custas dos impostos que a maioria é obrigada a pagar. Cada dia essas redes revelam situações que envergonhariam qualquer dono de senzala. Fake News há, mas entre eles surgem fortes e reais as situações absurdas já que até para aqueles jornalistas, cujas vozes eram caladas, as redes deram oportunidade. Os absurdos estão aí escancarados e cabe ao povo não se calar mais diante deles. Seja nas ruas ou nas redes. CHEGA.

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  • Cyro Laurenza disse:

    Temos que ler e reler este teu notável pensamento

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  • Neusa Cardoso Matos disse:

    Eu tbm concordo totalmente

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  • Fernando Lencioni disse:

    O pior de tudo isso é que ninguém – ao menos na América Latina – está percebendo esse perigo. E o pior. Ao contrário de combatê-lo, os agentes públicos estão propondo diminuir a liberdade. Não é de se estranhar num país no qual as pessoas acham normal o Estado prender gente nas ruas pq está sem máscara. Entretanto é preocupante essa falta de noção do que é democrático e do que não é o Estado fazer contra os seus cidadãos. A impressão que se tem é que no Brasil tudo que o Estado fizer “dentro da lei” é democrático. Na Alemanha hitlerista os judeus foram perseguidos por lei. Essa é a porta que se abre quando se pensa assim.

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    • rubirodrigues disse:

      Fernando, acho que a própria sensibilidade precisa ser desenvolvida pouco a pouco. Essa atenção que o atual presidente está recebendo está, penso, criando uma relação da população com o governo que antes não existia. Assim também nossa capacidade de uso das redes está em fase experimental, como crianças com brinquedo novo. Mesma coisa nossa relação com a justiça. Esse padrão de justiça não pode sobreviver muito tempo quando a população lhe presta tanta atenção..

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      • Fernando Lencioni disse:

        Deus o ouça. Mas minha experiência com isso me diz o contrário. Tudo muda menos a justiça. Não sei por que os analfabetos eleitos para o congresso acham que tem que adular juízes e promotores. Os idiotas cansam de levar porrada deles mesmo adulando-os acintosamente e não aprendem. Essa gente só respeita à força. E eles não aprendem. Continuam a protegê-los de tudo. Conclamam controle externo e os congressistas mudam q constituição para criar um “controle externo” controlado por eles mesmos. O tal do CNJ e o CNMP, cujas maiorias são de seus integrantes. É piada!!! Propõem reforma administrativa e sobre quem vai recair? Nos coitados dos funcionários de baixo escalão. Juízes, promotores e procuradores nem pensar. É carreira de Estado dizem eles. Com eles não. Kkkkkk só rindo!!!!!! Entenda, nós vivemos numa oligarquia. Quem manda são grupos que se apoderaram do poder e querem que nós nos lixemos. É isso!

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      • A. disse:

        Sr. Fernando:
        “Não sei por que os analfabetos eleitos para o congresso acham que tem que adular juízes e promotores.”
        – Quanta ingenuidade…!

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  • Fernando Lencioni disse:

    Ingenuidade deles Sr. A. Não minha. Sou advogado especialista em direto público há 36 anos e sei muito bem como é a política no Brasil. E sei mais ainda como funciona o poder judiciário e todos os demais poderes no Brasil.

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    • A. disse:

      Ingenuidade DELES?????????????????? Detesto escrever “kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk” mas não tenho outra resposta. Político brasileiro ingênuo nasce morto!
      Abraço!

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      • Fernando Lencioni disse:

        Porque? Vc acha que é inteligente eles acharem que podem escapar das mãos de promotores e juízes aprovando tudo que os beneficia? Só um idiota como é a maioria dos políticos pode acreditar nisso. Ser malandro – que é o que eles são – não é ser inteligente. Dar nó em pingo d’água para enganar eleitores e colegas é comportamento de gente sem vergonha não inteligente. Fui secretário municipal e assessorei inúmeros prefeitos e políticos e saiba, conheço muito bem esse mundo. Todos acham que podem bajular juízes e promotores como eles bajulam eleitores e agradam colegas para conseguir seus intentos. Mas juízes e promotores não entram nesse jogo apenas fingem quando precisam de alguma coisa deles, mas sempre salientando que eles não estão pedindo nada ilegal para marcar posição. Leia-se: vou julgar e promover ações conforme a lei. Nunca se comprometem. E os idiotas continuam a adula-los. Com isso depois da CF/88 os juízes e promotores passaram a ter os maiores salários da república e os maiores privilégios também.

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      • A. disse:

        Sr. Fernando: vamos ter que encerrar o “diálogo”. Estamos sintonizados em canais diferentes.

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  • flm disse:

    30 e tantos anos atras, eu um jovem “foca” de jornalismo visitando o Congresso Nacional, ouvi de um senador lá do Brasil profundo, a seguinte definição daquela casa de leis: “Aqui não tem bôbo não, seo Mesquita. O mais bôbo aqui voa”!

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    • A. disse:

      E em trinta e tantos anos fizeram aperfeiçoamentos ininterruptos! Agora fazem looping, voo invertido, knife flight, split e outras acrobacias catalogadas no código penal (mas não punidos!)

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  • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

    Voam porque são vampiros e adoram um pescocinho incauto.

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  • GATO disse:

    E viva o PAU BRASIL, o mais bobo já levou o funil por onde vai jorrar todo o OURO que vai por vôos sem rota e sem controle para as fábricas de aeronaves interplanetárias que ele pensam que podem alcançar Jupiter, Marte ou a simples Lua, onde poderão viver como nababos sem ser incomodados. Que sorte a nossa, quando eles forem sabemos que nunca voltarão, como aquele que entraram num caixão de madeira nobre e foram se encontrar com todo o pobre. Tudo non sense é o que vale.

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  • José Luiz Mancusi disse:

    Parabéns, Fernão!!!
    Belíssimo artigo!!!
    O celular (e as redes sociais) é o cigarro do século XXI.
    https://super.abril.com.br/especiais/smartphone-o-novo-cigarro/
    Em breve, teremos clínicas para dependentes.

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