Eduardo Cunha e a imprensa

11 de novembro de 2015 § 22 Comentários

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Artigo para O Estado de S.Paulo de 11/11/2015

Volta com força aos jornais a especulação em torno das movimentações de Lula para forçar a troca de Joaquim Levy por Henrique Meirelles. Seria só mais uma manobra diversionista. Joaquim Levy não é a crise, é só uma esperança abortada de saída dela.

A crise é a incerteza que instalou-se no país quanto à possibilidade de sobrevivência da democracia diante da desfaçatez com que, 24 horas depois da eleição, o governo que vinha se dedicando ha 12 anos a solapar todas as instituições que garantem o Estado de Direito pela corrupção sistemática e o “aparelhamento” ostensivo assumiu-se oficialmente como mentiroso e passou a ameaçar o país com um confronto – armado, até – caso fosse judicialmente responsabilizado por seus crimes.

Essa incerteza perdurou durante os seis meses que duraram as dúvidas do próprio PT sobre a possibilidade de levar a economia de volta a uma equação sustentável sem perder o poder. Desde que se convenceu do contrário e passou a reafirmar a rota de desastre e agir apenas e tão somente para colocar-se fora do alcance da Justiça essa incerteza só tem feito diminuir.

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As “pedaladas” foram postas sob a guarda segura daquele senhor com certificação internacional de corrupção por cujas probabilíssimas contas no exterior o Banco Central não mostra nenhuma curiosidade; da Lava Jato ameaçam deixar só a casca para Curitiba; a acusação no TSE de uso de dinheiro do “petrolão” na campanha “caiu” de volta para a ministra que já tinha votado anteriormente pelo seu arquivamento que, confirmado, enterraria todas as provas levantadas pelo TCU e pela Lava Jato; a Operação Zelotes, que andou até o bolso do filho de Lula assim que saiu delas, voltou dois dias depois às mãos do mesmo juiz que, até então, mantivera seu interesse restrito às cercanias dos passageiros privados da corrupção patrocinada pelos chefões políticos dos agentes públicos.

Diante de tão completa coleção de sucessos – que confirmados configurariam já de si o fim do Estado de Direito – não é atoa que a pretensão dos acusados por roubalheira nunca antes tão vasta na história desta humanidade tenha evoluído para nada menos que “legalizar a corrupção”, projeto que, como Modesto Carvalhosa demonstrou com todos os fatos e números na 4a feira, 4, nesta página, vem avançando livre e aceleradissimamente.

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Já as contas públicas, estas são um abismo que o governo torna mais fundo a cada dia distribuindo mais e mais postos de tocaia ao dinheiro público a gente desqualificada, declaradamente para aliciá-la para deixar impunes os autores do desastre fiscal que a reeleição custou e arrancar exclusivamente das suas vítimas um “ajuste” que mantenha onde estão cada um dos desqualificados que cavaram a primeira metade desse buraco tocaiando o dinheiro público.

Lula quer trocar Levy por Meirelles “para promover a retomada do crédito e o aumento do consumo” por uma população com salário nunca antes tão ameaçado, metade da qual já está inadimplente das dívidas que lhe foram instiladas na veia para engraxar a eleição, e para “liberar empréstimos no exterior para os estados” nesse dolar que subiu 60% só nos primeiros seis meses da ressaca eleitoral. A “única alternativa” seria o restabelecimento da CPMF que abriria as veias de uma economia que já está morrendo de inanição.

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O que alimenta esse falso dilema é a inépcia da imprensa.

A única solução sustentável para o drama brasileiro é atuar diretamente sobre a fonte do desastre que é a gordura mórbida que, para além de tornar o estado muito mais pesado do que o país é capaz de sustentar, travou o seu funcionamento pelo caráter cancerígeno dos agentes infiltrados nele, mais que para simplesmente parasitá-lo, para devorá-lo. Só que para tornar politicamente viável essa linha de ação seria preciso que essa gordura viesse sendo sistematicamente exposta até que o país inteiro tivesse uma noção exata da sua existência, da sua natureza e dos valores envolvidos.

O cérebro brasileiro é tão capaz de processar uma equação quanto qualquer outro, desde que conheça os elementos que a compõem. Mas a imprensa não tem gasto um minuto de seu tempo para esmiuçar a composição do peso morto que, considerado o “por dentro” e o “por fora”, come metade ou mais do PIB brasileiro. O Brasil não chega, portanto, à resposta certa porque é sistematicamente induzido a partir da pergunta errada.

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É emblemática dessa distorção a monopolização do noticiário político pelo tema “Eduardo Cunha”, figura que tomada isoladamente não tem implicação maior que a sua própria insignificância, em detrimento de “A fritura de Eduardo Cunha” ao fim de 20 anos de desfile inadvertido da sua coleção de Porches na cara da imprensa e da miséria nacional na véspera de um impeachment, tema cujo desaparecimento do noticiário implica o resgate da impunidade ameaçada e proporciona aos agentes diretos da desgraça nacional espaço para voltarem ao desmonte acelerado do Estado de Direito, sob a desculpa da “obrigação de registrar os fatos” que, incidentalmente, são os que vêm sendo produzidos aos borbotões pela única “investigação” de agente do “núcleo político” do petrolão que o governo ameaçado de impeachment e seus auxiliares nos demais poderes houveram por bem levar adiante.

Ha um agravante geográfico da nossa equação política que torna mais difícil o que já é naturalmente difícil. Entre Brasília e o Brasil tudo que resta são os jornalistas de política. “Expatriados” para o isolamento do Planalto eles constroem por lá a sua teia de relacionamentos e acabam fatalmente por ter cônjuges, pais, filhos e parentes vivendo daquele Brasil que está acima das crises. Com os anos, passam a “entender” tão bem aquele mundo que deixam de entender o nosso. Só que, cada vez mais, são mundos regidos por lógicas mutuamente excludentes. Para que um saia do inferno será preciso que o outro seja expulso do paraíso. É preciso que a imprensa, que só cabe num deles, reveja suas prioridades enquanto é tempo.

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No mato sem cachorro

19 de maio de 2015 § 24 Comentários

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Artigo para O Estado de S. Paulo de 19/5/2015

Executado inteiro o “ajuste” já não nos levaria longe. Consiste, como sempre, em aumentar tarifas e impostos, reduzir a renda privada e cortar investimentos para sustentar os gastos do estado no novo patamar a que chegaram. É mais um arranjo para evitar que se manifestem inteiras as consequências da nossa incapacidade de repactuar a distribuição de haveres e deveres entre o Brasil que paga os impostos e o que os arrecada para habilitar-nos a passar a disputar vitórias em vez de seguir postergando derrotas certas, sempre no limiar da sobrevivência.

O próprio “tripé” que rendeu nosso melhor momento em um século era um arranjo precário; uma espécie de “cortizona” tomada em doses diárias para permitir ao paciente conviver em relativo equilíbrio com a doença crônica que não se dispõe a enfrentar, e não uma cura.

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Nós nunca revogamos nada do que nos vem comendo pelos pés. O estado brasileiro só tem porta de entrada. A norma fundadora do sistema que aqui aportou com d. João VI é que cada ungido pelo toque de midas dos “de dentro” torne-se um deles para todo o sempre. É em torno da compra e venda dessa “salvação eterna” ainda em vida que se estrutura o anel de ferro que o sustenta.

Ao fim de 300 anos dessa ordenha, tudo que o Brasil dos miseráveis não tem é o que obscenamente sobra no Brasil oficial. Os direitos gerais só passarão a caber na conta quando os “direitos especiais” deixarem de pesar nela. O drama brasileiro — as crianças sem futuro, os doentes no chão dos “hospitais“, os 56 mil assassinados por ano, a corrupção epidêmica — tudo é mera consequência dessa premissa.

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Não ha brasileiro vivo que não saiba disso, mas até as verdades mais evidentes precisam ser repetidas todos os dias em voz alta para se impor.

Neste momento, a ancestral mentira brasileira estrebucha pela enésima vez no seu próprio paroxismo. A conta é proporcional ao tamanho da trapaça e nunca antes ela foi tão grande na história deste país. O desastre lulopetista, que está apenas começando, é daqueles capazes de levar espécies inteiras à extinção. Vai-se abrir uma dessas raras janelas de oportunidade que só o sofrimento extremo proporcionam, com o potencial de alterar a própria ecologia do sistema.

O século 20, quae sera tamen, está chegando ao fim também no Brasil. Ninguém que o represente representa, já, a platéia que vaga pelas ruas. E no entanto ainda é ele e a linguagem dele que dominam reacionariamente o palco.

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Não se reconhecem mais, esses dois brasis e é aí que moram a esperança … e o perigo!

A destruição do aparato nacional de educação é a obra mais bem acabada do partido que pavimentou o caminho do primeiro presidente-operário a chegar ao poder nas américas, apenas para provar mais uma vez que a humanidade é uma só, de cabo a rabo, só que com a força dos seus piores vícios multiplicada pela ausência dos matizes críticos com que a educação formal, bem ou mal, acaba por diluí-los. A “educação” que sobrou não é o antídoto, é o veneno. O que resultou dessa desconstrução é um discurso político reduzido a um maniqueísmo primário, da ante sala da conflagração, incessantemente derramado sobre um país sem repertório para definir um projeto nacional.

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Sendo característico dos sistemas de servidão que quem provoca as crises não as sofre, os ventos que neste momento arejam o Brasil não sopram em Brasília. Lá, onde a maré é eternamente montante, ninguém nunca é demitido e os salários nunca param de subir é à conquista do poder como ele sempre foi que tudo se refere. Os contendores posicionam-se exclusivamente uns em relação aos outros. O Brasil real não conta. “Se ele é contra eu sou a favor“, e vice-versa. A “primeira divisão” disputa poder político e dinheiro. A segunda só dinheiro e o poder que com ele se compra. Mas preservar o úbere onde todos mamam é o valor maior que, nas emergências, se alevanta.

O terceiro elemento, intocável no seu pedestal, divide-se entre a minoria heróica que resiste reduzida a um papel de polícia, tolerada pelos demais por falta de remédio melhor, e a linha de frente corporativa pela qual a maioria dos acomodados omissos deixa-se docemente constranger cuja função é sangrar repetidamente a nacionalidade e o Tesouro mediante a articulação do “auxílio” ou do “reajuste retroativo” de cada temporada.

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Fecha o quadro o “quarto poder” que — embora não dispute o mesmo queijo dos demais — vive hipnotizado pela mixórdia que eles protagonizam. Não olha para fora, não apresenta as alternativas do presente, não pesquisa as que redimiram outros povos no passado. Limita-se a reproduzir a cena doméstica segundo a linguagem e a pauta dos outros tres — quem “ganhou“?; quem “foi derrotado” no último crime de lesa pátria? — o que mantem o limite do possível no imaginário nacional exatamente onde o Brasil oficial quer que ele permaneça.

O país não avança porque não sabe onde é necessário chegar. Para sabê-lo com certeza, era preciso ir ao fundo das coisas, e ao fundo das coisas só se chega com a crítica“, é a citação do mexicano Daniel Cosio Villegas que Carlos Guilherme Mota e Adriana Lopez usam como mote do último capítulo da sua História do Brasil que um qualificado leitor define como “um extraordinário estudo sobre a resiliência do continuísmo“, a marca renitente da nossa trajetória histórica ao longo da qual, “todas as raras oportunidades de rompimento com o passado que aparecem acabam por ser reprimidas“.

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A repressão da próxima, cujos protagonistas já se apresentaram com seus “generais” e “exércitos“, passa pela anulação, ainda que “em vida“, dos dois poderes cuja credibilidade o terceiro vem trabalhando abertamente para corromper.

Falta quem, pelo outro lado, levante uma bandeira digna de ser seguida para limpar o sistema “por dentro“, porque se ha uma coisa que o Brasil aprendeu de 1964 a 85 e nossos vizinhos comprovam todos os dias é que, se vamos mal com eles, pior iremos sem eles.

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A imprensa e a pauta nacional

11 de maio de 2015 § 83 Comentários

ceg5Artigo para O Estado de S. Paulo de 4 de maio de 2015

De quanto tempo será o castigo? Quanto teremos de viver sem respirar? Quantos vão morrer?

Ha controvérsias. Aquele câmbio de “fazer pobre viajar de avião” que o Lula vive exibindo como prova do seu amor pela humanidade destruiu a indústria nacional. Junto com a desmontagem dos três eixos de produção de energia – a elétrica, a de biomassa de cana e a de petróleo – pelo tamponamento de tarifas para “tirar 50 milhões de brasileiros da miséria” com uma caneta até à véspera da eleição compõe hoje o epicentro do tsunami que empurra para cima, aos trancos e barrancos, todo o sistema nacional de preços relativos. A produção, o trabalho, a vida, enfim, terá de se reacomodar por ensaio e erro apenas para deter a queda.

Mas essa é a parte fácil. Em tempos de mercados globalizados acertar entre o ministro Levy e os vendedores de “governabilidade” em quem será enfiado cada pedacinho da conta doméstica é o de menos. Difícil será desprogramar a subversão conceitual que explica a nossa inesgotável tolerância ao abuso e mantém fora do horizonte qualquer possibilidade de “ajuste internacional“, o único capaz de matar a miséria.

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Os buracos hoje fecham-se ou alargam-se em função do acerto entre cada comunidade de produtores e seus governos nacionais. O que decide é a carga que uns põem nas costas dos outros. Todo mundo sabe disso mas, se nós ainda guardamos alguma lucides como indivíduos, não sobrou nenhum resquício dela enquanto sociedade. O Brasil perdeu a capacidade de discernir a fronteira básica entre a religião e a ciência e a grande pedreira vai ser recolocar a relação de causa e efeito, fundamento da ciência moderna, na posição de centralidade que ela deve ter no nosso sistema de intelecção da realidade.

Brasília nem sequer sabe que existe uma crise. É lá o tal “país sem miséria” onde, em pleno desastre nacional, a verba dos partidos triplica, os meritíssimos se outorgam “auxílios” de fazer corar os cínicos, os indemissíveis “educadores” dos filhos do Brasil, enquanto morrem em massa os empregos cá fora, não deixam por menos de retumbantes 75% a sua “exigência” de “reajuste salarial”.

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E a dívida dessa Petrobras estuprada, “a maior de todo o mundo corporativo em todos os tempos”, quantas gerações de brasileiros que ainda nem nasceram viverão e morrerão pagando essa conta? Nem por isso a Petrobras deixa de continuar tida e afirmada como “um orgulho nacional”, sob um silêncio quase unanime de anuência. Nem as vísceras à mostra remetem àquela clássica — àquela histórica, translúcida e necessária — relação de causa e efeito entre a condição de empresa estatal num país pré-democrático e o aparelhamento do seu staff e dos seus recursos por um projeto de poder bandido, ainda que moremos todos no país onde nem uma única solitária pessoa duvida que, para onde quer que se olhe, “não se coloca um paralelepípedo no chão sem pagar propina”.

O máximo que se ousa timidamente pedir são menos ministérios. Das outras 37 fundações, 128 autarquias e 140 empresas estatais somente no âmbito federal, ninguém fala. Da existência delas só fica sabendo, aliás, quem olha com lente o que “vaza” pelos interstícios dos “verdadeiros problemas nacionais” que a imprensa se permite enxergar. Adicionados estados e municípios ninguém sabe a quantas andamos, estado x nação. A Petrobras sozinha tem 446 mil funcionários, algum jornal deixou escapar enquanto falava de coisa “mais importante“. Meio milhão, fora aposentados e encostados! É provável que esteja para o resto das petroleiras do mundo, somadas, como as nossas escolas de direito estão para as do resto do mundo somadas. Nós “ganhamos”; temos mais!

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Só de “sindicatos” de propriedade una e indivisível de “líderes” sem liderados sustentados pelo imposto sindical, a linha de frente dos “movimentos sociais” que se querem substituir ao sufrágio universal, parece que já temos 28 mil, segundo menção não provocada e acidentalmente publicada de fonte abalizada. “Justiças”? Temos cinco, completas, um plural que elimina, “em termos”, a possibilidade de se fazer a única que de fato “é” que é aquela que se define pelo estrito singular. Apenas uma delas sangra nossos produtores em 50 bilhões de reais por ano — quase o ajuste inteiro que se está buscando — só em “processos trabalhistas”, indústria à qual se dedica com exclusividade metade daquela multidão de “advogados” que nossas incontáveis fábricas de rábulas “põem” todo ano. É a sementeira do que nos tornamos; a lunpencorrupção: “minta, traia, falsifique que o governo garante”.

Quem tem a menor sombra de duvida que um país assim não pode dar certo? Que este é o ambiente onde a corrupção e o crime estão como querem? Que não teremos condição de competir com ninguém e quebraremos a cara tantas vezes quantas tentarmos antes de curarmos essas feridas?

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E no entanto, para quebrar o encanto, basta insistir obsessivamente numa conta simples: quanto estrago, quanta miséria, quanta violência evitável torna-se obrigatória para o Brasil onde vale tudo para que o Brasil intocável possa continuar intocado? O que, a cada passo, estamos trocando pelo quê?

Nossas escolas ensinam que tocar nesse assunto é heresia sujeita a auto-de-fé. E nossas mentes jesuítico-aplainadas, tudo indica, estão prontas para absorver a lição. Tanto que o máximo que nossos políticos de oposição sugerem, nas suas mais ousadas expansões “libertárias”, é que enfrentemos tudo isso com revólveres sem balas. “Voto distrital, vá lá; mas sem recall”! E a imprensa, disciplinadamente, ha anos que não faz esse tipo de conta ainda que o mínimo que exige a decência de quem se quer o alarme das iniquidades do mundo é que não falasse de outra coisa. Como, porém, ela só se permite chamar de política aquilo que os políticos chamarem de política e de reforma o que eles, de livre e espontânea vontade, nos propuserem como reforma, o Brasil que trabalha, com o mundo dos estados “ultralight” fungando-lhe no cangote, terá de seguir vivendo à espera de um milagre para começar a discutir qualquer coisa que possa concorrer para salvar-lhe a vida.

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12 de fevereiro de 2015 § 35 Comentários

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Democracia é isso…

15 de janeiro de 2015 § 7 Comentários

b1Entre o “país sem miséria” de ha quatro anos e esta nova “pátria educadora” com 7 bi a menos para o Ministério da Educação que vem vindo por aí, além da derrama do Joaquim Levy que ainda nem  começou, o que mudou foi que antes, por cima do que pagávamos para ter o governo mais caro do mundo, tínhamos de prover “por fora” só a saúde, a educação e a segurança públicas que eles enfiavam nas contas deles na Suiça e agora quem quiser ter luz elétrica e água encanada também vai ter de furar o seu próprio poço artesiano e comprar o seu próprio gerador.

Estamos de volta ao modelo autárquico dos três primeiros séculos da colonização, com a diferença de que, agora, não existe mais a Casa Grande; tá todo mundo na senzala.

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