28 de agosto de 2019 § 10 Comentários

Mostrando cenas de pastos queimando em áreas onde ñ subsiste nenhum toco de árvore da antiga floresta (3a à noite), a TV continua olimpicamente falando de desmatamento hoje. Jornalismo e realidade ostensivamente exibem seu divórcio. A democracia ñ sobreviverá se esse casamento ñ for reatado.

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§ 10 Respostas para

  • Alexandre disse:

    O jornalismo profissional se diz um antídoto contra as fake news, mas ele mesmo produz fake news – inclusive quando deforma o debate usando falácias.

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  • A solução dessa situação exige, primeiro entender que a dialética é apenas mais uma das lógicas patrocinadoras de inferências, segundo que a solução não é voltar para a lógica sistêmica que antecedeu e despertou a dialética e, terceiro, compreender que acima das duas existe uma lógica da totalidade que potencializa novo estágio de complexidade..

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  • Fernando Lencioni disse:

    O jornalismo nasceu exatamente para fazer o papel que hj ele se nega a fazer. Buscar a verdade ouvindo as partes e sendo intelectualmente honesta nas suas notícias doa a quem doer. Tudo o que a imprensa jamais poderia ser é exatamente no que ela se tornou. Um negócio como outro qualquer em que a ética e a verdade são incômodos parâmetros contrapostos ao lucro como elemento finalístico da atividade. Isso trará consequências irreversíveis. Escrevam!

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    • Fernando Lencioni disse:

      Se vc acreditar na vida além da morte, Martins, Miragaia, Drausio e Camargo devem estar se perguntando se o seu sacrifício não foi por em vão.

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  • Ethan Edwards disse:

    Às vezes parece que, derrotada politicamente, a maioria da esquerda confere a essa derrota uma dimensão existencial, como se o mundo estivesse condenado a acabar amanhã. Compreende-se: a esquerda atual já não é feita daqueles militantes que, mesmo em Auschwitz, como escreveu Viktor Frankl, repudiavam o derrotismo, o desânimo, porque acreditavam num “amanhã” que os redimiria e daria significado (e glória) à sua resistência: Hitler e o nazismo eram só uma pequena batalha perdida, que o triunfo do socialismo sepultaria quando chegasse a hora. A esquerda atual é, majoritariamente, niilista, não acredita em triunfos futuros, não crê em nada que não possa ser desfrutado aqui e agora. Quando é derrotada politicamente e afastada daquilo que o gozo do poder lhe propicia, não tem uma convicção profunda a que recorrer, onde se apoiar; compreende o fim deste mundo político como o fim do mundo em geral. Começa a flertar com o suicídio. É o que faz parte da imprensa brasileira após a vitória de Bolsonaro. Destrói as pontes, queima os navios, como se não houvesse, amanhã, um Brasil para onde regressar. Perceber esse comportamento em adolescentes sem perspectivas, confinados no quarto dos fundos da casa da mãe, digitando o dia todo sua impotência e sua raiva, provoca um pouco de pena – que logo nos abandona quando lembramos que, tão logo consigam um emprego e um pouco de prestígio social, aderirão ao “sistema” e se tornarão, alguns, bolsonaristas desde criancinhas. Mas perceber esse comportamento tornar-se padrão não só em jornalistas respeitados, mas até mesmo em jornais, revistas e canais de TV, é altamente preocupante. Como bem observou você, não há democracia que resista a uma separação tão radical entre intelligentsia e realidade. O problema é que a realidade, quando cobra dos homens alguma sabedoria, escolhe, para fazê-lo, os caminhos mais desagradáveis.

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  • Maria Luísa da Silva disse:

    Venha para Amazônia ver a realidade. Venha ver o desespero das comunidades indígenas. Não entendo como uma pessoa como você que conhece a Amazônia e a natureza intimamente está duvidando da gravidade da situação. Venha para Belém que eu te mostro.

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    • Penso que não se trata de duvidar da gravidade mas de delatar desvios de discernimento que prejudicam a todos. Todos queremos formar aqui a grande civilização dos trópicos, mas para realizá-la não basta querer e ter boa vontade, é indispensável interpretar corretamente a realidade, o que demanda competência no ato de pensar. Tanto as comunidades indígenas como as comunidades urbanas brasileiras precisam entender, por exemplo, que não há futuro à margem da civilização e que para seres pensantes como nós, civilização significa evolução do discernimento no sentido de aproximá-lo da compleição da natureza/realidade. Ou civilizamos o Brasil ou ele continuará sendo território de predadores.

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    • José Simões Neto disse:

      Quando nos referimos a Governos, sejam eles quais sejam, a crítica à falta de iniciativas é recorrente e nada mais que outra faceta da crítica. Contudo, ao encararmos a realidade nua e crua, como propõe, o desespero clama por iniciativas práticas e efetivas.
      É neste ponto que acredito precisamos alocar nossa energia. O que dá para ser feito? Qual movimento traria significado prático de empatia entre nós, simples mortais metropolitanos, e esses povos e comunidades a que se refere?
      Sei também que só levantar questões de nada auxilia, mas estas buscam o mote que mobilizaria a energia dos que, impactados pela dialética da mídia, se perguntam: onde eu posso ajudar.

      São Paulo SP

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  • Roberto Aires disse:

    ja q é pra taca fogo, mostra a Vera Ficher q é muito + bonita

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  • danielfich disse:

    Interessante as provocações trazidas por esse post. Recentemente, iniciei um blog onde abordo diversos assuntos da Comunicação e da Cultura, inclusive endomarketing. Se puder conheça https://senhorconteudo.home.blog/.

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