Ser “o cara”, lá ou aqui

3 de agosto de 2017 § 17 Comentários

Leio Thimothy Garton Ash no Estadão de domingo (aqui).

Sempre me comovo com os vaticínios de fim da “hegemonia saxônica” que ha mais de meio século ouço de gente como ele que não tem noção de que mundo é este em que estão vivendo.

Nos EUA e na Inglaterra opta-se por “direita” ou “esquerda” com tanta racionalidade e consequências quanto se opta por um time para torcer. Os riscos em que se incorre vão da troca de ironias às de ofensas pessoais pela imprensa e em manifestações. Eventualmente a política, lá, também produz seus hooligans. Mas é só. A polícia resolve tudo sem atirar e ninguém pensa em por um hooligan no poder.

Mesmo quando por qualquer rara conjunção de fatores chega-se perto disso não tem consequência pratica nenhuma porque o sistema é blindado contra qualquer calibre de imbecilidade. Ter ou não um idiota na presidência não muda rigorosamente nada na vida prática de qualquer cidadão senão por ferir ou insuflar alguns orgulhos babacas. Qualquer poderzinho municipal está armado para recusar ordens cretinas, venham de que altura vierem do sistema. E a próxima eleição – limpa, translúcida e de resultados indiscutivelmente verificáveis e certificados – se não houver um recall antes, é coisa tão certa quanto que o sol nascerá amanhã.

No Brasil e cercanias o buraco é bem mais embaixo. Essa escolha implica cair ou não cair no poço (cada vez mais cheio de sangue) do bolivarianismo; evoluir ou não do MST armado só de paus e foices invadindo só fazendas e destruindo só pesquisas científicas para a destruição de economias inteiras jogando multidões na fome e milícias armadas de fuzil atirando em manifestantes na rua.

Essa é a diferença entre ser “the guy” lá e aqui.

(Foi só uma anotação que eu não quis jogar fora).

Tirou a polícia? Olha aí…

21 de agosto de 2014 § 8 Comentários

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O “disengagement” é um sonho impossível.

Olha só o que o Obama envelheceu depois que tentou sair fora e deixar rolar. Olha só no que deu: de volta pro século 7!

A internet garante a metástese das piores doenças do mundo. E à jato.

Amoleceu, nesses tempos de black blocs, criou o Putin “novo”, o Hamas renascido e esse Isil que, do jeito que vai, ainda consegue a proeza de unificar o mundo árabe…

Vem mais por aí, ao vivo e em cores como é hoje em dia. Tacam a sangüeira na sua cara; no quarto do seu bebê.

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Antes da globalização tudo que restava às bestas feras nascidas em meio ambientes desfavoráveis à expansão da selvageria risonha e franca era comprar uma metranca e fazer um strike até onde as balas alcançassem no espacinho de tempo que levava antes que tomassem aquilo que merecem pelo meio da cara.

Agora podem se congraçar virtualmente, todas as do mundo, e combinar banhos de sangue coletivos e festas de horror “multiculturais” contra gente pobre e sem defesa nos grotões do planeta, inextinguíveis com um único tiro da swat.

Pois nós mesmos não temos o nosso uspiano entediado com bombas de arrancar cabeça de cinegrafista anunciando que agora vai se juntar aos black blocs do Putin, na Ucrânia, que têm bombas mais divertidas, de derrubar Boeing cheio de gente? São esses caras que estão dando aulas pros nossos filhos.

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Isso sem contar os 57 mil mortos por ano da nossa guerrinha “maquiada” que não entra em trégua porque não deixam.

Não ha como escapar. A civilização não dura 10 minutos sem a presença da polícia e a ONU e o seu Conselho de Segurança são só mais uma instituição com regras democráticas nas mãos de uma maioria que não é democrática. Nós estamos carecas de saber como é isso.

Não funciona! E custa genocídio atrás de genocídio. A vista ou a prazo não faz grande diferença.

Quando o que vem do outro lado é tiro, é degola, é bomba, com risco de ser atômica, não tem outro jeito: os únicos que podem e têm recursos e tecnologia para isso estão condenados a ser a policia do mundo. É insuportável pro raciocínio mas é assim porque raciocionalidade é uma rara exceção na alcatéia humana. Cada vez que esquecerem disso e fugirem desse dever a História se repetirá. E se demorar o Hitler da vez acabará dentro da casa deles.

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Brasil e Oriente Médio: desgraças paralelas

10 de julho de 2014 § Deixe um comentário

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Nesta terça-feira, 8, dia do “Mineiratzen” pelo que pouca gente deve te-lo lido, O Estado de S. Paulo publicou um artigo de Mathieu Atkins, que cobriu para o New York Times a luta entre as inumeras “facções do islamismo” que compõem os grupos armados do “Estado Islâmico no Iraque e no Levante” (o tal “Isil) e os que lutaram contra ele na cidade de Alepo que foi tomada por esses partidários da ressurreição de um “califado islâmico” modelo Século 7 e, em seguida, retomada por outros grupos armados não necessariamente ligados ao governo desafiado pelos primeiros.

A matéria — “A promessa dos radicais de Alepo” neste link — é uma confusão não porque seja defeituosa do ponto de vista jornalístico mas porque descreve, com a fidelidade possível, uma realidade que é uma tremenda confusão na qual, da Al Qaeda para cima – ela também dividida em diferentes “facções” e “correntes” – o confronto inclui de tudo e mais alguma coisa daquilo que, do Século 7 em diante, quer ser chamado de “variação do islamismo“.

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Tentar entender as nuances que separam esses grupos e essas supostas “variações” usando o racional e os padrões de definição política, ideológica ou religiosa das democracias do Ocidente só pode conduzir – seja o jornalista, seja o funcionário do Departamento de Estado, seja o presidente dos Estados Unidos – de erro em erro, a catástrofes que acabam sempre do mesmo jeito: à derrubada de cada tirania estabilizada sucede uma tirania instável que passa a matar muito mais que a anterior para se estabilizar, pois que é, sempre, de medição de forças entre “chefões” e não de qualquer outra coisa mais substancial ou sutil que se trata.

A cada banho de sangue que se procura deter em nome de critérios humanitários, portanto, segue-se em geral um banho de sangue ainda pior. E a dificuldade está em que “to disengage” e deixar isso correr, como Obama anunciou que faria, joga tanta lenha nessa fogueira de vaidades e ambições que, dado o poder das armas de hoje, põe a continuação da humanidade em risco.

Se correr o bicho pega, se parar o bicho come…

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Para um brasileiro acostumado a viver no meio de uma guerra que mata mais que qualquer uma das declaradas do Oriente Médio sem sequer se dar conta de que assim é porque aqui a mortandade não está assumidamente relacionada à luta política (embora esteja de fato), não é difícil entender porque as sucessões são como são no Oriente Médio.

Desde que a “hegemonia cultural” socialista morena se instalou nas nossas escolas, igrejas e meios de comunicação no nível requerido para que passasse a se reproduzir sozinha “educando” as classes dominadas a tomar como natural e conveniente a sua submissão à classe no poder, a nossa disputa política passou a ser semelhante às das “variantes do islamismo” em que se fragmenta o Oriente Médio: só ha diferenças de grau de radicalismo em torno da mesma única “verdade” geral admitida, nas madraças lá, nas escolas aqui, “verdade” esta cujo principal objetivo é tornar impossível àquele país e àquela população dominada fugir para a modernidade.

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As verdades capazes de conduzir a ela são proibidas sob pena de apedrejamento físico, lá, e de apedrejamento moral, aqui, e de forma tão implacável e eficiente que, depois de algum tempo acabam sendo esquecidas e nem chegam mais a existir no horizonte das possibilidades.

A representação política de toda a rica diversidade humana e mais a da variedade das ambições em disputa — que continuam insistindo em ser ricamente diversa, uma, e variada, a outra, seja como for que se as cerque — fica, portanto, obrigada a se acomodar nesse estreitíssimo espaço que sobra.

Assim torna-se tão difícil diferenciar uma “corrente” do islamismo da outra entre as que estão, por exemplo, em luta pelos pedaços do Iraque neste momento, quanto é estabelecer as diferenças existentes entre os 30 e tantos partidos políticos que disputam os pedaços do Brasil agarrados a alguma “corrente” ou variação do “socialismo“.

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Quem, tentando compreender tudo isso de fora, for suficientemente realista para sair de dentro do seu próprio sapato e calçar o de quem está dentro dessas realidades falsificadas haverá, entretanto, de concordar com o que diz na matéria referida um chefe de um dos bandos em luta, um certo Abu Bilal da “Brigada Tawhid”.

Os comandantes dos supostos grupos seculares do Exército Sírio Livre vinculados ao governo sírio no exílio que os governos ocidentais vêm apoiando“, diz ele, “são como as ONGs: sabem como dizer o que o doador quer ouvir. Mas na realidade são só contrabandistas de diesel que controlam uma parte da fronteira. Não empreendem nenhum combate sério”.

Quem assiste os nossos “Programas Eleitorais Gratuitos” sabe exatamente o que ele está querendo dizer.

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La como cá, uma vez no poder, esses grupelhos que não representam mais que as ambições pessoais do seu chefe tanto quanto qualquer “cappo” dono de quarteirão disputando um pedaço de uma cidade dos velhos filmes da Máfia, mostram-se todos iguais: os sobreviventes compõem-se entre si e instalam uma mistura de roubalheira com violência institucional na dose que for necessária para não perder o pivilégio de ser ele a comandar o saque da população do território conquistado de que, no fim das contas, todos eles participarão em algum grau para permitir uns aos outros que o saque prossiga, de forma organizada, pelo maior tempo possível.

Não faz diferença nenhuma as alegadas nuanças da fase de disputa pelo poder, assim como não faz grande diferença que uns segurem o território conquistado com kalashnikovs e os outros com dinheiro. O certo é que tudo isso não tem nada a ver, nem com islamismo, nem com socialismo, que é coisa que nunca existiu no universo da realidade, nem, muito menos, com democracia, além de ser sempre muito difícil chegar a uma conclusão sobre qual dessas duas formas de se sustentar no poder mata mais.

Lá como cá, estancar a sangueira e fugir para a modernidade depende estritamente de se encontrar os meios de colocar as “religiões” e os dogmas nos seus devidos lugares e tratar de por as relações entre os homens e as deles com o Estado dentro dos limites estritos das leis e das instituições as mais impessoais, objetivas e invioláveis possíveis, de modo a permitir que, respeitados esses limites, cada um estabeleça a sua relação com deus e busque a própria felicidade da maneira que melhor lhe der na telha.

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Invadir e coçar é só começar

11 de março de 2014 § 6 Comentários

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No essencial a humanidade é uma coisa só e reage do mesmo jeito aos mesmos impulsos, seja qual for o tamanho ou a localização da fatia dela que se queira analisar.

Vejam o caso desse titerezinho da Ucrânia. Enfrentado, deixou para traz a “dacha” obscena e, disfarçado e por rotas de fuga previamente mapeadas, recurso de todo e qualquer criminoso desde sempre, correu com o rabo entre as pernas disposto a desaparecer para sempre nas trevas, tomando o cuidado de levar o quanto pode do que roubou do povo da Ucrânia, ladrão que é, e que deve ter sido bastante posto que a profissional que anda com ele, uns 30 anos mais jovem, achou que ainda tinha a ganhar continuando ao lado do velhote.

Amparado por uma autoridade constituída com um poderoso exército nas mãos e disposta a garantir-lhe a impunidade com tanques, aviões e fuzis kalashnikov, ei-lo de volta à luz do sol “agrandado“, arreganhando os dentes para o povo da Ucrânia que o escorraçou e para o mundo que lhe “deu mole.

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Ontem escrevi sobre esse mesmo tema e fui mal compreendido por uma leitora. Mostrava como o crime reflui imediatamente, assim que o Estado lhe opõe resistência, e como faz mal para a nossa segurança e a de nossos filhos e mães ficar tergiversando a esse respeito como se houvesse qualquer dúvida razoável de que tirar criminosos das ruas e mantê-los fora delas é o caminho mais concreto para se reduzir a criminalidade assim como manter o direito de suas vítimas potenciais de se defender de arma na mão reduz a arrogância e a “coragem” desse tipo de covarde.

Viktor Yanukovitch acaba de provar as duas coisas, a primeira com a ajuda de Vladimir Putin e a segunda pelo fato de, graças a ele, poder contar agora com tanques e soldados armados e suas vítimas potenciais não.

Os criminosos dos morros do Rio de Janeiro também já o tinham provado praticamente tomando a cidade quando a autoridade constituída de então, o pai do “socialismo moreno” Leonel Brizola, tirou a polícia dos morros e entregou-os ao crime organizado, e refluindo imediatamente assim que o Estado, 30 anos depois, resolveu finalmente exercer o papel para o qual foi criado e estabelecido.

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A presença e a força do crime organizado, aliás, é inversamente proporcional à quantidade de democracia de que desfruta uma sociedade. Pois democracia não é muito mais que uma série simples de arranjos para por o destino das autoridades constituídas nas mãos do povo de modo a obrigá-las a jogar a favor dele ou perder o cargo e ir se haver com os joaquins barbosas da vida lá na Papuda.

Totalitarismo é precisamente o avesso disso. O extremo oposto. É pôr o destino do povo nas mãos das autoridades que se impuserem pela força de modo a deixá-lo inteiramente dependente delas e obrigado a obedecê-las cegamente ou ir parar num campo de concentração, num manicômio ou simplesmente perder a vida.

Vladimir Putin foi o chefe da polícia secreta encarregada desses fuzilamentos e condenações no mais longevo e violento dos regimes totalitários que a Terra já viu, que é aquele que prevaleceu na Rússia Soviética entre 1917 e 1989 e nas dezenas de países à sua volta que ela invadiu e submeteu pelas armas. O mesmo regime que esse pessoal que nos governa hoje também tentou impor pelas armas ao Brasil.

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Vladimir Putin sempre foi, portanto, um criminoso.

Para piorar as coisas, basta fazer as contas para entender que não existe um único russo vivo hoje que tenha experimentado em casa qualquer coisa que se assemelhe a um Estado de Direito. De lá (1989) para cá, só mudou o discurso, que se tornou mais honesto. O povo já está tão acostumado a viver nas mãos de criminosos que a coisa funciona mais ou menos como nos morros cariocas: os trogloditas de hoje assumem-se tranquilamente como o que são e trabalham aberta e explicitamente, tanto para eliminar fisicamente quem se lhes opõe, quanto para cobrir de ouro quem lhes lambe as botas.

E eles são muitos!

Os equivalentes da antiga “nomenklatura” dos tempos da Rússia totalitária – os funcionários do partido que tinham de desfrutar seus privilégios escondidinhos e só no território nacional – constituem-se hoje na ponta mais exibida e cafajeste do “jet set” internacional e desfila a sua impunidade nos antigos resorts que compunham a crônica do glamour do século 20 que a “comunistas” só era dado cobiçar de longe,  com seus séquitos de prostitutas escandalosas e suas orgias de incineração ostensiva de dinheiro fácil.

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As modernas versões brasileiras desse tipo ancestral são duas: na ponta de baixo, os traficantes dos morros com seus barracos “de luxo” e suas jacuzzis lá no topo, os correntões e os fuzis de ouro e o séquito de “popozudas“; na ponta de cima, os barões do BNDES com seus carrões, seus jatões, seus iatões e suas peruas carregadas de bolsas que custam o preço de casas, disputando esses mesmos resorts com seus concorrentes russos.

Todos dependem igualmente da impunidade garantida pela autoridade constituída sem a qual o crime organizado não sobrevive nem dez minutos.

No Brasil, onde todo mundo já sentiu, aqui e ali, um cheirinho de democracia nos nossos momentos de transição entre extremos que, graças a deus, nunca conseguiram se impor totalmente, a coisa toda pega mais leve porque ainda existe a polícia lidando com a ponta de baixo e o STF tentando lidar com a ponta de cima.

Na Rússia não tem ninguém fazendo força contra. Todo mundo só faz o que o Putin quer.

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Os putins da vida, para resumir, encolhem ou “se agrandam” em arrogância e truculência em função do que faz ou deixa de fazer a “policia do mundo” que são os Estados Unidos e a OTAN.

De modo que é fácil entender o que está acontecendo.

O sinal nas fronteiras a que eles limitavam a sua truculência mudou de vermelho para amarelo quando Barak Obama e a OTAN “arregaram” diante do Irã e sua bomba atômica. Em troca de uma vaga promessa de adiar a explosão eles deram carta branca aos aiatolás para continuar financiando o terrorismo em pelo menos três países do mundo – o Líbano, Israel e o Iraque.

Não bastou. O sinal passou a amarelo piscante quando Barak Obama e a OTAN “arregaram” novamente diante de Bashar Al Assad, o genocida, dando-lhe carta branca para continuar massacrando a população da Síria desde que não seja por envenenamento com gás.

E finalmente ficou verde quando, logo depois dos seus sócios europeus, Barak Obama também anunciou que vai reduzir os gastos militares americanos a níveis anteriores aos da 2a Guerra Mundial, o que quer dizer que quem quiser “se agrandar” que “se agrande” porque não haverá consequências.

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Foi o que fez Valdimir Putin se sentir seguro o suficiente para anunciar que a Rússia (depois da China) vai multiplicar como nunca os seus que passarão a 730 bilhões de dólares até 2020 quando ele espera ter concluído o seu programa de construção de mais de 100 bases aéreas e navais em diversos lugares do mundo, incluindo, entre outros, a Venezuela, Cuba, o Vietnã, a Nicarágua, Seychelles, Singapura e outros. Isso tudo partindo de uma única base fora do país hoje, localizada em Tartus, na Síria de Bashar Al Assad e agora, provavelmente logo, uma também na Criméia ucraniana e talvez mais que isso. E é claro que um empresário do crime como ele não ha de investir 730 bilhões em armas para não usa-las jamais.

E aí, sabe como é: invadir e coçar, é só começar…

Os bandidos do mundo, enfim, sentados em tronos ou não, agem exatamente do mesmo modo que os bandidos dos morros cariocas ou das ruas de São Paulo e do resto do Brasil: “se agrandam” na sua covardia assassina quando o Estado e a polícia omitem-se ou tornam-se seus aliados; fogem com o rabo entre as pernas quando o Estado e a polícia cumprem o seu papel e os enfrentam.

O resto é conversa, em geral de gente mal intencionada, que não tem o menor respaldo nos fatos.

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Quem está maior em $ que o Tesouro dos EUA?

11 de outubro de 2013 § Deixe um comentário

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Mesmo com todas as drásticas medidas de contenção e adiamentos de pagamentos as reservas do Tesouro norte-americano para pagamentos autorizados pelo orçamento (e lá sem licença expressa do povo não se gasta um tostão, sob pena de prisão sem direito a embargo infringente) estavam em US$ 32 bilhões ontem.

David Yanofsky, da Quartz, registra que nove companhias privadas listadas entre as 500 Mais da Standard & Poors têm mais que isso em caixa ou em investimentos de curto prazo de liquidez imediata:

  • General Eletric ………………….. 88,86 bi
  • Microsoft …………………………. 77,02 bi
  • Google ……………………………. 54,43 bi
  • Cisco ……………………………… 50,61 bi
  • Apple ……………………………… 42,61 bi
  • Oracle …………………………….. 39,1 bi
  • Ford ………………………………. 36,71 bi
  • Berkshire Hathaway …………….. 35,7 bi
  • Pfizer ……………………………… 33,71 bi

Só para confirmar: seis meses atrás o Tesouro americano tinha 151 bi para gastar segundo as regras que condicionam esses gastos à arrecadação anual relativas ao ano fiscal de 2012; em condições normais, o governo dos EUA ainda é, portanto, “a maior empresa do mundo”.

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