Esse juro resolve?

31 de maio de 2022 § 11 Comentários

Algum “especialista” pode explicar como o aumento de juros no Brasil vai deter a explosão de preços de commodities e petróleo pela guerra do Putin e desordem da produção mundial pelos lockdowns da pandemia? Por enquanto entendo q só serve pra enriquecer banqueiro e eleger o Lula.

§ 11 Respostas para Esse juro resolve?

  • whataboy disse:

    Se vc não reconhecer a inflação mais elevada e crescente para bancar a dívida pública, o que fará o investidor pequeno ou grande (eu, vc e metade da torcida do curintia)? Resposta: transfira sua liquidez para outros lugares, provoque escassez, aumente o custo para os tomadores de qualquer forma, crie mais incertezas e explicações populistas.

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  • Renato Pires disse:

    O PROBLEMA REAL DO BRASIL

    Renato Pires

    Hoje estamos assistindo, diariamente, o tempo todo, na mídia tradicional e nas redes sociais, as pauladas que entre si distribuem os Lulas e os Bolsonaros da vida, assim cumprindo fielmente o papel da política brasileira, que é distrair e desviar a atenção do povo o tempo todo, para que não atentem para, e ataquem, os verdadeiros problemas da nação, que a impedem de crescer, desenvolver e dar uma vida digna aos seus cidadãos.
    O Brasil é uma pirâmide de exploração social e econômica, onde um percentual ínfimo da população arranca para si, e detém, um altíssimo percentual da renda nacional, afora os incontáveis privilégios e prebendas com que tiram pérfido proveito desta nação de necessitados e miseráveis.
    A Pirâmide da Exploração Socioeconômica tem no topo as “famílias hereditárias”, que desde sempre, porém às ocultas, vem se perpetuando no ofício de explorar o povo brasileiro até o osso.
    Abaixo dela, vem o que chamo de “Cartorião Financeiro”, um conglomerado longevo e vergonhoso, constituído pelos bancões e seus braços financeiros (financeiras, companhias de investimento, etc.), mecanismo de exploração econômica do sofrido povão brasileiro. As poucas “famílias hereditárias” (que constituem o poder verdadeiro, real, neste País) são os maiores acionistas desse “Cartorião Financeiro”, aos quais controlam e manobram para arrancar para si boa parte da riqueza gerada pelas empresas e trabalhadores brasileiros.
    O “Cartorião Financeiro” age, basicamente, através de quatro perversos mecanismos de extração de riqueza, quais sejam:
    – Eterna e impagável Dívida Pública, que, contrariamente às práticas financeiras universais, rendem juros escandalosos, com risco pouco acima de zero, um fenômeno inaudito no mundo das finanças.
    – As empresas produtoras e comercializadoras de combustíveis, desde Petrobrás (que já foi privatizada há tempos, pertence hoje ao “Cartoriâo Financeiro, que a controla com mão de ferro para produzir os sagrados dividendos anuais, 24 bilhões em 2021, dane-se o povo brasileiro), até as distribuidoras de combustível, uma vergonha nacional controlada pelo Cartorião Financeiro, consequentemente pelas “famílias hereditárias”
    – As empresas produtoras e comercializadoras de energia elétrica, desde Eletrobrás, até as distribuidoras de energia, também controladas com mão de ferro pelo “Cartorião”, para que produzam os inesgotáveis dividendos com se refestelam e às suas “famílias hereditárias” controladoras.
    – O manejo dos recursos públicos, da forma mais desavergonhada, onde os recursos parados nas mãos do “Cartoriâo” não rendem juros ao governo (embora os apliquem), mas daqueles que eventualmente antecipam ao governo extraem pesados juros e encargos. São bilhões e bilhões nas mãos desses facínoras financeiros e seus controladores, com o amplo beneplácito das “autoridades” políticas, que prestam mais essa vassalagem ao Cartorião, com o nosso dinheiro (claro que levando também suas “vantagens”, ainda que ilícitas, mas desde sempre garantidas pelo nosso impagável judiciário).
    Neste cenário paradisíaco para os exploradores financeiros, porque razão um banco ou uma financeira iria dedicar seus recursos para financiar investimentos privados? Esta é a explicação mais óbvia para que a economia brasileira ande há décadas de lado, sem crescer o suficiente para gerar emprego e renda para os brasileiros.
    Explica também os eternos juros altos, um dos maiores do mundo, pois essa corja tem condições de praticar isso sem o menor pudor, certos de que jamais serão incomodados por uma política séria, de interesse público verdadeiro.
    É aí, portanto, que entra a política, com seus atores malandros ou idiotas, ou ambos, cumprindo seu papel ridículo de cortina de fumaça, com as briguinhas diárias na mídia e nas redes sociais, distraindo permanentemente a atenção do povo, para impedir que este veja a natureza verdadeira do monstruoso mecanismo de exploração que há muito tempo vem sugando e infelicitando esta pobre nação, sem que se desnude sua vergonhosa natureza e sem que se ponha um fim nesse absurdo.
    Quando é que teremos uma luz no final deste túnel tenebroso? A julgar pelo nível atual dos nossos políticos, que misturam o tempo todo ignorância com avidez por poder e dinheiro, vai demorar muito ainda. Que Deus nos ajude!

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  • dcavelar disse:

    Não sei responder sua dúvida. Mas achei intrigante seu entendimento, não sobre enriquecer banqueiros pois eles sempre ficaram mais ricos tanto com Lula ou Bolsonaro.

    O intrigante é que pelo seu comentário, você talvez aventa a possibilidade de que Bolsonaro, que foi quem indicou o Pres do Bco Central, possa ser uma opção melhor que Lula. Ou talvez Ciro, Tebet, Bivar, Janones, …?

    Minha opinião é que independente de quem for eleito, se de esquerda, direita ou centro, nosso destino é o abismo

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  • Rubi Germano Rodrigues disse:

    Estamos nitidamente diante de uma elevação planetária de preços decorrente de escassez de produtos, cuja solução exigiria juros baixos para incentivar a produção. Não consigo imaginar como escassez de bens possa ser resolvida com juros altos. Quando o Governo concedeu autonomia ao Banco Central a justificativa foi a de impedir que eventual governo usasse inflação para ajustar o seu caixa. Se Whataboy estiver certo, o BACEN está atuando (também) para o Governo contrariando as razões pelas quais ele conquistou autonomia. Juros altos são uma festa para banqueiros e especuladores. A nação paga por isso via serviços da dívida consolidada que é a grande engrenagem de exploração planetária inventada por ingleses e americanos com o fim da paridade ouro. Como enfrentamos essa exploração? Concedendo autonomia ao BACEN, com o aplauso unânime da imprensa (que nunca se dignou a fazer a pergunta que Fernão nos coloca hoje). Combater inflação com alta de juros virou dogma de “especialistas” e mantra de gado.

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  • lboucinh disse:

    A inflação na Alemanha por conta da Pandemia e da Guerra está em 8,2% e os juros de longo prazo em 0,74%.

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    • whataboy disse:

      Na Alemanha, o longo prazo é uma paisagem conhecida. O BC alemão tem espaços mais largos para usar.
      Quem desenha uma paisagem de médio prazo no Brasil para evitar movimentos desesperados de especuladores, investidores e agentes econômicos para fugir dos riscos da perda de credibilidade que viria com a Selic baixinha??

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  • Fernão disse:

    E porque manter a selic baixinha como o resto do mundo todo com a mesma inflação que nós ou maior, resultaria em perda de credibilidade? V não estaria raciocinando automaticamente inflação = aumento de juros, quando ha diferentes tipos de inflação pedindo diferentes tipos de remédios?

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    • whataboy disse:

      Tento pensar com a mesma cabeça arisca do mercado financeiro: se os dois candidatos mais prováveis não tem grande respeito pelo equilíbrio fiscal e arrotam suas medidas populistas na direção contrária, qualquer sinal de perdão da inflação é fogo no paiol da indexação geral e evidente tendência de desvalorização crescente da moeda. Ordem unida para o dólar para proteger o capital, uma certa desordem nos fluxos, máxima proteção e cautela, tudo apontando de novo para mais inflação por falta de credibilidade geral sim. Enfrentar essa “racionalidade” com outra história deve ser algo possível só para os fortes, mas não para governos tão mambembes como o atual e o provável seguinte. Como ouvi hoje de Pedro Malan: combater a inflação não é um fim em si mesmo, é apenas uma condição necessária para um conjunto de políticas positivas, inclusive, por exemplo, para compensar segmentos estratégicos diante de aumentos de custos por choque de oferta no planeta.

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  • O mundo todo passa por isso pelos mesmos motivos mas no Brasil há mais um outro motivo…
    Enquanto se vive em tempos de enxurrada de dinheiros impressos à custa da pandemia, e por ela também a atual recuperação dos ganhos do petróleo, uma guerra complicou ainda mais a situação.
    No Brasil como sempre acresce a instabilidade das políticas económicas de governos populistas irresponsáveis.
    Juro é risco, no Brasil sempre foi também especulação da banca.

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