“Golpe de neutrons”

15 de julho de 2020 § 13 Comentários

“Golpe de nêutrons” é aquele que preserva a casca mas mata a democracia por dentro. Nessa modalidade nunca há grandes explosões. O golpe é dado com pequenos traques monocráticos para que, em caso de resistência, possam ser convertidos em alibis para a instituição de cuja força se serve. Assim o povo pode ser levado a pensar que a democracia ainda está lá mas quando, por uma razão ou por outra, tenta acioná-la, descobre que ela já se foi. E aí é tarde demais…

§ 13 Respostas para “Golpe de neutrons”

  • Nico Fensterseifer disse:

    Há quanto tempo estamos tomando esses traques, achando que somos um supra sumo de democracia?

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  • Benedicto Moreira disse:

    O Fernão de Lara Mesquita é um dos poucos e louváveis oásis de coerência interpretativa no deserto ressequido do jornalismo nacional. Aqui, sintético mas verdadeiro, como costumeiro. Sempre “espalho” na Internet os seus pronunciamentos. Admiração – Abraço – Prof. B/Moreira

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  • rubirodrigues disse:

    Não pode ser designado democrático o regime no qual os eleitores não preservam o direito de destituir, a qualquer tempo, o agente público que perdeu confiança ou se revela nocivo. Fernão term razão, é simples assim.

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  • Mario Junior Cobucci disse:

    Fernão. Muito prudente e necessário. Esse esforço será recompensado com tantos leitores preocupados com o rumo tomado.
    Vá em frente, valeu
    Abs Marito

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  • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

    Certamente Fernão muitos leem os seus escritos também no exterior, apesar de não se manifestarem com comentários escritos. Gente influente e que se preocupa incondicionalmente pelo destino do Brasil e do mundo, como por exemplo aqueles que comandam instituições que se preocupam com os destinos da amazônia.Gente que se importa como as coisas públicas são conduzidas e que podem afetar seus países também, afinal nosso planetinha é de todos, o nosso querido (?) aquário Terra.
    A pressão política externa muitas vezes é salutar para acordar nossas elites adormecidas, como já aconteceu no passado quando houve exageros durante o governo dos militares, por grupos extremistas e de torturadores que eram imitados na violência por uma esquerda terrorista.
    Afinal, todos gostam quando o capital internacional vem investir no desenvolvimento econômico brasileiro mas nada fazem para oferecer garantias democráticas, nem para os donos da casa:o povo!
    E pior muitos da nossa elite política estão pouco ligando se os lucros vão para fora e nada constroem aqui, num violento processo de espoliação de nosso povo, desde os tempos da exploração do pau-brasil !
    Nunca tantos “políticos”deveram tantas explicações a tantos brasileiros!
    Uma coisa é certa: o mundo democrático nos observa e cobrará as devidas adequações, somando-se ao nosso clamor popular.
    Essa época pré-eleitoral é o momento certo para enquadrarmos os maus políticos e apoiarmos os competentes que de fato nos representam.
    Através do voto podemos expurgar do sistema os “políticos” corruptos que tiram vantagem até da pandemia da covid-19.
    Continue esclarecendo Fernão, numa terra onde muitos se dedicam ao obscurantismo que trai o Brasil e o mundo.

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  • Carlos Pinaffi disse:

    De acordo Fernão, mas creio que nossa democracia já foi … Um país com o poder Judiciário e o Legislativo como o nosso não é sério
    Vamos ter que lutar muito para chegar lá , apesar de muitos brasileiros terem noção do desastre que foi feito nas últimas décadas e continua a nos sacrificar…

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  • Notável como o peso da imprensa em reportagens favoráveis à oposição ao Governo Central DOBROU desde que o TSE recebeu a totalidade dos 2 bilhões destinados ao Fundo Eleitoral, em 1º de junho.

    O STF, com seus 11 indicados pela oposição, sendo que 9 destes nunca foram juízes concursados, arregaçou as manguinhas na mesma proporção.

    Pesquisa do DataSenado divulgada no dia 16 do mesmo mês indicou que 9 em 10 brasileiros eram favoráveis à utilização do fundo para o combate à pandemia do Coronavírus. Tarde demais.

    Ou seja, o fundo, em lugar de servir ao combate à pandemia, está provavelmente sendo usado INDEVIDAMENTE para desestabilizar o Governo, piorando a situação.

    Como diz Fernão Lara Mesquita, jornalista e administrador do site Vespeiro.com, o País Oficial não representa absolutamente o País Real.

    Seria bom o MPF e a PF investigarem o TSE e as mídias de massa, e apurar a razão por trás destas distorções.

    (postado nas minhas redes sociais)

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  • GATO disse:

    É Fernão, estão aproveitando que o elevador está descendo para o vigésimo quinto sub-solo e estão soltando um monte de traques lá dentro Ficam todos olhando uns para os outros querendo adivinhar quem foi o mal criado, que está a fazer isso. Fácil deduzir, quem é que quer saiamos as ruas para enfrentar o COVID 19 sem mascaras, quem é que quer acender um fósforo dentro do elevador (floresta que não é o restaurante) para ver se espanta o fedor e quem é que fica torcendo para o elevador cair para o milionésimo quinto andar de onde não vamos voltar.
    Assim está se implantando a “Demoníaca” forma de levar o país ao confins do mundo, mistura de democracia+filosofia demoníaca a que estamos sendo submetidos onde o que vale é o $$$, mais os vão diabólicos desejos de mandar todos pra fervura de um planeta ÁGUA fervendo e que como o sapo não sentimos o aquecimento.
    Quando percebermos será tarde, o “Mito da Caverna” está acontecendo. Será que acreditamos que há salvação ou estamos todos perdidos por estar acreditando em loucos da liberdade?
    Muitas siglas MPF-PF-TSE-STF-PSD-PDS-MDB-PRF-PT-PSDB-IURD é uma sopa de letras que nada significam pois eu tenho a força da teta, opa quer dizer da caneta (ele pensa que tem), mas quem fornece a tinta é o POVO e esse tá a base de OVO e com o saco vazio esperando te encontrar, encontrar, encontrar para acertar, acertar…..

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  • Jali Meirinho disse:

    São velhos ditados, atuais em todo tempo.O PREÇO DA LIBERDADE É A ETERNA VIGILÂNCIA.
    ou
    SEMPRE ALERTA!

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  • Paulo Fam disse:

    Comentarios coerentes e adquados

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  • cacaroloss disse:

    Bomba de neutros . Título adequado para o que vivemos neste pais.Nesta pandemia, estamos vendo o aumento da miséria, o número absurdo de mendigos nas ruas, nos semáforos , as verdadeiras cidades de moradores de rua espalhadas pelas calçadas, marquises. Um aumento inacreditável. No entanto, a maior parte da riqueza deste país está sendo usada para garantir o conforto, o bem estar, a alta qualidade de vida de uma parcela da população. Toda ela formada por profissionais do estamento público, no executivo, no legislativo, no judiciário,nas universidades, nas autarquias, enfim, a elite deste pais. Qual a diferença deste sistema para o das cortes europeias da idade média e dos seus plebeus? Da elite do império romano e dos seus servos? Esta pobreza que estamos vendo, que era mitigada pela atividade economica, simplesmente explodiu, com a paralisação das várias atividades no comércio, nas indústrias, nos serviços, nos pequenos empreendimentos de rua. E o que aconteceu? O estado passou a dar umas migalhas(auxílio emergencial) , que mostra bem ao que fomos reduzidos como nação. Milhões de pessoas, dezenas de milhões, recebendo este auxílio, mostrando a verdadeira face do Brasil: um país de pobres, de excluídos,de pessoas lutando a cada dia por migalhas. E uma elite insensível, soberba, defendida por intelectuais, jornalistas, esquerdistas, políticos com preocupação social( argh), e uma por uma camada de imbecis desta mesma plebe, que de forma inacreditável, defende este status quo.Bomba de nêutrons, a mais precisa definição deste nosso sistema. Até quando vai durar? O império romano desmoronou, a realeza europeia desapareceu com a revolução francesa, a União Soviética implodiu. Acho que a tarefa é simplesmente hercúlea…

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  • Não poderia ser mais equivocada a conclusão do artigo “O valor de um currículo acadêmico”, não por acaso subscrito pelo reitor da UNICAMP Alcir Pécora, o que é um forte indício de defesa corporativista de uma instituição que funciona mais a favor da corporação do que da sociedade, de que a “sociedade democrática está OBRIGADA a investir em universidades públicas, PATRIMÔNIO DE TODOS” (destaque meu).
    É equivocada, porque não é demais lembrar que 50% da população brasileira enfrenta uma insanada exclusão de qualquer benefício da cidadania, e os 50% restantes estão divididos entre alguns que se locupletam de um sistema diferenciado e outros que lutam para sobreviver num verdadeiro deserto do respeito à própria cidadania. Lembro que a primeira viagem que fiz ao exterior, pela American Airlines, na classe econômica, enquanto entrava no avião ouvia alegres comentários dos membros da primeira classe, que era composta apenas por servidores e professores da USP. Para mim, desde então, foi impossível não deixar de perceber que o homem-zumbi da cracolândia e o estudante que se esforça para manter-se em uma uma faculdade privada tem em comum o fato de não terem sido convidados para essa festa, embora paguem caro pela conta com seus impostos. Ano após ano, vestibulares como o da USP ceifam por frações de nota, milhares de estudantes que fizeram o melhor que podiam dadas as condições desiguais que vigoram em nosso país. Aí vale refletir: vale mais uma nota 700 de alguém que penou todas as dificuldades durante a escolarização ou os 900 de quem estudou nos mais caros e bem equipados colégios?
    Ademais, por muitas décadas uma cultura bacharelesca, baseada apenas na titulação para ascensão social e econômica, condenou o Brasil a uma das mais baixas taxas de produtividade do mundo e à instituição de uma cultura do QI (Quem Indica), na qual os candidatos, além de serem portadores de um título qualquer deveriam ser apadrinhados por alguém que se manteve no topo desde sempre.
    Recentemente, esse jornal festejou em editorial o fato de a USP constar no ranking das 50 melhores instituições do mundo em cursos absolutamente secundários para o desenvolvimento social e tecnológico do Brasil. Odontologia (18.º), Engenharia de Minerais e Mineração (25.º), Esportes (31.º), Arquitetura (35.º), Agricultura e Ciências Florestais (35.º), Veterinária (38.º), Antropologia (42.º), Artes & Design (42.º). As federais de Minas Gerais (UFMG) e do Rio de Janeiro (UFRJ) ficaram com o 45.º lugar em Esportes e 49.º em Antropologia, respectivamente.
    Ou seja, é muito pouco resultado em áreas muito mais cruciais, como as engenharias, as ciências e suas tecnologias, para um custo excessivo imposto a um país emergente, no qual a esmagadora maioria da população não se beneficia maciçamente do trabalho da universidade. Tal quadro é agravado com uma absurda autonomia dada, financeira e administrativa, sem que os quadros dirigentes da instituição tenham que prestar contas a ninguém a não ser aos próprios pares, pois não há eleição democrática da qual participe a sociedade e nem há órgãos externos de controle. Talvez por causa disso, a USP e outras universidades públicas cometeram os disparate de gastar mais de 100% das receitas com despesas de pessoal, resultantes dos impostos suados do contribuinte.
    As universidades públicas são esquizofrênicas e incentivam a paranoia na sociedade brasileira, esquizofrênicas porque a elite que compõe essas instituições é compostas por indivíduos pagos muito acima da média dos brasileiros e viajam pelo mundo para falar mal do Brasil e do governo brasileiro, mas incentivam os alunos a difundirem entre a massa dos cidadãos a ideia de que uma sociedade coletivista e socialista é melhor, embora isso não tenha fundamento prático em nenhuma experiência do gênero. Não a toa a maioria da população brasileira não se sente representada por esse tipo de ideia. Uma simples demonstração de que isso não funciona são os tribunais raciais que as universidades públicas estão tentando implantar, embora mais da metade da população brasileira seja mestiça, querem regular quem é mais ou menos mestiço. Como isso é impossível, estão implantando tribunais raciais arbitrários, responsabilizando jovens contemporâneos pelas consequências de um antigo escravagismo ao qual não deram causa e pelo qual sofrem igualmente as consequências, ou será que é preciso ir a universidade para saber que seria melhor que houvesse menos desigualdade no país? Mas essas universidades deixaram que alunos completassem todo o percurso acadêmico para depois de formados lhes negar o direito de exercer a profissão a que fizeram jus.
    As universidades públicas deveriam ser transformadas em fundações públicas, captando recursos privados para suas pesquisas, cobrando mensalidades dos que podem pagar, oferecendo bolsas a quem não pode, submetendo-se ao controle externo da sociedade brasileira, além de garantir transparência na seleção de alunos, principalmente para a pós-graduação, que não tem vestibular e se baseia em um regime de indicações interno e obscuro e um esforço muito maior para inserção de mais alunos, pois há cursos superiores com apenas vinte vagas, o que é um absurdo, considerando a realidade da educação básica em que há até 50 alunos alfabetizandos em uma única sala. E aí repousa um outro problema: a maior parte dos recursos destinados à educação em vez de ser destinado à educação básica, é direcionado para as universidades públicas, porque simplesmente o Estado não tem recursos suficientes para todo o investimento necessário e o que é alocado é mal utilizado.
    Além disso, e isso não é nenhum absurdo, a universidade tem que conduzir a sua ação para as prioridades que a sociedade definir e não estipulando essas prioridades de pesquisa ao seu bel prazer. Ou seja, ao contrário do que disse o artigo, é a universidade pública que deveria se obrigar com a sociedade democrática e não o contrário.

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