Os perigos das decisões precipitadas

8 de agosto de 2018 § 18 Comentários

Artigo para O Estado de S. Paulo de 7/8/2018  *

A onda nacional de repúdio que o vexame do Roda Viva com Jair Bolsonaro provocou teve, afinal, um subproduto positivo. Poupou o Brasil do que poderia ter sido o vexame da Globonews se ela tivesse chegado virgem ao candidato, com o ímpeto em que vinham vindo a maior parte das redações. Na noite da sexta-feira, 3/8, nenhuma agressão lhe foi dirigida e quase tudo lhe foi perguntado no tom que convém.

O vexame esteve nas respostas.

O fenomeno Bolsonaro é independente de Jair Bolsonaro. O candidato transformou-se no valhacouto de todos os exilados do Brasil com voz. Na sua praia acabaram por encalhar os censurados pelos ditadores da “correção politica”, os resistentes ao terrorismo moral, todos quantos as subideologias fabricadas repulsam, os rebelados contra a sistematização da mentira, os que se recusam a não ver o que seus olhos enxergam, os que insistem em educar eles próprios os seus filhos, os condenados à não existência midiática, os que persistem no index dos “ismos” probidos.

O liberalismo de Paulo Guedes também foi lá bater fugido da censura e logo passou de resgatado a resgatante, tal é o vazio que encontrou. No seu rastro vieram os cacos da classe média meritocrática em extinção e os exauridos todos do welfare state moreno com sotaque francês, a unica outra alternativa à venezuelização que se apresenta.

Mas tudo isso aconteceu mais pela precisão desses desvalidos que pela boniteza do “candidato honesto” que veio até à véspera desta fugindo de debates e de entrevistas montado apenas em peças editadas de whatsapp.

Foi quase por acaso, aliás, que ele fez saber aos espectadores da Globonews que, sim, a seu ver são também honestos não só o seu particular auxilio moradia como também os privilégios todos dos marajás de farda. Ele nada mais disse porque não lhe foi perguntado, o que é muito triste. Mas a avaliação abrange também, “por isonomia”, os dos marajás sem farda.

O deficit acumulado pela previdência do setor público de 2001 a 2015 foi de 1 trilhão e 300 bilhões de reais para atender 1 milhão de aposentados! O deficit da previdência privada, atendendo a 33 milhões de aposentados, no mesmo período, foi de 450 bilhões. A média das aposentadorias do setor privado é de 1,5 mil reais. No setor publico, a média é de 9 mil reais no poder executivo, o pedaço do marajalato mais sensivel ao voto, de 25 mil no legislativo, 29 mil no judiciário e acima de 30 mil no ministério público.

Quase todos os estados brasileiros, responsaveis pela segurança publica dos 63 mil assassinados por ano, pela saude e pelo saneamento dos re-assolados pelas pestes medievais e pela educação dos ladrões de medalhas de matemática gastam mais hoje com aposentados que com funcionários na ativa. É a mais vasta máquina de transferência de dinheiro de pobres para ricos jamais criada na face da Terra e a trajetória do deficit põe uma explosão de proporções telúricas imediatamente além da proxima curva.

Mas isso continua sendo um não problema. Não entra na pauta do debate presidencial.

Esse desinteresse da imprensa (ha exceções raras inclusive na televisão) pelo assalto à riqueza da Nação com a gazua da lei; esse acobertamento do estupro coletivo do Brasil pelas corporações que tomaram o estado de assalto é a última coisa que une esquerda e direita no Brasil. Essa cumplicidade mole, silenciosa, acovardada e com medo da vida do “país com tetinhas” para com o “país com tetonas”, que irmana partidos e conecta os extremos do espectro ideológico é que empurra os nossos muitos rios de janeiros para o nihilismo da desesperança e para a guerra. Mas foi o único ponto em que as visões de Bolsonaro e da banca examinadora da Rede Globo não gerou faíscas por baixo da polidês com que tudo transcorreu.

“Nem os quilombolas, nem ninguém tem direito de ter comida servida na boca”.

“Nenhum centímetro mais de terra indígena”.

“Gays, sim, kit gay não”.

“Brancos e negros, ricos e pobres, gays e heteros, somos todos brasileiros”.

“A história do Brasil foi a que foi, não a que é narrada”.

O Brasil está tão desesperadamente carente que tem ejaculções precoces com a mera declaração do óbvio em público. Mas, de parte a parte, faz-se um enorme barulho com o que não tem a menor importância para manter abafado o que tem toda.

Jair Bolsonaro e Donald Trump são filhos da mesma negação só que Trump é arrogante e Bolsonaro é humilde, Trump sabe o que é capitalismo – de “laços”, vá lá – e Bolsonaro nem isso. Ha uma enorme diferença certificada por uma obra concreta na capacidade de formulação, de montagem de equipe e de execução entre Jair Bolsonaro e Geraldo Alckmin. Mas assim como o “candidato honesto” ladra mas não morde, a democracia da vaidade, aristocrática e sem povo, do PSDB não chega nunca à penetração. Nenhum dos dois está contra o “sistema”, estão apenas fora dele e muito desgostosos com isso. Nenhum dos dois propõe reformas que mudem a essência ou a direção do que quer que seja, ambos contentam-se com “ajustes”, com meras regulagens de velocidade, com vender anéis para preservar os dedos.

O Brasil terá de ir ainda mais fundo no inferno antes de sermos arrastados de volta ao purgatório. Tiradentes foi o último momento em que estivemos parelhos com a ponta mais moderna do pensamento político. Desde que fomos invadidos pela corte e viciados nas blandícias da “aquisição de direitos” nunca mais acertamos o passo. É sempre o mundo que acaba nos arrastando para as modernidades depois que elas ficam velhas.

Nós não. Nós nos aferramos às nossas escravidões e somos sempre os últimos a aboli-las. Quem está dentro não sai e quem está fora sonha em entrar. Estamos sempre duas ou tres revoluções atrasados. Só somos “avançados” no papo furado.

Privilégio é o nosso negócio! O favelão continental que se exploda!

  • Por um erro de comunicação o Vespeiro publicou ontem o artigo que só será publicado n’O Estado de S. Paulo em 14/8/2018. O artigo acima é o que foi publicado ontem no Estadão.

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§ 18 Respostas para Os perigos das decisões precipitadas

  • Itche Vasserman disse:

    mais um excelente artigo..parabens

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    • Renato Pires disse:

      O SISTEMA PREDADOR
      Renato Pires

      Todos conhecem o camaleão, aquele bicho que se disfarça com perfeição no meio ambiente, a ponto de ficar invisível tanto aos seus predadores quanto às suas presas.
      Pois bem, o secular sistema brasileiro de dominação política e econômica é o supremo camaleão, que vem atravessando décadas, séculos, sem ser notado nem molestado, enquanto sacrifica em série os “bodes expiatórios” da vez no altar da opinião pública e do eleitorado distraído.
      Compõe esse sistema nefasto todos aqueles grupos sociais, minoritários porém política e economicamente dominantes no País, que vivem direta ou indiretamente às custas do estado, ou seja da população que gera riqueza, utilizando-o como uma máquina infernal e implacável de sugar as energias do povo brasileiro que trabalha e produz , sem nada lhes devolver em troca, senão angústias e injustiças permanentes.
      É um sistema perverso de dissipação da riqueza social gerada pelo trabalho das pessoas, entravando e encruando o desenvolvimento do País, um elefante morto pesando nas costas do trabalhador brasileiro.
      Formam esse sistema maligno, longevo e até aqui indestrutível:
      – grandes empresários rurais, antigamente conhecidos como latifundiários, que sustentam na base da força política a sua rede de exploração dos recursos e do trabalho humano em larga escala;
      – funcionalismo público privilegiado, com estabilidade de emprego e salários superiores aos de mercado, imune à noção e prática da produtividade e de resultados;
      – aposentados privilegiados do setor público, que ganham proventos bem acima dos pobres filiados ao INSS;
      – políticos de todos os matizes, que vivem de sugar o Tesouro de múltiplas formas;
      – uma máquina judiciária cujo custo, exorbitante, supera largamente os benefícios produzidos para a sociedade;
      – profissionais liberais que orbitam o setor público, criando mil artifícios para sugar a Viúva;
      – empresas ineficientes, tecnologicamente defasadas, oligopolistas, cronycapitalistas, que montam, entre si e com os políticos, conluios para “proteger” e fechar o mercado (evitando assim a mortal concorrência), praticam preços absurdamente altos quando comparados com os padrões internacionais, acionando a política para defender com unhas e dentes seus interesses corporativos de manutenção eterna do status quo, e que vivem de “incentivos fiscais”, outra forma absurda de predar o estado, e da aplicação estéril de seus lucros na dívida pública, através do cartório bancário;
      – ONGs que sugam a Viúva alegando defender o interesse público, quando na verdade defendem os interesses particulares que estão por detrás delas;
      – Sindicatos com mentalidade corporativa da idade da pedra, com renda garantida pelo imposto sindical, arrancado dos pobres que dizem representar, e que vivem para cuidar de si próprios e dos interesses de seus controladores, em detrimento do real interesse dos verdadeiros trabalhadores;
      – corporações de todos os tipos;
      -alunos ricos, filhos da burguesia patrimonialista brasileira, que ocupam as universidades públicas “gratuitas” (ou seja sustentadas pelos contribuintes), onde reproduzem o sistema predador disfarçado de “socialismo “;
      – por último, mas não menos importante, o cartório financeiro nacional, que lhes lava e multiplica as rendas predadas para preservar e expandir seus interesses às custas do suor do contribuinte, ironicamente emprestando ao próprio estado, através da hoje astronômica dívida pública!
      Como funciona essa trama secular? O acesso privilegiado à máquina pública é a chave para desvendar o enigma do funcionamento ininterrupto desse sistema que exaure as riquezas nacionais em proveito próprio.
      Todos os grupos que compõe o sistema de alguma forma retiram suas altas rendas do estado (ou seja da população que trabalha e gera riqueza), de forma legalizada porém ilegítima, altamente predatória, e que diretamente ou indiretamente preservam e multiplicam essa renda emprestando e reemprestando ao estado através do cartório bancário.
      Assim, o sistema exaure permanente e pesadamente os recursos públicos, seja consumindo as receitas através de sua contraprestação improdutiva, seja através da dívida pública, desenhada e gerida de forma a garantir a preservação e multiplicação dessas rendas predadas, sem risco e com juros escorchantes, deixando à mingua o estado, incapaz de suprir minimamente as necessidades de saúde, educação e demais serviços públicos ao pobre povão brasileiro, que é na verdade quem paga duplamente essa conta monstruosa.
      Outro efeito perverso dessa situação é o que podemos chamar de “capital crunch”, que é a concentração de aplicações financeiras na dívida pública, financiando o desperdício e a improdutividade, enquanto falta capital para investir nos setores produtivos, ocasionando a prática de juros escorchantes pelo cartório financeiro.
      Na verdade, nós ainda somos uma sociedade de cunho escravocrata, em que os escravos, os cidadãos comuns geradores da riqueza social, são teoricamente “livres”, mas vivem como servos obedientes desse maligno sistema predador.
      A predação sistemática do Estado é a fonte e a causa do nosso atraso econômico e da irremovível e vergonhosa desigualdade social num país com tanto potencial como o Brasil.
      A pesada herança patrimonialista portuguesa persiste entranhada em nossa cultura social, com as “excelências” predadoras do estado julgando-se com direitos divinamente adquiridos, eternos e inatacáveis, ainda que socialmente perversos.
      E como é que o sistema camaleônico se disfarça perante a opinião pública e o eleitorado? Escondendo-se sempre atrás do “bode expiatório” da vez, ou seja, escudando-se naquele grupo alçado ao poder para promover “mudanças políticas” cosméticas, irreais, marqueteiras, porém necessárias para que tudo fique lampeduzamente como está, em termos de poder real e efetivo.
      Na realidade, de crise em crise política, quase nada muda substancialmente quanto ao secular e perverso sistema de predação do erário.
      Tomemos o caso do “bode expiatório” da vez passada, Lula, Dilma e seu PT. Eleitos sob a promessa de promoverem a “justiça social”, resgatando o povo de seu sofrimento histórico, tal qual um Don Quixote maluco atacaram o moinho errado, culpando pelos referidos males sociais um “capitalismo” distante e indefinido, como se no Brasil tal coisa houvesse.
      Na prática, como os “bodes” anteriores, aderiram pesadamente ao sistema camaleônico e predador, não só fazendo o seu jogo mas dele participando e usufruindo também, e ainda alegando estarem a serviço das classes sociais menos favorecidas, justamente as que pagam o pedaço maior dessa conta maligna.
      Sendo o “bode” da vez, cumpriram sua missão de preservar oculto o camaleônico sistema predador, para o que foram regiamente “recompensados” em termos pessoais, mas queimando-se politicamente, como previsto no roteiro político perverso que infelicita este País há muito tempo, sem qualquer mudança real.
      E que venha agora o próximo “bode”, Michel Temer. Egresso do sistema político predador, e portanto impedido, sem condições de mexer no queijo da predação, pois para defender o “status quo” perverso temos as invasões e as “manifestações da rua”, outro disfarce sempre conveniente para as manipulações do sistema predador.
      Se Temer ou qualquer outro Don Quixote tentar realmente qualquer reforma que ameace de fato os interesses do sistema, será convenientemente expelido, como foi Dilma Rousseff. O papel real dos “bodes expiatórios” políticos é enrolar a opinião pública com “mudanças” e reformas inócuas, para que tudo permaneça como sempre no reino da predação do estado.
      Pois quando se protesta contra a corrupção, ninguém se dá conta de que o pior tipo de corrupção, seguramente o que mais destrói riqueza e penaliza o País, é a corrupção implícita, institucionalizada nas múltiplas formas legalizadas de predação do estado.
      São bilhões e bilhões de reais consumidos todo ano para sustentar a máquina predadora. Esta é a real origem do déficit público e da astronômica e impagável dívida pública.
      Fica a questão: como desarmar e acabar efetivamente com esse longevo e corrupto sistema camaleônico predador, que está desde há muito arruinando as esperanças e a vida do povo brasileiro, dissipando a riqueza social?
      Em primeiro lugar, limitando severamente o acesso às rendas propiciadas aos predadores pelo estado, seja na predação direta das receitas públicas, seja através da predação indireta representada pela dívida pública.
      Em segundo lugar, mas ao mesmo tempo, reformulando totalmente seu agente de predação, o “mosquito da dengue” que infesta o erário, o cartório financeiro, que vive do conforto da dívida pública, usufruindo de altos rendimentos sem o menor risco, e assim remunerando a si e aos grupos predadores que lhes confiam as rendas predadas.
      Para alcançar esses objetivos, aparentemente simples, mas dificílimos de atingir na prática, urge reformular totalmente o desenho e o funcionamento do aparelho estatal, o que implicará em reduzir seu tamanho, aumentar sua eficiência, e mais do que isso, em separar completamente o interesse público dos interesses privados, removendo os predadores que atuam no interior do estado em completa sintonia com os predadores externos, sugando assim as energias da Nação.
      O problema é que esses predadores controlam também o sistema político, em tese o encarregado de promover essas substanciais e inadiáveis mudanças.
      Previsivelmente, trabalharão para eleger outros “bodes expiatórios”, que prolongarão a sobrevida do sistema maligno, até um ponto em que o povo brasileiro não aguente mais e faça justiça com suas próprias mãos. Esse é o risco que corremos.
      Haveria, porém, uma estratégia eficaz, consistente e automática de fazer essas reformas necessárias no aparelho estatal, sem que seja necessário mexer e agitar muito o caldeirão político.
      Essa fórmula consistiria em promover, através de projeto de lei de iniciativa popular, uma reforma “tecnica”, em movimentos de base jurídica, provocando rombos estratégicos no casco do Titanic predador, que acabarão por levá -lo a pique:
      – Alterar qualitativamente a Lei de Responsabilidade Fiscal, não para reforçar os limites quantitativos da gastança, nem para congelar despesas, como a recente PEC do Teto propõe fazer, aliás como se faz cosmeticamente de tempos em tempos, só para criar novos parâmetros da violação, mas para forçar o setor público, em seus três níveis de governo (união, estados e municípios) a poupar obrigatoriamente uma parte de suas receitas, poupança essa que iria para um fundo federativo de poupança e investimento (tipo FUNDEB), podendo os recursos serem resgatados pelos governantes tão somente para financiamento de projetos de investimento, devidamente avaliados e aprovados pelo agente gestor do fundo (que poderia por exemplo ser o BNDES). Essa pequena mas profundamente impactante alteração qualitativa na LRF produziria consequências tremendamente positivas para sanear o setor público, pois além de aumentar drasticamente o nível de poupança e investimento do País, tradicionalmente muito baixos, forçaria a um redesenho automático do sistema de gestão pública;
      – Alterar e alongar significativamente o perfil da dívida pública, eliminando completamente os títulos pós-fixados, baseados na taxa SELIC, e somente operando com títulos pré-fixados, remunerados pelo desconto no valor de face, como nos títulos americanos, com troca obrigatória dos títulos no mercado por títulos de 50 anos com juros pré-fixados e abatidos do valor de face. O cartório financeiro terá de ser estatizado por um período, e depois as cartas patentes serão relicitadas com permissão de participação de grupos estrangeiros.
      – Limitar severamente, por lei o montante de títulos da dívida pública que cada membro do cartório financeiro nacional possa carregar dentre seus ativos. Isto terá um tremendo impacto no cartório bancário, contribuindo para reformulá-lo e torna-lo um sistema mais competitivo, menos cartorial, e mais aberto a financiar as atividades produtivas no País, ou seja, mais propenso a correr riscos e a se fortalecer pelos ganhos maiores advindos do financiamento ao setor privado.
      – Privatização radical de todas as empresas estatais, e extinção das que não forem viáveis, revertendo os recursos para o Fundo Republicano de Poupança e Investimentos
      – Taxação severa de rendimentos acima de certo valor, revertendo os recursos também para o Fundo Republicano de Poupança e Investimentos, como forma de acabar com os salários privilegiados do setor público
      Estamos convictos de que essas alterações jurídicas, técnicas, provocarão com o passar do tempo, de forma automática, severos danos ao secular e maligno sistema de dominação política e econômica, desintegrando-o paulatinamente, até a sua total e final substituição por um sistema realmente democrático, que sirva de fato aos interesses do povo brasileiro.

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  • luizleitao disse:

    Republicou isso em Luiz Leitão Síndico Profissionale comentado:
    A onda nacional de repúdio que o vexame do Roda Viva com Jair Bolsonaro provocou teve, afinal, um subproduto positivo. Poupou o Brasil do que poderia ter sido o vexame da Globonews se ela tivesse chegado virgem ao candidato, com o ímpeto em que vinham vindo a maior parte das redações. Na noite da sexta-feira, 3/8, nenhuma agressão lhe foi dirigida e quase tudo lhe foi perguntado no tom que convém.

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  • terezasayeg disse:

    Ah, agora entendi! Porque comentei com um amigo sobre o cachorrinho e ele não sabia do que eu estava falando. Ainda bem que só foi um erro: achei que o Estadão tinha fugido da raia. Ainda bem que não, mas já mandei seu artigo para um monte de gente.

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  • luizleitao disse:

    Ótimo, FLM! Faço a minha parte: reblogo, envio para o LinedIn, etc.; ajudo a divulgar esse ideário tão lúcido, simples e claro.

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  • […] Continue lendo em: https://vespeiro.com/2018/08/08/os-perigos-das-decisoes-precipitadas/ […]

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  • Luiz Barros disse:

    Interessante. Mas cabe absolver a imprensa, GloboNews e outros veículos, de seu papel equivocado nas eleições até agora. No caso do Roda Viva, cabe simplesmente a demissão dos coleguinhas por incompetência. Em outros inúmeros casos (sem generalizar), cabe perceber que, por conta de ideais de neutralidade mal compreendidas, tem muita gente quase vestindo a camisa de “inocentes úteis”.

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  • marcos disse:

    Não assisti a nenhum dos dois…então perdi. Mas Bolsonaro nem de longe é humilde.

    Se ambos querem ajustes – Bolsonaro e Alckmin – me parece óbvio que o PSDB ajusta melhor e sem grandes riscos.

    O resto é com a gente.

    MAM

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    • Fernando Lencioni disse:

      Vc só terá reforma da previdência por qualquer um dos dois pq se eles não a fizerem vão afundar junto. Mas não espere reforma das instituições como defendemos, pois essa só virá com pressão popular. Não se engane.

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  • Amaury Machado disse:

    Há que se precisar de uma vespa.

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  • Ethan Edwards disse:

    Li, reli, deu aquela coceirinha de acrescentar uma ideia, mas… pra que mexer no que está perfeito?
    Parabéns!

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  • 46rico disse:

    Prezado Fernão…
    Não li os comentários dos que escreveram sobre seu artigo e posso ser repetitivo em ideias, mas me parece que vc está sofrendo do mesmo mal da maioria da imprensa… qual seja… não se aprofundar no que o candidato Bolsonaro acredita e planeja.
    Toda a narrativa de déficits que vc alavancou como previdência, aposentadorias, saúde, segurança, etc… o candidato cansa de falar (onde é questionado seriamente) que o aparelhamento do estado pela esquerda e o toma lá dá cá dos políticos (todos de esquerda também) é o principal causador disto tudo. Que o projeto de campanha e de governo dele será o de colocar nos cargos pessoas do ramo e não políticos de coligações de forma a os setores executarem em vez de locupletarem.
    Por este motivo é que ele e o partido dele estão sozinhos (agora tem o PTRB)… mas a imprensa tentou incutir na população que “ninguém quer ser seu vice”. Chega a ser patético.
    Ele afirma que este “loteamento” de cargos e funções é o grande causador das mazelas gerenciais e administrativas que engessa o funcionamento até das empresas privadas (por dependerem de decisões governamentais), onde muitas preferem sair do país.
    Se praticamente nada disto foi apresentado nos dois programas citados foi exatamente porque os “jornalistas” dos mesmos tinham uma “agenda” de perguntas endereçadas, não a esclarecer e tão somente a tentar desmerecer o mesmo.
    Basta ver que ele inicia os programas tenso e preocupado e, a medida que as perguntas descambam para o que ele já está estafado de responder ele relaxa e começa a tripudiar em cima dos despreparados e, porque não dizer, mal intencionados “inquisidores”,
    Assisti várias entrevistas com candidatos durante os dois últimos anos e o que mais me impressionou foi de que vc encontra várias em um nível muito melhor em rádios e pequenas emissoras do interior do país. Basta uma rápida busca no Youtube. É um flagrante contraste com as duas mencionadas no seu artigo por muitos questionarem ideias e não ideologias.
    Aliás… estas duas entrevistas citadas são dignas de serem colocadas na sexta seção de qualquer departamento. Ou seja… no lixo.
    Gosto muito dos seus artigos, mas neste assunto achei que vc foi um tanto superficial e pautado apenas pela semana que passou sobre o candidato que está liderando todas as pesquisas, mesmo tendo o disparate de colocarem um presidiário concorrendo com ele.
    É de espantar o fenômeno dos aeroportos no país todo quando da chegada de um político como quando ele desembarca. Isto marca um contraste total com a maioria dos demais candidatos que fogem dos mesmos para não “ficarem mal na fita”.
    Assisti várias entrevistas de outros candidatos e, Alckmin fala “bonitinho” mas é vazio e mais do mesmo onde sabemos que ele terá de vender na xepa da feira todos os cargos para seus “asseclas” coligados; Ciro se contradiz 5 vezes a cada 5 entrevistas pois tem a cara de pau de dizer que não disse o que disse dois dias atrás; a Marina… coitada… me pareceu que estudou para uma prova e não se preparou direito porque mistura coisa com coisa. O Amôedo me pareceu (no pouco que vi, confesso, mas porque não tem chances e o deixei de lado) ser o mais palatável e centrado mas… me pareceu um bocado utópico colocar suas ideias dentro do inferno que é nosso meio gerencial e político.
    Enfim… sobrou o Bolsonaro que, apesar de não ser o “perfeito”, não é a toa que ele continua arregimentando indecisos. Um fato que o leva a isto é que ele fala como um ser humano normal… qual seja: reconhece que errou no passado, que aprendeu com isto, que não sabe de tudo e se cerca de gente com conhecimento para o auxiliar, que é religioso (em um Brasil cristão isto pesa sim) e que pensa em proteger a família.
    Isto tudo atende aos anseios popular. Pode não atender aos “intelectuais” que geralmente gostam dos que sejam melhores que eles ou… sejam folclóricos. O Bolsonaro não é erudito e nem é um cachaceiro pobre que veio dos sindicatos de trabalhadores. É uma pessoa de classe média baixa e que trabalhou com afinco, no meio de uma classe odiada por não serem os melhores exemplos, sem se vender e agora atinge o ápice do imaginário popular… ser presidente do país.
    Podem ficar cientes de que isto pesará em muito. Os que já se decidiram a votar nele não mudarão. Os que ainda não se decidiram… levarão em conta estes “atributos”.
    Nada me espantará que, salvaguardando as urnas eletrônicas, ele vença ainda no primeiro turno devido a falta de concorrência atualmente. Os demais candidatos são fracos perante ao mesmo. A melhora da figura do candidato Bolsonaro nos últimos meses foi enorme. Ele tem sido bem treinado e demonstra, pelo menos, que aprende rápido.
    Vejamos os rounds a seguir. Os debates serão partidas de ataque contra defesa. Todos tentarão, de todas as maneiras imagináveis, denegrir a figura e não as ideias… infelizmente.

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  • Fernão disse:

    prezado 46,

    a parte do meu comentário reservada à critica ao Bolsonaro (depois de ter me extendido na critica à maneira como parte da imprensa o tem tratado e como a esquerda lulista aparelha e falsifica tudo em que toca) refere-se apenas e tão somente ao que ele, Jair Bolsonaro, disse com suas próprias palavras sobre o auxilio moradia que recebe e sobre as regalias dos aposentados fardados.
    como o estado brasileiro só tem porta de entrada, todo esse inchaço a que v se refere, desagua nas aposentadorias, o ponto em que todo funcionário ou servidor publico alcança o seu maior salário. e os números e proporções que medem o privilégio escandaloso do maior esquema de transferencia de dinheiro de ricos para pobres da Terra e ARREBENTAM com toda a economia brasileira, bancados pelo favelão nacional, são rigorosamente os que eu mencionei.
    ficarei felicíssimo se e quando qualquer candidato à presidência do Brasil assumir de frente a luta contra esses privilégios, sem a extinção dos quais não sairemos nem do brejo material, nem, muito menos, do brejo moral. mas lamentavelmente, não foi o que o Bolsonaro fez.

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    • Fernão disse:

      é impressionante, aliás, a força disso porque é claríssimo que quem pegar essa briga aberta e sinceramente será carregado em triunfo para a presidência. o Bolsonaro é um exemplo. ele é quase carregado em triunfo porque quase faz isso. mas só quase. quando chega no seu próprio privilégio e nos da sua própria corporação pula pra trás, como todos.

      a verdade é que todos preferem perder a eleição do que comprar a briga dos brasileiros sem nada.

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  • Alexandre Souza disse:

    Excelente texto! Dentre muitos, destaco trecho a seguir: “O Brasil está tão desesperadamente carente que tem ejaculações precoces com a mera declaração do óbvio em público.”
    Não sou o eleitor típico do Bolsonaro, mas admito que sua franqueza cortante contra o politicamente correto e contra a hipocrisia dos jornalistas me atrai.
    Um abraço.

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