Como ousa não ser um filho da puta?!

27 de agosto de 2013 § 8 Comentários

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Gallantry”. A expressão remete aos Cavaleiros Errantes. O conceito funde numa só palavra as idéias de coragem, grandeza, virtude, heroísmo, desprendimento, altruísmo e apego aos mais nobres ideais.

Seus antônimos são covardia, pusilanimidade, traição, ignomínia…

O encarregado de negócios da embaixada brasileira em La Paz, Eduardo Sabóia, teve um gesto de “gallantry” ao resgatar, por sua conta e risco, o senador da oposição Roger Pinto Molina, perseguido pelo chefe dos “cocaleiros” que hoje governa a Bolívia, que estava preso num quartinho da embaixada brasileira, de quem ingenuamente chegou a esperar asilo, ha 452 dias, “sem que houvesse nenhum empenho para solucionar o problema” da parte do governo do PT.

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Para que não pairassem dúvidas sobre a natureza de sua decisão e para se defender da punição que desde sempre ele sabia que sofreria, Saboia desembarcou no Brasil com o homem que salvou dizendo que tinha feito por ele o que teria feito por Dilma Roussef, que também foi, um dia, uma “perseguida política”.

Tudo isso torna ainda mais nobre o seu ato. Entre a certeza de punição e encerramento da carreira a que dedicou a vida de quem já teve tempo para aprender exatamente com quem está lidando e a alternativa de compactuar com o esmagamento covarde de um indvíduo em luta contra um estado semi-criminoso ao qual se aliou a “diplomacia” do PT, Saboia preferiu manter-se em paz com sua consciência.

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Escolheu a História.

Escolheu entrar para a lista de gente como Guimarães Rosa e sua Aracy que, funcionários da embaixada brasileira em Hamburgo na Alemanha nazista, davam fuga a judeus, do que para a dos esbirros de Getulio Vargas que, naquele mesmo momento, entregavam a Hitler, para ser fuzilada, Olga Benário, a mulher de Luís Carlos Prestes.

Eduardo Saboia exibiu inteiro o seu caráter. O cinema do futuro ainda lhe fará justiça…

Dilma Roussef exibiu inteiro o dela.

Não é que vestiu a carapuça. Enfiou-se nela dos pés à cabeça.

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Sua incontida fúria, vibrando ao vivo e a cores na televisão, foi demais até para Antônio Patriota que, mesmo comendo na mão dela, aparentemente não conseguiu engolir todos os desaforos que ouviu por não ter conseguido impedir que algo tão luminosamente nobre brotasse de dentro do pântano petista e, ainda por cima, no centro da seara bolivariana pela qual zela pessoalmente o sinistro Marco Aurélio Garcia.

Como ousa, algum dos nossos, não ser um filho da puta!

Este episódio, mais que todos os outros, serve para enterrar qualquer resquício de ilusão que porventura tivesse restado a respeito de em que mãos caiu este país.

O pior é pouco para esperarmos dessa gente.

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