Futebol e filosofia de botequim

19 de julho de 2016 § 11 Comentários

Meu pai fazia, meio na brincadeira meio a sério, uma análise “sociológica” dos esportes nacionais como retratos da essência de cada povo e do desempenho dos países nas grandes competições internacionais que era “infalível”. O futebol era onde ele fechava as suas grandes sínteses dos “caráteres nacionais”.

Eu aprendi com ele essa mania e hoje é automático, qualquer jogo que vejo la me vêm essas elucubrações.

O nosso futebol tem por essências o improviso e o espírito de equipe. É o contrário do futebol americano que fuciona na base da definição de metas (a cada “jarda” de jogo tem uma lá, desenhada no chão) e da organização meticulosa de um plano para “supera-las” (combinado e definido “em segredo” a cada jogada a partir de uma coleção de jogadas previamente ensaiadas). É o retrato da “governança corporativa” que eles inventaram lá na virada do século 19 para o 20 e que, nas primeiras décadas do século passado, trasformaram em modelo para tudo que fazem. Chato e sem imaginação mas eficiente…

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No tempo em que o Pelé fazia esses gols aí em cima, quando fomos os melhores do mundo, o Brasil era pura espontaneidade, alegria e improviso, temperado com solidariedade e “espírito de equipe”. Especialmente o “Brasil profundo“. Quando eu comecei a viajar pelo país no final dos anos 60, o “sertão” era na esquina. De Araçatuba, mais ou menos, para oeste e para norte, mudava-se de Era. Ia-se dentro de um mato só até muito além do Equador. Não tinha estradas, não tinha cercas, não tinha hospitais, não tinha polícia, não tinha nada.

Não tinha Estado!

Quem vivia naquelas lonjuras sabia que, pra tudo, o jeito era se virar com o que estivesse à mão na hora e que, por isso mesmo, todo mundo tinha de improvisar e de se ajudar uns aos outros. Naquelas fronteiras (da “civilização“) todo mundo andava armado e com as armas à mostra porque também a lei era um trabalho coletivo mas o ambiente era totalmente descontraido. Todo mundo se respeitava; todo mundo te recebia sem te conhecer; todo mundo parava nos caminhos para ajudar alguem em dificuldade; todo mundo hospedava todo mundo e dividia o que tinha pra comer com quem chegasse do nada indo pra lugar nenhum.

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Todo mundo jogava junto porque não tinha outro jeito de jogar.

Hoje esse Brasil acabou. Ninguém faz mais nada; compra feito. Ninguém improvisa caminhos, vai pela estrada por esburacada que seja. Ninguém toma iniciativa nenhuma, fica esperando que o Estado venha lhe dar de mamar.

Na pontinha “culta”, saímos do Brasil da USP dos franceses para o Brasil da universalização dos comportamentos dissolutos do “bas fond” carioca de que a televisão fez lei do Oiapoque ao Chuí. Da pureza quase primitiva ao deslassamento da ultra-civilização em voo direto e sem escalas. Aquela liberdade essencial e inocente do Brasil sem fronteiras virou, não a liberdade para, mas a obrigação de esculhambar … e ser esculhambado. A epidemia de crime é filha disso. Ela e o resto da violência que nos cerca vão aumentar ou diminuir juntas. Não dá pra arrumar uma coisa sem arrumar a outra.

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O problema é que o Brasil de hoje não tem a menor ideia do que foi o Brasil de ontem de onde ele veio, ou melhor, de onde ele foi atirado para este de hoje. É que está no pacote da presente ditadura que mistura ignorância e “correção política” sob a qual vivemos apagar qualquer traço daquele passado das escolas, da História e da memória nacionais. O passado que as escolas e as TVs vendem e com que as pessoas, perdidas no espaço, tentam em vão se enraizar hoje é uma falsificação. Nunca existiu.

Isso vai mudar. Ja tá começando a mudar. Quando mudar mesmo, viramos uma nova síntese do que são os dois extremos, como é hoje o futebol europeu. E até lá? Até lá, vamos como estamos: tem por aí, salpicados, esses campeões individuais das modalidades olímpicas, uns “cantores sertanejos” da força física fabricados, fugitivos da miséria, puro esforço, persistência e superação (ou gênios). São os rebentos do nosso “protestantismo” reciclado (e dinheirista).

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Tem também os esportes coletivos de quadra, como o vôlei. São exceções à regra; o lado saude da praia, conexão com o imemorial que é dos poucos espaços cuja intimidade o Estado (e a TV) não conseguem dominar. O vôlei é o retrato da classe média meritocrática sobrevivente; o pouco que sobrou de tudo quanto ainda “joga junto” entre nós.

Mas o futebol “esporte das multidões“, esse deslassou. Tem os cartolas (a reboque da e rebocando a política) recobrindo tudo como cascas de feridas. E tem os jogadores. Quando surge um que nasce abençoado, logo passa a achar que é a torcida que deve a ele e não o contrário. Querem ser feitos; não querem fazer. Estão mais preocupados com o “look” do que com a bola. Os jogos são penosos, sem alegria. As reformas/trocas-de-técnicos são cosméticas. Não resolvem. Não querem resolver. Não vão ao essencial. E a corrupção continua comendo…

O Brasil do povão está no meio de um caminho mas não sabe pra onde. Não jogamos mais nada!

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Como se tornar um (quase) campeão

5 de julho de 2016 § 29 Comentários

Portugal mais do que mereceu o título e eu me congratulo com todos os amigos de lá por essa conquista. Mas a história do heróico time da Islândia que, por uma falha técnica, deixou de ser publicada aqui na hora certa enquanto eu me encontrava em viagem em área não acessível às redes sociais vem a calhar para quem anda tão por baixo quanto o Brasil.

(Se não estiver aparecendo na sua tela, acione a tradução automática para português no ícone com aparência de engrenagem, o 2º da esquerda para a direita no canto inferior direito.)

Fifão x petrolão : ligando os pontos

9 de junho de 2015 § 3 Comentários

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Artigo para O Estado de S. Paulo de 9/6/2015

Sepp Blatter é a Dilma com vergonha na cara? Nada disso. É que aquele país onde ladrão não tem blindagem logo fe-lo saber que sabe sobre ele muito mais do que ele pensava que sabia. E nem assim está garantido que ele ainda não vá ter de “dar” só porque se apressou a “descer“.

Já o incofundível DNA brasileiro desse “padrão FIFA de corrupção“, esse ninguém tasca.

Dizia uma fonte do NY Times, com uma ponta de admiração, que “mr.Blatter jogou um jogo muito esperto“. Uma ova! Os jogos desse tipo nunca enganaram ninguém. São patéticos de tão óbvios. O que falta, onde chegam a fincar raízes, é polícia. Na ausência desta chega-se, eventuamente, até às profundidades abissais que só se atinge ao fim de séculos nadando impunemente para o fundo em que nos movemos, onde quadrilhas de todos conhecidas roubam “de um tudo“, mas bem mais de quem está mais indefeso, como hospital de criança pobre doente, na certeza de que do outro lado estarão vítimas inermes atiradas às feras por um “Judiciário” que desfaz até o que a polícia faz.

fifa18Não é “esperto“. É só nojento.

Como se chega a isso? No “fifão” e no “petrolão” o método foi idêntico. Ligue os pontos:

João Havelange, que mandou na FIFA 25 anos, é quem concebe a idéia de substituir a representação do futebol que existe por outra “mais democrática“, baseada na “geografia dos excluídos do futebol“. O resultado é idêntico ao modelo do Congresso Nacional que o inspirou onde há mais representantes de paisagens que de brasileiros. Do suborno, pelo suborno e para o suborno, foi plantado e colhido um “baixo clero” para expropriar de seus atores o futebol que a FIFA vende, incorporando ao colégio de federações nacionais que elege seus diretores um monte de paises e ilhas remotas onde nunca se ouviu falar em bola, pelo expediente de proporcionar a tipos sinistros necessitados de circo para esconder falta de pão e sobra de brutalidade, a criação de “ONGs/escolas de futebol” regadas a dinheiro público, campos e estádios maiores que as populações locais e o mais que conhecemos.

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João Havelange é, portanto, o “pai de todos“.

Desse caldo emoliente ele pesca, ao fim de 1/4 de século, a sua criatura. Ao portentoso “gerentão“, Sepp Blatter, caberá dar a um sistema até então apoiado apenas na falta de escrúpulo, a coesão imposta pelas “melhores práticas de gestão corporativa“, esse anabolizante de resultados de sistemas bons ou ruins, pouco importa.

É ele o “faxineiro só que não“, da obra do próprio difusor de lixo que o criou. Sobe ao palco em 1998 falando grosso no meio de um escândalo de entrega de malas de dólares a delegados africanos em hoteis de Paris do qual é o principal protagonista: “Daqui por diante a FIFA vai ser exemplar em todos os aspectos. Qualquer desvio ético, por menor que seja, será severamente punido“.

No mundo real, sua primeira providência é criar as oito vice-presidencias regionais, equivalentes aos nossos grandes “partidos-arca” que irão constituir o “núcleo político” do sistema. É da lista desses “grandes caciques” que sai um bom número dos arrastados na primeira fornada de prisões feitas naquele hotel fino e chique de Zurique, a sede do “núcleo financeiro“.

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Abaixo desse nível monsieur Blattér põe em andamento a estruturação do “núcleo administrativo” do “fifão“, equivalente ao que aqui vive enquistado dentro da Petrobras e do resto do aparato estatal e para-estatal, sem exceções, por enquanto com 12 “Comitês Executivos” e crescendo, nomeados pelo “baixo clero” das “federações” de representantes de paisagens. Valem-se dos cargos recebidos para tramar vendas a bom preço, com que pagam os atores do show, e revendas a preços muito melhores, com que se locupletam, de direitos de transmissão dos jogos de seus campeonatos com “companhias de marketing esportivo” de cartas marcadas que fazem parte do “clube“, ou seja, o “núcleo econômico” que, embolsado o seu quinhão, entrega a diferença ao “núcleo político” que organiza e mantém toda a falcatrua, com os préstimos do “núcleo financeiro“. O trança-trança de jogadores por seleções a cargo de doublés de técnicos e corretores de gente que fizeram do futebol essa beleza que ele virou onde não se reagiu à infecção, é um dos bonus do sistema. Mas o grosso vem da venda de mundiais a quem pagar mais e, na sequência, do assalto conjunto da FIFA e seu mais recente sócio contra a população condenada a hospedar a Copa.

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A particularidade do “fifão” é que, não sendo a autoridade financeira de uma das pontas lesadas uma parte integrante do esquema, como é aqui, na Suiça e alhures, foi de lá que vieram as investigações e as denúncias que acabaram por agarrar por um tornozelo a brasileiríssima Traffic, de US$ 500 milhões por ano, que detona o efeito dominó. É ela o equivalente à maior das empreiteiras do “clube” do “petrolão” de que se confessa “garoto de recados” o nosso “pai de todos” e que, graças a isso é a única que, nem entra em delações premiadas, nem vai presa quando denunciada numa, embora não haja quem não saiba que é quem mais merece jaula neste país.

Por trás de todo grande esquema de corrupção o que há, portanto, é só um bando de covardes de alma negra sugando o sangue de quem menos pode se defender para sustentar um esquema de poder de pai para filho por toda a eternidade se possível. Pilhados, dirão sempre, primeiro que “não sabiam de nada” e, in extremis, que são vítimas do “racismo” e do “preconceito” do “grande satã” inimigo dos pobres e das belas tradições do mundo, com o aplauso dos putins, das kirshners e das velhas marafonas curtidas por gerações na prática do lenocínio financeiro das suiças da vida, como foi regra geral em todo o planeta por milênios até o advento da revolução chamada democracia, aquela do “nenhum poder e nenhum dinheiro que não seja fruto do mérito” que nunca chegou por aqui.

Esta, ao fazer todos iguais perante a lei e armar a mão do povo com poder de polícia, põe logo o John Wayne em campo, quando ouve essa lenga-lenga, para, com um par de petelecos, acabar com a palhaçada.

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Chama o John Wayne!

28 de maio de 2015 § 20 Comentários

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Duas histórias que indiretamente são conexas chamaram minha atenção nos jornais de hoje.

Uma, do Valor Econômico, dava conta da saga dos fabricantes de sapatos brasileiros que, ha cerca de 20 anos, massacrados pela burocracia, pelo peso dos impostos, pela chantagem “trabalhista” e pelas manipulações do câmbio, desistiram do Brasil e foram fabricar sapatos em Dongguan, na China. É o mesmo pessoal do Vale dos Sinos, RGS, que esteve no centro de uma longa série de reportagens  do Jornal da Tarde dos meados dos anos 80 cujo mote eram “Os guerrilheiros da prosperidade nacional”, micro e pequenos empresários que, contra tudo e contra todos, ainda conseguiam produzir no país em níveis de excelência.

Eram ainda os tempos em que os jornais perscrutavam o Brasil real, sentiam suas dificuldades e faziam-se porta-vozes de soluções para os seus problemas, em vez de se limitar a amplificar as mentiras e mesquinharias das “fontes oficiais” como é norma nas redações de hoje. Com isso obrigavam o país oficial a olhar para os problemas dos brasileiros reais e estudar soluções para eles.

Essa série de reportagens, apesar da circulação restrita a São Paulo do JT, pautou o resto da imprensa e pôs em marcha dois movimentos que entraram definitivamente para a pauta nacional – uma campanha pela desburocratização dos trâmites para a criação e operação de micro e pequenas empresas e a criação de um regime tributário especial para elas, além de iluminar o drama generalizado que era e continua sendo produzir no Brasil.

De lá para cá a internet entrou em cena, as fronteiras nacionais se dissolveram e os pequenos alívios no garrote vil que eventualmente se conseguia arrancar a fórceps da máfia que desde sempre explora os brasileiros deixaram de fazer diferença para a competição aberta contra produtores ao redor do mundo cujos governos são seus aliados e não seus inimigos, quando não seus assaltantes. Hoje, com o estado e a pequena casta dos seus “proprietários” desfrutando do “direito adquirido” à metade da renda nacional declarados constitucionalmente intocáveis, seja qual for a dificuldade vivida pelo resto do país, e o Brasil que produz reduzido a pele e osso, as esperanças se foram.

Mas não completamente. Lá estão, em Dongguan, os mesmos empreendedores formados pelo Serviço Nacional da Indústria – o Senai, símbolo de uma época em que os empreendedores brasileiros ainda acreditavam neste país e investiam na formação de seus próprios sucessores – que puderam migrar para o outro lado do mundo para realizar a sua vocação e dar vazão à sua força empreendedora.

São esses brasileiros da China que dominam hoje a indústria mundial de sapatos , com empresas que chegam a tomar até 18 mil trabalhadores terceirizados – o tipo de atitividade que nossos “excelentes” representantes no Legislativo e no Executivo tratam, neste momento, de proibir em todo o território nacional. São eles que proporcionaram à China, partindo do zero, chegar a 1,8 bilhão de pares de sapatos exportados por ano para os EUA, 2/3 de tudo que aquele país consome, movimentando 17,5 bilhões de dolares. Mão de obra formada no Brasil com investimento brasileiro, mas impedida de trabalhar no Brasil, que até 2008 também importava desses seus filhos expatriados 33,6 milhões de pares de sapatos, até que lhes antepusessem barreiras alfandegarias, em 2009, para que os sapateiros remanescentes nesta nossa pátria da “justiça trabalhista” não fossem banidos de vez do mercado mundial, à custa, como sempre, de obrigar os brasileiros do Brasil a pagar o sobrepreço dos seus governos também para não acabar andando descalços.

É uma história triste mas que tem um lado positivo posto que abre na nossa desesperança a possibilidade de nos realizarmos como cidadãos do mundo que a corja que tomou este país de assalto não conseguirá manter indefinidamente subjugados. Haverá sempre uma China para onde fugir quem queira trabalhar…

Acena com esse mesmo tipo de esperança a prisão, ontem, a pedido da justiça norte-americana, daqueles velhos ladravazes da Fifa que o mundo inteiro sabe o que são e o que sempre foram, desde os tempos em que a Fifa ainda estava nas mãos gosmentas do clã Havelange.

A velha e doentíssima Europa (latina), em matéria de corrupção, não é mais que uma América Latina com um pouco mais de verniz e mesuras, o que proporcionou aos membros da quadrilha cujos rostos patibulares estavam estampados nas primeiras páginas de todos os jornais do mundo hoje, esfregar por gerações a fio a sua subversiva impunidade na cara das esperanças de todos quantos vivem de trabalho honesto neste planeta, até que o velho esporte bretão caísse finalmente no gosto dos americanos.

Não demorou muito para o vitríolo moral distilado pela Fifa e associados corroer a sua extensão americana e, a partir daí, finalmente despertar o interesse da polícia de um país com polícia. E lá estavam, ontem, ninguém menos que a secretária de Justiça dos Estados Unidos da América, Loretta Lynn, em pessoa, ao lado dos diretores do FBI e da Receita para que não fiquem dúvidas sobre o peso da mão que está descendo sobre a podridão de que o mundo jamais esperava se ver livre nesta encarnação, para dar o “cartão vermelho” que esperamos que seja final e definitivo a “uma cultura de corrupção desenfreada, sistêmica e profundamente enraizada” que domina ha décadas o futebol mundial, da qual o velho bandalho que já foi até governador de São Paulo é um dos principais protagonistas e da qual com certeza locupletou-se gente muito mais grauda que ele nas tramóias tidas e havidas para trazer uma Copa do Mundo para o meio deste nosso tiroteio.

O efeito foi fulminante. Como todos sabem que com americano quando a coisa pega é pra valer, da Europa às Américas Central e do Sul, todos os que passaram a vida dando tapinhas nas costas dos corruptos e bebendo champagne com eles correram a “afasta-los” das bocas dos cofres de que se têm servido impunemente há décadas, a pedir investigações, CPIs e o mais que sempre se recusaram a fazer nos últimos 50 anos apesar de todas as provas disponíveis .

Vamos torcer para que, certos de sua impunidade como todos sempre estiveram, os grandes tubarões da Copa do Brasil tenham cometido a mesma imprudência dos peixes menores já trancafiados na Suíça tentando lavar o produto do que nos têm roubado no sistema financeiro dos Estados Unidos.

Os “petrolões”, pelo menos, nós sabemos que já têm um perna agarrada por lá. Se o STF dos notórios amigos do PT melar tudo por aqui, temos o consolo de saber que terão de pagar ao menos o que roubaram dos acionistas americanos da Petrobras.

É outra ponta da globalização que, neste nosso deserto moral, serve de consolo: na aldeia global sem lei e sem ordem, é sempre possível que o xerife que é de fato xerife entre, um dia, pela porta para trazer um gostinho de lei e de ordem a esta selva. E esse dia tende a tardar cada vez menos até porque os lugares interessantes que restam para se guardar e gastar o produto das roubalheiras que rolam pelo mundo são aqueles nos quais xerifes como esses atuam pra valer. Ladrão impune sabe melhor que ninguém o perigo que é viver numa terra sem lei e quer segurança depois que fica rico. E, ademais, de nada serve roubar até destruir um país, como estão fazendo com o nosso e com tantos outros, para depois ficar condenado a viver na terra arrasada deixada para tras do saque.

Que o braço do xerife seja cada vez mais longo!

Veja o Brasil ganhar sua 1a Copa

25 de janeiro de 2015 § 1 comentário

A integra da final Brasil x Suécia em 1958

Vídeo sugerido por Carlo Vallarino Gancia

Em tempos em que o dinheiro era nenhum e o que valia, no futebol, era honrar “a pátria em chuteiras” (Nelson Rodrigues), o time brasileiro teve que arrumar o segundo uniforme no último minuto porque o da Suécia, dona da casa, era amarelo também. A solução foi a Suécia emprestar ao Brasil o seu uniforme reserva (camisetas azuis e calções brancos), e há informações de que os próprios jogadores costuraram os distintivos da CBD (Confederação Brasileira de Desportos) durante a noite na camiseta no lugar dos distintivos suecos. Assim nasceu o uniforme reserva do Brasil. Diz-se que o chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, tentou estimular os jogadores associando o azul da camisa ao “manto de Nossa Senhora“.

O time era:

Gilmar, Bellini, Djalma Santos, Nilton Santos, Orlando, Zito, Zagallo, Didi, Pelé, Garrincha e Vavá

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