A guerra do Brasil
23 de maio de 2017 § 8 Comentários
Segundo o Global Homicide Book, da ONU, a soma de todos os assassinatos dos países assinalados em azul perfaz o total do que se mata no Brasil por ano.
Note que ainda dá para triplicar o numero de mortos por 100 mil se insistirmos no caminho da Venezuela e chegarmos “lá”, e até para quadruplicar se formos disso para o padrão Honduras.
“Anos de Chumbo”. Anos de quê?
1 de agosto de 2012 § 1 comentário
Foram 357 mortos em 21 anos de ditadura, aí incluídos de Vladimir Herzog, representando o típico prisioneiro de consciência, aos Carlos Lamarca ou os 70 guerrilheiros do PC do B no Araguaia, representando os que morreram de armas na mão.
As famílias atingidas falam em 426 mortos.
O Projeto Direito à Memória da Secretaria de Direitos Humanos, coordenado pelo deputado Gilney Viana, do PT, quer incluir nessa lista todos os mortos em conflitos de terras no país inteiro durante o período da ditadura.
Ainda assim, o numero total de “mortos pela ditadura” não alcançaria 1000.
Umas 10 mil pessoas (o numero cresce todos os dias) dividem os cerca de R$ 4 bilhões em indenizações pagas por perseguições sofridas na ditadura, incluindo do ex-presidente Lula (R$ 4,2 mil/mês vitalícios por 31 dias de prisão sem maus tratos), representando as vítimas “light“, à presidente Dilma (2 anos e meio de prisão com tortura), representando as vitimas que sofreram prejuízos maiores.
Foram isto os “Anos de Chumbo” à memória dos quais têm sido dedicados milhões de páginas de jornais, milhares de livros, centenas de ONGs, dezenas de filmes e partidos políticos, além das menções diárias na televisão e na imprensa em geral, passados 24 anos do fim do regime militar.
Que nome darão os historiadores do futuro a este Brasil do Terceiro Milênio onde, somente em 2011, segundo a Organização Mundial de Saúde, 50 mil pessoas foram assassinadas, o que significa que e a cada dois dias e meio são trucidados nas ruas o mesmo numero de pessoas mortas ao longo dos 21 traumatizantes “Anos de Chumbo“?
Mea culpa
18 de dezembro de 2011 § 1 comentário
Gastei uma tonelada de palavras por aí abaixo para denunciar as culpas da “zelite” da imprensa para a transformação do Brasil num lugar mais ensanguentado e inseguro que o Oriente Médio nos tempos mais quentes da guerra do Iraque e não disse o principal.
Afirmar que a culpa pela carnificina no Brasil é de quem tem armas legalizadas em casa mas não puxa o gatilho é o mesmo que afirmar que a culpa pela roubalheira desenfreada de Brasília para baixo é de quem tem cuecas em casa mas não enfia maços de dinheiro público nelas.
O Brasil é o paraíso do crime pela mesmíssima razão por que é o paraíso da corrupção: porque as duas coisas ficam impunes e os criminosos podem sempre esfregar na cara da Nação o tranquilo desfrute do seu sucesso.
Tentar negar essa obviedade que clama aos céus, como faz a imprensa em peso com as raras exceções de praxe, já passou do ponto de poder ser classificado como uma mera prova de má fé. É um ato intelectualmente criminoso com agravante de dolo.
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