E o pulso, ainda pulsa…

20 de dezembro de 2012 § 2 Comentários

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A Folha de hoje revela que o advogado Jailson Soares que trabalhou para o ex-senador Gilberto Miranda até janeiro de 2010 para mantê-lo na ilha junto à costa de Ilhabela da qual a Justiça ordenou que se retirasse foi nomeado, em junho daquele ano, ouvidor da Agência Nacional de Transportes Aquáticos, Antaq, onde – adivinhe! – foi encarregado de defender o processo relativo ao complexo portuário da Ilha de Bagres, um empreendimento de R$ 2 bilhões que o seu ex-patrão queria plantar em outra ilha da União definida como Área de Proteção Permanente de Mata Atlântica.

O complexo bilionário da Ilha de Bagres foi o maior negócio em armação que a Polícia Federal descobriu enquanto investigava a quadrilha dos irmãos Vieira plantada em postos estratégicos do executivo federal para vender favores com ajuda da ex-secretária e “amizade colorida” de Lula, Rosemary Noronha.

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A documentação detalhando o duplo papel de Jailson e cópias dos e-maisl que ele trocava com Paulo Vieira para fazer o projeto avançar foi apreendida na casa do ex-senador no Jardim Europa e, segundo a promotora encarregada do caso, “são de extrema importância para comprovar o esquema ilícito”.

Agora adivinhe quem assinou a contratação do dr. Jailson como ouvidor (de Gilberto Miranda) dentro da Antaq?

O presidente Lula, que continua rosnando contra “a mídia golpista” por aí, é claro.

E o pulso, ainda pulsa…

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Trecho interessante

7 de dezembro de 2012 § Deixe um comentário

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Trecho interessante do artigo Do mel às cinzas de Fernando Gabeira, hoje no Estado (aqui):

Não se pode reduzir a análise à trajetória da secretária Rosemary Nóvoa de Noronha. O nome de Paulo Vieira foi rejeitado pelo Senado, mas o governo decidiu forçar a barra, tanto do ponto vista político como regimental. Ao tomar uma decisão dessa ordem, o governo não sabia por quem estava atropelando o Congresso Nacional? Será que, no convívio com Rosemary, Lula nunca questionou: mas quem é esse cara que foi rejeitado pelo Congresso, por que vale a pena insistir nele?

 A manobra para garantir o cargo a Paulo Vieira a qualquer custo contou com o apoio de senadores. Romero Jucá articulou e agora diz que nem se lembra do caso. Magno Malta fez um recurso para tornar viável a nova escolha de Vieira. Se lhe perguntarem, dificilmente dirá alguma coisa. José Sarney, então, é uma esfinge.

Acreditar que todo esse processo tenha tido como dínamo apenas o poder de sedução feminino bloqueia outros caminhos para conhecer o que se passou. Um governo não atropela o Congresso para impor uma indicação se não a considerar de grande importância estratégica. Vendo por outro ângulo, um governo não deixa de reexaminar uma indicação quando ela é rejeitada pelo Senado.

 (…)

A quadrilha que negociava ilhas é apenas uma irrupção na montanha de cinzas. É preciso dinheiro para manter a máquina partidária, garantir eleições, pagar marqueteiros. É preciso dinheiro para se manter no poder. Só assim se faz dinheiro. Para continuar no poder“.

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