Miami ama Dilma

16 de janeiro de 2015 § 11 Comentários

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Quando um amigo comum me disse, uns seis meses atras, que o prefeito de Miami, o cubano de nascimento Tomas Pedro Regalado, lhe dissera que queria erguer uma estátua a Dilma Rousseff no centro de Miami pelo “gas” que ela estava dando à industria imobiliária e à economia daquela cidade achei que era só força de expressão.

Ontem o NY Times publicou uma longa matéria dando os números que mostram como, assim como seus heróis preferidos, Dilma Rousseff está fazendo os americanos ricos ficarem ainda mais ricos (e os brasileiros pobres ainda mais pobres) com a “corrida do ouro” que precipitou em Miami que já é não só o lugar preferido para os investimentos de 9 entre 10 novaiorquinos endinheirados, mas também um dos maiores centros artísticos e gastronômicos dos Estados Unidos, relegando ao passado Palm Beach como a meca de veraneio dos milionários ianques.

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Nos últimos 18 meses o metro quadrado de frente para o mar subiu 11,5% em Miami, mas as vendas não param de acelerar. Nesse mesmo período, o numero de imóveis em oferta diminuiu 64%. Em tres anos a valorização foi de mais de 50%, e este ano Miami já aparece em 7º lugar no ranking das cidades com mais fortunas pessoais acima de US$ 30 milhões no mundo, partindo da 29º colocação em 2009.

Grandes construtoras de NY estão abrindo filiais ou até mudando suas sedes para Miami para aproveitar a maré brasileiro/bolivariana com patrocínio exclusivo do Foro de São Paulo. E os milionários ianques que antes só pensavam em Palm Beach agora só querem saber de Miami. Entre os novaiorquinos ilustres que compraram recentemente grandes coberturas nesses novos empreendimentos estão Lloyd Blankfein, CEO do Goldman Sachs, Leon Black, dono da Apollo Global Management, Pamela Liebman, do Corcoran Group e até o arquiteto Richard Meier, ganhador do Prêmio Pritzker, o mais importante do setor nos EUA, que desenhou o Surf Club Four Seasons de Miami e comprou sua cobertura.

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As coberturas com preços acima de US$ 50 milhões estão aparecendo às dezenas. E só uns 20% dos compradores são americanos, 90% dos quais vindos de NY. Só em downtown Miami 70 novas torres foram anunciadas num raio de 60 quarteirões no ano passado. Foram 304 desde 2011. Para quem teme que isto seja uma bolha é bom saber que os incorporadores estão exigindo depósitos de 50 a 60% do valor total dos apartamentos quando o normal, antes, era 20%. Nós adotamos esse padrão da América Latina onde os compradores estão acostumados a pagar até 100% do valor antes do apartamento ficar pronto. E isso torna bem mais difícil que os compradores mudem de idéia no meio do caminho”, diz Daniel de la Vega, presidente da One Sotheby’s International Realty em Miami.

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Miami é sustentada pelos sul-americanos e em toda aquela região está havendo uma fuga crescente de pessoas e capitais. Não haverá surpresas para quem investir em imóveis em Miami até que a América do Sul se estabilize outra vez”, diz o executivo aos seus possíveis clientes de Nova York. “E isso está a anos de distância”.

Com 50 anos de atraso vamos, portanto, repetindo a saga de Cuba. Mas antes que Dilma comemore não custa nada o Ministério Público Federal dar uma olhada pra ver quantos ladrões da Petrobras e outros “imexíveis” amigos da “presidenta” também não embarcaram nesta.

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