Pontius Bergoglius

22 de setembro de 2015 § 51 Comentários

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O papa Bergoglio foi a Cuba mas não fez nenhuma menção aos prisioneiros políticos. Logo, se tivesse ido àquele outro julgamento famoso na Judeia, teria lavado as mãos, se estivesse no palco, ou escolhido Barrabas, se estivesse na plateia.

Opção preferencial pelo quê mesmo?

20 de julho de 2013 § 3 Comentários

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Ao escolher o franciscanismo como inspiração e o Brasil para a sua primeira peregrinação, afirmam os saudosistas da “Teologia da Libertação”, o papa retoma a opção preferencial pelos pobres para tentar recuperar os fiéis … que têm fugido em massa para as igrejas que fizeram a opção preferencial pela riqueza.

Até o PT já entendeu que essa “ética da prosperidade” que lota templos-gigantes é que dá voto e traz popularidade. O partido do “país rico” e “sem pobreza” só errou quando passou a dar prioridade ao enriquecimento dos seus próceres sobre o enriquecimento do povo.

Algo esta errado na leitura da Igreja sobre por onde vazam suas ovelhas? Ou o papa Francisco está atento para não repetir o erro da igreja pré-João Paulo II de, invertendo o desvio do petismo, confundir a opção preferencial pelos pobres com uma opção preferencial pela pobreza?

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Os vendilhões estão de volta ao templo!

18 de maio de 2012 § 3 Comentários

Ontem fui a uma missa de 7º dia na igreja Nossa Senhora do Brasil (SP) e logo na entrada, no primeiro nicho à direita, ali junto à porta onde antes havia um altar em que tinha sempre alguem rezando ou acendendo uma vela, deparo-me com uma “lojinha” de fazer lembrar a estação rodoviária, atulhada de imagens de santos e outros badulaques, com uma mulherzinha sentada, revista no colo, cara de saco cheio, olhando de lado pro bolso das pessoas que rezavam enquanto lá na frente, o padre tentava convencer “aos que a certeza da morte entristece que a promessa da ressurreição consola”…

Eu não sou de religião de igreja. Quando tenho de me entender com deus não aceito intermediários. E, a esta altura do campeonato, achava que nada mais seria capaz de me chocar.

Mas enfiar os vendilhões de volta pra dentro do templo é demais até pro país do Cachoeira!

É caso pra chamar o bispo, de chicote em punho, e por pra fora a ponta-pés esses fariseus.

(Ou será – medo!! – que sua eminência reverendíssima tambem tá levando uma comissão?)

Mateus 21:12-13

E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.

E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.

O “racismo invisível”, o PT e a mulher do próximo

24 de novembro de 2011 § 1 comentário

Vinha agora ha pouco no carro ouvindo a deputada Erika Kokay vociferando na Voz do Brasil contra o “racismo invisível” e pedindo providências legais contra este mal que – não adianta esconder – assola este Brasil cujo povo, de certo, só é miscigenado como é para disfarçar o que realmente pensa.

Esse “racismo invisível” é a versão moderna do “Não desejaras a mulher do próximo”.

Não bastam os fatos.

Os fatos são passíveis de prova. Confirmam ou desmentem irretorquivelmente uma acusação. Encerram a discussão. Põem as decisões a salvo do arbítrio da autoridade constituída.

Aceito o fato como prova a autoridade constituída se torna menor que ele. Tem de se submeter à evidência.

Mas, na multimilenar tradição católica, a autoridade constituída não se submete a nada. Zela, acima de tudo, pela sua onipotência.

É  preciso que o súdito não tenha segurança nunca. A certeza não pode jamais entrar no seu horizonte de possibilidades. Nem o fato pode ser um refúgio seguro contra o arbítrio.

Isso o levaria a começar a ter idéias perigosas.

A fragilidade do súdito e a sua insegurança precisam ser absolutas.

A Igreja de Roma viveu quase 2 mil anos desse engôdo, submetendo todos ao terror sem abrigo seguro possivel.

Assim como ter ou não ter jamais tocado a mulher do próximo pouco importa, não livra ninguém do “pecado mortal” e da condenação ao Inferno, o fato de você jamais ter  erguido um dedo ou dirigido qualquer palavra ácida a alguém diferente de você não é prova suficiente e satisfatória de ausência de preconceito e nem mesmo da sua tolerância e do seu respeito pelo próximo.

A eles interessa o que você possa ter eventualmente pensado, um dia, exatamente porque isso não poderá ser conclusivamente demonstrado jamais.

É por essa brecha que entram em cena a Inquisição, a tortura e, em última instância, a condenação à fogueira física ou moral.

Agora é a vez do PT. O “racismo invisível” não deixará de existir nem que andemos, os de todas as raças, a nos beijarmos e abraçarmos constantemente nas ruas. Ao PT só interessa o que tivermos eventualmente pensado sobre isso alguma vez. E, a respeito do que nós pensamos ou deixamos de pensar, há muito tempo que o PT já formou o seu pré-conceito, que independe completamente de confirmação pelos fatos.

O subproduto desse modo pervertido de “mandar” continua sendo o mesmo de sempre: a justificação moral da mentira e da dissimulação como imperativos de sobrevivência. A corrupção por atacado do caráter de um povo.

Já a mim, que sou muito menos exigente que o PT e a deputada Kokay (e tenho certeza de que comigo 99,9% do Brasil), bastam-me os fatos. Dar-me-ia por completamente satisfeito se, por exemplo, os correligionários da deputada e a horda faminta dos “apoiadores” do governo do seu partido secretamente desejassem o dia inteiro nos roubar mas se refreassem de jamais tocar em um tostão que fosse do dinheiro público. Ou mesmo – sejamos comedidos mesmo para sonhar – se torcessem furiosamente a favor deles, na intimidade dos seus pensamentos mas, na hora de agir, trancafiassem inapelavelmente na cadeia os ladrões flagrados roubando dinheiro público e jogassem a chave da cela fora.

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