Desse jeito os “contra” reelegem Bolsonaro

8 de novembro de 2021 § 39 Comentários

Sejamos curtos e grossos. Só tem uma alternativa: democracia existe quando o povo manda no governo e não existe quando o governo manda no povo; estado democrático de direito existe quando a lei é igual pra todo mundo e o privilégio é crime e não existe quando é ela que cria e faz do privilégio “cláusula pétrea”. Todo o resto da vasta literatura e, mais ainda, da torrente de discursos construídos para “beiradear” essas verdades elementares é tapeação.

É esse o problema dos 3os NOMES que não emplacam para nos tirar da sinuca eleitoral de 2022 porque 3a VIA mesmo nunca houve. Só ha duas e nenhum dos 3os nomes quer mudar o poder de mãos, para as do povo como é da democracia sem aspas. Todos só querem ser eles a presidir o estupro legalizado do favelão nacional.

É a mesma gente para a qual reduzir privilégios da privilegiatura que consome 95% ou mais da quase metade do PIB que os governos arrancam do favelão nacional com a mais alta carga de impostos do mundo (36% nominais mais os quase 10% ao ano de déficits/dívidas para fechar a conta) é “altamente impopular”.

Corte de privilégios, nem pensar! Só de investimentos! Direito arranquirido não morre jamais!” E a cada geração, a reforma vale só pra próxima geração…

É a mesma turma pra quem a “antidemocracia” de uns pede prisão enquanto o “amor à liberdade” de outros se expressa censurando e prendendo. Aquela imprensa que clama contra “o lavajatismo” (usar todos os meios, inclusive os ilegais, para combater a corrupção) mas exige o uso de todos os meios, inclusive o mais subversivo, de “legalizar” os ilegais, para soltar corruptos ou calar quem ousa pensar diferente.

O problema sem solução dessa gente é que, tirante a estupidez granítica quanto a vacinas, que é mais semântica que concreta, fato que à “de esquerda” não interessa esclarecer porque é a que lhe garante a sobrevivência, e a diferente disposição de roubar e deixar roubar que é aritmeticamente demonstrável, Bolsonaro e a privilegiatura “de direita” só são pertinentemente criticáveis pelo que têm de igual e não pelo que mais têm de diferente dela.

A “revolução”, depois que a realidade matou o sonho, caiu nessa bizarrice de gênero, raça e “correção do discurso” — pro Brasil nada! — porque tudo que de fato condena o favelão nacional a permanecer favelão nacional, nem a “direita” nem a “esquerda” da privilegiatura podem denunciar sem denunciar-se a si mesmas.

São eles – do barnabé e do soldado raso ao professor das universidades públicas de rico e aos generais, uns um pouco menos os outros muito mais – com seus empregos eternos, suas mordomias obscenas, suas aposentadorias plenas e precoces, suas legiões de criados e assessores rachadores, sua impunidade, seus “auxílios”, suas lagostas e seus vinhos tetracampeões, que custam a metade do PIB que falta agudamente à mesa do resto do país.

E é também pra que tudo isso fique intacto que o tema ambiental vive atolado na desconfiança sobre as ações propostas pela vasta horda dos profissionais da caça às verbas disponíveis para o assunto e não na discussão sobre a necessidade de ação séria e efetiva, sobre a qual ninguém mais que viva sob estes céus cada vez mais inclementes tem dúvida. O ambientalismo profissional carnavalesco, que quer índio no zoológico, virou um rabo da privilegiatura que, como ela, vive de, e se promove com, dinheiro público, e se quer intocável, inauditável e inimputável como ela.

Os bolsonaros do mundo foram eleitos em função da repulsa das maiorias sóbrias contra a hegemonia arrogante e assumidamente desonesta desse discurso. E o pânico da perspectiva da perda do poder empurrando a falta de diferença na substância entre esses dois lados da mesma moeda, levou a essa polarização cretina que está aí. Grita-se A se Bolsonaro estiver gritando Z, mas passa-se imediatamente a gritar Z se ele concordar em mudar para A.

Não tem acerto. E o favelão nacional é o refém desse ódio.

Como de bobo Bolsonaro não tem nada, é ele quem escolhe o discurso. Empurrado de volta para o Centrão e para a “velha política” de tanto apanhar por tentar nega-la, fica com o de reduzir o preço do gás e da gasolina e como tornar perene o auxílio de R$ 400 para as vítimas da pandemia. Automatica e estupidamente como todos os raciocínios binários que cavaram esse buraco por baixo dos pés do Brasil, ao outro lado, que no ano passado empurrou dos R$ 200 propostos por Paulo Guedes para os R$ 500 impostos por Rodrigo Maia que, numa das manobras de cálculo mais sórdidas dos anais da sordidez, levou aos R$ 600 finalmente replicados por Bolsonaro que quebraram o Brasil, resta o discurso de como impedir o governo de fazer isso acrescentado às acusações de “crime contra a humanidade” que tanto comovem quem vive sob o fogo cruzado do crime organizado pra ver se conseguem levar a eleição com a fome do povo.

E como a este “A ou Z ou A” não ha argumento racional que sobreviva, a conversa sobre o interesse em zelar pelas contas públicas, proteger os acionistas da Petrobras, os donos de precatórios e os futuros investimentos estrangeiros no Brasil, junto com o de “salvar vidas” da CPI canalha de Renan Calheiros, Omar Aziz e Randolfe Rodrigues, não é que não enganam a velhinha de Taubaté. Não convencem nem mesmo o PT.

Assim, se não surgir nenhum lúcido por fora falando em aderir finalmente à revolução democrática e em entregar o poder ao povo, única maneira historicamente conhecida de faze-lo servi-lo, periga a “esquerda” da privilegiatura, que já fez isso uma vez, conseguir reeleger a “direita” da privilegiatura, e assim sucessivamente num nunca acabar, até o Brasil acabar.

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§ 39 Respostas para Desse jeito os “contra” reelegem Bolsonaro

  • Essa desgraça toda, se não é perfeitamente conhecida, pelo menos é bem percebida pelo favelão. É indiscutível que a solução passa pela posse efetiva do mandato pelo eleitor, entretanto para que tal aconteça é preciso mudar as leis, e para isso, colocar no poder alguém com essa meta e habilidade para levar o Congresso a aprová-las.
    Os dois candidatos, já se sabe. O terceiro pode ser.
    Resta torcer para que escolhamos esse terceiro certo.

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    • LSB disse:

      Qual político mesmo defende o VOTO DISTRITAL PURO e RECALL?
      Ou melhor, quais políticos defendem o VOTO DISTRITAL PURO e RECALL?
      Pois não adianta só eleger um presidente com essa pauta, precisa eleger 3/5 do Congresso (Câmara e Senado) que também pensem assim…
      E torcer para que ao menos 6 sinistros do supreminho – filhos do Iluminismo antidemocrático: o Francês – também pensem assim (ou, ao menos, aceitem).
      Mais fácil o Íbis ser campeão mundial…

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      • Não é nada fácil. Acredito ser possível a investida de um PR com gorte apoio popular. Em último caso adotaria uma iniciativa popular de lei com 1,5M de assinaturas.

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      • LSB disse:

        Olha, sem querer jogar água no chopp, mas já jogando, nem 3 milhões de assinaturas obtidas pelo Caio Copolla (o dobro da quantidade sugerida por você) foram suficientes para fazer o Senado colocar em discussão o impeachment de um mero sinistrozinho supremo (e estamos falando apenas da abertura do processo; não é nem o impeachment em si, pois este dependeria dos senadores. Ademais, nem seriam os PRÓPRIOS que perderiam poder e nem seria um Poder – Judiciário no caso – que seria “desempoderado”; seria APENAS um elemento integrante de OUTRO poder sem qualquer alteração nas prerrogativas e poderes dos demais, incluindo os colegas do possível defenestrado!!!).

        Assim, quantas assinaturas seriam necessárias para esses crápulas abdicarem de seus poderes reais e se “desempoderarem”?
        Acho que nem 213 milhões de assinaturas os fariam promover mudanças desta profundidade e que seriam tão “danosas” a eles próprios….

        Simplesmente diriam “não” e não haveria nada a ser feito (exceto o povo na rua ameaçando DE FATO tais excelências).

        (PS: publiquei esse comentário em uma resposta abaixo, mas foi errado. Era para ser publicado como resposta a este comentário. Publicar e escrever comentários usando o celular dá nisso).

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      • A iniciativa de lei popular tem uma série de etapas difíceis, dentre elas a própria conferência das assinaturas e outros trâmites. Entretanto já ocorreu se não me engano quatro vezes, sempre “apadrinhado” por alguém para poder seguir por outros processos mais rápidos.

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      • Para contribuir no assunto, anexo link do trabalho de graduação de Sophia Peres abordando as dificuldades e alternativas dessa ferramenta.
        É um trabalho muito objetivo e bem arrazoado, que demonstra, apesar de todas suas dificuldades, sua viabilidade. É uma critica ao seu subaproveitamento.

        Clique para acessar o sophia_peres.pdf

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  • Milton Lorena disse:

    Parece que, privilegiaturas à parte, ainda vale a pena manter o discurso patriótico em Brasília, como única chance de proporcionar o aparecimento desse alguém que complete a transição e devolva ao povo a tão sonhada e autêntica democracia.

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    • LSB disse:

      Acreditar que alguém, por livre e espontânea iniciativa, possa entregar o – ou abdicar do – poder que detém é acreditar no Coelhinho da Páscoa. Se você acredita nisso, peça de Natal ao Papai Noel…

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      • Milton Lorena disse:

        Não é nisso que acredito. Sou pela imediata instituição de um TCOI – Tribunal Constitucional da Ordem Institucional conforme detalha o projeto Moraliza.com, mas se o atual Presidente não toma essa iniciativa, não vejo outra saída que não seja mantê-lo em Brasília até que alguém com coragem o faça. Qualquer outra via, significa devolver o país aos comuno-globalistas e oportunistas de plantão!

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      • LSB disse:

        Olha, sem querer jogar água no chopp, mas já jogando, nem 3 milhões de assinaturas obtidas pelo Caio Copolla (o dobro da quantidade sugerida por você) foram suficientes para fazer o Senado colocar em discussão o impeachment de um mero sinistrozinho supremo (e estamos falando apenas da abertura do processo; não é nem o impeachment em si, pois este dependeria dos senadores. Ademais, nem seriam os PRÓPRIOS que perderiam poder e nem seria um Poder – Judiciário no caso – que seria “desempoderado”; seria APENAS um elemento integrante de OUTRO poder sem qualquer alteração nas prerrogativas e poderes dos demais, incluindo os colegas do possível defenestrado!!!).

        Assim, quantas assinaturas seriam necessárias para esses crápulas abdicarem de seus poderes reais e se “desempoderarem”?
        Acho que nem 213 milhões de assinaturas os fariam promover mudanças desta profundidade e que seriam tão “danosas” a eles próprios….

        Simplesmente diriam “não” e não haveria nada a ser feito (exceto o povo na rua ameaçando DE FATO tais excelências).

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      • Mauro disse:

        LSB O poder dessa gente foi crescendo no Brasil e os privilégios já não tem mais limites pq eles sabem que o povo pode ser ignorado ad eternum! Nada irá mudar se não for pela força, exatamente por isso a esquerda fez tanta questão e luta até hoje p desarmar e deixar a população totalmente indefesa. Povo armado não é escravizado.

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  • Márcia disse:

    Por muito menos, quase morreu um candidato.

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  • ANDRE MIGUEL FEGYVERES disse:

    Temos que ter a coragem de sermos felizes! Moro é nossa esperança para 2022 e dia 10/11/21 veremos!

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    • LSB disse:

      Moro é o típico deslumbrado com a “religião da razão” do Iluminismo Francês.
      Ao invés de dar poder ao povo por meio de voto distrital puro, recall, eleições de retenção, etc., Moro SONHA em entregar nossa soberania a um tribunal internacional.
      Ele defende esse ideia o tempo inteiro.
      Moro é absolutamente o oposto de tudo que o Fernão defende aqui.
      Mas vá com fé: o Brasil precisa de mais essa decepção…

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    • jjnatalin disse:

      discordo, o moro é um pilantra tucano, gestado para tirar o ninefingers da parada eleitoral para proporcionar a eleição de um tucano, que são tão incompetentes que nem conseguiam ganhar uma eleição dos petralhas. ai o povo se encheu desta política de tesouras, petralhas e primos tucanos gestando o comunismo no brasil, e votamos e votaremos noBolsobnaro, você vote na terceira via, que estão no muro e sempre descem dele pelo lado esquerdo. Vocês são nossos inimigos também, igualzinhos os petralhas.

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  • Nivaldo disse:

    Muito blá blá blá, esse discurso disfarçado para diminuir o tamanho da canalhice do Bolsonaro, o limítrofe, é tão sórdido quanto qualquer discursinho coalhado de citações sociais para justificar o analfabeto do Lula, o cachaceiro corrupto, e tanto de um lado como de outro, tentando desconstruir uma terceira opção, que tem sim candidatos capazes de começar essa mudança. A fome que grande parte dá população está sentindo e passando é real, e faminto ninguém consegue discernir sobre representatividade e eleição direta, se é que boa parte dela sabe sequer o que é isso.
    E não nos chame de idiotas ao dizer que Bolsonaro se jogou nos braços do Centrão porque não lhe deram oportunidade de governar. Ele saíra do Planalto ainda sem entender porque esteve lá.

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    • Paulo disse:

      Enfim, um lúcido bem intencionado entre tantos baba-ovos deste blog sem vespas legítimas.

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    • LSB disse:

      Não sei se tem alguém da “terceira via” que possa “iniciar tais mudanças”. Aliás, sequer vejo alguém, entre os 138 candidatos a candidato da terceira via, que defenda o VOTO DISTRITAL PURO, RECALL ou eleições de retenção/confirmação para o Judiciário.
      E todos comerão na mão do Centrão inevitavelmente…

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    • Fernão disse:

      Grita-se A se Bolsonaro estiver gritando Z, mas passa-se imediatamente a gritar Z se ele concordar em mudar para A.

      Empurrado de volta para o Centrão e para a “velha política” de tanto apanhar por tentar nega-la, fica com o de reduzir o preço do gás e da gasolina e como tornar perene o auxílio de R$ 400 para as vítimas da pandemia. Automatica e estupidamente como todos os raciocínios binários que cavaram esse buraco por baixo dos pés do Brasil, ao outro lado … resta o discurso de como impedir o governo de fazer isso acrescentado às acusações de “crime contra a humanidade” que tanto comovem quem vive sob o fogo cruzado do crime organizado pra ver se conseguem levar a eleição com a fome do povo.

      É esse o problema dos 3os nomes … nenhum quer mudar o poder de mãos, para as do povo como é da democracia sem aspas. Todos só querem ser eles a presidir o estupro legalizado do favelão nacional.

      cqd…

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      • LAJ disse:

        MAS QUAL O CANDIDATO COLOCANDO NO SEU DISCURSO A REFORMA POLÍTICA COM DISTTRITOS E RECALL VAI SER ELEITO? MENOS AINDA O MORO QUE É ODIADO POR BOA PARTE DOS POLÍTICOS. O “GRANDE SOCIOLOGO” FHC, CIENTE DE TUDO, PELO CONTRÁRIO, RATIFICOU O ESQUEMÃO COM REELEIÇÃO E VOTO ELETRÔNICO. A CONFERIR.

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    • jjnatalin disse:

      discordo, o moro é um pilantra tucano, gestado para tirar o ninefingers da parada eleitoral para proporcionar a eleição de um tucano, que são tão incompetentes que nem conseguiam ganhar uma eleição dos petralhas. ai o povo se encheu desta política de tesouras, petralhas e primos tucanos gestando o comunismo no brasil, e votamos e votaremos noBolsobnaro, você vote na terceira via, que estão no muro e sempre descem dele pelo lado esquerdo. Vocês são nossos inimigos também, igualzinhos os petralhas.

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  • LSB disse:

    Fernão e demais,

    Nada vai mudar por um motivo muito simples: o brasileiro nunca admite que está errado.
    Meio que parafraseando Tom Jobim, mostrar que você está certo é uma ofensa pessoal.
    Quem estudou e formou sua opinião (via de regra, bastante cedo), não troca ela por nada, nada, nada.
    Escreva os melhores argumentos, mostre todos os números, aplique a mais rigorosa lógica e… tchan tchan tchan tchan: o brasileiro simplesmente ignora. Faz que não é com ele. E se comporta assim mesmo quando se trata de um “figurão” que este brasileiro diz admirar; quando não é conhecido ou “admirado”, então…

    Quantas vezes você, Fernão, escreveu aqui (e quantas não escreveu, mas pensou ao ler os comentários) que seu leitor não entendeu nada?
    De fato, inúmeras vezes leio aqui comentários elogiando o texto ao mesmo tempo que concluem com sugestões absolutamente contraditórias e diametralmente opostas ao artigo…

    Engane o brasileiro, roube-o, MAS não o contradiga – principalmente se ele tem formação “superior”. Ele não irá deslocar uma vírgula de lugar em sua opinião; ele não irá pesquisar para saber se você tem razão ou não, MAS você conseguirá um “inimigo” e será tratado como um arrogante, pedante, desalmado e não digno de ser considerado, ouvido ou convidado para coisa alguma.

    Por exemplo, já escrevi inúmeras vezes aqui que os números que você apresenta sobre o orçamento nacional estão ERRADOS. Mas você simplesmente ignora. Não faz questão nem de conferir.
    Para resumir a “ordem de grandeza”:
    Carga tributária = +/- 33%
    Demais rendimentos (dividendos, outorgas, etc.) = entre 3 e 5%
    Déficit primário = +/- 1,5% do PIB

    GASTO NAS TRÊS ESFERAS do governo: +/- 38 a 40% do PIB

    O resto das despesas é rolagem de juros/dívidas. Tal montante – o qual o governo NÃO “GASTA” – está em torno de 5% do PIB em termos líquidos (afinal, o governo TAMBÉM é detentor de ativos que geram juros – por exemplo, reservas internacionais).

    Portanto, “os quase 10% ao ano de déficits/dívidas para fechar a conta” são, na verdade, por volta de 6,5% (dos quais 5% aproximadamente é só rolagem de dívidas e juros).

    Mas esse erro é pequeno (até porque no ano passado esse déficit primário chegou mesmo próximo aos 10% – ou até passou um pouco).

    Seu erro de fazer corar estudante de primeiro ano de economia é este: “…privilégios da privilegiatura que consome 95% ou mais da quase metade do PIB”.
    Errado.

    O INSS consome algo em torno de 10% do PIB (veja, estou falando somente dos aposentados e beneficiários do setor privado! Não estou considerando os do setor público), ou seja, o INSS consome sozinho quase 1/3 da carga tributária (33% do PIB) e em torno de 1/4 das despesas primárias do Estado (que estão entre 38 e 40% do PIB).
    Além disso, também há transferências e custeios.
    Enfim, a privilegiatura pode ficar com um bom pedaço do orçamento, mas muito longe de 95%.
    Também não se esqueça que a grandíssima maioria dos funcionários públicos ganha pouco (e tais “barnabés” constituem as maiores rubricas do RH do Estado). Professores e policiais são, de longe (de muito longe), as carreiras que mais possuem integrantes e que mais “pesam” no orçamento. E não ganham salários nababescos.

    Enfim, procure um economista de sua confiança (já que mesmo eu escrevendo diversas vezes aqui, você não se deu o trabalho de pesquisar e conferir) e pare de perder credibilidade com “fake news”.
    E não se esqueça, as pessoas não te ouvem porque são iguais a você!

    Att.
    LSB

    PS: suas ideias políticas eu compartilho e apoio (por isso continuo a seguir o Vespeiro), incluindo este presente artigo (que, na essência, penso estar na “linha correta”), mas sobre economia, o “gap” é bem mais marcante…

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  • rubirodrigues disse:

    Já propus aqui que em lugar de esperar um salvador a população conservadora do Brasil se dedicasse a estudar A Libertadora – proposta de constituição – que potencializa a democracia que neste fórum se defende, fazer dela bandeira e exigir a sua implementação. Aqui se reclama da privilegiatura e se espera que os privilegiados tomem a iniciativa de perder os privilégios. Ninguém sequer comentou. Em vez disso apostam esperança no Moro que, salvo engano, almejava os privilégios do STF. Santa paciência. Mestre Fernão, o anteprojeto de constituição não é seu, mas importa quem seja o autor? Defenda essa ideia.

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  • AMERICO MELLAGI disse:

    Ou é Bolsonaro ou intervenção militar dura

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    • LSB disse:

      Então precisamos importar uns milicos chilenos ou sul coreanos. Os nossos foram, nas palavras do grande Antônio Paim – recentemente falecido e um dos maiores pensadores que esta Nação já produziu -, “positivistas marxistas”. Enfim, foram eles que levaram o patrimonialismo, o paternalismo, o fisiologismo e o Estado “Grande” ao “Estado da Arte” (ao mesmo tempo que criavam e alimentavam estatais perdulárias e ineficientes, promoviam o capitalismo de Estado para “proto empresários” malandros e ladinos fechando o país e dando financiamento de pai para filho a fundo perdido e alimentavam a narrativa da esquerda fortificando-a e dando-lhes “razão” com a repressão e o regime de exceção).
      Não farão nada diferente caso tomem o poder novamente…

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      • rubirodrigues disse:

        Desistir antes de tentar, não vale.

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      • LSB disse:

        Desistir antes de tentar o quê? Uma intervenção militar dura? Você acha que devemos tentar isso? E mesmo considerando que já passamos por um regime militar por 20 anos?

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      • Fernão disse:

        Os militares estão do lado de lá. São a privilegiatura com discurso machão…

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      • Jackson disse:

        Fernão falou tudo, os militares hoje são a privilegiatura de farda, quem acredita em intervenção militar tá sonhando com Alice e o coelho, essa turma só que saber de projetos de modernização da força e um jabaculê pra lidar com fornecedores (alguém me responde a quanto tempo estão fazendo o tal do submarino nuclear? Um dia sai)
        O que é necessário é um plano de ação com começo, meio e fim para o voto distrital puro, com recall e com o poder nas mãos do eleitor. Aí da pra mudar Constituição, fazer reforma administrativa saneadora, reforma da previdência isonômica e por coleira em político

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  • latebloomerla disse:

    Republicou isso em latebloomerlae comentado:
    Another intelligent analysis about Brazilian almost democratic system.

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  • LOCC disse:

    Difícil pra mim, entender quem começa o raciocínio com o segundo parágrafo e termina dom o último. Porque o último declara com clareza a necessidade de uma terceira via, demonizada no segundo.
    Difícil também entender a defesa de Bolsonaro, e concomitantemente combater a privilegiatura que usurpa o Estado.

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  • pedromarcelocezarguimares disse:

    Enquanto isso, em que pese uma ou outra lamparina a iluminar novos caminhos para a liberdade democrática, prontamente sufocada pelo establisment, o Estado totalitário, socialista e globalista avança sobre incauto povo brasileiro.

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  • Vagner rodrigues de mello disse:

    Devagar se chega ao longe, Bolsonaro está fazendo o possível, batem a porta na cara dele o tempo todo…mas está fazendo o alicerce, precisa de mais uns 80 Deputados bons e alguns Senadores. Muitos traíras no caminho. O segundo mandato será melhor. Para arrumar os 20 anos de roubalheira e os 480 anos de roubos e saques 3 anos é muito pouco. Vou de Bolsonaro de novo, não apareceu ninguém melhor e pelo menos ele está tentando. Aliás está melhor que a encomenda. A prova disso é que todas as camadas da política querem tirá-lo de circulação, pelo bem ou pelo mal. Logo se ele não é bom para as oligarquias, funcionários de alto escalão e para a banca. Ele está sendo bom para o povo. Simples assim é aguardar para ver se entrega o barco melhor do quê achou..e no rumo.

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  • Mesmo com Voto Distrital Puro a população poderá não estar representada, mas com certeza os representntes estarão bem mais próximos do representados.
    Enquanto for mantida esta privilegiatura atual eu mantenho meu mantra:
    “Não gosto do Governo Atual, nem do Anterior, nem do Próximo”, seja ele qual for.

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  • infelizmente creio que a coisa não se limita ao executivo federal atual….
    O judiciário hoje legisla sob seu próprio arbítrio, muitas vezes ao arrepio da Lei ocupando o vácuo deixado pelo legislativo que se omite para sua própria proteção e que assalta os recursos públicos disponibilizados para o executivo que na escassez destes ajusta os tributos e amplia a dívida pública para manter o Estado pelo menos no seu atual tamanho e mais uma pitadinha do novo ocupante….
    Aí se falam em reformas que vão organizar tudo…. a da previdência, desde que mantidas as diferenças já obtidas nas respectivas castas……. a administrativa, desde que assegurados a manutenção das diferenças próprias das respectivas corporações… a tributária, desde que ao menos mantida a arrecadação atual a cada ente federativo…. a política, desde que garantida a manutenção dos que estão no poder… a judiciária, desde que a corporação possa controlar a si própria….
    Nestas modernidades eletrônicas cada vez mais incompreensíveis uma coisa parece certa, muitas vezes é necessário pressionar o “reset”

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  • Jackson disse:

    O primeiro passo é acabar com o voto proporcional e só valer o majoritário. O efeito imediato seria o fim dos partidos que só vivem de fundos partidários, emagrecimento rápido e eficaz da tralha. Depois poderia ser composta uma bancada de congressistas comprometidos com uma causa, é bem mais fácil construir uma lista assim.
    Finalmente a constituição do Prof. Carvalhosa teria como ser implementada.
    Quanto a esse papo de terceira via, isso só está sendo construído para poder ter segundo turno, a esquerda com Lula e Ciro não ganham nada hoje, tem no máximo 30% dos votos.

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