A morte da Lava Jato

8 de fevereiro de 2021 § 34 Comentários

Os desvios do início e os desvios do fim da Lava Jato respondem à doença sistêmica do Brasil: o desenraizamento de tudo do fio-terra “povo”, a única entidade legítima para iniciar processos do gênero. Sem ele, tudo vira munição da guerra “deles” contra “eles” pelo poder de deter o controle da máquina de esfolar povo brasileira.

Nada disso apaga, no entanto, a verdade que ficou perdida no meio: o desvendamento dos meandros de um “Sistema” podre e da podridão individual da maioria dos seus agentes.

Sobre as conversas entre Sérgio Moro e Deltan Dalagnol especialmente selecionadas para acabar de enterrá-la ha que dizer que é impossível limpar o Brasil sem um mínimo de transgressão a uma constituição que, para ser defendida, requer uma confissão formal de adesão ao crime. 

Mas o recurso a essas transgressões, pela primeira vez usado para o bem, acaba justificando aos olhos da Justiça, que é e tem de ser necessariamente formalista, o uso que sempre se fez dele para o mal, o que comprova pela enésima vez que soluções casuísticas não são soluções, é preciso desentortar a essência do “Sistema”. 

O objetivo de acabar com a Lava Jato uniu do Centrão ao PSOL e realizou-se com o peteleco que faltava: o da família Bolsonaro. Do amigo Queiroz à Bolsotini Chocolates e Café Ltda com que o senador Flavio lavou em bombons da Kopenhagen R$ 1,6 dos seus milhõezinhos “rachados”, chegamos à inexorável reacomodação dos fundilhos do pai Jair no colo do Centrão. 

Ha a distância de um abismo entre as “rachadinhas” universalmente praticadas desde que d. João VI as fez uma das primeiras instituições do Brasil e “o maior assalto de todos os tempos”, conforme descrito pelo Banco Mundial. Mas a questão é de princípio: roubo é roubo, não importa o tamanho, a não ser para os roubados. O meio de campo cinzento entre essas duas grandezas não pode ser apagado nem pelas melhores instituições já arquitetadas pelo homem, daí só os roubados terem legitimidade para acionar ou não a lei para coibi-las, na medida da sua sensibilidade dada cada circunstância. Deixar esse tipo de decisão para os roubantes, como sempre soubemos e Getulio Vargas explicitamente formulou com o seu imortal “Para os amigos, tudo; para os inimigos, a lei” é nada menos que suicídio.

A Lava Jato morreu assassinada por Rodrigo Janot ao dar “leite de pato” aos irmãos Ésley e ao Departamento de Propinas da JBS dirigido pelo delator Ricardo Daud, uberabense como Dilma e ex-chefe de gabinete de Wagner Rossi, o ministro da Agricultura “impichado” antes da própria “presidenta”.  Coincidentemente, Wagner vem a ser o pai de Baleia, o candidato de Rodrigo Maia à sua própria sucessão na presidência da Camara Federal… 

Com a canetada final de Augusto Aras, que subiu pelos degraus das culpas da descendência de Jair Bolsonaro, enterrar-se-ão os prontuários dos 189 congressistas fregueses oficialmente reconhecidos e identificados de Daud e seus patrões, donos da lavanderia planetária criada pelos expedientes que permanecem encerrados na “caixa preta” do BNDES por onde disseminou-se o grosso do que se roubou na “Era PT”, e do Departamento de Operações Estuturadas da Odebrecht, duas das entidades das quais realmente emana o poder que “em nome do povo” é exercido, assim como – promete-se – o do chefe de todos eles.

Quanto ao futuro da corrupção no Brasil, ele já está mais do que presente, liberado pelas sentenças sucessivas dos abastados “garantistas” do Supremo Tribunal Federal cavadas pelos ricos advogados que detêm o privilégio de ser por eles acatados: vem-se roubando, sob a impunidade ampla, geral e irrestrita de sempre, até o ar dos pulmões dos doentes de covid – os respiradores, primeiro, os hospitais de campanha, depois, os bujões de oxigênio de Manaus e as vacinas dos fura-filas, mais recentemente. Isso no varejo. No atacado os sinais do costume já estão aí, nas tentativas de estupro até da própria Anvisa em benefício dos tubarões internacionais que rondam, bocarras arreganhadas, muito mais que só a pandemia…

Com o que resta-nos repetir o que já ficou dito no artigo anterior: nada vai mudar antes de uma reforma política que inverta a cadeia das lealdades no aparelho das decisões nacionais, ou seja, antes que o Brasil passe, finalmente, pela sua revolução democrática e entregue o poder ao povo fazendo todos os mandatos dependerem dele o tempo todo – antes, durante e depois de cada eleição – pela boa e velha receita das eleições distritais puras com recall, iniciativa e referendo. Acreditar no contrário é acreditar que “passando um pito” a cada quatro anos na bandidagem e tirando a policia das ruas pelos próximos quatro você estará seguro…

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§ 34 Respostas para A morte da Lava Jato

  • Marcos Andrade Moraes disse:

    “Com a canetada final de Augusto Aras, que subiu pelos degraus das culpas da descendência de Jair Bolsonaro…”

    Conversa mole. A culpa é do ascendente JMB e dos generais brasileiros, que ficaram 21 anos mandando e mamando, mas foram contra o voto distrital e agora voltaram – pelo seu voto – para mamar mais, enquanto deixam morrer centenas de milhares por covid-19.

    “Mas o recurso a essas transgressões, pela primeira vez usado para o bem…”

    Imbecilidade. 1930 foi considerado um bem que desaguou em 1937. Seu avô apoiou? 1964, foi considerada do bem por seu pai. Vc considerou do bem a candidatura de um miliciano denunciado como proprietário de 15 milhões em imóveis. Claro, havia um abismo:

    “…Ha a distância de um abismo entre as “rachadinhas” universalmente praticadas desde que d. João VI as fez uma das primeiras instituições do Brasil e “o maior assalto de todos os tempos”, conforme descrito pelo Banco Mundial…”

    Havia um abismo e havia princípios, diz vc; vc votou no abismo e abandonou os princípios que, desconfio, vc não os tem… Agora lamenta e pede ajuda ao povo!

    Vc dividiu o Brasil entre imbecis e FDP. Neste texto vc navega entre os dois com incrível versatilidade.

    Seguramente é um dos seus piores textos. Todavia, desconfio, vc vai se superar nos próximos…

    MAM

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  • Perez, Rubens disse:

    Bom dia,

    Muito bom !

    Uma visão ampla e clara da situação em que vivemos, desmacarando essas MÁFIAS também conhecidas como poderes da republica. Vivemos em uma PSEUDODEMOCRACIA defendida por canalhas e/ou ignorantes. Triste!! Rubens

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    • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

      Sr. Perez, após a ação nefasta de Bolsonaro junto aos senhores congressistas para a eleição de seus presidentes, Senado e Câmara, através das verbas extras concedidas fica claro que estamos de forma desavergonhada descambando de vez para outro sistema de governo, a saber:
      CLEPTO-CANALHOCRACIA PSEUDOREPUBLICANA

      Elementos deste sistema sempre estiveram presentes, há séculos, em nossos governos, a diferença é que agora é feita de forma desbragada, logo após declarada promulgada a Constituição Cidadã de 1988.
      E assim se solidificou a privilegiatura nacioanal em detrimento daqueles que deveriam lutar para ser os donos do poder: o povo, que agora tem, por enquanto, o acesso permitido na Internet e está acordando para a necessidade urgente urgentíssima de se estabelecer o sistema de voto distrital puro com recall, referendos, iniciativas e bota fora de juízes e funcionários públicos corruptos a cada dois anos.
      O Fernão tem feito a sua parte divulgando, assim como tantos outros notáveis com coragem de se expor diante de um ambiente que caminha para um Golpe de Estado final.

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      • rubirodrigues disse:

        “após a ação nefasta de Bolsonaro junto aos senhores congressistas” D. Herbert, apreciaria saber qual a alternativa que Bolsonaro teria para que lhe fosse permitido governar e avançar com a agenda que o elegeu? Se a manobra conseguir aprovar o pacto federativo, a reforma tributária (com CPMF) e a reforma administrativa, penso que saiu barato, tendo em vista que os valores liberados estavam no orçamento. Legislativo e Executivo não foram eleitos para viver às turras, mas para viabilizar boa governança federal.

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      • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

        Sr.Rubirodrigues: Desde quando Bolsonaro governa? É como disse o ex-presidente Michel Temer sobre o Congresso: é uma casa de acordos…
        Nem isso Bolsonaro soube fazer e agora certamente vai ser comido por uma perna cada vez que propor alguma coisa, seja lá o que for. 3 bilhões despertaram a fome dos bichos, coisa de sempre…
        Concordo com o ex-ministro do trabalho Almir Pazzianotto quando em seu artigo Golpe de Estado, divulgado no Estadão semana passada alertou que o governo Bolsonaro pode acabar nisso.
        Duque de Caxias, patrono do exército brasileiro, deve estar revoltado, chutando e batendo a testa na tampa de seu caixão, mormente agora que o exército se retira da defesa da Amazônia. É lamentável para os oficiais do galardão do general Vilas Boas estarem a ver tudo isso que os falsos representantes do povo brasileiro estão a fazer com nossas instituições nos três Poderes.
        Deu a louca na República, que mais parece uma clepto-canalhocracia pseudo-republica.
        E o favelão nacional assiste a tudo sem se manifestar nas ruas, e deviam, tomando, é claro, cuidados como distanciamento físico, uso de máscara e não esquecendo de lavar as mãos, ops, no sentido físico é claro.

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  • rubirodrigues disse:

    Sinto cada vez mais abalada a minha esperança na democracia. Sinto também crescer em mim a tese de Platão que exigia um rei sábio na condução dos trabalhos. Embora também se conheçam desastres, o fato é que a maioria das monarquias remanescentes pertencem ao primeiro mundo. Resultado, parece, de ter sempre havido alguém preocupado em justificar devidamente perante a população, a presença do Estado. Aqui nos debatemos entre a necessidade do Estado para viabilizar convívio minimamente civilizado e o uso inescrupuloso do Estado para satisfação de conveniências particulares. Penso que em última instância trata-se de uma elite governante que ignora o seu papel porque não se prepara para exercê-lo e o sistema educacional tampouco consegue ensinar a pensar corretamente. Estamos no mato sem cachorro. O único alento é a crescente denúncia dos limites da dialética e das soluções socialistas, prenunciando o fim da Pós-Modernidade. O que virá, quer me parecer, será pautado em uma lógica e um pensamento da totalidade, algo que ainda precisamos dominar.

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  • Amigo Fernão notável essa tua mensagem para divulgar ao mundo

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  • Helio A Ferreira disse:

    Com todo respeito aos amigos que não pensam assim, dou todo meu apoio e solidariedade a Sérgio Moro e a todos que levaram adiante essa operação!
    Se (repito, SE) houve erros ou excessos, com certeza, muito longe estiveram da magnitude de erros, excessos e CRIMES que, de forma indireta, foram cometidos contra a sociedade em geral.
    Manifesto meu repúdio aos que destruíram a Lava Jato e aos que concordam ou se calam perante essa barbaridade!
    Pior ainda, aos que, não satisfeitos com isso, tentam amplificar ilações sobre supostos erros ou desvios de conduta pelo fato de a operação ter atingido, em cheio, inclusive, a figura canalha de Lula da Silva ou de que a notoriedade obtida por Moro possa se constituir em ameaça a pretensas candidaturas à presidência em 2022, algumas delas com claras intenções de encontrar um campo de fácil propagação de enriquecedores métodos de ação de corruptos.
    Talvez este povo não mereça realmente alguém digno e capaz como Sérgio Moro!

    Em tempo -1: NÃO considero que, para governar, busquemos “santos” com 100% de pureza de alma, posto que isto não há na face da terra.
    Entretanto, em intensidade maior, sempre relativamente aos demais pretendentes, boas qualidades, são o que busco em alguém para nos governar.

    Em tempo -2: A meu ver, o momento é de buscar um bom candidato, de qualquer ponto do espectro político nacional, que reúna condições de promover avanços políticos, sociais, na seguranca, economia e na educação. Portanto, HOJE, estou aberto a discussões sérias sobre quem pode preencher esses quesitos.
    E ainda não tenho candidato para votar em 2022.

    #RodaDemocrática

    #PrisãoEmSegundaInstânciaJá

    #ReageBrasil

    #ImpeachmentJá

    #FORA_BOLSONARO

    #fora_quadrilheiros_corruptos

    #nemlulasnembolsonarosnemoutrospoliticoscorruptosdemagogas

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  • flm disse:

    Ja eu não acredito em pessoas, Helio, só acredito em sistemas bem estruturados onde “errar”, seja com o sentido que o lulismo dá à expressão, seja com a que o dicionário registra, implica em perda de mandato por recall, como acontece no emprego de todos nós aqui do mundo real.

    Aí todos os candidatos eleitos que permanecerem nos cargos trabalharão para “promover avanços políticos, sociais, na segurança, economia e na educação”.

    Quem não, rua…

    Nisso sim, eu acredito.

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  • Mora disse:

    Fernão, estou contigo. O que resolve é mudança estrutural apoiado por toda a sociedade. Acreditar em pessoas é igual acreditar em máscara e em confinamento.

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  • Luto permanente do povo pela morte da Lava Jato.

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  • Mauro Ribeiro Silva disse:

    País com sistema judiciário caríssimo e ineficiente, um desplante. Como se pode aceitar tantos processos com prescrição ?

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  • A.(sno) disse:

    Acho impróprio citar cinema como parâmetro pra vida real porque é uma obra de ficção (exceto documentários) e o diretor “viaja” quanto quer na “maionese”. Mas, como quem tem boa vontade pode extrair exemplos dos lugares mais inapropriados, quero ter a ousadia de recomendar, principalmente aos legalistas que enchem a boca e estufam o peito pra usar termos como “direto ao contraditório”, “devido processo legal”, “amplo direito de defesa”, “trânsito em julgado”, “cláusula pétrea” e que tais, o filme “Mississipi em Chamas” e o 24º episódio da 20ª temporada de “Law and Order SUV”. As conclusões são idiossincráticas…

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  • Ronaldo Sheldon disse:

    Perfeito, cada vez mais se torna imprescindível a reforma política com a implementação do voto distrital puro com recall nos Municípios, onde os eleitores têm maior contato com os eleitos. O resto virá como consequência, efeito dominó!

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  • Varlice1 disse:

    Difícil limpar uma pocilga sem sair respingado dela.
    Minha solidariedade a Moro hoje e sempre.

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  • A. disse:

    Nota no “Antagonista”: “Lulistas e bolsonaristas articulam CPI da Lava Jato”.
    – Não satisfeitos em matar a Lava Jato, os quadrilheiros querem agora sapatear sobre o cadáver…
    P.S.: o que o sr. acha disso, Sr. Rubi?

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    • rubirodrigues disse:

      Acho que quando nos deparamos com ideologias de esquerda estamos diante de um zumbi: um cadáver que ainda se mexe e quando se mexe fede. Eles continuam encantados com Gramsci e sua estratégia de destruição e com dificuldade de perceber que nos casos em que tal modo de pensar teve sucesso o povo acabou vivendo em meio aos destroços. Penso que, no fundo, é um problema mental. Dominar a mente e a racionalidade é o grande desafio do homo sapiens instado pela Natureza a superar um hominídeo meramente animal e conquistar a condição plenamente humana, isto é, dominar todos os recursos da razão, É disso que trata a esfinge de Guizé e é disso que trata o mito da caverna de Platão. Estamos nessa batalha a dez mil anos e está chegando a época da maturidade quando a humanidade vai conquistar a lógica da totalidade (quinta lógica) e os dialéticos (quarta lógica), pressentindo que estão sendo superados, esperneiam e não querem largar o osso. Estas discussões são um bom exercício A., mas, a conquista da racionalidade é feito pessoal intrasferível e para tanto impõe-se perguntar o que é pensar, o que é interpretar, que garantias tenho de que a minha interpretação corresponde à realidade? Inteligência é o uso consciente que fazemos da nossa capacidade de pensar – segundo certo sábio. PS. Sei que as nossas circunstâncias colocam questões imediatas que precisam ser enfrentadas, tal como essa da Lava Jato, mas isso são acidentes que se sucedem contingentemente. Para um pouco de paz é preciso sair do fluxo do rio, elevar-se e olhar de cima todo o curso das águas, vai se verificar que elas chegam no mar, evaporam, as nuvens voltam e se precipitam em chuva e tudo começa de novo. Ponto de vista é o que é visto a partir de um ponto. Escolha nossa. Grato.

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  • Marina disse:

    Esses “garantistas” do supremo acusam a Lava Jato do que eles próprios praticam diuturnamente: conluio com essas bancas de advocacia pra driblar e buscar brecha na Lei. Quantas gerações pra por isso nos trilhos?

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  • Jota Guedes disse:

    Fernão, como vai? Você toparia participar de um Podcast para falar sobre o sistema político Americano (recall, voto distrital, bellot measures, bond issues, etc.)? Trata-se de um Podcast de uns amigos do https://urbanstudies.com.br/

    Que acha?

    Abraços!

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  • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

    É Fernão, tem muitos juízes que parecem não entender o texto da lei, esquecem de considerar o espírito da lei e ainda distorcem o que está escrito na lei e de forma desavergonhada, na cara- de- pau mesmo e nem usam óleo de peroba para disfarçarem a desfaçatez.
    Estou com Moro Delagnol e com a atuação da Lava Jato, que agiu de acordo com a situação nacional; para eles já enviei, no passado, em carta no Fórum dos Leitores do estadão, uma coroa de louros pelos excelentes serviços olímpicos prestados a Nação e Estado brasileiros, com o reconhecimento de todos os brasileiros de bem , que, de fato, são os legítimos donos do poder e podem sim determinar o deve ser ou não ser.
    Imorais são aqueles que roubam o erário público, destroem as instituições da Pátria Amada e usam a lei para, com escárnio, inocentar notórios bandidos, que se fazem eternamente de vítimas – leia-se Lula, Dilma, e seus fiéis seguidores no banditismo de Estado.

    Judiciário célere e justo, Nação livre !

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