Churchill nos EUA – 1941

13 de dezembro de 2020 § 15 Comentários

Em 7 de dezembro de 1941 os japoneses atacam Pearl Harbor e os Estados Unidos finalmente declaram guerra às potências do Eixo. Para Winston Churchill e a Inglaterra, que vinham havia dois anos aguentando a guerra na Europa praticamente sozinhos, era a salvação, afinal. Churchill embarca então no encouraçado  Prince of Wales e cruza um Atlântico super patrulhado pelos submarinos de Hitler para reunir-se pessoalmente com Roosevelt.

Em 26 de dezembro é recebido no Capitólio na terceira reunião conjunta da história da Câmara e do Senado americanos:

Churchill começou seu discurso com uma piada: “Não posso deixar de refletir que, se meu pai fosse americano e minha mãe britânica, em vez do contrário, eu poderia ter chegado aqui por conta própria”. Houve risos e uma ovação imediata, mesmo de isolacionistas. “Eu sou filho da Câmara dos Comuns”, continuou ele. “Fui criado na casa de meu pai para acreditar na democracia. ‘Confie no povo’ — era sua mensagem. Eu costumava vê-lo ser aplaudido em comícios e nas ruas por multidões de trabalhadores nos tempos vitorianos aristocráticos, quando, como disse Disraeli, o mundo era para os poucos, e para os muito poucos. Portanto, durante toda a minha vida estive em plena harmonia com as marés que avançaram nos dois lados do Atlântico contra o privilégio e o monopólio, e me conduzi com confiança para o ideal de Gettysburg de ‘governo do povo, pelo povo, para o povo’ […]. Em meu país, como no de vocês, os homens públicos têm orgulho de ser servos do Estado e teriam vergonha de ser seus senhores”.

O trecho foi retirado do livro:

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§ 15 Respostas para Churchill nos EUA – 1941

  • Eduardo disse:

    Excepcional lembrança.
    Não fossem sujeitos como ele, estaríamos já há quase 100 anos de ditadura …Mas em vez de venerá-los, pelos imensas qualidades que sobressaíram aos seus defeitos, os “!desconsrutivistas comunistas pró ditadura”, preferem exaltar seus defeitos, como se não fossem humanos e como tal possuidores de defeitos.Mas isso já era esperado, sua filosofia é a apenas a desconstrução do que os atrapalham a impor uma ditadura aos seus moldes, mas que não deixam de ser uma ditadura. independente do modelo,….

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  • Marcia disse:

    Hoje, Churchill estaria levando “flag” nas redes sociais.

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  • rubirodrigues disse:

    Fernão, penso que o tema democracia precisa ser repensado, não quero dizer superado nem abandonado, simplesmente, repensado. O modelo está francamente sob ataque, tanto pelos modelos totalitários eurasianos virtualmente mais eficientes em importantes aspectos, como pela forma sofística com que a democracia foi implantada e vigora em países como o nosso. Um faz de conta democrático que amplifica a ineficiência que lhe é própria e estrutural. Uma guerra mundial por recursos encontra-se em andamento e Estados ineficientes tendem a ser as primeiras vítimas.

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  • Nivaldo disse:

    O mundo sempre se moveu em uma guerra por recursos interminável, as vezes bélica, na maior parte do tempo de forma “diplomatica”; o problema é que agora os governantes foram superados pelos CEOs e acionistas majoritários que não tem nenhum pudor em emparedar governantes e governados; seja qual for a linha ideológica.

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  • Marcos Andrade Moraes disse:

    vc leu depois de ter votado em Bolsonaro e seus generais ?

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  • carmen leibovici disse:

    Uma coisa tão simples e tão rara: um homem de fé genuína,de coragem,de otimismo, de patriotismo e , principalmente ,de ideias claras.
    Hoje só existe poluição política, confusão,mau caratismo

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  • Paulo Terracota disse:

    Incrível, pessoas que se dizem democratas partem para a agressão verbal assim que se deparam com uma opinião contrária a sua.

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  • Carlos disse:

    Pois é, que falta faz um Churchill neste mundo de hoje. Apesar de ter seus defeitos , como todo ser humano, nenhum político de hoje chega aos seus pés. Incrível a falta de vergonha e ignorância dos políticos de nosso sofrido país

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  • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

    É isso Fernão, democracia se constrói com estadistas a serviço do povo que os elegem. A Inglaterra da época pode contar com um estadista que foi Winston Churchill e nós, no Brasil de hoje, estamos pagando pela má escolha – a única possível ? – de eleger um chucho arrivista que só nos envergonha perante as nações democráticas conduzidas pelo povo, para o povo.
    Se um dia tempos muito mais cinza vierem a se instalar no Brasil, por negligência e indiferença do povo e seus “representantes”, por não enfrentarem em tempo isto que aí está, não me importo em estar com muitos outros numa nau com destino ao exílio, como Júlio de Mesquita e sua família enfrentaram, no passado, em Portugal.

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  • GATO disse:

    Lá vamos nós com a opção em retornar a terrinha, linda Lisboa com o belo Parque Eduardo VII, é mais fácil fugir, por que lutar? Não há nada que valha a pena, povo miserável, cultura em decadência, com a industria, depenada e empobrecida, sobrou a fazendinha que ainda dá algum cafe com leite e algumas verduras, mas o que a faz ainda subsistir é o grão e a carne até que os chinas se cansem de desaforos e mandem enfiar esses dois produtos naquele lugar. O comercio em farrapos pois os biscateiros estão dominando e sem pagar taxas ou impostos vão viciando o comprador com preços que os enganam e sem garantias. Então pra que lutar ou porque lutar, o plano é deixa o vírus matar o máximo que ele puder, vamos reduzir os miseráveis e os velhos, vamos fazer uma limpeza quem sabe sobra algo mais pra ser depenado ou espoliado. Triste realidade, nação sem timão de navio, só tem aquele da marginal sem número que faz parte do circo, pois o pão tá acabando. Líderes que se sacrifiquem por seu povo, por estas bandas não tem vindo, nem a passeio o que dirá pra resolver o imbróglio.

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  • josebaldassari disse:

    Neste país sempre à espera de milagreiros e seus milagres não existe o habitat necessário para surgir um estadista de verdade. No máximo um genérico mal ajambrado.

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