Dias piores virão

6 de novembro de 2020 § 41 Comentários


Donald Trump, o que confessadamente “não sabe perder”, colocou-se frontalmente contra a democracia americana porque perdeu. Não tenho duvida nenhuma sobre qual dos dois irá para a lata de lixo da História…

“Judicialização”, entretanto, é uma expressão infeliz para designar as ações com que está entrando na justiça, pois vem carregada do sentido que se dá a ela no Brasil, de “tapetão”, de falseamento da regra. Lá, quando não foi diretamente escrita, a regra foi formalmente referendada, no voto, pelos próprios eleitores. Não pode ser mudada nem monocraticamente, vai sem dizer, nem mesmo por “colegiados”, a menos que o povo expressamente concorde com isso no voto, preto no branco. Na democracia o povo é quem faz a lei e o governo é quem, acima de todos os outros, é obrigado a obedece-la sob pena de destituição. Assim, ha que ter todo cuidado ao transpor o vocabulário da nossa selva política e institucional para a realidade americana.


Não é por caso que o voto no país que inventou os computadores e as linguagens de código continua sendo em papel e na língua que o povo inteiro fala. A primeira função de um sistema eleitoral democrático é não permitir que paire qualquer dúvida entre a vontade expressa por cada eleitor e o modo como ela será compreendida pelo sistema. Não ha que haver “traduções” no meio do caminho. Por isso o voto assume a forma de um contrato pessoal e intransferível do eleitor com o sistema, assinado pelo dono como um cheque, contado e arquivado na sequência para permanecer acessível a qualquer momento em que haja uma dúvida.

Esclarecida essa parte da questão, resta o gigantesco problema real. Pela primeira vez em sua história os Estados Unidos estão divididos como o resto mundo porque as suas famosas “excepcionalidades” nunca estiveram tão enfraquecidas. Mais especialmente que todas, está de todo esquecido o viés anti-monopolista e de garantia de um nível alto de competição em benefício do consumidor que a democracia americana adotou a partir do final do século 19 e que os manteve com empregos e salários em alta e isentos da tentação socialista ao longo de todo o século 20. 


O fim do sonho de vencer pelo trabalho sem ter de se vender às máfias politicas e a concentração desenfreada da riqueza de hoje decorrem da desastrosa decisão de enfrentar o desafio  do capitalismo de estado chinês com as mesmas armas dele em vez de impor-lhe as do capitalismo democrático. Deixar de taxar os produtos do desrespeito às leis de propriedade intelectual e da falta de dignidade no trabalho levou ao achinezamento dos salários em todo o Ocidente e à corrida, suicida para as democracias, das fusões e aquisições que concentraram pornograficamente a riqueza e reduziram em níveis dramáticos as condições de defesa de quem vive do trabalho.

Mas nem a imprensa que, no século 19, liderou a reforma que pôs eleitores e consumidores definitivamente no poder, nem qualquer dos dois candidatos atacam o problema pelo ângulo do aggiornamento da gloriosa tradição antitruste que fez da democracia uma realidade que ia muito além das palavras e enriqueceu os Estados Unidos em níveis até então inimagináveis. Biden e os democratas, por razões absolutamente alheias aos fatos, tratam a China como um competidor fair. E Trump reage com rugidos mais para explorar eleitoralmente os ódios e frustrações dos excluídos da globalização do que para atacar qualquer aspecto concreto do problema.


É esta, na minha modesta opinião, a razão pela qual o país permanece tão “dividido”. Nenhum dos dois acena à massa dos encurralados entre os monopólios chineses e os monopólios americanos com uma resposta aos seus problemas reais. Os dois tratam de manipular em direções opostas as paixões que os efeitos dessa competição desleal despertam, com o que o divisor de águas migra do cérebro para o coração e passa a girar em torno, literalmente, do sexo dos anjos.

Para culminar a crise americana, que é de identidade mais que tudo, aparece a crise da sua imprensa. A transmissão do discurso deletério de Donald Trump sobre as supostas fraudes na eleição foi interrompida a meio e substituída por diatribes biliosas de gente que invade os lares dos telespectadores exibindo a credencial de “jornalista” na NBC, na ABC, na CBS e na CNBC, as principais redes de televisão aberta do país. O episódio marca a derrubada da ultima barreira de cerimonia da chamada “grande imprensa” com o seu compromisso com os fatos. Depois das campanhas de “cancelamento” de indivíduos dentro e fora das redações e pedindo censura nas redes sociais, aí está o próximo passo lógico da escalada de violência autoritária que, como já se disse tantas vezes aqui no Vespeiro, não vai parar onde já chegou.


Trata-se de um círculo vicioso. É muito provável que uma maioria suficiente para derrotá-lo fragorosamente tenha considerado seriamente votar contra Trump em vários dos momentos, nos últimos 4 anos, em que ele disse merda bastante para jogar por terra toda a liturgia que fez da democracia americana um exemplo para o mundo. Mas ao ver a esquerda dos fuzilamentos morais sumários rugir o seu ódio não só contra Trump mas também contra quem quer que resista à sua campanha internacional pela criminalização do óbvio viu nisso um perigo maior que o histrionismo do presidente e voltou atras. Não consigo enxergar outra razão para explicar que seu eleitorado tenha crescido dos 62 milhões de 2016 para os quase 70 milhões de votos de 2020, senão como uma reação defensiva contra essa imprensa cega o bastante para não enxergar quem é o “dílmico” Joe Biden só porque existe um Donald Trump, e alinhar-se histericamente com um ou com outro lado dessas mediocridades a ponto de fraudar abertamente todas as leis mais básicas do jornalismo.

A imprensa é importante demais para a democracia para ficar nas mãos do jornalismo de hoje. Mas como está e, neste ambiente de domínio agora explicito da censura e da covardia nas empresas jornalísticas, nada indica que não vá permanecer, prevejo que dias piores virão para os Estados Unidos e consequentemente para o mundo.

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§ 41 Respostas para Dias piores virão

  • Vito Labate Neto disse:

    Nas análises que se vê não tem sido dada a devida relevância a um fator, para mim decisivo, no resultado das eleições americanas: a pandemia. Ela causou uma piora na economia que, sem dúvida, pesou na balança pró Biden. E numa eleição como essa, provavelmente ganha “por una cabeza” …

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  • Marcia disse:

    Muita acuidade na percepção dos fatos. Parabéns pelo artigo.

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  • Carmen Leibovici disse:

    Verdade,muito blablabla de Trump contra a China mas nenhuma criação de perspectiva racional de reversão dos fatos.E não vira com Biden também-so piorará.O novo “fator china” criou uma tensão e estamos(não só EUA) vivendo nesse estado de tensao permanente sem vislumbre de solução.Uma hora isso há de explodir,e não será uma explosão racional porque não há líderes racionais para dar conta do recado.A sua ilustração de um com um burro no cérebro e o outro com um elefante resumem a situação.Ai aí…preocupante.Tempos preocupantes…Haja fabricação de calma prá segurar tamanha ansiedade.E a Covid veio como “a cereja do bolo”da insanidade geral.

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  • Carmen Leibovici disse:

    E a imprensa não ajuda, só atrapalha mais…

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  • Carlos disse:

    Fernão , obrigado pela análise lúcida e clara.Infelizmente a mídia embarcou nesta polarização imbecil , e toma partido de A ou B , fazendo torcida por resultados convenientes ao invés de ajudar o cidadão na análise dos fatos.
    Saudades dos bons tempos do Estadão, porque infelizmente este também afundou na lama da hipocrisia.

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    • Carmen Leibovici disse:

      Vou fazer uma crítica ao “Estadão” (O Estado de São Paulo),que sempre foi tão admirado:se ele tivesse sido de fato um bom jornal,o Brasil seria diferente,não seria?As suas eventuais atitudes simbióticas com o poder não o levaram à cegueira na pressuposta missão de um jornal? Nao se trata de ficar achando culpados e bodes expiatórios pois isso é asqueroso,apenas se trata de constatar,ou pelo menos tentar,identificar o conjunto de fatores que levam uma situação ao ponto que chega.Eu desconheço,mas será que jornais tradicionais americanos não ajudaram a ” América” a chegar aonde chegou e ser o que chegou a ser?

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  • Alexandre disse:

    Eu acho que o Trump está fazendo um papelão. Ele não tem qualquer prova consistente de fraude. Está jogando lama na maior democracia do mundo. Mas acho que ele pode se queixar sim da cobertura (parcial) da mídia e (novamente) das pesquisas eleitorais.

    (E a pandemia, claro, decidiu a eleição.)

    E por falar em mídia, achei um absurdo cortarem a fala do Trump ontem. Faço coro com o jornalista Mario Sabino: “Agiram como donos da verdade, de maneira paternalista e autoritária, sob as vestes da responsabilidade. Não somos donos da verdade e não temos mandato de ninguém para decidir pelos cidadãos”.

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  • LSB disse:

    Caro Fernão,

    Muito bom artigo, mas tenho duas discordâncias e uma concordância que gostaria de expressar:

    1 – “O fim do sonho de vencer pelo trabalho sem ter de se vender às máfias políticas e a concentração desenfreada da riqueza (…). É esta, na minha modesta opinião, a razão pela qual o país permanece tão ‘dividido’. ”

    Discordo totalmente. Acho que a questão econômica não é e não foi tão importante assim.
    De fato, essa foi a NARRATIVA encampada por TODA A IMPRENSA (desde 2016) para justificar a ascensão de Trump.
    Mas isso não faz o menor sentido uma vez que o nível de desemprego está nos patamares mais baixos das últimas décadas, o vale do silício continua sendo um “oásis” para empreendedores, capital de risco (Venture capital) nunca esteve tão barato e abundante e a bolsa (poupança do CIDADÃO americano) bateu recordes (o americano médio “enricou”). E a renda per capita continua subindo.
    (não dê muito ouvidos a tal da “concentração”, pois o que há de picaretagem nessas estatísticas não “está no gibi”. Quem tiver curiosidade sobre o “tema”, recomendo o livro do brilhante Thomas Sowell: “Discriminação e disparidades” – que em outra ocasião já havia recomendado).
    Em suma, é impossível que a questão econômica tenha tido tanta influência.

    De fato, TODOS OS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO “compraram” essa narrativa e encontraram quantos “especialistas” foram necessários para “vender” tal “verdade” (que, na minha opinião, é um senhor engodo).

    Mas, então, qual o verdadeiro motivo da “divisão”?
    O progressismo, sua militância violenta, suas reivindicações “fascistas” e sua obsessão por centralização política e ativismo judicial.
    A esquerda – não convencendo as pessoas de seus argumentos – sempre partiu para a violência (invasões, depredações, quebra quebra, etc.) e tiveram a “acadimia” e a “imprensa” para legitimar e defender a violência (sempre jurando que não se pode criminalizar os criminosos pois seriam apenas “ativistas sociais”).
    Suas proposições sempre são autoritárias (mais impostos, mais direitos inquestionáveis, mais gastos para o contribuinte pagar, mais vítimas que não podem ser contrariadas, mais “punições” para “opressores” históricos, etc.).
    E, no caso americano, não conseguindo mudar leis de 50 estados, partem para a centralização (transformar seus desejos – via de regra nazifascistas – em leis FEDERAIS, pois aí todos devem cumprir!). Afinal, muito mais fácil que alterar 50 legislações,é alterar uma só.
    E os políticos federais são mais manipuláveis, já que estão beeeem mais distantes do eleitor.
    E tudo isso vai extremamente contra o “espírito americano”.
    Por fim, também tem o ativismo judicial que, sob a desculpa de “fazer justiça social”, vai legislando com a maior cara de pau.
    (no caso do Brasil, as coisas são mais fáceis para a esquerda, uma vez que nosso povo acredita piamente nessa centralização e briga com quem critica. E o “supreminho”, bem, ainda tem quem acredita nele.. e se não acreditar mais, o Mussolini manda prender… de fato, a lavagem cerebral foi muito bem feita por aqui…).

    Enfim, Trump não foi sintoma de descontentamento econômico, mas sim de descontentamento com o “establishment”, com os “especialistas”, com a “mídia”, com “progressismo obsessivo”, etc.;

    2 – China: é nesse ponto que discordamos consideravelmente. Já discutimos isso antes e continuo achando que sua percepção acerca da dinâmica econômica não é muito correta. Sem querer convencer você, Fernão – pois aí teria que escrever quase um livro -, vou tentar resumir meu ponto:
    Impostos e protecionismo contra a China NÃO TERIAM ADIANTADO nada. Absolutamente nada. Pelo contrário, provavelmente estaríamos todos mais pobres.
    SE protecionismo e altos impostos de importação dessem resultado, o Brasil já seria potência econômica e industrial há décadas atrás!
    Simplesmente não dá certo: você fica para trás!
    A questão dos direitos sociais precisa ser entendida menos como “dogma humanístico” e muito mais como circunstâncias da produção e da engenharia.
    De fato, os direitos sociais na Europa e EUA só foram “conquistados” porque eles tinham DINHEIRO para pagar. Chamaram de “direito”, mas isso não é, em absoluto, líquido e certo, uma vez que, sendo direitos que necessitam de financiamento, suas existências SEMPRE ESTIVERAM E SEMPRE ESTARÃO CONDICIONADAS à capacidade de alguém arcar com isso.
    No decorrer do século XX, Europa e EUA foram a vanguarda da indústria (só eles tinham fábricas e capacidade de produzir produtos industrializados) e, PORTANTO, suas relações de troca com o resto do mundo (que só produzia alimentos, minérios e praticamente só isso) foram extremamente vantajosas. Claro que os ganhos puderam ser distribuídos FARTAMENTE nas sociedades (lembre-se dos Estados de Bem Estar Social europeus da década de 1960 e 1970).
    (e vale também destacar que os direitos foram sendo “conquistados” – ou “concedidos” – à medida que enriqueciam tais países provedores. Não foram estipulados todos de uma vez em 1905, por exemplo; pelo contrário, foram sendo “criados” à medida que tais países enriqueciam e se tornavam mais produtivos. Ou seja, conforme “puderam dar” tais direitos).

    Mas basta a concorrência começar a produzir mais barato e já era sua vantagem. À medida que o mundo foi se industrializando, a concorrência econômica foi aumentando para os europeus e americanos.
    Um exemplo simples: você é o único médico de uma cidade agrícola. Possuindo conhecimento tão raro no local, você pode cobrar alto por ele (inclusive, se for na base do escambo, uma vez que os produtos locais existem em “excesso” – já que todos os produzem – você consegue quantidades grandes desses em troca do seu serviço).
    Mas basta chegar um médico novo e começar a cobrar metade do preço que você cobra e suas férias anuais em Paris já eram….
    Com a China é assim.
    “Ah, mas basta colocar imposto de importação; proibir importação; etc.”.
    De novo, protecionismo não funciona. Você até pode acreditar que funciona (mais ou menos uns 95% de nossos economistas acreditam…), mas eu não acredito.
    Você simplesmente fica para trás. A inflação acaba sendo mais alta, os juros acabam sendo mais altos e se os salários não “caem”, os preços ao consumidor também não caem (veja, o trabalhador pode estar sofrendo o “achinezamento” dos salários, mas também está aproveitando o “achinezamento” dos preços dos produtos consumidos!).
    E isso sem contar a perda em terceiros mercados! Sim, pois se seu país não comprar insumos chineses, seu produto final ficará muito mais caro no mercado internacional… e você pode não conseguir vender… e o salário do trabalhador vai para as cucuias de qualquer jeito…
    E há outros problemas difíceis de serem “atacados”: triangulação e contrabando, por exemplo.

    Mais dois pontos sobre a China:

    (a) – o desrespeito pelos direitos autorais e pela propriedade intelectual é uma “senhora” sacanagem da China e que mereceria resposta mais dura, porém:

    – ainda que isso possa ter dado algum “gás” no crescimento chinês, duvido que seja responsável por mais de 10% de seu crescimento e de seus ganhos (alô, econometristas, favor estimar tal impacto, por obséquio, e assim dirimir essa dúvida que paira entre as percepções do Fernão e a minha); e

    – boa parte das propriedades intelectuais foram transferidas pelos próprios donos! Sim, a China exigia a constituição de “joint ventures” com empresas estatais para quem quisesse operar lá, lembram?

    (b) – Seguindo o brilhante estrategista chinês Sun Tzu, a China utilizou maravilhosamente bem a “força” de seu adversário: não tentaram abrir mercado com produtos chineses fabricados por empresas chinesas e com marcas chinesas. Pelo contrário, se aliaram com os empresários, os fabricantes, os capitalistas, etc. do lado “inimigo”. Pronto, a China começou a vender produtos chineses fabricados por empresas AMERICANAS e EUROPEIAS (e respectivas marcas). Ou seja: ELA NÃO PRECISOU EM ABSOLUTO ABRIR MERCADOS. Seus “investidores” fizeram isso para ela.
    Jamais ela conseguiria abrir mercados nos EUA e Europa se seus “negociantes” não fossem americanos e europeus!!!
    (nós não conseguimos, por exemplo).
    E isso torna ainda mais complicado o “jogo” geopolítico e econômico… a
    Atacar suas próprias empresas não é boa ideia, pois outros podem ocupar o lugar, porque seu ambiente de negócios piora, a insegurança jurídica aumenta, etc. etc. etc.

    UM PARÊNTESES: se o Brasil quiser acabar com essa perseguição internacional por motivos “alegadamente” ambientais (acredite quem quiser), basta abrir a Amazônia para os investidores estrangeiros (Europeus e americanos.. ou até mesmo chineses, pois até eles acabariam nos defendendo).
    Em suma, deveríamos utilizar A MESMÍSSIMA ESTRATÉGIA DA CHINA: quando empresas americanas e europeias estiverem explorando minério, energia, recursos florestais e agropecuária da Amazônia, acaba essa encheção de saco!
    Os gringos defenderão a gente.
    (e acho que é isso mesmo que devemos fazer: atrair investimentos estrangeiros, pois precisamos mesmo de investimentos para desenvolver aquela região. E não há outro caminho. Já o fato da empresa ser estrangeira não é problema: tirando o ufanismo boçal, a maior parte da riqueza produzida fica aqui mesmo – o lucro sempre é uma parcela pequena da riqueza produzida).

    Enfim, por tudo isso, não creio que o fenômeno China poderia ter sido enfrentado com “impostos, protecionismo e processos na OMC”. O caso é bem mais complexo e, de fato, o ocidente necessita OU agregar valor e inovar em velocidade superior aos chineses OU aumentar produtividade em velocidade superior aos chineses OU abrir mão de “direitos sociais” constituídos em épocas de vacas gordas!
    Mas isolar-se e brigar não teriam trazido ganhos; pelo contrário, poderíamos estarmos todos bem piores (e provavelmente estaríamos).

    3 – Último ponto: a concordância.
    “Mas como está e nada indica que não vá permanecer nesse ambiente de domínio agora explicito da censura e da covardia nas empresas jornalísticas, prevejo que dias piores virão para os Estados Unidos e consequentemente para o mundo.”

    Concordo. Vai piorar e muito. A imprensa e a “acadimia” vão redobrar a aposta na “carpintaria social” e no “cancelamento” de “fascistas”. Estes já não aguentam mais tantas calúnias – para dizer o mínimo. O pau vai comer mais cedo ou mais tarde (sempre disse aqui que o “colapso” é mais iminente do que parece – ainda que esteja, de fato, ainda longe).
    E como o senhor Natalin já postou aqui várias vezes: isso vai acabar “na bala”.

    Abs a todos
    LSB

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    • Flm disse:

      V está em completo desacordo com os fatos.

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    • LSB disse:

      Caro Fernão,

      Boa argumentação, mas reforço meus pontos. De baixo para cima:

      3 – Concordamos que vai piorar. Quanto? Não sei… posso ter aventado uma hipótese muito pessimista talvez. Não tenho bola de cristal e, portanto, não vou discutir o quanto vai piorar. Pode ser pouco; pode ser muito;

      2 – China: você acha que protecionismo, impostos de importação, punições para empresas que negociam com ou fabricam na China e processos na OMC barrariam a “invasão” chinesa e o Ocidente ficaria melhor economicamente (inclusive e, principalmente, os seus trabalhadores). Não acredito nisso, pois os conhecimentos que ACHO que possuo sobre economia apontam o resultado oposto. Mas como falo de economia sem conhecer absolutamente nada, vou me inscrever no próximo curso de Economia do Vespeiro;
      (ah, também precisaria barrar investimentos chineses ao redor do mundo também… talvez punições à África por ousarem fazer negócios com os chineses… por não ficarem esperando os investimentos ocidentais e, gananciosos e sem paciência, aceitam inversões chinesas sem o menor pudor de prejudicar os trabalhadores europeus e americanos que, todos sabem, possuem direitos trabalhistas e sociais que são mais “certos” na história do universo que a relatividade geral)

      1 – Você quer acreditar que foram questões econômicas que elegeram o Trump. Ok, todos os especialistas juraram isso nas TVs, jornais e revistas. Mas o nível de emprego nos EUA é o menor (e já era em 2016) das últimas décadas (isto está em desacordo com os fatos?); a bolsa estava em nível recorde em 2016 e agora em 2020 (ainda que houve uma “correção” – COVID – no caminho, mas já “voltou”. Isto está em desacordo com os fatos?); o americano tem sua poupança na bolsa (isto está em desacordo com os fatos?); o vale do silício continua atraindo empreendedores como nunca e o Venture Capital nunca foi tão abundante (isto está em desacordo com os fatos?).
      Enfim, você pode acreditar nas “pesquisas” que jornais e jornalistas repetem garantindo que foi a globalização (e os empregos roubados pela China) que fez com que as pessoas votassem no Trump.
      Eu não acredito nisso.
      Penso que foi exatamente a militância progressista e a centralização político administrativa – afastando o cidadão das decisões política – que elegeram Trump (Obamacare, ilustrativamente, foi uma política pública FEDERAL enfiada goela abaixo dos americanos… e foi um dos “eleitores” de Trump, por exemplo).

      Abs
      LSB

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      • Alexandre disse:

        Olá, LSB.

        Tendo a concordar com você, ao menos no (3). Mark Lilla, intelectual americano ligado ao Partido Democrata, disse que a eleição de Trump teve como fator principal a crescente radicalização daquele partido, em especial da esquerda identitária. O cidadão comum foi se cansando de ser chamado de “racista”, “machista”, “fascista”, etc.

        Um abraço.

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    • LSB disse:

      Dois PSs:

      PS: Trump se elegeu com “America First” e retórica anti China. Ok. Mas,

      – isso não significa que todo eleitor tenha votado exatamente pela retórica anti China ou SOMENTE pela retórica anti China;

      – a retórica anti China é genérica: pode ser interpretada tanto como uma rejeição à agressividade COMERCIAL chinesa quanto rejeição ao sistema político ou às políticas chinesas (ou aos dois). Ainda que existissem eleitores que perderem empregos porque uma fábrica fechou,com certeza muitos estavam (ou também estavam) de olho no sistema político chinês;

      – a retórica “America First” não significa somente algum tipo de enfrentamento à China, mas também a todo o sistema multilateral, uma vez que a Europa “joga junto” e os EUA cada vez mais sozinho (daí uma série de acordos internacionais que, de certa forma, foram impostos aos EUA e os americanos não acham legítimos… a saída do acordo de Paris foi ou é um exemplo… e que não é nada contra a China).

      PS2: sempre deixei claro e reitero mais uma vez que a China é uma “ameaça”. Mas como enfrentar tal adversário é “que são elas”… a “guerra econômica” (isolamento, barreiras comerciais, protecionismo, impostos de importação, processos e retaliações comerciais, punição a terceiros parceiros, etc. etc. etc.) poderia ter sido uma solução?
      TALVEZ até desse “certo”, MAS ainda que “derrotasse” a China, ECONOMICAMENTE estaríamos piores!

      Seria melhor se estivéssemos mais pobres, ou menos ricos, do que somos/estamos (Ocidente no geral) conquanto a China não tivesse virado potência econômica ou seu regime tivesse caído?
      Talvez, mas essa é uma questão POLÍTICA.
      Não discordo que essa poderia ter sido a melhor opção, MAS afirmo que essa opção teria nos conduzido a uma situação economicamente pior (em termos absolutos) a que nos encontramos.

      Enfim, a “guerra comercial/econômica” contra a China poderia ter sido adotada?
      Sim (e reconheço que TALVEZ tivesse sido a melhor opção considerando questões POLÍTICAS de longo prazo).

      POLITICAMENTE, a “guerra comercial/econômica” contra a China teria sido “recomendável”, ou ainda, uma (boa) “solução”?
      TALVEZ como disse na resposta anterior, mas aqui já não temos como ter certeza ou “testar” a hipótese.

      Se tivéssemos partido para a “guerra comercial/econômica” contra a China nossa situação econômica e financeira ATUAL estaria melhor?
      Não (a longo prazo as consequências de uma ou outra opção são absolutamente “imprevisíveis”, ou sujeitas a muitas incertezas; mas considerando a evolução econômicas dos últimos 20 anos, podemos afirmar com bastante segurança de que a situação ECONÔMICA ATUAL seria pior caso tivéssemos partido para o confronto com a China lá atrás).

      Em suma, trata-se de um “problema” muito difícil de ser “abordado”, pois questões políticas e econômicas, no caso, não “andam de mãos dadas”.

      E mais um ponto para concluir:
      Além das incertezas sobre os resultados (as consequências menos “incertas” seriam justamente as econômicas: estaríamos piores), uma “guerra comercial/econômica” contra a China poderia tomar rumos, digamos, bem mais complicados (descambar para uma guerra militar mesmo não seria impossível).

      Abs
      LSB

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      • LSB disse:

        Sendo chato em voltar ao “tema”, mas exemplificando meu “ponto” a partir de um “foco” em especial: o Brasil.

        Qual seria a situação do Brasil caso uma “guerra comercial/econômica” tivesse sido levado a cabo contra a China há 15 ou 20 anos atrás?
        Pois bem, teríamos quebrado ainda no “mensalão”.

        Vejam, o Brasil sofreu com a escassez de divisas estrangeiras fortes desde 1822. Nosso século XX foi marcado por “crises cambiais”.
        A partir de 2006, pela primeira vez na história, começamos a não ter problemas com a falta de moedas estrangeiras!
        Se, de fato, uma “guerra” contra a China tivesse sido empreendida (e tivesse sido “ganha”), o resultado seria o “não boom de commodities”. Daí, “tchau” dólares.
        O Brasil continuaria com o câmbio pressionado (talvez nem superássemos a crise de 2002 que, emendando com o “mensalão”, teria nos quebrado em 2006).
        Sem dólares, “bye bye” também ao “investment grade”. Sem dólar barato, a inflação, possivelmente, teria sido bem mais alta (pois a enxurrada de dólares segurou a inflação!!!).

        Sem o “boom de commodities”, também os investimentos nos Brasil seriam muito menores (minério, petróleo, recursos florestais e agropecuária).
        De fato, é possível que nem o PRÉ SAL existisse, pois ele só foi “descoberto” quando se tornou economicamente viável – em função da alta do petróleo provocada pela China!!! (sabe-se, ou desconfiava-se fortemente, que havia petróleo abaixo da camada de sal desde a década de 1970. Ninguém sequer “conferia” porque não seria economicamente viável).
        Hoje, o pré sal é viável a preços bem mais baixos, mas a tecnologia não teria se desenvolvido e os investimentos não teriam ocorridos se o petróleo mantivesse o patamar dos US$ 10 (final da década de 1990).

        Alguém ainda pode alegar que nossas indústrias não teriam sofrido tanta concorrência chinesa e teriam tido desempenho melhor…
        Duvido, pois nossas indústrias teriam perdido para as indústrias americanas e europeias. Não conseguimos abrir mercados na Europa e nem nos EUA e nem ganhar produtividade, e tais incapacidades seriam as mesmas caso a China tivesse sido colocada fora do “jogo”.

        Enfim, sem China, o Brasil teria vivido crise cambial, nosso crescimento seria ainda mais pífio, inflação teria sido mais alta (e a pobreza, como consequência, maior) e nossas indústrias NÃO TERIAM compensado o “não crescimento do setor primário”, pois – não perdendo para os chineses – perderiam para os americanos e os europeus (e se bobear, para os paraguaios, para os mexicanos, para os costa-riquenhos, para o leste europeu, para as coreanos, etc.).

        Conclusão: a China pode ser uma “ameaça” política, mas traz ganhos econômicos…

        Abs
        LSB

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      • Carmen Leibovici disse:

        LSB, novamente,a meu ver,a sua argumentação “misses the point”,porque os seus argumentos colocam a sua visão do Brasil como um caso perdido, irremediável,um escravo eterno.Ja que você fala em hipóteses,ha 15 anos o Brasil também poderia ter iniciado uma política de agregação de valor a seus bens ,por exemplo,e parado de ser escravo da China em exportação de commodities mas não o fez.

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      • LSB disse:

        Prezada Carmen,

        “ha 15 anos o Brasil também poderia ter iniciado uma política de agregação de valor a seus bens”

        Sim, poderia, mas não o fez não por causa da China, mas por conta de nós mesmo. Antes da China emergir economicamente, nossa indústria já ia mal.

        Hoje em dia, o salário na China é maior do que o salário aqui.

        PIB China 2019
        US$ 14,4 trilhões (e o dobro disso em Poder de Compra).
        Assim, PIB per capita chinês = aprox. US$ 10 mil em dólar corrente e o dobro disso (aprox. 20 mil) em poder de compra.
        E o PIB da China cresce essa ano!

        PIB Brasil em 2019
        US$ 1,8 trilhão (e uns 40% a 50% a mais em termos de Poder de Compra).
        Assim, PIB per capita brasileiro = aprox. US$ 9 mil em dólar corrente e entre US$ 14 e US$ 15 mil em poder de compra.
        E nosso PIB vai cair 5% esse ano!

        Se fossem só os salários “miseráveis” chineses que explicassem nosso fracasso, nosso “sucesso” já estaria batendo à porta, pois os nossos “contracheques” já são competitivos perto dos chineses.

        Isso é tanto verdade que os EUA e a Europa (Alemanha principalmente) conseguem manter suas indústrias (não todas, é claro, mas surgem novas, etc.). De novo, vou repetir: o desemprego nos EUA é o mais baixo nas últimas décadas (e na Alemanha também).
        Na verdade, o maior problema para esses países vai começar agora: a China entrando no alto valor agregado (mercado no qual o diferencial competitivo NÃO É O BAIXO SALÁRIO ou a BAIXA QUALIFICAÇÃO).

        Não somos escravos da China, dona Carmen, somos apenas ignorantes, levianos e teimosos; temos elites – principalmente a intelectual – que preferem a miséria do povo a cogitarem a hipótese de estarem erradas; aliás, preferimos viver “infantilmente” ilusões utópicas do que adotar um pragmatismo árido; e nossa moralidade, nobreza e coragem – capitaneadas pelas mesmas elites, dona Carmen – são, no mínimo, vacilantes.
        (basta pensar no “belo” trabalho da imprensa e dos “especialistas” na cobertura da eleição americana ou na divulgação da “pandemia” – que a senhora comentou acima – etc.)

        Enfim, dona Carmen, nosso problema não é e nunca foi a China.
        Somos nós mesmos.
        (caso perdido? Não sei. É claro que em termos potenciais, não. Absolutamente não. O Brasil tem POTENCIAL para ser uma das 3 maiores potências do mundo, mas não tem ambição nenhuma. Nós vamos mudar? Não sei, embora muitas vezes palpitei aqui que iremos enfrentar algum “colapso” financeiro – institucional e que, disto, podemos emergir “fortes”. Mas isso é só futurologia. O certo é que o Brasil tem potencial, mas também é “certo” que não temos a menor certeza que um dia aproveitaremos isso – ou quando).

        Abs
        LSB

        PS: EUA vendem muita commodities para a China, Austrália também “vive” de vender minério de ferro para China, etc. Enfim, vender “commodities” não é uma maldição ou uma barreira intransponível ao desenvolvimento, à indústria, à agregação de valores, aos serviços e turismo, etc.

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      • LSB disse:

        Enfim, dona Carmen, ainda que eu tenha me alongado na argumentação, o “point” é simples: politicamente a China é uma ameaça, economicamente ela trouxe ganhos a todos.
        Assim: se não “existisse” China, estaríamos todos mais pobre.
        Caso tivéssemos a “enfrentado”, estaríamos mais pobres e, politicamente, poderíamos ter ganho… ou não (isso é incerto; certo é que “enriqueceríamos” menos).

        Enfim, lidar com a China é complexo e envolve diversos “trade offs”.
        Não há (nem havia) solução perfeita (só “ganhos”) e todas opções envolveriam sacrifícios/perdas.
        E Brasil totalmente incluso nessa “dinâmica”.

        Abs
        LSB

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      • Carmen Leibovici disse:

        LSB,não tenho certeza se ganhamos em nos relacionar com o modo de trabalhar da China.Nos enchemos de ” porcarias”,algumas mais outras menos.Nao há mais bons produtos,nos distanciamos do conceito do “sólido” para o do fugaz.Alem disso,a competição com a China é desleal,pois, como já foi argumentado aqui,os chineses não pagam pelos direitos de seus trabalhadores e possuem uma mão de obra praticamente escrava,eles roubam ideias em que “o lado de cá”investiu recursos,etc.O governo chinês é desonesto e não presta….Enfim.Abs

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      • LSB disse:

        Dona Carmen,

        “os chineses não pagam pelos direitos de seus trabalhadores e possuem uma mão de obra praticamente escrava”
        Esqueça isso. Os chineses já ganham mais do que a gente.
        Isso já é HISTÓRIA.

        “roubam ideias em que “o lado de cá”investiu recursos,etc”
        Isto é fato e nunca neguei. MAS acho que isso tem importância marginal para o crescimento chinês (mas essa é uma questão para ECONOMETRISTAS, como já disse… se você acredita na econometria – ou o quanto acredita…).
        Até porque serão os CHINESES QUE AGORA COMEÇARÃO A BRIGAR POR DIREITOS AUTORAIS, vamos apostar?
        Eles estão entrando na alta tecnologia, ciência, novos produtos, etc…

        “não tenho certeza se ganhamos em nos relacionar com o modo de trabalhar da China”
        Ganhamos, dona Carmen. Nossas indústrias não estariam melhores se não existisse a China. Nosso setor fabril é ineficiente por si só (tributação alta e bizarra, insegurança jurídica, leis trabalhistas fascistas, infraestrutura precária, logística mais do que precária, insegurança pública, burocracia excessiva, baixa qualidade da mão de obra, ambiente inóspito e hostil à inovação, ao lucro e ao empreendimento privada, etc. etc. etc.).

        Mas podemos continuar botando a culpa na China: são os baixos salários chineses!

        Abs
        LSB

        PS: o governo chinês não presta? Em termos, ECONOMICAMENTE poucos governos fizeram tanto pelo seu povo (observe: estou me referindo à questão econômica!).
        Mas os que prestam mesmo são o nossos governos e nosso Estado!

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      • Carmen Leibovici disse:

        LSB, você é adepto do “rouba mas faz”.

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      • LSB disse:

        Olha, para ser sincero e bem pragmático (pois muitas vezes necessitamos ser ou simplesmente não temos escolha): antes alguém que dê lucro, mesmo que subtraia uma parte, do que um super honesto incompetente que lhe dê prejuízo.
        O primeiro é um mal caráter, mas ainda pode lhe ser útil, já o segundo vai te “quebrar” inevitavelmente. Ou seja, na prática, o segundo acaba sendo pior que o primeiro.

        Mas, de qualquer forma, nem “queime muito a pestana” tentando entender o que escrevi acima (ou os dilemas que questões práticas envolvem), pois já percebi que a senhora é adepta do “me engana que eu gosto”.

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    • Nabor S. Ceo disse:

      Bingo!

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  • Walter Donizetti Venicio disse:

    Muita lucidez. Curioso o fato de que a imprensa americana tenha esse comportamento. Até nisso o Brasil copia os ianques. Contudo,restam alguns “Fernãos”

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  • ADRIANO DE OLIVEIRA BARROS disse:

    Recontagem de votos é permitido pela legislação americana. O Democrata Al Gore judicializou a eleição em 2000 e a mídia não o chamou de antidemocrático. O resultado do vencedor demorou 36 dias para sair.

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  • Flm disse:

    Claro.
    Perfeitamente.
    “Judicialização” com o sentido que tem aqui não existe lá. É burrice de jornalista brazuca que pensa que vive numa democracia, coitado. Ignorância mais que má fé. Quem faz as leis eleitorais que definem claramente o que pode ou não ser conferido por via judicial e em quais circunstâncias, assim como todas as outras, é o povo dos estados, diretamente, com leis de iniciativa popular, ou indiretamente referendando as sugeridas pelos legislativos, como já se explicou tantas vezes aqui no Vespeiro. Daí eu lamentar tanto que percamos mais esta oportunidade de aprender com esta eleição. Dezenas de alterações nessas leis foram avaliadas nas cédulas desta eleição mesmo, como em todas as outras.
    Antidemocrático é o presidente da república tentar desmoralizar todo o sistema só porque está em risco de perder. É porque Trump sempre reage assim, aliás, que está conseguindo perder mesmo o oponente sendo o provecto e “dílmico” Biden e a imprensa o ajudando tanto (pelo avesso)

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    • Carmen Leibovici disse:

      Fernão,”Quem faz as leis eleitorais que definem claramente o que pode ou não ser conferido por via judicial e em quais circunstâncias, assim como todas as outras, é o povo dos estados, diretamente, com leis de iniciativa popular, ou indiretamente referendando as sugeridas pelos legislativos…”, só pra ilustrar, você pega um estado americano qualquer e relata como é a lei deles a respeito da “judicializacao” das eleições?Tb pode pinçar o que um estado qq de lá está alterando nas cédulas agora a esse respeito?

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  • […] 6 de novembro de 2020 às 21:35 […]

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  • A. disse:

    …”com o que o divisor de águas migra do cérebro para o coração”…
    – Mesmo assim estão melhores que nós: aqui, o divisor migrou do estômago para os intestinos…!

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  • Joel Segalla Robinson disse:

    Mude o país para Brazil e personagens tanto da mídia como do governo, é o mesmo que acontece aqui.

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  • aparecido furlaneto disse:

    Joe Bidem é uma mistura de Dilma Rouussef com Jimmy Carter…

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  • Adilson martinez disse:

    A china atual é “cria americana”.E isso mais confunde do q esclarece,sendo os chineses mestres da paciência e dissimulação,calculem o estrago em seu adversários.Até Fernão comete o erro confessado de análise q joga para a midia e competidores.Pq seu eleitorado aumentou qdo de acordo c as premissas do articulista deveriam diminuirem?Pq votamos em JB aqui e eles em Trump lá?Somos idiotas por isso?Tamos errados em tudo?Temos q ser cancelados,eliminados?É q diferente do topo,o homem comum vê as consequéncias primeiro.A primeira bunda a ser chutada é a do homem comum.O q eu sei da china?Não conheço um chines pessoalmente,nunca desejai mal p um deles sequer.Mas tive minha vida e de meus familiares diretamente atingidos pelo pcc.E se engana Fernão ao não creditar reação em Trump,como farão aqui c JB.Nós sabemos intuitivamente q a hora é deseperada.O quê fazer?Talvez seja tarde demais!A maquina economica americana e mundial se mudou p a china.Abandonaram o ocidente!Entendo q Trump,Brexit,boris,orbam,salvini,Jb,foram um racha nisso ai,então não seria definitivo.Mas o outro lado não repeita limites algum e não o fará,vide virus.O ocidente virou presa fácil demais!

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  • Nabor S. Ceo disse:

    Bingo!

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  • Carmen Leibovici disse:

    Seguindo o sábio palpite de A(palpite esse que nem foi dirigido a mim mas a um recalcado de marca maior), agradeço ao Fernão a oportunidade de poder emitir opiniões aqui,esperando sempre que elas façam o melhor sentido e sejam de utilidade aos que lêem e ao País.
    E também aproveito para elogiar a grandeza do Fernão por permitir certos posts,além dos do Recalcado-que pelo menos são curtos- ,contendo tanta verborragia estúpida(redundância necessária no caso) e tanta arrogância idiota .OMG!

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  • Carlos Martins disse:

    A evidente divisão de concepção do status político norte-americano é mais fácil de se entender, quando se percebe que os meios de comunicação do muno, mais expressivos e importantes, estão sob o controle dos donos do mundo. Vide, por exemplo, as edições finais em cada ano, da Revista The Economist, em que são divulgadas as ações a serem implementadas no ano seguinte pela Nova Ordem Mundial, dos Illuminati.

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    • Carmen Leibovici disse:

      Carlos Martins,você tem como postar aqui algum artigo de edição de final de ano da Economist a que você se refere “em que são divulgadas as ações a serem implementadas no ano seguinte pela Nova Ordem Mundial, dos Illuminati”

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