É pra acabar? É pra mudar de vez?

3 de setembro de 2020 § 36 Comentários

Chamar a polícia? Recorrer à justiça? Eleger “novos políticos”?

Quem acredita nisso no Brasil?

E como viver sem isso?

É a encomenda que está errada. Anota aí:

Políticos, funcionários públicos, policiais, só os haverá trabalhando a favor do povo; só os haverá podendo trabalhar a favor do povo; só os haverá não podendo trabalhar contra o povo quando o povo tiver os poderes de recall, e de propor e de recusar leis (iniciativa e referendo).

Só o voto distrital puro permite o exercício desses direitos. O voto distrital misto joga a metade que decide da soberania popular no brejo de um partido político. Eu não consigo apresentar nenhum argumento racional para justificar isso.

Já o voto distrital, mesmo puro, desacompanhado dos poderes de recall, iniciativa e referendo, nada mais é do que a nação inteira candidatar-se a corno manso.

No distrital puro com recall, iniciativa e referendo não existem “invisíveis”. Do mendigo debaixo da ponte ao morador do palácio, passando por toda a multidão do favelão nacional, todos passam a andar armados contra os políticos e os funcionários públicos que, se não os respeitarem, levam “tiro” e caem. Na hora!

É pra acabar? É pra mudar de vez? É pra passar de escravo a patrão amanhã? Voto distrital puro, recall, iniciativa e referendo. E se quiser economizar mais duas ou três gerações de atraso, eleição de retenção de juízes a cada quatro anos (ponha “eleição de retenção de juiz” na caixa de pesquisa do Vespeiro e verás).

Esses 520 anos de misérias desmancham-se no ar!

 

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§ 36 Respostas para É pra acabar? É pra mudar de vez?

  • Marcos Andrade Moraes disse:

    Não desmancha não, porque,senão,Trump não teria vencido. Mas não há dúvida que são instrumentos necessários para reduzir a putaria.

    Quanto ao misto…não sei. A Alemanha parece ir muito bem.OU não?

    MAM

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    • Paulo Franchim disse:

      Concordo com o Fernão. O voto distrital com recall e adendos desmanchará esse patrimonialismo brasileiro, talvez não de imediato, mas no curto prazo (uma geração-20 anos, no máximo duas).
      Com relação ao voto misto, na Alemanha, lembro-me de um comentário da jornalista Lucia Hippolito (CBN) que há alguns anos participou de um seminário sobre política, na própria Alemanha, e naquela oportunidade constatou que os alemães estudavam o voto distrital puro pois o misto propiciava a ocorrência de conchavos.

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    • honorio sergio disse:

      concordou com uma questão hein?

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    • Vivi disse:

      Trump só venceu por conta do sistema de delegados”, que se justificava plenamente qdo da fundação da nação americana mas não se justifica mais.

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  • Antonio da Fonseca Filho disse:

    Como ligar a ignição para transformar isto em realidade?

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  • Servulo Wilson Correa disse:

    Difícil acreditar em mudanças tão profundas no BR. No voto, impossível; na baioneta também. Infelizmente nosso establishment não está à altura do que o país precisa.

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  • Jac disse:

    Precisamos conhecer exemplos concretos de como o recall tem sido efetivamente usado.

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  • alvarojorgebm disse:

    A democracia participativa ateniense, além do recall (ostracismo), munia-se de um elemento interessante: o sorteio para os cargos públicos, a partir de uma base relativamente homogênea. Aos que se horrorizam com a permissão do acaso decidir, eu pergunto: a escolha eletiva tem sido boa?

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  • rubirodrigues disse:

    Voto distrital puro com recall tem outra vantagem: força a organização política regional (distrito) da população e coloca uma cunha no sistema partidário ideológico que além de não tem concerto é obsoleto. Mandei sugestão para o senador da família, mas parece que ele têm outras preocupações.

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  • Carlos disse:

    Super Lúcido Fernão !!!
    Voto distrital puro , não há outra alternativa em que seja possível nos dar alguma perspectiva, sem chance.
    Sonhando com isso …

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  • ivan caiuby neves guimaraes disse:

    absolutamente correto!!! Concordando ainda, com o recall. Só elegendo candidatos da região é que se terá a preocupação e a efetiva prestação do serviço publico para o qual foi eleito

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  • GATO disse:

    Mudar de vez?
    Só quando qualquer autoridade tiver que ir para o trabalho utilizando os transportes públicos ou uma bicicleta, como acontece em alguns países civilizados, aqui a civilização não chegou ainda.
    Só quando não existir estabilidade para nenhum servidor público, eu disse servidor, com exceção de JUIZES, mas eles também teriam que comer no bandejão ou levar merenda de casa e quando cometessem alguma falha grave seriam despedidos por justa causa.
    Só quando implantarmos um imposto único e quem sonegar perde os bens que possui, isto é, um comerciante não pagou, perde a lojinha.
    Só quando o crime não compensar, como é isso? Como se faz em alguns lugares, onde a cada crime se perde um pedaço do corpo, por exemplo roubou um veículo, perde a mão, violentou uma criança, perde a genitália, matou alguém morre também. Viva os Diretos Humanos para quem é Humano.
    Só quando deixarmos de ser “a que peninha “, “tadinho”, “não teve oportunidade” e passarmos a ser mais exigentes e realistas com a vida de cada semelhante, fazendo valer o que não quero para mim não quero para os outros semelhantes.
    Só quando a CIDADANIA estiver sendo respeitada, principalmente para os donos originais da terra, os índios.
    Só quando deixarmos de putrificar o meio ambiente, consumindo com a consciência de que terá que existir o amanhã onde se possa respirar, POIS: O QUE É A VIDA, apenas respirar, pare pra ver o que te acontece.
    Só quando o escravo e o patrão não existirem mais, apenas pessoas que trabalham e ganham a vida uns com mais eficiência e produtividade e outros mais preocupados em desfrutar a vida com o que tem, nem mais nem menos.
    Ai teremos 480 anos de alegria, amor, felicidade e prazer de chegar aos 1000 anos.

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    • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

      Só quando não elegermos mais candidatos despreparados como Lula, Dilma, Bolsonaro e outros tantos da mesma laia para a presidência da tropa, digo. do rebanho, por absoluta falta de opções de candidatos nas listas eleitorais, porque o povo abandonou-se não participando nem dos os partidinhos e deixamos tudo ao Deus dará, e dá-lhe reza brava e promessas de campanha que nunca serão cumpridas no pós-eleição.
      Se os partidos continuarem inócuos, se o Congresso Nacional for inócuo e se não houver justiça eleitoral que se imponha duramente aos políticos e seus partidinhos, nada haverá de mudança em termos de democratização em nosso abaladíssimo Estado democrático de Direitos, democrático com letra minúscula mesmo, Muito de teatro e propaganda, pouca realidade no que alardeiam os governantes.

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      • Flm disse:

        Errado, Herbert. O que nos mata não são os erros eventualmente cometidos nem as qualidades negativas de cada ser humano eleito. É o compromisso com o erro; é petrifica-los para todo o sempre; é o não poder corrigi-los uma vez identificados como tal; é não podermos reprimir as más e premiar as boas qualidades desses candidatos intocáveis para todo o sempre depois de eleitos.

        É FUNDAMENTAL entender essa diferença. A democraé apenas e tão somente o regime que prevê, sem nenhuma ilusão, que o homem é o que é, e trata de dar instrumentos à sociedade para ir corrigindo os rumos a cada curva que a estrada apresentar.

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      • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

        Fernão. tudo o que escrevi refere-se ao atual sistema e se ele continuar existindo. Entendo que sua resposta refere-se à um Estado democratico, onde o sistema eleitoral seja o de voto distrital puro e suas virtudes. No atual sistema não podemos, de fato, “premiar” as boas ações e reprimir as más, mesmo sendo o erro intrínseco à natureza humana.
        Errado, Fernão é não agirmos todos como cidadãos participativos e darmos continuidade pelo voto a essa privilegiatura que aí pusemos e somente agora percebemos que é urgentíssimo demiti-la, o que somente será mais provável acontecer se for adotado o sistema de voto distrital puro, mas o Congresso Nacional não to fará se não for pressionado pelo povo.

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  • Ricardo Julio Rodil disse:

    Concordo totalmente com todas suas colocações. Mas me falta raciocínio para saber onde está a ponta do novelo. O que eu faço aqui e agora para começar esse movimento de libertação?

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    • rubirodrigues disse:

      As guerras não são mais convencionais. É preciso estrategicamente escolher alvos. Agora, por exemplo: apoiar o Paulo Guedes no projeto de um imposto sobre movimentação financeira que não aumente a carga tributária. Para quem recebe por contracheque tanto faz já vir descontado ou pagar na hora do gasto. Para quem sonega, porém, faz toda diferença e aumentando a base contributiva é possível reduzir a carga. Alem disso, quem ganha mais paga mais e o procedimento deixa registro (rastro) interessante da movimentação financeira.Finalmente o controle de recolhimento fica concentrado nos bancos e aquela multidão de fiscais pode ser deslocada para algo mais útil.

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  • Dênio disse:

    Concordo plenamente, é preciso tornar público até a sociedade perceber que existe um modelo de Democracia que o torna Livre e Senhor do seu destino.

    Fernão, e se você viajasse pelo Brasil divulgando como funciona o voto distrital puro e recall? Tem conhecimento e credibilidade.

    O custo de locomoção e estadia seria rateado entre os participantes, coisa simples. Tipo uma palestra e debate com dúvidas dos participantes. Cada palestra seria filmada e disponibilizada na internet. Retroalimenta sucessivamente e assim poderá atingir maior número de pessoas.

    Da minha parte, estou disposto até a contribuir mensalmente com a causa. Basta, chega de ser escravo. A causa é libertária.

    Fernão, uma coisa sou eu, um desconhecido divulgar, outra é você. Resultados diferentes e diversos, tanto em qualidade como em tempo. Pense bem e reflita, tanto conhecimento não pode ser restrito a um pequeno círculo de pessoas.

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    • Adriana disse:

      Concordo. E acho que a chave que muda tudo está na eleição de retenção de juízes. Eles mantêm o status quo dos demais, políticos e funcionários públicos ruins. A Venezuela, e agora à Argentina, inflam seu poder judicial, que quando com muito poder, resvala para impor governos autoritários com fachada de democráticos.
      Espero assistir ao judiciário brasileiro cair de seu Olimpo, e cumprir sua verdadeira função. Quando isso ocorrer, haverá esperança de futuro para essa sofrida nação.

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  • bgazoni disse:

    Exato. Esse o caminho!

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  • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

    Fernão, este seu texto é um chamamento muito claro, a todos os brasileiros, ao exercício da cidadania virtuosa republicana. Temos que replicá-lo via mídia maciçamente e poder-se-ia até pensar em propagandas no RÁDIO e na TELEVISÃO, que são os dois veículos de comunicação mais acessados pela população brasileira.
    Que tal se fossem convidados jogadores de futebol, artistas, líderes em muitas áreas para protagonizarem uma campanha de divulgação do que é e o valor do voto distrital puro com recall, iniciativa e referendo, mais a retenção de juiz quando for o caso? Somado a isto paletras ministradas por Fernão Lara Mesquita, Brasil afora, como no passado fizeram Júlio de Mesquita e Rui Barbosa no início do século XX.

    O POVO TEM QUE SAIR ORDEIRAMENTE ÁS RUAS E PRAÇAS, USANDO MÁSCARAS ANTI-COVID-19, E REIVINDICAR SEUS DIREITOS DE CIDADANIA PRECONIZADOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, PRINCIPALMENTE AGORA NESSE PERÍODO PRÉ-ELEITORAL.
    Votemos somente em candidatos que divulgarem seus currículos na imprensa, mostrando sua formação escolar, experiência na administração privada e pública, atestados judiciais que comprovem que tem ficha limpa e proposta de trabalho detalhada do que pretende realizar em prol da sociedade,que poderia ser registrada em cartório eleitoral e outros para serem cobrados até na Justiça, caso trapaceiem os eleitores,

    NAÇÃO PARTICIPANTE, ESTADO FORTE.

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  • cacaroloss disse:

    Achei sensacionais as propostas de alguns missivistas aqui, conclamando o Fernão a percorrer o Brasil com seu conhecimento e sua credibilidade para falar sobre o voto distrital e recall.Arregimentado pessoas e influenciadores locais e nacionais para difundir a informação. Temos que trazer este tema à sociedade. Muitos de nós talvez já não iríamos nos beneficiar pela idade, mas é assim que se constrói uma nação.

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  • Maristela Sorensen disse:

    Talvez o voto distrital seja uma saída.

    Não creio que possa haver qq mudança no nosso sistema político onde os 3 poderes estão corrompidos,

    O mundo precisa de um reset, o sistema financeiro mundial precisa se destruir. Se a Gesara for uma realidade, e um grupo honesto assumir como foi no início da Revolução Francesa, quem sabe!

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  • rubirodrigues disse:

    O problema é de entendimento. Entendimento da natureza do universo que nos recepciona e do seu funcionamento. Entendimento da natureza humana e do nosso espaço de possibilidades na vida. Andando por um mundo desconhecido temos realmente pouca chance de sucesso. O que cada um tem feito para superar isso? A natureza oferece tudo ao homem e não põe obstáculos à vida, ao contrário, favorece-a. Toda dificuldade vem do nosso desentendimento interpessoal e com o meio. Se em número suficiente conseguíssemos entrar em acordo mudaríamos tudo. O que nos falta é uma visão compartilhada. Será isso possível? Creio que sim, o mundo é só um, as nossas interpretações é que são muitas. Precisamos de uma visão que corresponda a natureza e que não se atenha aos variáveis acidentes de percurso. É a atenção aos acidentes que nos impedem de ver que esse governo navega no rumo certo, apesar de todas as limitações e encrencas. O que podemos fazer? Que tal especificarmos o regime político e a organização de estado que nos parece conveniente aos brasileiros? Especificar o modelo que queremos.

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  • walter forster junior disse:

    O momento é de reconstrução do País, o voto distrital poderia vir a calhar, mas aindsa precisamos aprofundar melhor esse assu8nyo, uma vez que a nossa população não te

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  • NADER MURAD disse:

    FERNÃO VC PODE LIDERAR ESSE MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO,
    ENTRANDO EM CONTATO DIRETO COM SENADORES E DEPUTADOS..E FORMAR UM SITE COM FINANCIAMENTO DOS
    ASSOCIADOS TIPO $ 10 REAIS POR MES…..NO BRASIL INTEIRO
    CONTRATAR ESPECIALISTAS EM RH, E JORNALISTAS DE
    CONFIANÇA E INCLUIR NA PESQUISA VOTO EM CEDULA PAPEL

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    • A. disse:

      O Fernão cumpre a missão dele, Nader! Quem tem que agir e tomar iniciativas somos nós, pseudo cidadãos. Precisamos tirar a bunda da poltrona, sair da frente da TV e desenferrujar a criatividade.
      Abração!

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    • A. disse:

      E quem tem que “cutucar” senadores e deputados somos nós, os eleitores. Quem sabe enchendo suas caixas de e-mails, em vez de ficar “trocando figurinhas” em redes sociais…

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  • José D. disse:

    A verdadeira revolução cidadã é a da demarquia e municipalismo (juntos, jamais separados), com o poder sendo descentralizado para onde de fato as vidas dos cidadãos acontecem, com a criação de assembleias de representação política para definição de assuntos “comuns e públicos” da sociedade através do sorteio, utilizando as ferramentas disponíveis da tecnologia da informação, para mandatos curtos de no máximo 24 meses, o que demoliria em definitivo as oligarquias eleitoreiras atuais, sejam as distantes, sejam as locais. E além do desmantelamento da máquina que alimenta o pântano em que nos encontramos, a demarquia é barata, sem espaço para populismos, sem campanhas eleitorais desgastantes (sobretudo para a economia), sem partidos sugando recursos públicos e jogando o país em fossos ideológicos, nem os gordos lobbies das grandes corporações. A combinação de municipalismo e demarquia seria a verdadeira refundação do Brasil.

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