Eu sou da velha guarda

4 de agosto de 2020 § 76 Comentários

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Artigo para O Estado de S. Paulo de 4/8/2020

Na quarta-feira, 29, este jornal publicou o editorial “O papel da AGU” em que toma posição a favor da censura e prisão de blogueiros e jornalistas decretada por Alexandre de Moraes. É o “novo normal”. Nestes tempos de “cancelamentos”, constato que de renomados professores de jornalismo aos seus jovens alunos que aparecem nas TVs restam uns poucos que ainda mostram alguma hesitação em endossar a caçada do STF aos colegas ditos “antidemocráticos”.

Como meu sobrenome continua sendo confundido com as opiniões deste jornal pelas quais sou frequentemente cobrado, recordo aos leitores do presente e aos historiadores do futuro que desde a morte de Ruy Mesquita em maio de 2013 nenhuma linha do que O Estado de S. Paulo publica tem orientação direta ou indireta de qualquer membro da familia Mesquita, com exceção dos artigos assinados eventualmente publicados nesta página reservada às que “não refletem as opiniões do jornal”. Estas estão a cargo de uma equipe contratada pelos administradores do Grupo Estado para prestar-lhes o serviço de opinar e escrever editoriais.

1940: a ocupação de O Estado de S. Paulo

Custou-me uma negociação o “eu” desse título. Sei que vai contra todos os cânones da internet, o Templo Sagrado do Ego, mas disciplinei toda a minha vida profissional para não pensar nem escrever na primeira pessoa. Tinha jornais por instituições e, enquanto foi a mim que coube falar por eles, falava pelo 4º Poder da República e, ainda por cima, num órgão que já vinha “falando” havia três gerações antes de eu existir e, portanto, tinha peso polí­tico e personalidade próprias de que não me sentia no direito de me apropriar, esforçava-me tão somente por interpretar.

Os tempos são outros mas as questões de princípio permanecem as mesmas.

Os anões morais têm especial predileção pela censura. Veremos como o mundo enfrenta a megalomania do nosso e que outro método de intimidação, com todo o peso do Leviatã brasileiro, usará para manter calados uma menina meio tresloucada que gosta de tatuagens e mais dois ou três blogueiros e jornalistas. Seja como for, é uma briga desproporcional o bastante para dispensar a ajuda da imprensa que, ao disputar para apontar ao inquisidor os meios que essas temíveis “ameaças ao estado democrático de direito” encontram para driblar os cala-bocas impostos, assanha-lhe os piores instintos.


JMF, a caminho do exílio, é o 3º em pé da esquerda para a direita.

Já vi esse filme antes. Júlio de Mesquita Filho, meu avô, foi preso 17 vezes e exilado duas pelo Alexandre de Moraes de seu tempo que também era fascista e também se tornou herói da esquerda brasileira (os radicais sempre foram gêmeos idênticos). E não parou nisso como também não vai parar o de hoje. Em 25 de março de 1940, faltando menos de três meses para Getulio Vargas saudar o desfile das tropas nazistas por baixo do Arco do Triunfo da Étoile, em Paris, como “Uma nova aurora para a humanidade…”, discurso desaparecido dos anais mas do qual havia memória viva em minha casa, este jornal foi invadido por soldados de baioneta calada. Dos dois Mesquitas que na época eram, sim, responsáveis pela opinião d’O Estado, o jornalista, Julio, já estava no segundo exílio, fora do Brasil, e seu irmão, Francisco, que guardava a trincheira, saiu dali para a cadeia.

Eis porque quando iniciei formalmente a carreira de jornalista, nos idos de 1974, os editoriais d’O Estado ainda eram redigidos, entre outros profissionais do texto, por comunistas exilados de Portugal pela ditadura de Salazar e abrigados por Julio de Mesquita Filho, morto cinco anos antes. Eles não se afinavam com nenhuma das nossas ideias nem nós com as deles mas trabalhávamos juntos numa boa. Os portugueses aportando vernáculo ao jornalão e o jornalão, na sua inflexível fé democrática, abrigando os perseguidos polí­ticos, prática que se tornara norma sagrada da empresa desde que seus legí­timos donos, ao fim de 15 anos de misérias e perseguições, reouveram o jornal, todos driblando juntos os censores da ditadura seguinte que denunciavam com a publicação de receitas culinárias e versos de Camões no lugar de cada matéria censurada.

1974: censura denunciada

Antes disso, vira esconder em meu quarto de adolescente, na casa de meu pai, jornalistas perseguidos pelo regime militar (editorialistas entre eles). E, já como jornalista “militante”, envolvi-me pessoalmente em articulações para tirar outros da cadeia ou para contrabandear para fora do país meninas doidinhas com a cabeça a prêmio por dar passos além do limite nas suas ações de oposição ao regime, frequentemente com o concurso de uma OAB que, naquele tempo – vejam vocês! – trabalhava para soltar e não para prender perseguidos políticos.

Assim, ainda que seja mais raro a cada dia eu ter certezas, esta, sem nenhum heroísmo, mantenho intacta. A História já me absolveu. Não há exceções. As tiranias se instalam quando o Estado consegue deter pela força o livre fluxo das idéias. As tiranias desmoronam quando a informação volta a circular. Continuo tendo horror à censura. E certeza absoluta da sua malignidade. Fosse por mim este jornal estaria como sempre: contratando os jornalistas “cancelados” e dando guarida a todo e qualquer perseguido polí­tico.

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§ 76 Respostas para Eu sou da velha guarda

  • GUILHERME POLATO disse:

    Parabéns! Texto excelente.

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  • Marcilio Zanoni Jr disse:

    Texto que reflete com perfeicao nosso momento. Triste ver que, enquanto as liberdades politicas vao sendo corroidas, tambem as economicas o vao. Em Brasilia, os extremos se entrelacam para continuarem a refastelacao com nosso dinheiro: novos impostos no horizonte.

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  • João Pedrinelli disse:

    Ótimo como sempre. PARABÉNS Fernão. Continue. Abraço

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  • Luiz Eduardo de Araújo disse:

    Coragem é algo sempre admirável, principalmente de contar verdades que são irmãs da Justiça.
    Parabéns pelo texto

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  • A. disse:

    Sinto orgulho em poder ser seu leitor!

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  • José Eduardo disse:

    Texto perfeito. Não é a toa que o estado, assim como toda a imprensa “tradicional” vem enfrentando grandes dificuldades em manter seus leitores. Jornal que foi o grande farol de minha juventude, hoje se apagou em meio ao nevoeiro de conluios e interesses políticos.

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  • jjnatalin disse:

    parabéns, faz um bem danado para nossas almas. Mas que vivemos tempos sombrios , vivemos.

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  • Perez, Rubens disse:

    Infelizmente o Estadão se transformou em um jornal partidária e totalmente nao confiável. O seu diretor de opinião, pseudos jornalistas como Cantanhede e Vera M. nos agridem com a tentativa de nos enganar através das famosas mentiras ditas através de verdades. Chega a ser ridículo! Sempre assinei um jornal mas esses ditos ” jornalistas” me fizeram cancelar minhas assinaturas primeiro na Folha e agora no Estado. TRISTE!

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  • rubirodrigues disse:

    A verdade é uma trincheira desconfortável mas inexpugnável. Mais dias, menos dias, a natureza repõe as coisas no devido lugar. Sempre existirão retardatários do processo evolutivo, presos às instâncias da animalidade, tentando impedir a realização humana. A truculência é a sua marca identitária. O trágico é que se retribuímos na mesma moeda nos igualamos a eles. Haja paciência!

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  • Braz F Lomonaco disse:

    Excelente texto, a realidade de nossa atualidade, infelizmente

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  • Parabéns por manter vivo o espírito democrático que sempre foi a marca do Estadão e que, infelizmente, nem sempre é a bandeira de alguns editorialistas e de alguns membros do STF.

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  • romolociuffo disse:

    Bravo… bravissmo

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  • Renato disse:

    Excelente artigo. Nao estranha que o nosso ex querido Estadao esteja cada dia mais fininho.
    Ele perdeu estatura e eu o deixei por isso. Fico a me perguntar quem falará por nós!!!

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  • Edson Galindo disse:

    Quando li sobre a formação do “consórcio da mídia” para publicar notícias em conjunto, tive certeza de que havíamos ficado orfãos de imprensa isenta. Cancelei minha assinatura do Estadão e, como você eu leio aqui, só lamentei perder os artigos do Guzzo, já que nada mais restou…Tristeza.

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  • rubirodrigues disse:

    Essa posição a favor da censura e contra os blogueiros é também adotada pelo Correio Brasiliense. O discurso é contra as fake news mas de fato trata-se de uma reação contra as redes sociais que romperam com o monopólio da indústria jornalistica e televisiva tradicional, na ação de moldar ou induzir a opinião pública. O curioso é que não conseguem fazer autocritica e constatar que se outros comunicadores surgiram e são aceitos é porque estão oferecendo algo que as pessoas demandavam e não estavam conseguindo e que podemos sintetizar na palavra verdade. A mídia se esmerou tanto em atender interesses políticos e comerciais, que se esqueceu que o seu público são pessoas, cujo discernimento se aperfeiçoa e que não gostam de ser iludidas/enganadas. Os atuais consumidores de informação são crescentemente letrados – os “Maria vai com as outras” não leem jornais. A classe média é hoje formadora de opinião e a eleição de 2018 provou isso. Há salvação para a industria jornalística? Claro que sim, mas precisam acertar-se com os leitores e não agredir a sua inteligência.

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  • Ercio Alberto Zilli disse:

    Brilhante! Parabéns!

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  • how jow disse:

    Excepcionalmente ótimo!!! Parabens e não se renda à patrulha, jamais!!

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  • Luiz Barros disse:

    Estou com você, Fernão.

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  • Robson Coimbra disse:

    Como sempre parabéns pelo artigo, não tinha ideia que os editoriais do jornal estavam em outras mãos.

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  • Fredy disse:

    Fernão,artigo histórico parabéns,você é um dos últimos baluartes!

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  • mario disse:

    Muito bom, Fernão!
    Acompanhei esses fatos por relatos de minha família, e depois como, ainda, assinante há 45 anos.
    Parabéns pelo artigo!

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  • Olavo Moraes disse:

    Belo texto
    Que saudades do velho e bom ESTADÃO.
    Vc, meu caro, honra o belo sobrenome do verdadeiro jornalismo.
    Parabéns.

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    • Benedicto Moreira (Curitiba/PR) disse:

      Concordo com o Olavo Moraes em gênero, número e grau! Sim, saudades do bom e velho Estadão. O Fernão é um dos pouquíssimos oásis de cultura, competência e coerência no deserto em que se transformou o jornalismo brasileiro. Admiração- Abraço e meus efusivos parabéns.

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  • alvaro siano disse:

    Excelente!!

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  • alvarosiano disse:

    Excelente!

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  • NADER MURAD disse:

    vc pode idealisar uma imprensa sua , iniciando on-line depois

    impressa .existe um vacuo no mercado por noticias conservadoras

    essa sua bagagem cultural não pode ser desperdiçada….

    o antagonista começou bem mas se perdeu,,a linha editorial da

    revista oeste e jovem pam é um bom caminho

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  • Flávia Eluf disse:

    S E N S A C I O N A L

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  • Ethan Edwards disse:

    Parabéns, caro Fernão,

    Sinto-me orgulhoso de entrar neste blog e comentar os escritos de um jornalista que, sempre que convocado a escolher entre o ditador de plantão e a honrada tradição dos Mesquita, nunca revelou a menor dúvida.

    Abraço com admiração.

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  • Mauro Ribeiro Silva disse:

    É a chegada do Ministério da Verdade

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  • Paulo Terracota disse:

    Fico feliz ao saber que os Mesquitas, através de você, continuam na luta pela liberdade de expressão. Parabéns.

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  • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

    Você Fernão foi muito corajoso ao mostrar em seu texto que a ditadura está sendo urdida mais uma vez e a imprensa séria e democrática, representada pelas pessoas dos jornalistas que não perderam o caráter, é a pedra no sapato dos inquisidores a serviço da privilegiatura, Por isso a perseguição àqueles que mostram a realidade como ela é.
    Estaria o Estadão sob influência de capital investido pela China continental, como parece que já acontece em outros órgãos de imprensa?
    Há uma frase que nos norteia:: “”A VERDADE VOS LIBERTARÁ”.

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  • Fernando Lencioni disse:

    Parabéns!!!!! Uma demonstração de hombridade e caráter que não se encontra mais nós duas atuais. Parabéns, parabéns e parabéns. Te admiro mais ainda.

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  • Fernando Lencioni disse:

    E, a propósito, tbm cancelei minha assinatura. Infelizmente. Não temos mais Mesquitas no jornalismo. Só empresários sem caráter e sem o espírito que fez nascer o jornalismo há séculos.

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  • José Tadeu Araújo disse:

    Eu era um leitor entusiasmado do saudoso e insubstituível Jornal da Tarde. Com a extinção deste, passei a assinar o Estadão, jornal, que a meu ver, tinha mais afinidades. Depois de longos anos de boa leitura este ano deixei de assinar o periódico pelos motivos descritos no artigo. Quando o Estadão voltar a ser o que era, assino novamente.

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  • José Luiz Mancusi disse:

    Parabéns!!! Excelente artigo!!!

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  • Jali Meirinho disse:

    Quem acompanha O ESTADÃO, por mais de 50 anos, sente a importância deste artigo. Corajoso e marco na história da imprensa brasileira e da própria história nacional.
    Jali

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  • Cyro Laurenza disse:

    Meu caro, sou antigo, tristonho de perder tantas lutas e ter vencido tão poucas. Mas certos amigos, como tu, me oferecem esperança de muitos existirem, difíceis de encontrar. Mais uma vez parabéns pela coragem de escrever verdades hoje difíceis, amedrontam. Ainda hoje, escrevendo para o Ministério da Infraestrutura, comentava que os trens de passageiros no Brasil foram proibidos, pelo Banco Mundial, em 1955 e, a partir dessa década indecente, teve início sistemática destruição, terminada 50 anos depois, em todo o Brasil, exceções paupérrimas eM específicas situações. Forte abraço Cyro

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  • A. disse:

    “Chumbo Gordo”, site de Carlos Brickmann, replicou hoje este artigo do Fernão: ponto para os dois!

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    • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

      Fui ao chumbogordo.com do Carlos Brickmann e deixei lá minha opinião sobre a atitude dele em replicar o texto de Fernão. “Um por todos e todos por um” na defesa da liberdade de imprensa e expressão.
      Minha opinião está no aguardo de moderação para ser divulgada. E aí, seguidores e colaboradores do vespeiro.com, não vão deixar a sua participação no blog do Brickmann?

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  • Paulo kherlakian disse:

    Parabéns pelo texto! Muito esclarecedor, finalmente deixou claro porque diverge da linha editorial do jornal, e do modo de pensar da nova administração que muitos como eu, ainda imaginavam (com muita desconfiança) ter a marca dos Mesquita. Agora esta claro como eu já desconfiava, que a marca registrada inigualável criada pelos Mesquita ficou como uma gloriosa lembrança do passado de um jornal que já foi o maior e o melhor. Só quem sabe, faz o melhor. Abraços

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    • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

      Senhor Paulo, concordo totalmente com o que o senhor escreveu e por vezes observo que o Estadão apresenta notícias que contrariam o que se espera em relação ao posicionamento que sempre foi a marca desse valoroso jornal ao longo de sua história de lutas pelas liberdades de opinião e expressão e na defesa da Constituição Federal. Hoje, mais do que antes precisamos de um jornal com linha editorial firme, que não faça nenhum tipo de concessão ou deixar de ver e mostrar tudo a que estamos expostos nas mãos dos “políticos” e maus empresários – destes muitos anunciantes no jornal, afinal é um órgão de imprensa democrático e uma empresa de mídia diversificada. O fato de um padre ter de entrar em contato com gente suspeita para ministrar a extrema unção não significa que ele vá se corromper em sua escala de valores, pois tem uma formação firme e bem consolidada; sofre injúrias e mal tratos mas não se entrega! Nós que lemos o Estadão é que devemos reclamar e oferecer ao jornal, com nossas opiniões, os parâmetros para a correção de rumos. Afinal como disse Rui Barbosa os jornais são os olhos do povo .

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  • […] fundadores do jornal O Estado de S. Paulo, em artigo publicado ontem, 04 de agosto, sob o título: “Eu sou da velha guarda”, criticou incisivamente a publicação do editorial do Estadão em “O papel da AGU”, no qual o […]

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  • Carlos Pinaffi disse:

    Apoio total Fernão !! Infelizmente a ditadura sempre está à espreita, o tempo passa mas como bem disse “ os anões Moraes “ sempre reaparecem buscando o poder e o totalitarismo a qualquer custo.
    Querem calar os cidadãos de bem deste país , porém , percebo como estes movimentos estão sendo percebidos e muito mal recebidos por um número enorme de pessoas. Os anões Moraes acomodados em seus escritórios de Brasília não tem a noção da ebulição que está nas ruas , e tal como o sapo na panela ao fogo , vão ser cozinhados não hora certa.
    O tempo irá mostrar

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  • Varlice1 disse:

    Não poderiam ser outras as suas palavras a honrar a tradição da sua família.
    Obrigada por elas.

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  • Roberta disse:

    Tenho muito orgulho de você!
    Homem íntegro e com opinião .
    Pai dos melhores filhos que qualquer mulher sonharia em ter!
    Te amo mais que ontem ,
    Menos que amanhã….

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  • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

    Fernão você merece as declarações de apoio que tem recebido, mormente esta ultima que certamente lhe deu muito mais gás para produzir muito em sua lide pela defesa da democracia de fato em terras brasileiras. As verdades ditas pelos amigos, admiradores e parentes tem muito valor e são reconhecidas por todos os leitores bem intencionados, seja de que coloração política forem. Não reclame… pois nós que o seguimos temos o direito a essas pitadas de “ufanismo”.

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  • Amelia Fernandez disse:

    Por que não consigo compartilhar no Facebook nem no whatsapp ? Você é brilhante !

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    • flm disse:

      É só clicar nos ícones dessas plataformas que aparece no final de todas as matérias publicadas. A menos que Alexandre de Moraes já tenha agido opara bloquear-me nelas…

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  • Marina Bianchi disse:

    Triste que a voz de contratados prevaleça contra a voz do contratante. No país, quem contratamos, em quem confiamos,e que fala como nós,enfrenta uma multidão de parasitas alimentados há anos pelos que não soubemos contratar.Criança, lia e gostava do Estadão, agora passo longe deste antro de parasitas mal contratados.

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  • Carlos Frederico Jeunon disse:

    Fernão, quem sai aos seus não degenera. E você é um desses casos. Parabéns, como sempre!

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  • how jow disse:

    e o artigo dessa semana, foi censurado?

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  • Edgard Salles disse:

    Fernão, vc sumiu???????

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  • wbuzatto disse:

    Nem preciso assinar embaixo de todas as manifestações de apoio a seu artigo brilhante, e fiquei com a impressão de que foi seu último no Estadão, confere?

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    • Também gostaria de saber. Fernão merecia uma coluna vitalícia numa mídia de grande visibilidade, de preferência numa virtual, isso se não montar a sua própria. Seria um Youtuber ou um Instagrammer feroz.

      As mídias tradicionais estão com os dias contados.

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  • cacaroloss disse:

    Caro Fernao, nao o conheço pessoalmente,
    mas aprendi a admira-lo como alguem proximo, como se fosse da familia. Nao sei se foi seu último texto no Estadão, mas esta semana não teve publicação sua. Mantenha seus textos para acesso livre nas redes sociais. Crie um blog ou algo assim. Provavelmente tera mais leitores do que se seguir no estadao.

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  • Rodrigo Romero disse:

    Fernão, por onde você anda? Cadê seu artigo da semana passada?Admiro demais o seu trabalho e opiniões. Abraço!

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  • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

    QUEM TEM MEDO (DA OPINIÃO) DE FERNÃO LARA MESQUITA?
    Há muitos meses não recebia aqueles Posts numerados que você Fernão enviava aos seus seguidores inscritos no VESPEIRO.COM, depois vinham os artigos e raramente um Post numerado.
    Agora estamos sem receber nada mais e isso me preocupa, pois sei que tem muita gente que gostaria que Fernão seja “deletado”/ “cancelado” do mundo da imprensa, principalmente agora em vésperas de campanha eleitoral em um Brasil que foi virado de cabeça para baixo pelo atual desgoverno Bolsonaro, este que na campanha eleitoral usava uma máscara, que logo após eleito caiu mostrando sua verdadeira verve pró ditadura mal disfarçada, pois chegou descaradamente a afirmar, entre outras atitudes deploráveis, que a Constituição Federal é ele e que a covid-19 é uma “gripezinha”, “E daí?”.
    Se houve a interferência de “bruxas” para que o Fernão deixe de publicar seus substanciais e cultos artigos uma coisa posso dizer: sua pregação e defesa do sistema eleitoral baseado no VOTO DISTRITAL PÙRO com “RECALL”” – retomada pelo povo do poder que foi concedido, através do voto, dos eleitos que não correspondam, por incompetência e traição ao que prometeram aos eleitores – e com a possibilidade dos eleitores proporem (opinarem) leis e ainda participarem de referendos, o que equivale a prática de cidadania virtuosa no caso republicano, já estão amplamente disseminadas no meio político e na sociedade brasileira em geral, fermentando algo de novo na política e administração pública. Vez por outra, observo jornalistas abordarem o tema do voto distrital como fórmula e saída desse caos em que se encontra a “República brasileira”.
    O OBSCURANTISMO está profundamente arraigado no modus operandi dos partidos políticos, cujas burras estão recheadas com dinheiro público para a campanha eleitoral deste ano de 2020, certamente mais uma vez vendendo uma cesta de promessas mentirosas, que nem eles e seus candidatos tem coragem de registrar, em cartórios eleitorais e de registro, para serem cobrados depois da posse em caso de falsidade ideológica contra os eleitores/povo de quem deveria emanar o poder, conforme determina a nossa Constituição Federal.
    Penso que o JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO deveria ter imenso orgulho de ver publicado em suas páginas de opinião os seus artigos,. mesmo que sejam opostos à opinião desse tradicional órgão de imprensa que muito fez para o estabelecimento da democracia republicana no Brasil. Afinal, não tem o referido jornal muitos contratados para redigirem os seus editorias? Maturidade na imprensa exige o respeito às opiniões de todos: jornalistas, funcionários, assinantes leitores, missivistas e colaboradores em geral, até mesmo aos anunciantes.
    Talvez tenha o Fernão escolhido um temporário auto-exílio silencioso, para observar, meditar e fermentar novos artigos apropriados para este decisivo momento que definirá o rumo do futuro do Estado e, por consequência, da Nação Brasileira tão mal informada,faminta e, manuseada por maus políticos e seus partidinhos – com raras exceções -que colaboram com a escravidão de mais de 70 milhões de nossos cidadãos que, com seu trabalho pagam essa imensa máquina administrativa inchada de funcionários públicos privilegiados, assim como mais de 600 empresas estatais cabide de emprego para apadrinhados, muitos dos quais funcionários fantasmas.
    Quanta perversidade, própria daquele que diante da dor alheia – dos que deveria estar a defender todos os direitos e deveres – somente exclama com desdém: “E daí?”.Em breve, diante de tal situação caótica, por quem os sinos dobrarão?
    Ouviremos: “Ave Bolsonaro, os que vão morrer te saúdam!”, ou nossos eleitores saberão valorizar os seus votos escolhendo candidatos ficha-limpa?
    Fernão, muitos ombreiam com você na defesa de um Brasil democrático!

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    • Marcos disse:

      Uau! Que primor! Para presidente, Vossa Alteza, Conde de Habsburgo!

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    • rubirodrigues disse:

      Parabéns Pinho! Manifestação primorosa de especialista em confundir.

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      • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

        Quem gosta de baias são vocês bolsonaristas, que adoram controlar as conversas dos que são contrários a essa palhaçada de desgoverno, que submete o explorado povo brasileiro a mais uma passada de perna.
        Napoleão tinha cem soldados, Bolsonaro tem seis mil, o primeiro foi grande estadista e o segundo é um arrivista, que sempre representou em
        9 ( nove?) mandatos os interesses dos militares e funcionários públicos, e, acima deles, os seus próprios interesses e de seus seguidores. Agora ,cuida somente da reeleição e, para tanto, já se reuniu com Maia – presidente da Câmara Federal – e com Alcolumbre – presidente do Senado – onde cada qual deu muitos tapinhas, uns nas costas dos outros, e isso significa para mim que o povo brasileiro vai chorar muito e pagar o mico.

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      • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

        Confundidos estavam, e continuam, todos os 56.000.000 milhões de brasileiros que elegeram com seu voto o senhor Jair Messias Bolsonaro. que dizia que iria acabar com a corrupção – Ha, Ha, Ha!. e deu um passa moleque no competentíssimo juiz de reputação ilibada Sergio Moro. Na próxima eleição votarei em Sergio Moro, mas ele tem que avaliar muito cuidadosamente com quem pretende se aliar, para não levar mais uma passada de perna de algum político arrivista e catimbeiro.

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    • how jow disse:

      mais um tolo que vê “o nazifascimo” imaginário do governo federal, mas não diz uma vírgula do que o stf tem feito. Aliás, caso não tenha percebido, esse foi o tema do ‘ultimo artigo.

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  • rubirodrigues disse:

    Tem gente com o desconfiômetro inoperante. Será que só eu estou certo e as multidões que ovacionam o Presidente em todo lugar que ele chega erradas? Não defendo que alguém mude de opinião, isso reque possuir o entendimento de que não se sabe tudo, mas ao menos admitir, mesmo como hipótese, que, talvez, esteja equivocado.A certeza não será uma prisão? Existe algum fundamento epistemológico, lógico ou ontológico para certezas? ou se trata de mera questão psicológica ou cultural? Posso apostar todas as minhas fichas em uma certeza? Em que se baseia minha crença no caráter infalível do meu julgamento?

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    • A. disse:

      Há 3 espécies de certeza: a certeza ingênua, a certeza maliciosa e a certeza que se basta a si mesma. A última é a mais profunda e não precisa nem se explicar, nem se justificar, nem ser corroborada.

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    • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

      Estou nem um pouco surpreso com as opiniões desses bolsonaristas,que ainda não perceberam que o desconfiômetro mais avariado do Brasil é o de sua excelência o senhor presidente da República Federativa(?) do Brasil, que acaba de conquistar, com sua benemerência para com o mundo, o desprezo da Comunidade Econômica Européia que, ao que tudo indica, não vai fazer acordo com o Mercosul por conta da devastação que o desgoverno Bolsonaro não consegue impedir – e nem o seu ministro Salles – dos biomas da na floresta amazônica e dos cerrados , em muitas reservas ambientais e no desmonte de muitas instituições voltadas à pesquisa científica do meio ambiente. Comporta-se como um semideus – portanto não consigo classificá-lo como militar, ou milico ou miliciano – que concede ao povo aquilo que já é dele e que sempre lhe foi usurpado pela arrivistas que dominam nossos partidos e os políticos há séculos.
      Concedeu o desgoverno Bolsonaro aumentos nos proventos daqueles que servem ao Estado – funcionários públicos dos três poderes, incluindo os militares (2 vezes?) – e agora consegue, para governar…,poupar uns 120 bilhões salvos devido ao veto/ cancelamento que propôs negando aumentos nos proventos deles em 2021. Menos mal, não foi ainda dessa vez que os aposentados sofreram descontos/cortes em seus modestos ganhos conquistados ao longo de toda uma vida de trabalho honesto: e aqui destaco o heroico empenho da palavra de Rodrigo Maia, que impôs como condição, para a Câmara Federal concordar com o veto, que os aposentados não seriam molestados. Contudo, o fundo partidário está aí recheado e até Bolsonaro namora um retorno, pelo que se comenta, para o antigo partido, unindo útil ao agradável em vésperas de campanha eleitoral.
      E promete o desgoverno do capitão para breve – antes da eleição? – uma cesta de benesses. Isso é que é presidente “bão”!

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  • Olavo Leal disse:

    O comentarista Sr Herbert apresenta-se inicialmente ou como petista ou isentão ou sensatão. Quando declara seu futuro voto em Moro, elimina-se a primeira hipótese (petista). Mas como isentão ou sensatão, votará em Moro e, na primeiro volta dos ponteiros, passará à oposição, por não concordar com isso ou aquilo.
    Bolsonaro não é perfeito – está longe disso! -, mas foi a única candidatura que se apresentou para combater a extrema corrupção que grassava no País. Logo, não havia espaço para isentões e sensatões, que agora são tão perniciosos quanto os petistas, pois colocam-se como pedras no caminho.
    Bolsonaro não prometeu acabar com a corrupção, até pq isso é obra com características de utopia. Posicionou-se, aí sim!, contra mensalões, petrolões e outros “ões”, que grassavam pelo Brasil afora.
    Precisa do nosso apoio para manter essa posição, o que apresenta-se cada vez mais difícil, fato que se agrava com o posicionamento dos isentões e sensatões.

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    • A. disse:

      Sugiro que o sr. leia “Virando bandeira”, por Edmilson Siqueira, no site “Chumbo Gordo”.

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    • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

      Perniciosos são eventuais miliares e turbas desavisadas de borra- botas do grande salvador da Pátria, que se submetem incondicionalmente e negando tudo o que leram e dizem defender como princípios éticos e morais fundamentais para a existência de uma verdadeira democracia.
      Afinal, o capitão Bolsonaro iria acabar com as corrupções pontuais – mensalão, mensalinho, petrolão, etc… – ou com todas as corrupções “que grassavam pelo Brasil afora”?
      Quem acabou muito com a corrupção foi a Lavajato e um de seus grandes juízes o Sérgio Moro, que o Bolsonaro desprezou, mas que eu sempre vou enaltecer porque é um cidadão de respeito e assim considerado mundialmente.
      Bolsonaro foi usado pelo povo brasileiro para nos desfazermos dos nefastos governos dos petistas Lula da Silva e sua seguidora Dilma Vana Roussef, o que o fizemos através dos votos e até demos um certo crédito para as demais propostas de Bolsonaro, apesar do medíocre histórico político dele no Congresso Nacional durante nove mandatos.
      Que tipo de candidatos teremos para “escolher” no próximo pleito eleitoral? Ficaremos novamente bipolarizados entre nós e eles, nesse eterno assanhamento da troca de poder e ou continuidade a qualquer preço à revelia até do Estado Democrático de Direito e do que determina a nossa Constituição Federal?

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      • rubirodrigues disse:

        Tenho pesquisado as leis básicas da natureza e em consequência tive que contemplar também a natureza humana. O homo sapiens é o hominídeo sobrevivente, que foi forçado a desenvolver discernimento em razão da fragilidade orgânica diante dos outros animais. Durante milênios essa fragilidade tornou o hominídeo a caça predileta dos carnívoros e foi assistindo os filhos menos ágeis sendo devorados que a autoconsciência em meio a tempestades de adrenalina, despertou. Esses instintos brutais de sobrevivência continuam dentro do homem moderno, de sorte que resulta irreal procurar um homem perfeito, absolutamente inocente. Isso só existe na ficção. Apesar disso existem sim, homens melhores, mais sábios ou com melhores habilidades particulares que outros. Nenhum santo. Quanto mais sábios, mais entendem o quanto dependem dos demais e mais socialmente honestos se tornam, não porque a fera ancestral interior tenha sido eliminada, mas porque entendeu que uma vida cooperativa e leal lhe convêm. Não adianta concentrar-se nas falhas dos outros ou procurar neles a perfeição. Parece mais conveniente atentar para as virtudes dos outros e esforçar-se em eliminar as deficiências próprias. Com isso se descortina um ciclo virtuoso que algum dia amadurecerá. Pitágoras, um geômetra da Antiguidade, diria: somente na unidade do todo, encontra-se a harmonia das partes.

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  • José Tadeu Araujo disse:

    Comparando o primeiro texto do missivista e os demais em resposta à críticas pelo que ele escreveu, tenho impressão que um ghost writer escreveu teve participação no primeiro!

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  • José Tadeu Araujo disse:

    correto: tenho impressão que um ghost writer teve participação no primeiro.

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