24 de abril de 2020 § 80 Comentários

Bolsonaro assume-se como o q é. Nunca esteve do lado d cá. Foi um eleitorado órfão q fez dele o q ñ era. A encrenca com Moro ñ tem remédio desde a rachadinha. Paulo Guedes sempre foi outro estorvo. Agora a pandemia afundou o mercado no mundo e ele foi junto. Este governo acabou.

§ 80 Respostas para

  • Alexandre disse:

    Sim, e deveria ter um mínimo de dignidade e renunciar de uma vez, nos poupando do desgaste de um impeachment.

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  • É lamentável para o país que o primeiro em tanto tempo a sentar-se na cadeira de Floriano Peixoto para “desbancar” a esquerdalha que o antecedeu, caia em tanta esparrela… aos braços da esquerda, novamente? lá vamos nós… brazilim

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  • Colateral disse:

    Sim,acabou.
    Chamem o Mourão.Mais preparado,mais equilibrado e mais honesto.

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  • Ethan Edwards disse:

    Como em política não existe vácuo, sempre é bom perguntar: se o governo Bolsonaro acabou, está começando o governo DE QUEM?

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  • Sonia disse:

    É isso mesmo Fernão. Agradecemos ao Moro pelo exemplo de dignidade e honestidade. Abracos.

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  • Miguel Burihan disse:

    Torpedo na sala de maquinas, todos ao convés

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  • rubirodrigues disse:

    Se ele acordou com o centrão o governo está começando. Acabou foi a nossa ilusão de ter alguém no governo nos representando.

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    • Ethan Edwards disse:

      Brilhante observação! Mas o problema persiste: se está começando um governo Bolsonaro 2.0, que inclui o centrão, quem, a esta altura, passou a representar o governo Bolsonaro 1.0?

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  • Tadeu disse:

    Concordo plenamente. Dos 57 M que o elegeram, 40 M o fizeram por falta de opção e pra evitar ter a carteira roubada pelo PT. Esses 40M ja pularam fora. Agora é só esperar ( não muito). Vai cair, ser impeached ou se suicidar. É o que lhe sobra!!!

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  • Ethan Edwards disse:

    Tenho muitas dúvidas, Fernão e demais amigos, porque há muito tempo venho tentando me afastar da política (não dos comentários sobre política, mas da política propriamente dita, com as mãos bem sujas). O poder não aceita vácuo. Se Bolsonaro cai, alguém colhe os frutos da sua queda (alguém, no caso, é uma força política, não uma pessoa física). É preciso identificar esse Alguém – e não vejo ninguém fazendo isso. Vejo apenas gente comemorando, como se o fim do governo Bolsonaro significasse apenas a derrota de um demagogo. Não, o fim do governo Bolsonaro é o começo de um outro governo. De quem? A depender de que forças são essas, vale a pena sujar as mãos e defender esse governo, com todos os seus equívocos? Ou a luta é tão suja, que o melhor é se afastar e observar da planície? Não tenho essa a resposta, ainda. A refletir.

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    • Alexandre disse:

      Olá, Ethan.

      Bolsonaro sairá, seja pelo impeachment seja pela renúncia. E iremos de Mourão até o final do mandato. Com apoio dos militares e dos “lavajatistas”. (Torcendo para a agenda positiva do Guedes não ser descartada) Se fizer um bom governo, em 2023 teremos alguém da direita liberal-conservadora no Planalto. Quem sabe o próprio Moro.

      Um abraço.

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      • Roberto Pistelli disse:

        Deus te ouça!

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      • flm disse:

        Também acho que é por aí. Governo de milico não leva golpe. Ou ele se vende (o mais provável) e aí as feras todas se acalmam, ou cai ou o diabo o carrega e aí Mourão leva ate o final (a mais benéfica).

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      • Ethan Edwards disse:

        Um governo Mourão terá as mesmas contradições internas do governo Bolsonaro, será atacado pelas mesmas forças políticas que hoje atacam Bolsonaro, enfrentará no Congresso a mesma obstrução. Por que seria diferente? Alguém realmente acredita que a crise foi criada pela persona de Bolsonaro e que, removida essa persona, tudo fluirá bem para a direita liberal-conservadora? Não: trata-se de uma luta política, e o inimigo é implacável. Bolsonaro, Mourão, Moro… – qualquer um que insistir em negar a mamadeira ao deep state enfrentará as Fúrias e também o ódio implacável da imprensa associada ao establishment. A personalidade de Bolsonaro é um problema, mas é preciso não esquecer: do outro lado há um inimigo impiedoso. A saída de Bolsonaro não tira esse inimigo da equação. Ele é o problema.

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      • Alexandre disse:

        Sim, do outro lado há um inimigo impiedoso, sabemos. E que vai acelerar a máquina de criação de narrativas, sabemos. Mas, ainda que não existissem as questões éticas dele nessa equação, Bolsonaro é limitado demais para enfrentá-lo. A inabilidade política dele é espantosa.

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      • Varlice1 disse:

        Concordo.
        Bolsonaro é realmente muito inábil.

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    • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

      Várias vezes em meus comentários aqui no Vespeiro.com perguntei: que mãos embalam os nosso Congresso Nacional e apontei que essas forças se reúnem em Brasília em torno do lago Paranoá, durante esbórnias políticas intermináveis, das patotas bem amparadas para roubar o que pertence ao povo brasileiro. Também cobrei respostas sobre mazelas que envolvem decisões absurdas de magistrados dos tribunais superior e supremo e a falta de participação de funcionários públicos que, em tempo, podem vir a público fazer denúncias contra os que desrespeitam as normas e leis que os regem, mesmo colocando-se em situação de perda dos próprios cargos, mas preferem se acovardar e se omitir. Como Sergio Moro, são poucos homens públicos.

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      • LSB disse:

        Prezado Herbert

        “Também cobrei respostas sobre mazelas que envolvem decisões absurdas de magistrados”

        Cobrar de quem, cara pálida?
        Você pode mandar quanto e-mails você quiser para os deputados e senadores… eles podem até te ouvir, mas não irão necessariamente…
        Não dependem diretamente do seu voto para estarem lá…

        ” falta de participação de funcionários públicos que, em tempo, podem vir a público fazer denúncias contra os que desrespeitam as normas e leis que os regem, mesmo colocando-se em situação de perda dos próprios cargos, mas preferem se acovardar e se omitir”

        Exato. Tal denúncia só significa o cara se colocar em maus lençóis.
        O agora nacionalmente conhecido Mansueto era funcionário do IPEA.
        Nunca havia ouvido falar nele…
        Até que um dia (2010 ou 2011) eu leio (no Estadão, se não me falha a memória) um artigo deste senhor à época desconhecido.
        Ele pegava pesado nas críticas contra o governo Dilma/Lula.

        Quando vi que o cidadão era do IPEA, comecei a rir e “apostei comigo mesmo” que dentro de um ano ele sairia do IPEA.
        Saiu.

        Ele nem criticou o IPEA naquela ocasião… ele criticou o governo, mas foi o que bastou…
        Com certeza foi colocado na geladeira, foi perseguido, etc.
        (obviamente isso iria acontecer e aconteceu…)

        O brasileiro não gosta de quem briga. Ele gosta do conciliador (não importa o preço do consenso e da conciliação).

        Enfim, o Brasil é uma Nação de covardes porque não gostamos dos corajosos!!!
        (daí o verdadeiro esporte nacional é “fugir da raia”, “não se prejudicar”, etc.)
        Ninguém põe o seu na reta (ou a pele em jogo, para citar o Taleb). Só para lembrar: nossos “grandes” empresários são os primeiros a se acovardarem e defenderem estatismo… nenhum é corajoso o suficiente para defender o capitalismo, o liberalismo ou criticar, de verdade, o Estado brasileiro (e o medo de retaliação, hein?)
        É patético: o empresário, em reunião com representantes do Estado, é uma “moça” e puxa o saco até arrancar… nem bem sai da reunião e já fala grosso e xinga o Estado… mas, na cara, jamais… (e o medo, hein?)

        Abs
        LSB

        PS: tenho um manifesto de 240 páginas escritas há 3 anos atrás (e nele está uma “série” de “previsões” que, de fato, aconteceram de uma forma ou outra)… mas não publiquei nem o farei porque não quero sair fugido do país sob ameaça de morte e/ou acossado por um milhão de processos…
        Os “ofendidos” agiriam assim… já a plateia iria, com certeza, lavar as mãos (no mínimo) com o argumento (eufemismo para “desculpa”) de que o “estilo” agressivo não convém e até justifica a reação…

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      • Colateral disse:

        Adorei

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      • A. disse:

        Prezado LSB:
        Flagrei uma contradição gritante no seu “PS” de reposta ao Dr. Herbert: diz que tem um manifesto de 240 páginas e não o publica. Mas diz, textualmente na sua resposta : “Enfim, o Brasil é uma Nação de covardes porque não gostamos dos corajosos!!! (daí o verdadeiro esporte nacional é “fugir da raia”, “não se prejudicar”, etc.)
        Ninguém põe o seu na reta (ou a pele em jogo, para citar o Taleb).”
        O sr. não está “tirando o seu da reta”????????
        Abração e um ótimo final de semana!

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      • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

        E seu LSB, no Brasil ainda está presente o Macunaima na alma de muita gente que não teve aceso a uma boa educação. Para muitos a identidade é ter identidade mutante, ao sabor dos acontecimentos.
        Continuo defendendo a ideia que do meio da própria privilegiatura surgirão aqueles que lutarão por uma mudança nos abusos que estão por aí, atravancando o desenvolvimento do Brasil, pois para tudo há limites e um dia a esbórnia se auto consome, como a divisão que já ocorre entre os que ganham muitas regalias e aqueles que ganham muito menos regalias.

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      • LSB disse:

        Caro A.

        Você está certo!
        É um dilema “existencial” que tenho que admitir.
        De certa forma, as críticas também são válidas para mim.
        Todavia, em minha “defesa” vou alegar o seguinte:
        Não tenho a mínima certeza de que meu manifesto teria poder de mudar o mínimo possível que fosse nosso país… mas sei que me prejudicaria muito…
        A relação custo/benefício, levando em conta os aspectos probabilísticos dos termos, é péssima, horrível…
        De fato, tenho a humildade de reconhecer que muitos (veja bem, muitos em números absolutos, mas raros proporcionalmente mensurados) já tomaram atitudes muito mais corajosas e contundentes bem como já publicaram “protestos”, “manifestos”, “denúncias”, etc. muito melhor articuladas, fundamentadas e redigidas… e ainda assim amargaram o ostracismo, sofreram perseguição e, infelizmente, pouco alteraram a rota dessa transatlântico kafkiano….
        Enfim, se tivesse o mínimo de certeza de que “eu faria (alguma) diferença” talvez estivesse mais disposto a me arriscar e “correr o risco” de me “sacrificar” pelo país (oh, nobreza kkkk)
        Noves fora tais considerações, há dois outros “detalhes”:

        – precisaria vender meu apto. financiado para poder “zerar obrigações financeiras” e ter caixa para bancar o “desemprego”… mas faz 3/4 anos que estou tentando vender (pedindo abaixo do que “paguei”) e não vende… de fato, a decisão final sobre publicar ou não só seria (será) tomada quando eu estiver me estruturado “financeiramente”;

        – É um manifesto e manifesto, ainda que seja “justo” em sua reclamação, nunca é completamente “justo”. O manifesto não é um estudo e, portanto, sempre é parcial: foca somente um “lado” do problema.
        Vou exemplificar… Um manifesto contra aumento de impostos se resumiria a criticar tal medida, a levantar objeções contra o Estado e a defender os contribuintes (inclusive relatando dificuldades e injustiças sofridas pelos mesmos).
        Veja, tal manifesto não avançaria na análise das contas públicas, das obrigações legais, dos sistemas político e eleitoral, da confecção do orçamento público, dos procedimentos de execução orçamentária, aprovação e liberação de verbas, etc. etc. etc.
        Assim, o manifesto contra o aumento de imposto pode ser justo na causa, mas não é “justo” completamente com a situação como um todo…
        Meu manifesto também é assim: pode até estar correto no que aponta, mas é “injusto” por não contextualizar ou dar “defesa” ao lado criticado…
        Enfim, há aí também uma questão moral (é justo divulgar isso?) e, subsidiariamente, uma questão emocional (o que critico está muito próximo a mim).

        Em suma, talvez também seja covarde, mas também talvez publique… (aliás, é bem possível que publique omitindo um capítulo apenas, o qual considero mais “problemático”… é o capítulo mais longo, mas também é o mais “específico”… publicar somente os demais não deixaria o manifesto muito “manco”… talvez, até publique aqui um ou outro capítulo… de fato, podem ser lidos separadamente, embora, para se entender o “sentido completo” do texto, tem-se que ler o manifesto por inteiro… mas vou publicar qualquer hora um capítulo que divulguei para conhecidos e todos adoraram)

        Prezado Herbert

        “o Brasil ainda está presente o Macunaima na alma de muita gente que não teve aceso a uma boa educação”

        Concordo que tal espírito esteja presente, mas não sei se é questão de educação (escola), de cultura (“educação” em sentido mais bem mais amplo) ou de ambos.

        “Continuo defendendo a ideia que do meio da própria privilegiatura surgirão aqueles que lutarão por uma mudança nos abusos que estão por aí”

        Pode ser. Os caminhos da histórias são, em boa parte, imprevisíveis e aleatórios… (ainda que não 100%)…
        De fato, SE, e quando, o Brasil passar por mudanças mais profundas é porque alguém ou, mais provavelmente, alguns as terão desencadeadas… Agora, quem são esses alguns é impossível determinar, precisar, prever, aventar, etc.

        Abs
        LSB

        PS: ontem faleceu João Mellão Neto. Critico sempre a imprensa, mas reconheço que há grande profissionais. João Mellão era um deles.
        Nunca foi “imparcial” pois nunca escondeu seu viés político. Mas foi um jornalista justo, uma vez que se propôs ao debate civilizado, inteligente, erudito e racional.
        Particularmente, além de fã e leitor, tenho uma “dívida” com ele: é de sua autoria o primeiro “livro” (bem básico mesmo) que li sobre alguma teoria política na minha vida (ainda no início de minha adolescência). Que descanse em paz!

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      • A. disse:

        Em resposta a: LSB (25 de abril de 2020 às 14:33)
        Caro LSB: obrigado por se dar ao trabalho de me responder. Pela extensão da resposta avalio a extensão da sua bondade.
        Vinícius de Moraes escreveu “se foi pra desfazer, por que é que fez?”
        Parodiando: se você se deu ao trabalho de escrever, por que não publica? Não é cobrança, porque vendo a questão por outro lado, se não houver a repercussão que o sr. espera, a frustração será enorme. E eu já me vi, embora em situações que nem se comparam, “pendurado na broxa”… Não é uma boa sensação!
        Abração, bom domingo!

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      • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

        Acredito que atualmente ainda temos funcionários públicos em geral corajosos e responsáveis que, pelo menos internamente em seus locais de trabalho, fazem suas cobranças às suas chefias. Poderiam até acabar punidos com suas mesas de trabalho viradas contra o cantinho da sala, ou jogando cartas na garagem, senão acidentados nas estradas indo ao trabalho ou voltando dele.
        Se criarmos um tipo de delação premiada para funcionários que sabiam, ou venham a saber, de alguma ocorrência grave contra as leis e contra interesses públicos e não denunciaram – dever de ofício – é possível que muitos deles – tendo participado ou não de pilantragens – vão fazer revelações inacreditáveis para os simples cidadãos pagadores dos salários deles. Desmontar a máquina podre por dentro, peça por peça. Talvez relatórios muito volumosos e documentados surgiriam. Delações anônimas poderiam vir à tona entregues ao Judiciário e na internet. Tudo o mais ficará por conta das polícias.

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  • Cirval disse:

    Sem dúvida! E, se acabou, não há razão para o Bostanaro permanecer na cadeira de presidente. Mereceria uma cadeira elétrica, já que ele sempre foi a favor da pena de morte. Por pior que seja, o Mourão é mais gente do que ele e se tiver o apoio de militares gestores competentes (agulha no palheiro) – excluindo o minúsculo general Heleno, que causou parte dessa confusão – poderá nos levar até 2022 sem grande problemas, pelo menos quanto aos problemas causados diariamente pelo Bostanaro. Pede para c___r, Bostanaro, e sai de fininho. Como grande enganador que é, engane a si próprio fazendo de conta que não foi presidente de porra nenhuma. Realmente, o Bostanaro é melhor como parlamentar, tipo Tiririca, já que não cheira nem fede. E acreditem, muitos aloprados ainda votariam nele. “Cruis”, credo!

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  • Jair Rafaell disse:

    Pr Jair está confuso. Moro é ídolo, pela competência. Sua saída e motivos compreensíveis, justificam sua idoneidade e seriedade. Alavanca seu prestígio e certeza de Candidatura de sucesso a, Presidente do Brasil. Futuro vai dizer.

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    • LSB disse:

      Moro é ídolo porque brasileiro acredita em Papai Noel…
      Mas não “inocentemente”… nosso povo sabe rapidamente identificar falsos “papais Noel”, só não desiste de procurar o verdadeiro…

      Enfim, Moro é ídolo porque, tal como ele, o brasileiro acredita que nossa corrupção é um problema moral!

      Abs
      LSB

      (PS: ver comentário do sr. Ethan Edwards de 21 de abril de 2020 às 14:54 no artigo “Um país amarrado para um estupro coletivo” e respectiva minha resposta)

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  • Varlice1 disse:

    Concordo plenamente com você. Era o que tínhamos, o famoso se não tem tu, vai tu mesmo.
    O morde-e-assopra do presidente, imagino, agora será posto em descanso: a máscara caiu de vez.
    E espero que essa capitania hereditária cesse logo.
    Enfrentemos o que está por vir com a altivez do ministro da Justiça porque, com certeza, isso também passará.

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  • JC VARIG disse:

    Capitão de artilharia
    Nunca teve a minha fé
    É (tão) ruim de pontaria
    Que atira no próprio pé

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  • Gaspar Acurcio Teixeira Dornelas disse:

    Presidente Mourão
    Juiz do Supremo Moro
    Técnico da Seleção Mourinho
    Depois que o virus se for não vai ter pra ninguém, passamos na frente da USA – CHINHA – ITÁLIA, seremos a nova potência mundial.
    Nota: o cavalo do Mourão dá menos despesa que o gabinete do ódio e até 2022 vamos ter muito trabalho na limpeza dos cupins instalados no Governo. Importante, não precisa reduzir o salário de ninguém é só instituir faixa de 50% de IR na fonte para todos que trabalham no governo (federal, estadual e municipal, judiciário e legislativo) sobre o salário bruto e com todos os penduricalhos sem direito a restituição, por dois anos, vamos ter recursos para tudo.

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    • Colateral disse:

      Solução prática taí!

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    • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

      Gaspar, a proposta de se taxar em 50% sobre os salários na fonte para todos os funcionários públicos é um assunto para o LSB, que no Vespeiro.com opina, abordar e apontar os prós e os contra. Parece-me que a grande maioria dos funcionários públicos não ganha tanto assim e talvez seja necessário faixas intermediárias. Isso é uma verdadeira reforma e mais uma para aguardar as negociações congressistas.

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      • LSB disse:

        Prezados,

        Como fui chamado a opinar, vamos lá (eu nem ia opinar neste comentário, mas…).

        Realmente, uma boa parcela dos funcionários não aufere salários tão altos.
        No mais, pode até ser justa a proposta, mas não se sustenta na Justiça.
        Cai “facilmente” por ser confiscatório.

        Vocês não sabem o quanto a Justiça dá ganho de causa a funcionários públicos… (e o quanto eles entram na Justiça para questionar TODAS AS VÍRGULAS POSSÍVEIS… e mais: funcionários públicos SÃO OS MAIORES ESPECIALISTAS EM ANALISAR LEIS! Conhecem todas as brechas, todas as formas de burlar, todos os pontos que podem ser contestados, etc. etc. etc.)

        Só para ilustrar: ano atrás (ou uns dois anos atrás), a Justiça mandou o governo RECONTRATAR OS DEMITIDOS PELO COLLOR!!!

        Não saiu na imprensa….

        Abs (e obrigado pela “confiança”)
        LSB

        PS: economicamente, a “privilegiatura” irá alegar, keynesianamente, que tal “corte” irá desaquecer a economia, etc e tal
        Falácia!
        Se há menos gastos dos funcionários, há também a contrapartida (menos impostos OU mais gasto em outras rubricas OU menos dívida emitida que, por sua vez, representa menos poupança retirada da sociedade que, desse modo, terá mais recursos para investir ou consumir)

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  • João Augusto disse:

    Definitivamente, Bolsonaro não é nada diferente daqueles que saquearam os cofres públicos. Nada mais me surpreenderá se não se juntar aos PeTistas. Que barca furada foi o meu voto. Assumo a besteira. E nem precisava votar!

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    • Colateral disse:

      Magina…
      Sempre estamos escolhendo o menos péssimo,faz tempo.
      Quem tu irias escolher?o poste 2 do 13?

      Assim estamos escolhendo os menos péssimos:jaires,collores,dorias,kassabs,etc.
      Sabíamos que Jair era o que é.
      Todo mundo que o conhecia desde a AMAN o sabia.
      Mas havia esperança que tomasse jeito.
      Não tomou.
      Fim

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  • Ethan Edwards disse:

    Alguém já pensou que talvez, para Bolsonaro, o grande problema do Brasil não seja a corrupção, e sim a decomposição dos valores (família, segurança, religião) e o controle que a esquerda exerce sobre a vida social através da imprensa, da TV, etc.? Sua eleição foi uma “frente” de conservadores, liberais, religiosos e anticomunistas, além de um imenso eleitorado “pelo fim da corrupção”. Era evidente, todos sabíamos que essas forças não marchariam na mesma direção o tempo todo (mais ou menos como o PT no governo se tornou muito diferente do PT de 1980). Bem, pode ser que tenha chegado o momento da primeira depuração e, em nome de se fortalecer contra a esquerda (que está aliada ao Centrão), tenha decidido fazer concessões ao Centrão para que este pare de abastecer a esquerda e sua imprensa. Perde sua base “anti corrupção” mas avança contra a esquerda (e reforça, assim, sua base religiosa, severamente conservadora).
    É só uma especulação.

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    • Flm disse:

      O problema do Bolsonaro é a estatura. Ele tem 1 centímetro de altura. Qualquer um de 1,5 cm pra cima faz-lhe sombra. E ele não suporta sombra.
      Não vai sobrar nada senão as nulidades absolutas ou as estaturas negativas (sujeitos subterrâneos) à volta dele.

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  • LSB disse:

    A todas Vespas que depositam esperanças em um Governo Mourão:

    Em agosto de 2018, Mourão deu a seguinte declaração:

    “Temos uma herança cultural, uma herança em que tem muita gente que gosta do privilégio. Mas existe uma tendência do camarada querer aquele privilégio para ele. Não pode ser assim. Essa herança DO PRIVILÉGIO É UMA HERANÇA IBÉRICA. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena. Meu pai é amazonense. E a malandragem, Edson Rosa, nada contra, mas a malandragem é oriunda do africano. Então, esse é o nosso cadinho cultural. Infelizmente gostamos de mártires, líderes populistas e dos macunaímas”.

    (destaques em maiúscula meus)

    Como foi noticiado:

    “Vice de Bolsonaro diz que brasileiro herdou ‘indolência’ do índio e ‘malandragem’ do africano”
    (manchete do O Globo)

    “General Mourão liga índio à “indolência” e negro à “malandragem”
    (manchete da revista “Exame”)

    “País herdou indolência do índio e malandragem do negro, diz Mourão”
    (manchete do O Antagonista)

    “Vice de Bolsonaro, Mourão liga índio à “indolência” e negro à “malandragem”
    (manchete da Band.com)

    “Vice de Bolsonaro: “país herdou indolência do índio e malandragem do negro”
    (Revista Forum)

    “Mourão diz que país herdou “indolência” do índio e “malandragem” do negro”
    (manchete de Congresso em Foco – Uol)

    “General Mourão: “Brasileiro herdou indolência dos índios e malandragem dos negros”
    (Correio do Povo)

    “General Mourão: “brasileiro herdou indolência dos índios e malandragem dos negros”
    (Manchete no site da Rádio Guaíba)

    “Visão de Mourão sobre supostos malefícios da herança negra e indígena reproduz teorias racistas do Século19”
    (Manchete da coluna do Reinaldo Azevedo – Uol)

    Essas foram as manchetes de pesquisei agora. Lembro que, à época, vários outros articulistas, colunistas e jornalistas relataram o fato do mesmo modo (focando somente as partes referentes a negros e indígenas).
    Várias dessas reportagens sequer citavam o texto completo. Somente a parte dos negros e dos índios.

    Noves fora a análise sociológica do general, o ponto é que cortaram a parte referente à herança ibérica e publicaram o resto, acusando-o de racista (embora a crítica também englobasse brancos).
    Mesmo que a análise do destacado militar seja errada, ela não é racista. Ele critica todas as raças! (brancos, negros e índios)
    Mas se cortarmos o trecho referente aos brancos, a declaração se transforma em um declaração racista….

    Enfim, Mourão só está parecendo um erudito bastante ponderado e conciliador porque a imprensa percebeu que elogiar (ou não criticar) o Mourão constituía uma grande maneira de vilipendiar o Bolsonaro.
    (daí virou Mourão isso, Mourão aquilo, Mourão equilibrado, Mourão conciliador, Mourão estadista, etc.)

    Quando ele entrar, em 6 meses vocês irão se arrepender de “acreditar” em um “tosco” como o Mourão.
    Esqueçam o que o cidadão é de fato (qualquer um), pois ele irá parecer ser o que a imprensa desejar que pareça ser.

    Parafraseando Dante, “deixai toda esperança, ó vós que acreditais”…

    Abs
    LSB

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    • LSB disse:

      PS: o que não significa que Bolsonaro não seja tosco mesmo…
      Mas é até covardia bater no Bolsonaro…
      Com aquele jeito “sincerão”, com o estilo “bateu, levou” e com a linguagem popular que utiliza, esculhambar/derrubar o Bolsonaro é “mamão com açúcar”…

      Abs
      LSB

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      • A. disse:

        Prezado LSB:
        Vou desviar um pouquinho do tema do post para focar na sua observação sobre a imprensa e suas tendenciosidades.
        Contardo Calligaris escreveu na Folha (23/4): ” Bom, temos algo em comum, ele e eu. Ambos perdemos fé na democracia. Ele não quer STF nem Congresso, só Bolsonaro. Eu não sei se confio ainda num sistema pelo qual mais de uma vez, nos últimos cem anos, uma massa de canalhas se autodenominou “o povo”, vestiu a bandeira e, eventualmente, elegeu um canalha-mor providencial.”
        O “lead” (chamada de capa) do jornal escreveu: “O patriota exaltado e eu temos algo em comum.Perdemos fé na democracia. No meu caso, não sei se confio num sistema pelo qual uma massa de canalhas se denominou “o povo”, vestiu a bandeira e elegeu um canalha-mor providencial.”
        À parte eu ter sido chamado de canalha por Contardo (votei no Bolso), o “lead” omite maliciosamente a expressão “NOS ÚLTIMOS CEM ANOS”, o que inclui TODOS os Canalhas-mores eleitos de 1920 pra cá e não apenas o hóspede atual do Palácio da Alvorada.
        Abração!

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  • Ethan Edwards disse:

    É preciso ajustar as análises. Se Bolsonaro sacrificou Moro para fazer uma aliança com o Centrão, como dizem seus críticos, então não tem sentido falar em impeachment: sem Centrão, nenhum impeachment avança.
    Às vezes me parece que, quando as pessoas falam “o governo acabou”, estão falando, na verdade, da IMAGEM que o governo Bolsonaro construiu na campanha e na qual tanta gente votou. Do ponto de vista das relações de força, ou seja, da politica propriamente dita, o que menos se anuncia, com a saída de Moro, é um enfraquecimento do governo diante dos que efetivamente podem derrubá-lo. Sem Moro, o governo fica MAIS FORTE, pois pode atrair para o seu lado aliados que, com Moro no governo, jamais viriam.
    Continuo especulando, como veem.

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  • latebloomerla disse:

    Avaliações neste momento são precipitadas. Melhor aguardar e ver. Tome o exemplo do caso Mandetta. O Moro é um excelente juiz. Só isso.

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  • LSB disse:

    Prezados (as),

    Dado a quantidade de comentários que postei aqui e nos “posts” anteriores – e considerando a “linha” argumentativa dos mesmos -, vou fazer um “arrazoado” sobre como vejo o momento político de uma forma “mais ampla”.

    O governo Bolsonaro era, desde o início, “crônica de uma morte anunciada” (vai cair via impeachment ou será um prematuro “lame duck”), menos, até, por conta dele propriamente dito do que o que ele, de fato, representa.

    Primeira ressalva: Bolsonaro é tosco e, parece mais cada vez, também meio, ou inteiro, burraldo.
    Se tiro no pé fosse modalidade olímpica, ele seria tipo um “Michael Phelps” desse estranho esporte…
    Quando jogava bola com a molecada e alguém gritava que um determinado adversário estava desmarcado, um gaiato logo gritava “deixa que a natureza cuida”.
    No caso em tela, a oposição não precisaria (ou precisou) “marcar” muito o adversário… a natureza cuidaria (e, em grande parte, cuidou).

    Noves fora o “talento” de nosso presidente, a verdade é que, fosse quem fosse – liberal, conservador, religioso ou nacionalista -, dificilmente iria escapar de uma guerra de guerrilha suja e, por mais “liso” que fosse o distinto, fatalmente seria atingido com “mais gravidade” em algum momento.

    Amoedo, Meirelles e mesmo Alckmin seriam rapidamente “cooptados” e “enquadrados” – via “constrangimento”, “chantagens emocionais” e “ameaças de desqualificação” – a olhar o lado social”, a não “desmontar o Estado”, a assumir alguma bandeira LGBTQ ou de outra minoria qualquer, etc. etc. etc.
    (ou seja, ser mais do mesmo… pois sendo mais do mesmo, ninguém iria querer destronar…)

    Qualquer um que realmente tentasse (não que Bolsonaro tenha tentado muito, mas pelo menos chegou a representar uma “ameaça”) bater de frente tanto contra nossos históricos estatismo, patrimonialismo e intervencionismo (incluindo a sanha centralizadora e burocrática) quanto contra nossos mais recentes (mas também não tão “jovens” assim) socialismo e progressismo, iria ser massacrado…
    Disso não tenho dúvidas…

    O ponto é: a “direita” tinha a mínima noção do cenário massacrante que iria enfrentar?
    Penso que não… não mesmo…
    Pois se houvesse refletido sobre a questão (ou melhor, se tivesse percebido a questão) teria escolhido conscientemente uma das duas alternativas abaixo:

    – concluiria que o jogo seria muito sujo e sangrento e jogaria a toalha antecipadamente;

    – mesmo antevendo “sangue”, concluiria que essa batalha teria que ser lutada… nesse caso, bem, estaria disposta a ir para as “trincheiras”….

    Pois não há alternativa a essas acima.
    Se você concluir que “ir a guerra” não é aceitável, então nem entre…
    Se entrar, entre sabendo que vai ter que atirar…
    (não se entra em tiroteio com a Bíblia na mão… a palavra do Senhor não irá salvar… a não ser a alma… você vai para o Céu, mas você também vai… para o Céu).

    Quando observo o quão rápido a “direita” chegou à conclusão de que Bolsonaro seria incapaz de liderar ou de que não era adequado, preparado ou mesmo educado o suficiente para o cargo*, percebo que realmente a “direita” não tinha a menor noção da “bronca” que estava comprando…
    (de fato, o cidadão não parou de dar motivos para tanto, MAS o ponto é: uma vez que ele é seu “combatente”, é ele que tem que ser defendido… obviamente “cobrando a agenda prometida”, MAS defendendo o governo mesmo tendo que engolir sapos ou aceitar coisas que, idealmente, seriam inaceitáveis… é uma guerra, meu… “cobrar” pela defesa, sim, MAS defender…)

    Daí que chego a outro ponto mais distante no tempo: impeachment da Dilma.
    Sou antipetista desde 1989 (na verdade, desde que conheci o PT) e fraude contábil (como a que nos foi presenteada por Dilma) é um dos maiores, se não o maior, crime que um gestor pode incorrer (até mesmo porque o roubo, via de regra, é encoberto por uma fraude contábil).
    Ainda assim, tenho que confessar uma coisa: não bati panela, não fui para as ruas e SE me fosse dado o poder de decidir, estaria inclinado a deixá-la no cargo.
    Isso porque deixar a Dilma no cargo significava matar dois coelhos com uma paulada só.
    (e sem contar o lado hipócrita da coisa toda, uma vez que a Fiesp de Paulo “Hay gobierno, soy a favor” Skaf, que foi uma das lideranças do impeachment, também tinha sido uma das maiores incentivadoras – ou além disso – da “nova matriz econômica”).

    Enfim, o Brasil iria arriar com as quatros rodas, MAS duas pestes seriam feridas de morte: o esquerdismo e o Estado brasileiro.
    Salvar o Brasil seria somente salvar o Leviatã, a “privilegiatura”, a “esquerda”…
    Isso era óbvio!!!
    E aconteceu como o esperado!

    Dilma no cargo significava o Brasil quebrar. Mas isso quebraria a espinha dorsal do nosso Estado tirânico e mastodôntico. E, de quebra, levaria a esquerda junto!
    Melhor impossível!

    Assim, “salvar” o Brasil seria mesmo essa caçapa cantada:
    A economia, por inércia, continuaria ruim após Dilma sair… as “reformas” feitas à beira do abismo seriam, obviamente, somente suficiente para manter o “paciente vivo”…
    (não há uma concepção genuinamente liberal do Estado e da economia no seio da sociedade brasileira… não se vai muito longe com reformas” liberais” no Brasil… a “distância” máxima alcançável equivale somente a “queimar o filme” do liberalismo sem quase resultado concreto nenhum exceto a “queimação de filme”… no máximo do máximo faz “salvar” o Brasil; ou seja, faz o pior possível: “queima o filme do liberalismo” – econômico e político – não muda nada e faz papel de “bandido” ao manter o “bandido” vivo!)

    Daí o resultado também já era óbvio: o discurso de golpe e a dupla acusação de quem seria o responsável pela crise ou por não solucionar a crise…
    E no meio, ainda, a disputa política não econômica (questões sociais, de costumes, de minorias, etc.) – e considerando, obviamente, que “the winner takes all”…

    Em suma… “tirar o PT” e dar novo “rumo ao Brasil” implicava (e implica) em uma verdadeira guerra política: suja, nauseante e recheada de pecados…
    Se não temos estômago e, principalmente, SE TIVÉSSEMOS consciência de que não temos estômago, então deveríamos ter deixado o Brasil implodir com a Dilma…

    No mais, só serviu para adicionar mais quentura à panela de pressão…
    os lados estão mais agressivos, todos estão mais decepcionados, todos estão se acusando mais, os “golpes” estão cada vez mais baixos, a situação econômica e a fiscal bem como o “conflito distributivo” ficam a cada dia mais impossíveis de serem solucionadas/equacionadas, a hostilidade é crescente, a impaciência também, etc. etc. etc.

    O Covid vai ser, então, o catalisador dessa implosão… e Bolsonaro, com sua destreza política, vai poupar qualquer trabalho a seus inimigos/adversários…
    (e a “direita” que não se iluda: ou aceita que precisa “sujar as mãos” ou aceita a tirania)

    Abs
    LSB

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    • A. disse:

      Não tenho mesmo (sem falsa modéstia) gabarito pra entrar nessa conversa. Mas a título de aprendizado e pegando carona gratuita nos seus conhecimentos: existe, em algum lugar, uma direita organizada?
      Me parece que ser de direita é evitar o que a esquerda faz com arrojo e despudor: cooptação e doutrinação.

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      • LSB disse:

        Caro A.

        “existe, em algum lugar, uma direita organizada?”

        Pessoalmente, nem acho que exista “direita”, exceto se a definirmos, mais ou menos como você faz, como “anti esquerda”.
        O ponto é que existe o liberalismo clássico e o conservadorismo.
        Ambos são agrupados como “direita”, mas, de fato, ainda que “andem juntos” em várias questões, o liberalismo e o conservadorismo partem de premissas quase antagônicas e, portanto, também apresentam sensíveis discórdias.
        Penso que é até por isso que não se consegue organizar a “direita” em qualquer lugar do mundo…
        (outro dia lembrei que um chiste antigo dizia que a “esquerda só se unia no cárcere”, mas que, no meu entender, “a direita nem no cárcere”).

        Abs
        LSB

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      • Alexandre disse:

        Olá, LSB.

        Meu pitaco: a direita é mais complexa e menos monolítica do que a esquerda – por definição.

        Talvez seja nos EUA, no Partido Republicano, onde ela (liberais clássicos e conservadores, basicamente) conseguiu se agrupar melhor. (E vamos lembrar que mesmo no Reino Unido os conservadores torciam o nariz para o liberalismo da Thatcher..)

        Mas aqui no Brasil essas “fronteiras” são menos nítidas.

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      • LSB disse:

        Caro Alexandre,

        Há muito tempo eu vinha classificando todas as correntes políticas do século XX como variantes da “esquerda”.
        Assim, o nazifascismo seria uma variante do socialismo/esquerda.

        De fato, há algumas diferenças entre as correntes políticas que dominaram o século XX (no que diz respeito às tradições, ao nacionalismo e às religiões, por exemplo), mas sempre percebi as semelhanças como sendo muito maiores (antiliberalismo, anticapitalismo, anti individualismo, anti liberdade de expressão, estatismo, etc.).

        Mas no final de semana passado acabei de ler um livro que, de certa forma, mudou minha opinião.

        O livro, que recomendo fortemente para quem deseja entender melhor a evolução das correntes políticas a partir do século XVIII, chama-se “Explicando o Pós Modernismo: Do ceticismo ao socialismo – De Rousseau a Focault” (Stephen Hicks).

        A obra, entre outras (audaciosas) “teses” propostas, caracteriza uma corrente política que o autor chama de “direita socialista” (que Mises chamou – ou alega ter sido por outros chamada – de “socialismo alemão”).
        Nesse contexto, o autor caracteriza essa direita como “socialista” sim (anticapitalista, antiliberal, pró socialização dos meios de produção e, principalmente, da riqueza), PORÉM não esquerdista (ou seja, não racionalista, não iluminista e sim tradicionalista e “anti racional”).
        De fato, para o autor, o socialismo não está limitado à esquerda (a tradicional marxista, a esquerda americana de Paine, o socialismo fabiano, a social democracia e a Escola de Frankfurt, entre outras variantes).

        De qualquer forma, a evolução relatada (origens, transformações, etc.), na citada obra, dessa corrente política que o autor denominou “direita socialista” (ou socialismo alemão) completou uma “lacuna” no meu entendimento sobre a evolução das correntes políticas entre o século XVIII e o século XX.
        Era, de fato, uma “peça” que me faltava para entender esse quebra cabeça.
        Enfim, mudei minha forma de classificar as correntes políticas que chegaram ao século XX: de algo que eu considerava uma variante da esquerda (por ser socialista e anticapitalista), hoje considero que se trata de uma “direita socialista” (que é socialista, mas não de esquerda.. ou melhor dizendo, não derivada do liberalismo clássico – que é de onde a “esquerda” surgiu).
        (e o liberalismo clássico não teria nada a ver com essa “direita” como também o “conservadorismo” seria, nesse caso, uma “direita conservadora”).

        Concluindo, a obra é muito interessante pelo “relato” que traz da evolução dessa “direita socialista” (que, na minha ignorância, constituía uma “peça faltante” no quebra cabeça).
        Recomendo, então, para quem deseja entender melhor as diferenças entre as correntes políticas existentes no século XX e o motivo de tanta confusão na classificação de tais linhas políticas.

        Abs
        LSB

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      • LSB disse:

        Uma “correção”:

        Onde se lê:

        “(que é socialista, mas não de esquerda.. ou melhor dizendo, não derivada do liberalismo clássico – que é de onde a ‘esquerda’ surgiu).”

        Bem mais preciso e “correto” seria dizer:

        “(que é socialista, mas não de esquerda.. ou melhor dizendo, não derivada do ILUMINISMO – que é de onde a ‘esquerda’ surgiu).”

        Isto porque as correntes políticas que podem ser classificadas como “esquerda” estão (derivam) bem mais para (de) Hobbes e Rousseau do que para (de) Locke e Montesquieu…

        Abs
        LSB

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      • LSB disse:

        Sendo preciosista:

        (desculpe-me, mas a singela intenção é somente esclarecer o máximo possível)

        “(…)
        Bem mais preciso e ‘correto’ seria dizer:

        ‘(que é socialista, mas não de esquerda.. ou melhor dizendo, não derivada do ILUMINISMO – que é de onde a ‘esquerda’ surgiu).’

        Isto porque (…)”

        1- tanto as correntes políticas que podem ser classificadas como “esquerda” estão (derivam) bem mais para (de) Hobbes e Rousseau do que para (de) Locke e Montesquieu;

        2 – como também a “direita socialista” retratada na obra não teria origem no Iluminismo.

        Abs
        LSB

        PS:
        “Mas aqui no Brasil essas ‘fronteiras’ são menos nítidas.”

        O desentendimento do brasileiro médio acerca das correntes políticas derivam:

        a) de escolas que são verdadeiras “madrassas”, pois não querem ensinar nada, mas tão somente esconder e sonegar informações, criar “confusão” e forçar um “pensamento único” (sem muito “espaço” para visões divergentes do estatismo/socialismo/progressismo ou “progressismo social estatista”); e

        b) de uma certa “falta de vontade”, de uma certa “preguiça” ou “indolência”, “desleixo”, “descaso”, “displicência”, “indiferença”, “desinteresse” ou “apatia” (temperadas com um pouco de “presunção”, “soberba”, “empáfia” e “pedantismo”) do brasileiro em geral em querer “estudar”, ouvir, pesquisar, ler, refletir, ponderar, julgar e “aprender” sobre tal temática (filosofia política).
        E digo isso, obviamente, das classes mais altas (das quais se esperaria mais “protagonismo”, “bom senso”, “envolvimento político”, “cultura”, “preparo” e “conhecimento”, por assim dizer).

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      • Alexandre disse:

        Olá, LSB.

        Já se fez a distinção como sendo apenas entre liberais e antiliberais. Insuficiente, no meu entender. Há mais “eixos” a considerar.

        Entendo, hoje, que se trata de hierarquizar valores – liberdade, igualdade e ordem, basicamente – para sistemas sociais a partir de concepções sobre as possibilidades cognitivas e morais dos seres humanos (tal como as descreveu Thomas Sowell, no seu “Conflito de Visões”).

        Coincidentemente, o livro do Hicks já estava na minha “pilha da pandemia”. Depois da sua dica, vou colocá-lo na parte de cima.

        Um abraço.

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    • carmen leibovici disse:

      LSB,eu achei ingênua a sua opinião de que havia a possibilidade de manter Dilma no poder e de que as consequências teriam sido “apenas”o País arrear(imagino que você se refere a situação econômica e social de pobreza).
      Se Dilma e PT tivessem permanecido no poder mais uns dias,bye bye Brasil.Dilma estava vendendo até estoques de feijão que alimentam população brasileira para dar dinheiro e prover investimentos em infraestrutura em Cuba,Venezuela,alguns países africanos entre outros comunas ladrões.
      O PT aparelhou todas as máquinas administrativas do País,raspou todos os tachos,enfim,estávamos a passos curtos da Venezuela,ou pior ainda.Estavamos numa situação muito pior do que a que fez com que o regime militar fosse instaurado no Brasil em 64.
      Dilma e o PT TINHAM que cair fora e o povo todo não teve a menor dúvida a esse respeito.Por isso ela foi impichada.
      Bolsonaro foi um azar que a substituiu e ao PT.Podia ter se candidatado coisa melhor .Bolsonaro deu sorte de ter conseguido emplacar como o ” mito”,talvez com ajuda de fakenews e robôs,pagos por empresários que não prestam,e que agora o STF quer investigar.Por isso Moro caiu.Simples assim.

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      • Carmen Leibovici disse:

        Eu me enganei.Dilma não vendeu estoques de feijão garantidores da alimentação dos brasileiros:ela DEU isso para países “comunistas”sem vergonhas,amigos dela.

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      • LSB disse:

        Prezada Carmen,

        Entendo seu ponto e, de fato, não posso afirmar com certeza absoluta de que o Brasil não iria se tornar uma Venezuela, MAS…

        1 – Acho difícil isso acontecesse (ou que venha a acontecer). A Venezuela é um país pequeno. Cuba menor ainda. O Brasil é continental. A dinâmica política é diferente e mais “complexa”.
        Dentre os países continentais do mundo, Rússia e China foram (e a China ainda é) regimes totalitários.
        Isso “prova” que o país “gigante” pode ser tiranizado, MAS penso que é muito, mas muito mais difícil do que um país pequeno. Enquanto em Cuba meia dúzia de guerrilheiros conseguiram tomar o poder e na Venezuela o regime autoritário é mantido com competência “zero”, um país continental, para ser tiranizado, necessita de tiranos muito competentes e uma máquina de repressão gigantesca e ultra eficiente.
        Penso que no Brasil não surgiria essa máquina de repressão tão eficiente e tão rapidamente. Nem haveria tirano (e a quadrilha associada que é necessária para implantar uma tirania) tão “competente”, tão “frio” e tão “sanguinário” quanto seria necessário à empreitada.
        Para nossa “sorte”, penso (acho) que os Lulas, Dilmas e Dirceus da vida não “chegam aos pés” de Fidel, Stalin, Pol Pot, Mao ou Lenin em termos de malignidade e perversidade.
        Talvez seja uma avaliação inocente de minha parte, mas penso que o brasileiro não é tão passivo quanto parece (não é que não seja, mas só não é tanto quanto parece).
        De fato, ao invés de revolução, preferimos esculhambação (mas isso não deixa de ser uma forma de “revolta”).
        Costumo dizer que, se para a guerra existe a guerrilha, para a revolução há de haver a “revolucilha”.
        Se a guerra apresenta lados bem definidos (uniformizados inclusive), batalhas espacialmente delimitadas e objetivos claros, a guerrilha é mais “nublada”, “indefinida” e “errática”: os combatentes não são uniformizados e se misturam na população, as batalhas são mais esporádicas e “espaçadas” ou “aleatórias” geograficamente, os objetivos são mais confusos ou “abrangentes”, etc.

        Assim, penso que se a revolução implica em um grupo organizado que parte para uma batalha bem definida (tomar um palácio, por exemplo) e tem uma meta razoavelmente definida (implantar o comunismo, por exemplo), a “revolucilha” apresenta, em relação à revolução, as mesmas variantes da guerrilha em relação à guerra: não é um grupo organizado – pelo contrário é toda a população dando sua contribuição -, as batalhas não são sequer delimitadas (pois tratam-se de atos diários de todos nós) e não há meta clara a não ser própria “sobrevivência”.
        Daí que nossa revolução não é armada, é via esculhambação. Nós esculhambamos as leis, os regulamentos e a sociedade como um todo.
        O fenômeno “lei que pega e lei que não pega” é sintomático.
        Um americano, diante da lei inexequível, talvez vá à guerra… Nós, não… Nós simplesmente não cumprimos!
        O americano faz questão que a “lei” reconheça que ele está certo (e isso, moralmente, é extremamente ao americano, ao inglês, ao alemão). E, se for preciso, ele pega em armas para tanto.
        Nós não. Simplesmente esculhambamos: não cumprimos a lei e ela “não pega”.. e não estamos preocupados com as implicações morais de descumprir a lei….
        Enfim, o brasileiro faz “revolucilha” (e acho que aprofundaria a prática caso um governo tentasse passos mais “autoritários”).

        2 – Nada obstante o escrito no item 1, também acho que SE EXISTIU (ou existe) o risco de virarmos uma Cuba, não era a saída do PT que eliminaria tal risco (talvez até tenha aumentado, mas volto a esse ponto no item 3).
        Isso porque o problema não é(era) o governo eleito, mas sim a máquina pública.
        Ela foi aparelhada nos últimos 30 anos no mínimo (Emil Fahrat, em “O País dos Coitadinhos”, já “reclamava” dos socialistas/comunistas infiltrados na máquina pública na década de 1960 e, ainda por cima, situava o início desse aparelhamento na década de 1940/1950). Após a Constituinte, o aparelhamento foi de vento em popa.
        Não é difícil compreender o processo: basta criar um órgão para atender uma finalidade de cunho socialista (ou atribuir esta finalidade a um já existe) que, inevitavelmente, o (próximo) concurso para provimentos de cargos selecionará pessoas com o perfil adequado à missão institucional (no caso, se a finalidade é de cunho “coletivista” ou “socialista”, serão esses tais os selecionados – já que são os “especialistas” no assunto, já que a conhecimento cobrado no concurso será de livros, teses e filosofias político-administrativas que afirmam tais pressupostos, etc.)
        Acho que foi inocência da “direita” achar que bastaria tirar o PT e eleger alguém conservador ou liberal e os problemas acabariam. De fato, começariam: noves fora a capacidade de autoflagelo do Bolsonaro, qualquer um da “direita” teria toda (ou a grande parte para ser mais justo) máquina pública como inimigo (os erros nos decretos do MEC não foram meros “acidentes”).
        Então, se existia esse risco (virar Cuba ou Venezuela), ele ainda continua a existir.

        3 – E talvez tenha até aumentado, uma vez que “parece que o perigo passou”. O segredo do Diabo é fazer crer que ele não existe.
        Assim, estivesse o PT no governo, a sociedade estaria mais atenta. Mas saindo o PT, muitos tendem a agir como se o “perigo” já tivesse sido extirpado. Só que não… nosso judiciário, por exemplo, é um antro de esquerdismo (exceções existem, é claro)… todas as teses que poderíamos classificar de forma generalizante como “esquerdistas” (ou liberal progressistas) são esposadas sem sequer noivado antes…
        Enfim, o Estado brasileiro é o verdadeiro “inimigo” da democracia liberal e não o PT (que é só produto disso).

        Por fim, outro ponto:

        “as consequências teriam sido ‘apenas’ o País arrear (imagino que você se refere a situação econômica e social de pobreza)”

        Primeiramente, as consequências não se limitariam à questão econômica, pois essa derrocada econômica seria tão grande que produziria mudanças políticas necessariamente (o federalismo brasileiro teria que ser revisto pelo simples motivo que ele estaria implodido).
        Nesse ponto, ressalto que, por conta do Covid, creio que isso acontecerá agora (e aconteceria de qualquer maneira, ainda que fosse bem mais lentamente e, de certa forma, imperceptível).

        Por outro lado, gostaria de ressaltar que a pobreza talvez aumentasse, mas não sou tão “sem coração” a ponto de não me importar com isso.
        Apenas acho que os pobres, ainda que isso desafie o “consenso” e a percepção geral, não seriam os mais prejudicados.
        De fato, o pobre no Brasil já é acostumado a fazer bico, morar de favor, pedir emprestado para o vizinho, etc. etc. etc.
        Assim, acho que o “afundamento” do navio não impactaria (e não impactará, já que acho que ainda vai acontecer) tanto os pobres como iria (ou virá a) impactar a classe média alta (estatisticamente falando).
        Esta sim que, apesar de que não viria (virá) a “passar fome”, perderia (perderá) seu “reinado” (são os empresários ineficientes, são os funcionários públicos de “elite”, etc.).

        Abs
        LSB

        PS: sobre as Fake news mencionadas, comentarei adiante…

        PS 2: reafirmo, Bolsonaro ganhou porque era o único que tinha uma “imagem” de brigador e antiesquerdista e o povo queria isso.
        Não havia nenhum outro com esse perfil (Amoedo, Alckmin, Meirelles são muito mais conciliadores com o “sistema” do que brigadores).
        Se o Dr. Enéas Carneiro estivesse vivo, ele seria o presidente eleito no primeiro turno, com mais de 60% dos votos e Bolsonaro seria somente um Cabo Daciolo.
        (Enéas tinha o perfil brigador e antiesquerda – tal como o demandado -, MAS, ao contrário de Bolsonaro, era muito mais articulado, muito mais preparado intelectualmente – ainda que você não concordasse com a opinião dele, tinha que reconhecer que ele fundamentava tais opiniões e também muito mais educado – ainda que comprasse polêmicas e brigasse, não apelava para palavras de baixo calão e xingamentos e provocações vazias).

        PS 3: não que eu gostasse do PT no poder. Longe disso. O crime da dona Dilma foi “imperdoável”.
        Mereciam, enfim, ser defenestrados, MAS… acho que na política às vezes temos que fazer o oposto do que gostaríamos de fazer ou do que achamos que é o que tem que ser feito (pode parecer contraditório, mas o fato é que a dinâmica política não é linear e, daí, muitas vezes para se dar um passo “adiante” é necessário um passo “atrás”).

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    • Eu não tenho “estômago” pra isso…

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    • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

      O fato é que muitos dos envolvidos com governos e políticas no Brasil não sabem planejar, não sabem administrar não sabem respeitar as leis – e mesmo que quisessem, a maioria delas é um frangalho, muito mal regulamentadas, sem contar o Judiciário dominado por interesses muito deploráveis -, entretanto são especialistas em acordos e conchavos abomináveis para manter com muita catimba a bola rolando, incluindo as mordomias em todos os níveis, não somente as da privilegiatura. Pero que si, pero que no… até os mais sábios e experientes tem surtos de velhacos. Os melhores, por serem exemplares, são transformados em carta fora do baralho dos jogos pelo poder a qualquer custo.Maquiavel funciona quando o príncipe tem condições de assimilar intelectualmente as boas orientações e não é boneco em mãos sabe-se lá de quem.
      O Brasil é a única República surrealista-kafkaniana-catimbeira que eu pensava conhecer. Estamos mais perdidos que cachorro esquecido em dia de mudança. O Juscelino fez o planejamento de metas e cumpriu, o regime militar teve seu planejamento visando a infraestrutura de energia, transporte rodoviário e construção civil e cumpriu, mas atualmente o que assistimos é somente conchavos pelo poder e as reformas econômica e fiscal nem sequer tiveram seu andamento bem planejado e caíram no tacho das barganhas espúrias. Falta vergonha na cara dos tais representantes do povo – há exceções -, falta responsabilidade e falta respeito ao bem comum que já virou trapo em boca de vampiros. O povo, ora o povo, e a Lei, ora a Lei. Nossos governos se tornaram uma farsa e muitos propõe resolver tudo à bala arrasando com tudo sem discriminar o certo do errado, o legal do ilegal, o justo do injusto, o supérfluo do desnecessário, tornando a tudo e a todos tabula rasa. Pobre rico Brasil, ainda não sabe quem é e o que quer para si!

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      • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

        Ops! Corrigindo meu texto acima: … o justo do injusto, o supérfluo do necessário… !

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    • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

      Caro e incansável LSB, há um preceito judaico, não me lembro se escrito no Talmud, que ensina: “O judeu deve ser o último a ir para a guerra e o primeira a voltar dela”. Por que todas as religiões pregam o pacifismo, a não beligerância por princípio, se na prática muitas praticam as guerras e perseguições político-doutrinárias. Afinal, guerra ou paz? Paz por princípio e guerra por conveniência e disputas pelo poder mundano?

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      • LSB disse:

        Prezado Herbert,

        Entramos em questões complicadas aqui.
        Saltamos da planície da política do dia a dia – idiossincrática e particular – para a “estratosfera” da reflexão política.
        Mas vamos lá:

        ” ‘O judeu deve ser o último a ir para a guerra e o primeira a voltar dela’ ”

        A questão é que nesse próprio ensinamento está a assunção implícita de que se deve ir a guerra (ainda que restrito à condição de ser “o último a entrar” e o “primeiro a sair”).
        Quando somos o último? O que significa ser o último?
        Se um vizinho atirar um papel de bala no seu quintal é justificado metralhar o distinto só porque foi ele que começou (no caso, o senhor seria o último a entrar na guerra)?
        Pode-se argumentar que o ato de jogar um papel de bala não é um ato de guerra, MAS quando uma ofensa passa a ser?
        Se o vizinho nos xingar todos os dias já temos a justificativa para contra atacar alegando ser o “último a entrar na guerra”?
        E se ele nos roubar?
        Todos os pensadores e “filosofias políticas” (incluindo as religiosas) admitem que, sob “certas circunstâncias”, a guerra, a revolta e a revolução são justificadas.
        (Edmund Burke, pai do conservadorismo, tanto provocado por Thomas Paine, acabou admitindo que uma revolução podia ser justificada… mas, para ele, somente uma revolução “conservadora”, ou seja, para repor a Nação nos trilhos quando é desviada por “engenheiros sociais” que não respeitam a tradição).

        Enfim, na teoria é “fácil” justificar a guerra (por exemplo: se você for o último a ir e o primeiro a sair, ok segundo o trecho do Talmud citado pelo senhor).
        Mas, na prática, como definir tais limites e referências?
        (Ou, de modo contrário, na teoria é muito “fácil” justificar a paz, mas como preservá-la, sem recorrer à violência, ser você for atacado?)

        Eu penso muito sobre essa questão e a única baliza que consegui rascunhar é mais ou menos essa mesmo: não seja o primeiro a ir para guerra; tente evitá-la de todas as maneiras e só vá quando seu desespero for literalmente insuportável.

        “Por que todas as religiões pregam o pacifismo, a não beligerância por princípio, se na prática muitas praticam as guerras e perseguições político-doutrinárias”

        Isso não é “problema” das religiões, mas sim do Homem.
        De fato, religiões já mataram muito em nome de Deus, mas nunca mataram em nome do ateísmo e ou para derrubar a burguesia.
        Jamais você verá um comunista matando em nome de Deus, mas sempre haverá um comunista querendo estrangular o último empresário com as tripas do último padre.
        Todos – não só as religiões – pregam o pacifismo, MAS todos também recorrem (ou caem) à (ou na) beligerância.

        Abs
        LSB

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      • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

        Prezado LSB, agradeço-lhe a atenção e passo a conhecer um pouco mais de sua cultura. Fui um “coroinha (acólito)” um tanto estranho, ia às missas e às vezes aos cultos da igreja luterana de meu pai que muitas vezes acompanhava minha mãe quando ela ia às missas. Aqui no Brasil muitos dizem praticar uma religião ou seita, etc… mas no dia a dia, da porta do “templo” para fora a teoria que praticam vai de acordo com as circunstâncias da sobrevivência, por escolha ou por imposições sociais. Por isso penso que a maioria de nós prefere a difícil e morosa via democrática para as soluções dos nossos problemas político-econômico-administrativos. Mesmo a revolução de 1964 não tomou proporções beligerantes tão agressivas com vultoso derramamento de sangue e é lamentável que houveram escaramuças a nível de torturas e pesadas perseguições, de ambas as partes.As disputas ficaram mais no plano político, econômico e social, e até as igrejas se posicionaram em relação aos fatos.Realmente observo que pegar em armas não é o interesse da maioria dos brasileiros; talvez o seja de grupos internos e externos que tenham interesses escusos em relação a nossas riquezas. É certo que para tudo existem limites de tolerância, mas quando alguns falam que somente mudará a situação se for à bala creio que é mais retórica que ânimo beligerante para fazê-lo. Temos que valorizar o raciocínio e saber encontrar as ações adequadas para desmontar o que há de errado e podre na vida nacional; mas evitar que novamente aconteçam fatos como aquele em Canudos onde homens e mulheres, anciãos, famintos, doentes e crianças foram massacrados, num horroroso episódio que marcou o Império Brasileiro, talvez até fruto das fake-news da época.
        O povo brasileiro não é covarde, apenas cansou-se de ser enganado e não embarca abestadamente em aventuras bélicas,talvez até demonstrando responsabilidade com as coisas mais importantes como a vida -mesmo que dura – e a família. Lembro que o papel da FEB nos campos de batalha da Itália foi elogiado pelos inimigos da época Faço votos que a atuação parlamentar entre todas as classes, facções,grupos políticos diversos encontrem as soluções necessárias com base em leis aceitas por todos, até pelos tribunais, e com as garantias das forças armadas previstas na Carta Magna. Já imaginou se todo o povão sair – depois de passada essa fase do covid-19 -e entupir as ruas e praças diariamente e pacificamente – sem blackbestas – exigindo o que lhe é de direito? Tenho certeza íntima que a situação começará a mudar. Aqui as igrejas poderiam fazer seu papel de mediadoras para a paz, o progresso do Brasil e a defesa das famílias. Estar preparado para uma eventual guerra não significa que se deva realizá-la, o preparo é para que ela não aconteça. Na situação atual do Brasil ficamos todos preocupados com eventuais descaminhos provocados por maus políticos, empresários oportunistas e cidadãos desesperados.

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      • A. disse:

        Para “Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut (25 de abril de 2020 às 23:52”)

        Dr. Herbert: olha a extensão de sua resposta ao sr. LSB! Até lhe fez elogios (mais que merecidos – até me associo!).
        Mas há algum tempo o sr. me criticou ferozmente por não publicar meu nome e disse que não debateria com anônimos!
        Mudou de opinião? Espero que sim!
        “Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut”, “LSB” e “A.”, numa área de comentários de um blog, são todos “pardos”, se é que me entende!
        Abraço e um ótimo domingo!

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      • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

        Caríssimo “vespa” A,, um bom domingo para o senhor também, extensivo aos seus familiares. Certamente não somos “pardos” como citaste, mas há uma passagem na Bíblia que diz que os homens perdem a capacidade de descortínio das situações por um minuto ao dia. Por isso as colocações jocosas, em comentários que fazemos aqui, podem ser um tiro pela culatra e danificar o conteúdo “provocador” excelente do comentário. No Brasil temos o hábito de rotular as pessoas, as vezes de modo pejorativo e até com malícia , sendo que a maioria das vezes relevamos. Releia alguns (Novo post) anteriores e repare o tiroteio entre pessoas cultas que aqui opinam, parecendo um bando de caquéticos e neurastênicos, causando até risos nos demais vespas. Depois se reconciliam, meio não querendo dar o braço a torcer não reconhecendo as extravagâncias verbais.
        Fica muito fácil discernir quem existe em carne, osso e alma, bastando consultar as redes sociais, podendo até encontrar fotografias.Tens todo o direito de se apresentar em redes sociais como “A.”, e como já escrevi anteriormente aqui no Vespeiro.com muitos o fazem para se proteger, principalmente jornalistas em tempos de governo Bolsonaro; se bem que muitos que se dizem bons jornalistas agredidos e perseguidos não tem o mínimo de boas maneiras, lhaneza e diplomacia, acabando por buscar respostas usando frases muito agressivas contra o entrevistado, como já vi acontecer com relação ao próprio Bolsonaro, que sabe capitalizar muito bem o fato para lançar críticas, em auto-defesa, contra a imprensa toda. Os debates aqui no Vespeiro.com são às vezes muito inflamados, muito provocativos e produzem excelentes análises com múltiplos contrapontos, com os quais temos muito a evoluir.
        Precisamos todos ter em mente que não somos inimigos, ao contrário opinamos pelo bem de todos, principalmente o maior: o Brasil.
        Explosões de ânimo opinativo sim, mas com lhanez no trato, diplomacia, e tenho certeza que concordamos todos com isso,
        Fico a imaginar o que o brasileiro de senso mais comum de hoje sente com relação a tudo isso que acontece por aí e que nada agrega à visa deles. O povo está furioso, cabe aos mais letrados cuidar melhor de cada atitude ou palavra que externar, pois o momento obrigo, senão vamos todos ficar caquéticos.
        Temos que catalizar nossas energias e o que de melhor possamos fazer para, como hoje saiu no editorial do Estadão (A necessidade da utopia, A3,Notas &Informações): “… de líderes que procuram instilar na populaçãoo sentimento de coletividade, do pertencimento verdadeiramente patriótico” para olhar os acontecimentos do presente e semearmos o futuro.

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      • LSB disse:

        Prezados A.

        ” ‘LSB’ e ‘A.’, numa área de comentários de um blog, são todos “pardos”, se é que me entende!”

        Pois é, a gente até poderia ser a mesma pessoa emulando personalidades diferentes… kkkkkk
        Só que não… não somos a mesma pessoa…
        O que nada impede de alguém tentar se passar por LSB, A. ou mesmo Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut…
        Noves fora o email que colocamos para publicar o comentário (que acaba sendo um filtro/um elemento verificador – ao menos para o Fernão), temos que dar crédito pelo estilo literário de cada um, não?

        Caro Herbert

        “Realmente observo que pegar em armas não é o interesse da maioria dos brasileiros (…)”

        O brasileiro não tem espírito beligerante. Como já falei, acho mais provável a gente fazer avacalhação (“revolucilha”) do que revolução.

        “(…) talvez o seja de grupos internos e externos que tenham interesses escusos em relação a nossas riquezas.”

        Não vejo esse risco como relevante.
        Ninguém vai invadir o Brasil.
        País continental não se ocupa facilmente.
        Para explorar qualquer riqueza aqui, você precisa de indústria, estradas, segurança pública, portos, etc.
        Se alguém invadir querendo “explorar” riqueza, vai ter que administrar o Brasil… e nem a gente consegue kkkkkk
        (sem contar que teriam que manter um aparato militar gigantesco, para dizer o mínimo, para manter o controle e evitar rebeldes, reagrupamento de forças, etc. etc. etc.)
        Invadir o Brasil é, no mínimo, “mico”…
        Ou, economicamente falando, muitíssimo mais providencial o Brasil se desenvolver e vender commodities, fazer comércio, comprar dos gringos, abrir para empresas estrangeiras, etc. (ou seja, mais vantajoso economicamente o Brasil se desenvolver).
        Mas, veja bem, o Brasil se desenvolver é mais vantajoso ECONOMICAMENTE para as potências mundiais…
        Obviamente, não é nada vantajoso do ponto de vista GEOPOLÍTICO!!!!
        Assim, temos:

        – Se o Brasil se desenvolve mais rapidamente, os países avançados e industrializados ganham economicamente, mas perdem muito ao ganharem um adversário geopolítico (e, possivelmente, militar) de “peso”;

        – Se o Brasil continua encalhado no meio do caminho do desenvolvimento, os países avançados e industrializados ganham bem menos economicamente, mas não correm o risco que ganharem um adversário geopolítico (e, possivelmente, militar) de “peso”.

        Entre perdas e ganhos, penso que os países avançados, no que podem (puderam) “colaborar”, preferem (preferirão) “ajudar” (muito) mais a segunda hipótese a se concretizar do que a primeira.

        Em outras palavras, não vejo muito risco de gringos quererem “roubar” nossas riquezas. Pelo contrário, vejo muito mais risco em gringos quererem atrapalhar a gente usar nossas riquezas.
        (embora eles não precisem fazer quase nada, a gente mesmo consegue se enrolar sozinho).

        “É certo que para tudo existem limites de tolerância, mas quando alguns falam que somente mudará a situação se for à bala creio que é mais retórica que ânimo beligerante para fazê-lo. (…) O povo brasileiro não é covarde, apenas cansou-se de ser enganado e não embarca abestadamente em aventuras bélicas”

        De novo, não creio que surgirá qualquer movimento revolucionário organizado no Brasil (e nem torço para isso).

        MAS, considerando nosso “conflito distributivo” – escancarado na problemática questão fiscal (e que com a Covid vai se tornar insolúvel) – associado à falta de um “consenso político” sobre para qual modelo político-econômico devemos caminhar (reforma necessária do Estado) – conforme discorreu o sr. Fernando Lencioni em outro post (“…aparecimento de um movimento jurídico filosófico que desenvolve novas teses que veem a ser abraçadas pela ampla maioria da população.”) -, penso que estamos caminhando para ser uma Nação “falida” e que se tornará ingovernável (ou muito próxima disso).
        (polícias em greve constantemente, hospitais fechados, “calotes” em série, etc. etc. etc.)
        Em uma situação como essa as reações são imprevisíveis. Conflitos, ao menos de “pequeno porte” e localizados no espaço e no tempo, não são cenários descartáveis.
        Daí que penso ser grande a chance de os militares intervirem (ao menos para tentar fazer o “clinch” político).

        Não é isso que desejo, mas é assim que vejo o país caminhar…
        Na impossibilidade de se formar um “consenso” político para mudar o Brasil por “bem”, a “natureza” vai mudar pela “dor”.

        “Já imaginou se todo o povão sair – depois de passada essa fase do covid-19 -e entupir as ruas e praças diariamente e pacificamente – sem blackbestas – exigindo o que lhe é de direito? ”

        Não há consenso sobre o que exigir. Vamos ser realistas: nós, apoiadores/defensores do voto distrital puro e recall, não passamos de um exército de Brancaleone (algum “milagre” pode nos fazer “populares”? Sim, mas não é provável…).

        E, nova constituinte, todo mundo quer, MAS ninguém sabe como fazer e não há o menor consenso sobre qual direção esta deveria tomar (novamente, faço uso do raciocínio do sr. Fernando Lencioni: necessidade de aparecer antes “um movimento jurídico filosófico que desenvolve novas teses que veem a ser abraçadas pela ampla maioria da população”).

        “No Brasil temos o hábito de rotular as pessoas, as vezes de modo pejorativo e até com malícia , sendo que a maioria das vezes relevamos. Releia alguns (Novo post) anteriores e repare o tiroteio entre pessoas cultas que aqui opinam, parecendo um bando de caquéticos e neurastênicos, causando até risos nos demais vespas”

        Já comentei sobre a animosidade que, vez ou outra, aparece aqui no Vespeiro. Até fiz minha “mea culpa” sobre a questão por ser “polêmico”, “contestador”, etc.
        Todavia, faz parte de debates “duros” aparecerem algumas rusgas…
        Nada obstante, o brasileiro, de modo geral, não sabe debater e acaba caindo no “Fla-Flu” emocional e irracional…

        “muitos o fazem para se proteger, principalmente jornalistas em tempos de governo Bolsonaro”

        Ainda sobre a questão de se manter anônimo…
        Não tenho medo do Bolsonaro, não…
        Não tenho medo do e de governo…
        Mas tenho medo do Estado… tenho medo da imprensa… e tenho medo da juventude hitlerista que está “a todo vapor” fazendo “justiça social” à torto e e direita com perseguições, constrangimentos, ameaças, etc. etc. etc.

        É muito fácil para um jornalista, um promotor (Estado) ou um ativista (juventude hitlerista) tirar uma frase de contexto do meio de longos textos que escrevemos (e sobre temas “polêmicos”, “delicados”, etc.) e te desqualificar/”difamar” (jornalista) ou te processar (promotor) ou te desempregar (ativista)…
        Enfim, não é do Bolsonaro que tenho medo (ou de qualquer outro GOVERNO)

        Abs
        LSB

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      • A. disse:

        Caríssimo LSB:
        Não preciso me justificar nem explicar nada: o sr. tem um senso raríssimo de percepção. Quando eu disse que AQUI todos os gatos são pardos (e citei 3, aleatoriamente) não é no sentido de uma pessoa se passar por outra. É que o conteúdo ou o mérito de um comentário NÃO SE ALTERA se é subscrito por “João Antonio da Silva”, por “JAS” ou por “J”. Nenhum deles vai mesmo resolver nossos problemas…
        Abraço!

        P.S.: os posts vão ficando antigos e a lista de comentários se alonga demais, tornando difícil localizá-los.

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      • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

        Prezado LSB, não me lembro de ter escrito sobre invasões armadas de estrangeiros no Brasil e se o fizessem, certamente usariam a velha estratégia de armar grupos internos para fazer o domínio e depois os usariam como títeres, servindo aos estrangeiros que financiam a coisa toda.
        Há muito as invasões se fazem através do capital e pelo domínio através de novas tecnologias. Veja quanto a China tem empregado em 54 países africanos e em muitos países no munho todo.
        De certa forma é o que se chama de suave invasão, às vezes consentida e desejada, às vezes imposta. No caso da China o que tenho visto é uma aceitação plena, até com cartazes de boas vindas. Haja visto a presença chinesa em solo brasileiro em cooperativas agrícolas riograndenses e outras, na mineração, em empresas da mídia e no fornecimento de mercadorias de todos os tipos.
        Em post anterior quando me referi sobre o porque Bolsonaro querer trazer fábricas estrangeiras de armas de pequeno porte o senhor respondeu com uma longa dissertação sobre a defesa nacional, armamento de grande porte e as necessidades das forças armadas etc…
        As armas de pequeno porte – pistolas, sub metralhadoras, rifles, fuzis) – que Bolsonaro em campanha prometia trazer, estavam vinculadas a seu intento de liberar mais a posse, e quem sabe futuramente o porte e o transporte pelos proprietários, incluindo os rurais. para a defesa de seus patrimônios.Mas aí coloquei uma pitada de provocação irônica se era também para se proteger de grupos estrangeiros interessados em nossas riquezas naturais. E vemos hoje que até nisso parece Bolsonaro se enrolou todo e extrapolou em seus projetos de lei, portarias sobre o assunto.
        No nosso futuro sistema de voto distrital com retomada de poder o povo é quem vi decidir o que pode ou não ser feito em todos os assuntos que lhe dizem respeito.

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      • LSB disse:

        Caro Herbert

        O sr. falou em interessados nas riquezas do Brasil e interpretei, erroneamente, que o sr. estivesse falando em coisas como “tomar a Amazônia”, etc.
        De fato, o domínio pode ser econômico como o sr. colocou.

        Nada obstante, lembro que há de ser com capital (poupança) que se faz investimentos e se aumenta a produção, desenvolvimento econômico, etc.

        Algum capital externo sempre é bom (transferência de tecnologia, parceria e política comercial, etc.), porém crescer somente com capital externo (ou seja, dependência extrema) traz riscos relevantes.
        Quando não há alternativa, fazer o quê…

        No caso do Brasil, nós não temos poupança. Ponto.
        O Estado faz poupança “negativa” (gasta tudo que arrecada sendo que quase nada em investimento e ainda toma poupança privada adicional para fechar os gastos).
        A sociedade poupa pouco. Então lhe pergunto: com qual poupança iremos crescer?

        Talvez poupança “americana” ou “alemã” seja melhor que a chinesa, MAS se a China investe mais do que EUA ou Alemanha é porque:
        (1) tem mais poupança;
        (2) tem mais estômago para “operar” em ambientes de alto risco econômico, financeiro e político.

        Quer “expulsar” o capital chinês?
        Faça mais poupança e/ou torne mais “agradável” seus país aos americanos, europeus, japoneses, etc.

        Mas não se iluda: muitas vezes a China exige muito menos que os americanos, japoneses e europeus… pois, dependendo das exigências destes últimos (que, às vezes, são absurdas), menos pior ficar com a China muitas vezes…

        Abs
        LSB

        PS: o fato de entender que o risco do Brasil ser invadido ou tomado é muito baixo, não muda nada meu entendimento que nosso país deve ter Forças Armadas bem equipadas e preparadas.

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  • carmen leibovici disse:

    E essa investigação das fakenews e robôs que possivelmente elegeram Bolsonaro && Famiglia TEM de prosseguir,custe o que custar e com todas as proteções devidas a quem lutar para que isso prossiga.
    O Brasil nas mãos dessa gente vai virar esgoto de favelados e mais nada.

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    • LSB disse:

      Prezada Carmen,

      Não cai nesse discurso de “fake news” elegendo quem quer que seja.
      A mentira na política é do tempo que “o diabo era menino”.
      Lembre das eleições e a enormidade de boatos, mentiras, “meias verdades” que um adversário e seus apoiadores – e até mesmo seus “marqueteiros”- falam sobre os outros.
      Não raro, candidatos tinham que tirar extrato bancário todo dia, pois, se bobeassem, alguém depositava um valor na conta do sujeito e já denunciava na imprensa. O cidadão ficava sabendo pela imprensa do depósito suspeito antes mesmo que ele que era o titular da conta.

      Alguém pode dizer que as redes sociais propagam as mentiras com mais velocidade, mas os “desmentidos” também fazem uso da mesma instantaneidade!

      Antes da internet, ninguém propagava uma mentira muito além do seu bairro, MAS antes da internet ninguém sequer ficava sabendo se um cidadão qualquer de um cidadezinha qualquer estava por lá soltando mentiras que ninguém contestava…

      Ninguém é bobo na vida e na política muitíssimo menos!
      Todos os lados exploram todos os instrumentos de “convencimento”.
      Não imagine só ter “fake news” pró Bolsonaro, pró Trump, pró Brexit, pró Orban, etc.

      Hillary, PT, apoiadores da União Europeia também recorrem às mesmas “técnicas” de distorção, edição, fatalismo, etc. etc. etc.

      O que aconteceu, na verdade, é que imprensa e a academia, de repente, “perderam o chão”.
      Sim, porque, digamos “não mais que de repente”, as pessoas começaram a não “ouvir” tais luminares.
      A imprensa e a academia pintavam o sujeito como um “chauvinista preconceituoso, atrasado e ignorante” – avisando o quanto o tipo deveria ser evitado, desconsiderado e desprezado – e todos cumpriam a orientação. Mas passaram a não cumprir!!!

      A mídia e os especialistas asseguram que uma proposta, tipo Brexit, era “retrocesso”, “andar na contramão da história”, “ilusão” ou “miragem” e as pessoas compreendiam totalmente a lição. Mas passaram a não “compreender” mais!!!!

      Assustados porque a “ordem natural do universo” havia deixado de funcionar, precisaram desesperadamente de uma muleta teórica para sustentar os pilares do “edifício civilizacional” que julgavam monopolizar.

      Alguém gritou: “Eureca. Fake News”. Por isso a ordem natural das coisas havia sido invertida: Fake news.
      Caiu como uma luva!!!! Nada mais providencial.

      Se a imprensa tanto mostrou o quanto Trump seria “inapto” para o cargo frente à (também midiaticamente considerada e descrita) moderna, sensata preparada, humanista Hillary, e o povo ainda elegeu Trump, só pode haver “caroço nesse angu”. E esse providencial caroço foram midiaticamente (outra vez) denominadas “fake news”.

      Saíram procurando notícias falsas, editadas ou distorcidas de APENAS UM LADO da eleição e… encontraram.
      Uma vez encontradas, pronto: já tinha a explicação para o “gado” seguir fake news e não a imprensa “imparcial”.

      Uma vez que a “desculpa” colou, surgiu uma “epidemia” de “fake news”. Ou melhor, surgiu uma epidemia de desculpas. Sim, porque em todo lugar no qual os resultados eleitorais não corroboraram o que especialistas, academia e mídia haviam “garantido” que era a “única” opção civilizada ou viável, tais “oráculos”, “grogues” pelos golpes que foram as “traições” recebidas, mais do que rapidamente passaram a gritar; “Fake news! Fomos derrotados por conta das Fake News!”.

      Há, obviamente, 4 problemas no mínimo com tal explicação (“Fake news”).

      1 – Primeiramente e o mais óbvio: todos os lados utilizam informações duvidosas para dizer o mínimo. Daí que, se você procurar, vai achar. Se procurar só de um lado, achará só de um lado e aí poderá acreditar e alegar que foi isso que mudou determinada “eleição” (mas como isso poderia ser verdade se o outro lado também utilizou o mesmo expediente? Se você não quiser não ver o que um lado fez, pode se enganar e tentar enganar os outros jurando que só o lado “vistoriado” pecou, mas…)

      2 – Daí chegamos à segunda questão: se todos utilizam o “método”, como atribuirmos à ele o “segredo” da vitória?
      Se “macumba desse certo, campeonato baiano terminava empatado” já fuzilava o folclórico Nenê Prancha…
      Poderia-se alegar que um determinado lado “disparou” mais “fake news” ou que suas “news” eram mais “fake” do que as do adversário, MAS isso nos traria outra questão: o maior orçamento publicitário garante a vitória?
      Não, obviamente. Pois se isso fosse verdade, nem precisaria de eleições: bastaria ver o orçamento de cada partido e dar ganho ao maior.
      De fato, muitas vezes o orçamento menor ganha.
      Mas se o orçamento menor ganha, se um candidato que espalha menos propaganda, ganha, então não podemos atribuir a MAIS “disparos” no Whatsapp do que o adversário a real e verdadeira causa pela vitória daquele primeiro em relação ao segundo.

      3 – Há um terceiro problema lógico. Se o público é tão “imbecil” e se comporta como “gado” facilmente manipulável, manobrável, influenciável e sugestionável por mensagens enviadas no Whatsapp nas quais acredita piamente e ACRITICAMENTE, por que esse mesmo público não estaria se comportando da mesma forma anteriormente quando se pautava pela imprensa, pela mídia, pela academia e por especialistas?
      Se esse público não sabe julgar o que recebe por Whatsapp, por que saberia julgar o que lê ou ouve nos meios de comunicação?
      (talvez porque, POR DEFINIÇÃO, os meios de comunicação seriam “imparciais”, “éticos” e só falariam a “verdade”? E sendo uma condição “por definição”, ninguém poderia questionar, é isso?)

      Em suma, se as pessoas não deveriam acreditar nas “redes sociais” porque elas não seriam capazes de julgar o que é verdade e o que é falso, por óbvio também não deveriam acreditar nos meios de comunicação (pela mesma incapacidade de ponderar sobre a informação recebida!).
      Exceto se, por definição, considerarmos os meios de comunicação e os especialistas como impossibilitados de errar ou pecar POR DEFINIÇÃO – ou seja, literalmente “santos” ou “deuses” onipotentes).

      4 – Não seria muito improvável que em lugares distintos, com culturas distintas, em momentos distintos e tratando de coisas distintas (eleições e Brexit), tenha sido a mesma “causa” (fake news) a responsável por derrotas de bandeiras e candidatos de “progressistas”, “ativistas”, “jornalistas engajados”, etc.?
      Qual o mais provável: uma “senhora” coincidência ou um mera desculpa que foi encontrada por essa “tchurma” e virou “tábua de salvação” para justificar toda e qualquer derrota?

      Aliás, se fossem as “fake news” tão decisórias assim em processos eleitorais, e uma vez que havia sido constatado esse seu papel em uma eleição no qual o “mal” teria triunfado (Trump), por que, então, os adversários do Brexit e do Bolsonaro não teriam se preparado “melhor”?
      Enfim, por que constatar que as “fake news” garantiram a eleição de Trump e, ainda assim, “perder” para as “fake news” (se limitando a ficar com “cara de paisagem” denunciando tais “fake news”)?

      Para concluir, essa história de “fake news” é bem “fake”…
      Mas, talvez, funcione, não?
      Todo mundo já acredita que Bolsonaro foi eleito só pelas “fake news” (quem mandou Haddad se comportar como um Lorde vitoriano…).
      Até o Moro…

      No fim, trata-se somente de guerra de narrativas*… E cai quem compra o publicado pelo valor de face.

      Abs
      LSB

      * E isso não é pouco! Pelo contrário, trata-se da “lenda”, do “mito”, da “fábula”, que guia os povos…

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      • Ainda fico com João Camilo de Oliveira Torres (1915-1973): “E o pior do mito do heroi-salvador é que torna impossível qualquer governo sensato e autenticamente benéfico, pois o povo esperando milagres, e estes não se dando, revolta-se contra um governo realmente digno e operoso [que não é este!], mas que fez o possível e somente o possível. O século XIX nos legou uma verdade que não devíamos desprezar: o fundamento da liberdade é a soberania da razão, nunca a soberania da vontade — seja do povo, seja do rei, seja de um homem de gênio…” (in: O elogio do conservadorismo”, Arcadia, 2016).

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      • LSB disse:

        Prezado Adalberto

        Também concordo que são maléficos tanto o “sebastianismo” quanto as obsessões, esperas, procuras e submissões por e a “heróis”.

        Mas não foi esse tipo de “mito” ao qual me referi…
        O sentido foi mais “alegórico”…

        De fato, quis referenciar o conjunto de crenças, filosofias, cultura e conhecimento que “sustentam” uma sociedade (seu Direito, suas relações sociais, seus costumes, suas preferências, suas “balizas” éticas, seus valores e sua moral, por exemplo).

        Abs
        LSB

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  • carmen leibovici disse:

    Lembrei de repente de Bebbiano,um saudabilíssimo lutador de Karatê que morreu de infarto fulminante.Coitado.Que o Eterno o tenha.

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  • Walter Emir Alba disse:

    Realmente acabou, tem gente que faz alguns meses que dizem isso. Mais uma oportunidade que vai embora. Devemos ser os campeões mundiais no esporte de oportunidades perdidas. Até que o país não pare de financiar partidos políticos, instituições de direito privado, e implante um sistema político decente como o distrital puro com recall não vai melhorar.

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  • José Luiz de Sanctis disse:

    Ponham o Mourão lá e na próxima os petralhas voltam.

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    • LSB disse:

      Nem Mourão…
      Já há 2 PECs prevendo novas eleições se a vacância (não sei se só por impeachment ou não) for superior a 6 meses.
      (ou seja, o vice só assumiria se a vacância ocorrer 6 meses antes da eleição/posse).
      Enfim, antes de tirarem o Bolsonaro, vão “impedir” o Mourão…

      Abs
      LSB

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  • @LSB escreve bem, viu, Fernão. Passados alguns dias do seu post (e dos episódios relatados), fica a pergunta: será o PR JB transformado num “zumbi” no Palácio? porque, convenhamos, ninguém quer duas feridas abertas – a pandemia e um impeachment. Ou querem?

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