Um país amarrado para o estupro coletivo

21 de abril de 2020 § 37 Comentários

Jair Bolsonaro frequentemente não sabe o que faz. Nada mais fácil que levá-lo ao destempero absoluto. Mas Rodrigo Maia sabe perfeitamente.

Essa macheza toda de João Dória é mau sinal. Ele não é homem de arriscar o próprio lombo. Lá da fazendinha dele no Jardim Europa, com suas fronteiras com o resto do mundo fechadas pela policia, vocifera o seu olímpico “Que coma bolos o povão; São Paulo tem de parar!” porque está certo de poder mandar a conta para Bolsonaro. Se soubesse que era a ele que caberia entrega-la ao favelão nacional pensaria dez vezes e, como sempre, não teria a menor dificuldade em desdizer o que disse ontem com as boas palavras que faltam ao nosso inarticulado presidente para explicar os passos necessários para transitar desse mergulho de cabeça na miséria do jogo do poder para a quarentena seletiva necessária à preservação da saude pública.

Mas poder “bate” fortíssimo. Os “nóias” dessa droga vão a qualquer profundidade por ela. Nenhuma abominação é grande demais para obte-la. Veja-se Rodrigo Maia. O DEM veio bem até aqui pertinho. Mas foi só ser-lhe dado comer um pouquinho de melado e lambuzou-se todo. E dizer que quem o armou de ministérios bilionários e articulou a entrega do comando da Câmara e do Senado ao partido foi o próprio Bolsonaro! É quase bíblico…

O DEM sempre foi dois. Um é o tribal, que deita raízes em 64. Ainda caminham por aí assombrando o Brasil os mortos vivos do “coronelismo eletrônico” salvos da lata de lixo da história pela distribuição de rádios e TVs do presidente por acaso José Sarney. Nos “feudos” onde ganharam o poder de falar sozinhos é da lei do machão da “casa grande” da vez manter a marca do inaugurador da dinastia – “de direita” ou “de esquerda” – mas qualquer diferença real no comportamento pessoal ou na praxis da relação com a “senzala” ampliada do eleitorado que só come se for na mão deles está enterrada sob camadas sucessivas da cultura do comércio de privilégios que iguala a todos e entorta de cabo a rabo a política nacional.

O outro DEM é o pós 85. Desde o fim do regime militar filiar-se ao antigo PFL que já tinha sido Arena passa a ser uma credencial de consistência ideológica. O sujeito entrava para o PFL, depois DEM, quando a vocação política mais a fidelidade a princípios davam uma soma maior que a sede de poder porque, de cara, essa opção matava qualquer chance dele disputa-lo para valer. Isso era privilégio exclusivo dos 30 e tantos “partidos de esquerda” que, entre vivas à democracia, entretinham-se no nobre esporte de, alternadamente, distribuir ou agarrar tetas.

Luiz Henrique Mandetta é dos últimos representantes desse DEM vocacional, hoje circunscrito a uns cantos do Centro Oeste, último bastião da meritocracia no Brasil. Ele foi eleito pela primeira geração de uma gente que saiu do nada e, longe do Estado, arrancou da terra o próprio sucesso e hoje sustenta este país devastado. Nada é “puro” como nada é puro, mas esse DNA é que faz a diferença que, do primeiro ao último discurso, com exceção da esparrela do Fantástico, o Brasil inteiro notou entre o que é Luiz Henrique Mandetta e o que são os chefões do partido que agora tratam de cavalgá-lo.

Rodrigo Maia, lá dos seus 74 mil 232 chorados votinhos, aderiu de corpo e alma ao movimento reacionário da esquerda apeada do poder pela revolução midiática que derrubou a dupla muralha do patrulhamento da imprensa e do financiamento público de campanha e resultou nos 57 milhões 797 mil e 847 votos que puseram Jair Bolsonaro, O Tosco, onde está na (frustrada) expectativa de um país exausto de que ele pusesse pelo menos um freio às indecências da privilegiatura “fina e chique”.

Ha sinais claros de que o presidente periclitante começa, até, a arrepender-se do quanto tolheu o avanço das reformas no início, agora que as vê empurradas aos trambolhões para trás, mas é tarde. Paulo Guedes e seu programa que se queria liberal é o primeiro fuzilado da contra-revolução. Já Nelson Teich é um natimorto. O inédito surto “fededralista” do STF é o contrário do que parece. O cargo dele foi abatido antes mesmo dele pensar em aceitá-lo pelos franco atiradores que, lá do pico mais alto da privilegiatura, vêm fuzilando, uma a uma, as ultimas defesas do favelão nacional contra o saque final em preparação.

O “Orçamento de Guerra” acaba com todas as restrições legais ao gasto público. Os novos “controles” passam a ser do Congresso Nacional, o que dispensa qualquer especulação mais séria sobre sua consistência. E agora, depois da confirmação da intocabilidade do emprego público e da inimputabilidade geral do “servidor” mesmo ladrão com sentença passada e re-confirmada, prepara-se a imposição da “estabilidade na arrecadação” ou seja, o moto contínuo da “renda mínima da corte” com suas lagostas e vinhos premiados, seus infalíveis aumentos anuais e seus penduricalhos de ocasião venha o que vier e dane-se o favelão, que será o tiro na nuca do Brasil.

Rodrigo Maia definitivamente abraçou o capeta. Resta torcer para que Davi Alcolumbre ainda esteja neste mundo e poupe o país de ser definitivamente amarrado para esse estupro coletivo.

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§ 37 Respostas para Um país amarrado para o estupro coletivo

  • natalin disse:

    socorro.

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  • slistik disse:

    Outra excelente análise.
    Entretanto,a análise mais precisa e preciosa de todas é o editorial sobre a “privilegiatura”(derivada da obra de M.Djilas sobre a “nomenclatura).
    Realmente,da sinistra à sexta,na política sempre sórdida,o que há é a ânsia pelo “puder”,jamais a preocupação associativa pelo bem comum. Já me convenci faz tempo ser isto um mal da espécie.Uma tara incrustada no material genético do Homo dito sapiens.
    Tem jeito não, Fernão! Acredite.Tem jeito não

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  • Marcelo Oliveira disse:

    Penso que será útil analisar a ficha do Mandetta.
    Difícil tem um político do DEM com Folha Corrida limpa.

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  • Varlice1 disse:

    Fernão, sinto dizer, mas Alcolumbre está em sintonia fina com seu amigo Maia: são irmanados nos mesmos desejos.
    Desse mato não sairá cachorro: sairá coisa muito pior, que Deus nos livre!
    Estamos, como dizia Ferreira Gullar, naquela famosa dúvida
    do se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
    O que seria pior?
    Mas existe o imprevisto, aquela situação que ninguém cogitara e que, como cavalaria em filme de faroeste, chega no exato momento, nem antes nem depois, para salvar quem precisa ser salvo.
    Você sabe, continuo irremediavelmente uma Poliana.

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  • marina alves dos santos disse:

    Li em algum lugar a expressão: ” Intervenção Democrática”. Muito pertinente. O povo não se sente numa Democracia. Só na hora da eleição. Mesmo assim, anda desconfiado das urnas eletrônicas Pelo contrário: nada que nos interessa caminha. Milhares foram pras ruas pedindo 2a. instância, nada. Quando é em prol da “privilegiatura”, em menos de um minuto,entram em acordo e votam em dois turnos. Mas, de parte da Imprensa, os poderes estão funcionando muito bem. Esquisito e assustador, acham eles, é o povo ir pra rua e desesperado, por não ter a quem recorrer, pedir providências. Essa é a grande pergunta: Quem vai nos socorrer? Tudo começou em 2013, e estamos a caminho de que algo mude.

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    • natalin disse:

      ora marina nosso único socorro somos nós mesmos. Como sugeriu o Roberto Jeferson : é pegar no revolver, limpá-lo e ir para as ruas lutar contra os comunistas. NÃO EXISTE OUTRA SOLUÇÃO se quiser ter alguma liberdade.

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      • marina alves dos santos disse:

        Sim, tens razão, nós mesmos.

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      • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

        A Guerra Civil espanhola matou 500.000 pessoas, entre comunistas e direitistas. As marcas profundas na alma espanhola se vê ainda hoje e com consequências politicas intermináveis. A via armada é coisa para os seguidores de Chaves, Maduro,etc… A melhor maneira de se combatê-los é tirar-lhes o poder com base nas fancarias que produzem. Informar a população para ser unida contra os destruidores do ideal democrático. As leis nos garantem o direito individual de defendermos nossa vida contra-atacando bandidos. No sentido mais amplo é papel das forças armadas e de segurança pública, se as privilegiaturas, de esquerda , direita e centro assim o permitirem. Qual a melhor maneira de se resolver um divórcio de casal; à bala, socos e pontapés ou recorrendo aos meios legais embasados em parâmetros de civilidade e respeito a vida, de todos? A beligerância como derradeira alternativa, o que ainda não é nosso caso, espero.

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      • natalin disse:

        entendo sua civilidade inocente e por isso estamos mergulhando na merda civilizatória . Espero sentado que o que você advogado aconteça;.aqui as tais instituições democráticas estão tomadas por criminosos e bandidos, que fazem as leis e ao mesmo tempo julgam os delitos. Aqui preto, pobre e puta são presos, e só.

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      • LSB disse:

        Prezado Herbert

        “Qual a melhor maneira de se resolver um divórcio de casal; à bala, socos e pontapés ou recorrendo aos meios legais embasados em parâmetros de civilidade e respeito a vida, de todos?”

        Se UM desejar um divórcio litigioso, ISSO ACONTECERÁ – ponto.
        Se o outro, para não brigar, dar os bois, a boiada, a fazenda e tudo mais, PODE ATÉ ser que a briga seja evitada (embora muitas vezes você pode dar tudo que não evitará a briga, pois o outro quer isso: briga).
        Agora, se você tiver limite, a briga acontecerá!

        Outra coisa, no caso do divórcio, bem, você tem um “árbitro” que se baseará em leis, em teses, equilibradas (ou razoavelmente equilibradas).

        MAS quem é o “árbitro” de um país inteiro? Quem é o “árbitro” quando a briga é com um STF? Quem é o “árbitro” quando a indisposição é contra a Constituição?
        E julgar baseando no quê quando as leis são contraditórias, inaplicáveis e/ou utópicas?
        Enfim, a saída “pacífica” é só um wishfull thinking…

        No mais, não se engane: há correntes políticas que não querem “negociar” ou “dialogar” ou “melhorar a sociedade”…
        Querem sim destruir a sociedade ocidental que entendem ser “machista, homofóbica, preconceituosa, racista, injusta, opressora, manipuladora, etc. etc. etc.”

        REPITO: querem DESTRUIR! Por abaixo todos os pilares!
        Não querem negociar ou conviver com diferentes… querem implodir a sociedade ocidental e não irão descansar enquanto não vencerem ou forem derrotados!

        As pessoas se iludem e se enganam simplesmente porque não querem acreditar (uma vez que acreditar implica em assumir uma “guerra”)… então não querem (queremos) acreditar…
        Mas a realidade vai mostrar a verdade… seremos chamamos a lutar – matar ou morrer – ou nos rendermos sem lutar aceitando a agenda “progressista”/socialista/estatista/intervencionista/ditatorial…
        Quem viver, verá…

        Abs
        LSB

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  • Edson Santanna disse:

    Parabéns pelo artigo. Que excelente leitura do
    Momento atual.

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  • Jose Roque Brugnaro disse:

    Triste país que conta com políticos do naipe desse Maia que se intitula primeiro ministro no parlamento, e de um Dória que se imagina futuro presidente.Não merecemos tantas desgraças.

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  • Gaspar Acurcio Teixeira Dornelas disse:

    21 de Abril para que serve, lá se vão 228 anos e os estupros continuam acontecendo, daqui a pouco o povo a clamar: vírus venha ver tem DEM aqui pode pegar, há se pudesse….

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  • Ângelo disse:

    Por td isto q foi dito, aliás muitas verdades, este “ser”OCO” q está presidente, tinha td pra nadar de braçada, se realmente tivesse 1% de massa encefálica, realmente estava amparado pela maioria da população, apesar dele mesmo, acreditem, dizer q as urnas foram fraudadas, é “muito “OCO”. O país está atrás de um patriota faz tempo (desde de 90), agora chega um Zé mané e é titulado de “MITO”, por esses q nem sabem o q que esta palavra quer dizer, e finalizando, digo q enquanto votarem em uma múmia deste naipe, os citados pelo autor Fernão, continuarão fazendo o q bem entendem.

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  • Ethan Edwards disse:

    Nada a contrapor. A situação é exatamente essa. Mas o eventual fracasso de Bolsonaro em encarnar os medos, sonhos e frustrações dos “feios, sujos e malvados” não empurrará a esquerda de volta ao poder (como José Dirceu já observou há algum tempo), nem mesmo o centrão – ao menos o centrão na sua forma atual: é bem possível que, esgotado o ciclo do populismo progressista, tenhamos entrado num ciclo de populismo conservador; ao Bolsonaro original sucederão novos moros e bolsonaros, e quem quiser enfrentá-lo(s) terá que descer/subir para esse terreno – corrupção, moral, costumes, religião. O Congresso se reagrupará em torno dessa nova polaridade.
    Se essa intuição for verdadeira, significa que os temas morais ocuparão o primeiro plano, e a reforma do Estado, do sistema eleitoral, ficará novamente para um futuro evanescente. (A corrupção, como é entendida por muitos eleitores conservadores, não é matéria administrativa, de organização do Estado, e sim de moralidade pública e prontidão policial. E a melhoria da qualidade dos serviços públicos, por essa lógica, é consequência do fim da corrupção…).
    Até onde consigo ver, é o que temos.
    Parabéns pelo artigo. Abraço.

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    • LSB disse:

      Prezado Ethan,

      Se as “reforma do Estado, do sistema eleitoral” ficarem para um “futuro evanescente”, não haverá futuro….

      Outra coisa, perfeita sua observação:

      “A corrupção, como é entendida por muitos eleitores conservadores, não é matéria administrativa, de organização do Estado, e sim de moralidade pública e prontidão policial. E a melhoria da qualidade dos serviços públicos, por essa lógica, é consequência do fim da corrupção”

      Exatamente no ponto.
      Nossa corrupção não é problema moral!
      Mas TODO MUNDO acredita nisso (até minha mãe não aceita meus argumentos quando eu coloco a problemática nesses termos!!! Se minha mãe não acredita em mim, quem acreditará?)

      Nesse contexto, teço duas ponderações:

      1 – O brasileiro parece criança que acredita em Papai Noel. E age igual.
      A criança, misto de inocência e esperteza/sagacidade, vê o Papai Noel no Shopping e rapidamente deduz que aquele não é o verdadeiro (esperteza, sagacidade, inteligência), mas não deixa de acreditar no Papai Noel (inocência).
      Veja: você leva a criança para ver o Papai Noel e ela deduz que aquele é falso (e deseja procurar o verdadeiro). Você leva em outro shopping e a criança, espertamente, descobre que aquele também não é o verdadeiro… o tio se veste de Papai Noel e a criança percebe… Agora, apesar de tanta esperteza para desmascarar os falsos “bons velhinhos”, ela não consegue intuir que a própria existência do Papai Noel é uma mentira…
      Veja a contradição: a criança é inteligente o suficiente para perceber a mentira pequena (aquele ali não é o Papai Noel verdadeiro), mas não consegue perceber a mentira grande (não existe Papai Noel).
      O brasileiro é assim: ele percebe que o político é ladrão (Papai Noel falso), mas não consegue se desvencilhar da crença que bastaria achar o político honesto (Papai Noel verdadeiro) para os problemas acabarem…

      2 – Moro, e sua aprovação junto ao povo brasileiro, é somente sintoma disso.
      (vou comentar sobre o distinto uma vez que ele é o assunto do dia)
      Em que pese a competência profissional e a coragem do ex-juiz, Moro “é mais problema” do que “solução”.
      Isso porque Moro representa, e também acredita religiosamente, essa ideia (inocente para dizer o mínimo) de que basta “prender” ladrão ou “aplicar” a lei para que as coisas deem certo…
      Nada mais errado ou ilusório… E diria, ainda, nada mais perigoso…
      Moro, e a grande maioria dos brasileiros, acredita(m) que nosso problema é moral!
      E bastaria seguir as leis para “darmos certo”….

      Abs
      LSB

      PS: Emil Fahrat, no seu livro “O Paraíso do Vira Bosta” (de meados da década de 1980), inocentemente declarava que os problemas do Brasil naqueles anos e nos que seriam vindouros eram, e seriam, o “patrimonialismo” e a “ocupação” do Estado para fins particulares, pois, para o autor, a CORRUPÇÃO já estaria VENCIDA, uma vez que o Estado já teria fechado (após anos de “experiência no combate à corrupção”) todas as brechas por onde grassava a corrupção…

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  • Ethan Edwards disse:

    Comentário ao meu comentário:

    Roberto Jefferson é, para mim, o exemplo do novo alinhamento populista que está se esboçando. Um centrão “moralizado”, preocupado com os temas culturais, religiosos, de costumes – e “corrupção”, entendida como “roubar o governo” (moralidade pública), e não, evidentemente, como um destilado natural do Estado patrimonialista.

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    • marina alves dos santos disse:

      Tudo bem, mas na atual circunstância, EM QUE ALGUEM NA FUNÇÃO DE 1º MINISTRO TRAVA TODAS AS MPs DO INTERESSE DO PAÍS, AGRADEÇAMOS ATÉ MESMO A ROBERTO JEFERSON DENUNCIAR A MANOBRA. A DESFIGURAÇÃO DO PLANO MANSUETO FOI A GOTA D ÁGUA DESSA PALHAÇADA.

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  • Cirval disse:

    O que dá para tirar de conclusão dessa geleia geral é que os favoráveis ao término do isolamento são exatamente os componentes da prilegiatura porque salvarão os seus, já que entendem que a morte do outro é certa. Creem que já deram a sua parcela de sacrifício pois os primeiros mortos da Covid-19, eram provenientes do exterior, portanto, endinheirados. Como os próximos mortos serão do favelão nacional, a partir de então, nada importa. A privilegiatura não anda de metrô ou ônibus superlotados ou mesmo a pé, e o risco de ser infectada passou a ser mínimo. Alguém acredita que a privilegiatura gosta do isolamento? Como ficam o regabofes? E as viagens internacionais bancadas pelo favelão? E o risco de terem os salários reduzidos, como ocorre na iniciativa privada. O que isso tem a ver com o tema do artigo? É que a privilegiatura está incrustada nos Três Poderes e, diga-se, o DEM/PFL não decide só. O que fazem os outros partidos? Ou não depende deles também? O problema é que existe um “núcleo duro da privilegiatura” que é quem manda nessa joça. Basta uma ligação para o “amigo” para acalmar os ânimos. Quando alguém gritou que estava próxima a pauta para análise da fixação do teto salarial na seara pública, quem mesmo entrou em cena? Justamente a fina flor. Os mais incisivos e aparentes foram os procuradores e membros do Judiciário. Afinal, como perder o caviar? Com raríssimas exceções, o Congresso inteiro se calou. Nenhum gato tira a minha sardinha, a não ser se queimar as patas.

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  • Sonia disse:

    Excelente análise Fernão, obrigada. Foi bom lembrar que Rodrigo Maia, do alto dos seus 74 mil 232 “chorados votinhos”, arroga-se o direito de comandar a Nação…. Abraços.

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  • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

    Fernão resumiu muito bem a situação e nem os ministros do Superior Tribunal federal podem alegar desconhecimento da situação caótica que estamos enfrentando. O “orçamento de guerra” alterando até a LRf – Lei de Responsabilidade Fiscal, permitindo se ultrapassar os tetos máximos de gastança governamental – federal e estadual – pode realmente gerar uma nova “teta” para fins de campanha s eleitorais e salvar prefeitos enrolados até o pescoço com erros administrativos graves.
    Fernão, caso se concretize o mal uso dos montantes destinados para o combate a covid-19 para fins eleiçoeiros, e sendo noticiado que esses montantes terão uso acompanhados pelo governo federal, poderão o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal cassar os políticos e partidos que assim agirem? Penso que não, porque o Congresso não permitirá, a lei talvez não preveja e os políticos já sabem disso! Isso revela nosso estado em regime falimentar!

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  • JOSÉ MORA NETO disse:

    Natalin, concordo. E nessa lenga lenga de 3 ou 4 ou 5 ou 6 ou 7 ou…….., neste canal, sonhando como deveria ser, passarem os mais 200 anos até chegar lá. Que esplêndida é a democracia!!!!!!!!!!!!!!!!

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    • A. disse:

      O que o senhor sugere para substituir a democracia, “seu” José?

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      • natalin disse:

        nada a ver o cu com as calças amigo, uma coisa é a democracia, que todos nós, acredito, queremos e lutamos . Outra coisa é ter uma enormidade de políticos corruptos, militantes ideológicos, golpistas, condenados e respondendo processos criminais,etc… acoitados nas instituições democráticas e usando-as como escudo contra quaisquer críticas às suas criminosas atuações .Não confunda alhos com bugalhos, coisa que a mídia militante tenta fazer 24 horas por dia. E não vão conseguir. nós somos mais fortes. O movimento conservador veio para ficar.

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      • A. disse:

        O sr. é o “seu” José? A pergunta foi pra ele…

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      • A. disse:

        … e não me chame de amigo que não lhe conheço!

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      • A. disse:

        … e melhore seu vocabulário!

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      • natalin disse:

        SR. A , LHE CHAMO ENTÃO DE CARA, E PERCEBO QUE A SOBERBA HABITA TEU SER , E SE PRECISO DE PROFESSOR, DE UM CARA COMO VOCÊ NUNCA.

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      • A. disse:

        Soberbo é quem se mete a responder em nome dos outros.

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  • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

    Democracia obriga… mas fico aborrecido quando adolescentes(?) entram aqui comentando com o uso de palavras de baixo calão, insultando os demais que aqui opinam. É até interessante a participação de pessoas muito mal formadas e mal informadas – verdadeiros “enfant terribles” – para percebermos a quantas anda as intenções de simplórios. Haja paciência, pois um dia crescerão, afinal somos todos eternos alunos na escola da vida. Há lições para todos os níveis. Não sabem respeitar este espaço que você oferece a todos democraticamente. No Brasil, para uma grande parcela da população marginalizada e revoltada, ser educado, respeitoso, afável, mesmo no trato de assuntos gravíssimos, é tido como coisa de finórios; não conhecem outros instrumentos que não o pau e a pedra para resolver os problemas graves que enfrentamos. Até as forças armadas atuais obedecem, ou deveriam obedecer, a Convenção de Genebra. Os movimentos populares nas ruas e praças tem grande poder para modificar a situação de decadência que o Estado brasileiro está sofrendo e precisa aprender a acionar e cobrar os homens públicos corretos para lhes dar apoio, dentro da legalidade do que consta em nossa Carta Magna. Veremos se as Forças Armadas e o Supremo Tribunal Federal estão preparados para proteger a todos, não somente a privilegiatura. Quando a podridão atinge o cérebro (Estado e Governo) , o corpo da Nação adoece e surge o descontrole belicista, de auto defesa descontrolada, caos. Os ovos de serpente estão sendo chocados e a imprensa em geral se perde em detalhes supérfluos.

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