Fernão, também acho que finalmente vamos nos livrar dele. Quando leio as respostas no Twitter aos posts de Rodrigo Maia, por exemplo, vejo que um número razoável de pessoas entende o que está em jogo. Espero que Rodrigo Maia seja jogado no lixo da história, de onde nunca deveria ter saído. Ainda posa de estadista, valha-me Deus!
Que a lixeira comporte todos, e não se encontre vestígio após o lançamento do descarte imprestável. Talvez Ulysses Quimarães possa ajudar, com grande utilidade, encaminhando tudo ao fundo mar.
Estão brincando com fogo. E as consequências advindas de um colapso generalizado na economia e nos serviços públicos essenciais (financiados com impostos que seriam cobrados de base cada vez menor) podem ser imprevisíveis.
Com média de um voo a cada dois dias, o Botafogo Maia está há mês sem usar jatinhos; fato inédito. Já é bom um começo para enterrar o feudalismo vergonhoso.
Ora, Ora senhores, o cara é Botafogo o outro é BolsoNero, assim quanto mais arder melhor será, não restará ninguém para pagar a conta e eles auto se imolam.
É muito impossível que cortem a própria carne. A solução está na tragédia, no caos sem distanciamento nenhum, nem social nem político. Só pode ser isso, para que depois o país destruído, se construa do zero.
O mais lamentável é procurar e aguardar-se um estadista, que se houve possível algum, que gorou no ninho. Pior, a gozação já engendrada aos crédulos, nessa utopia fizeram Thomas More patrono dos políticos. E a igreja o tornou santo; que certamente o era desde a sua concepção.O ótimo de tudo: tudo passa.
A “corte” feudal é a parasitagem pública. Simples, copiar sociedades civilizadas e acabar com “Estatuto do Parasita Público” e todo brasileiro ser regido por uma só lei: CLT e INSS.
Claro, e acabar com os tais “abusos adquiridos” pecuniários.
O Brasil entraria no mundo civilizado.
Dizem os especialistas que uma das causas (talvez a causa primária) da queda do Império Romano foi o custo da burocracia.
Esse custo da burocracia do Estado fica tão evidente no Brasil que o Senador (voador) Maia me faz lembrar das tantas requisições de cavalos, mulas e carros para viagem pelo Império que os “governadores” das províncias requisitavam aos súditos.
O que muda hoje é que são infindáveis os recursos e os honorários, além das viagens pelos aviões da FAB…Infelizmente, não sou tão otimista quanto tu és, Fernão. Isso não acaba nunca, tribunais, governadores, senadores e deputados se apropriaram da gestão do Estado em seu benefício e sobrevivência infindáveis.
Quando caiu o salazarismo, em 1974, os portugueses imaginavam que saltariam das gavetas dos seus escritores milhares de romances, novelas, contos, poemas – que a longa ditadura impedir de vir à luz. Não havia nada. As gavetas estavam vazias. A ditadura não apenas destruíra a política, mas debilitara e, ao fim, esterilizara os espíritos.
Também eu, em 1985, odiei profundamente o governo Sarney, pois acreditava, com base no que via desde 1979, quando os exilados voltaram, que o fim da ditadura seria coroado por uma explosão de vigor cívico e imaginação política. Sarney, eu acreditava, reprimira essa alvorada.
Eu e os portugueses estávamos enganados. Catástrofes não produzem iluminações. São, no máximo, uma oportunidade para que sejam ouvidas algumas vozes a que não se prestava atenção nos tempos normais. Mas, se poderosas forças inovadoras não existirem e não se manifestarem nesse momento, a tendência do “sistema” é o retorno à velha ordem ou ao que for mais parecido com ela: um governo Sarney, por exemplo.
Também torço para que a crise econômica que nos aguarda na esquina produza um debate nacional sobre o Estado patrimonialista. Mas não sou otimista. Conhecendo os laços econômicos e políticos que o Estado mantém com nossa elite intelectual, sou obrigado a perguntar: de onde virão as vozes independentes? Das universidades federais? Da Globonews? Dos institutos de pesquisa subordinados ao governo?
Entendo que, na crise por vir, o patrimonialismo deve ser atacado no seu flanco mais frágil, que são as estatais: privatizar tudo! Isso fortalece, a prazo, o poder econômico da “sociedade civil” e a capacita, cada vez mais, a enfrentar o Estado. Atacar de frente a elite do Estado, exigindo o fim de seus privilégios, é derrota provável, pois o primeiro e mais forte anteparo da privilegiatura é o Judiciário, por acaso um dos mais ricos beneficiários do patrimonialismo. Há que se exigir alguma coisa, é claro, mas será como escalar a face sul do Everest…
Admiro sua bravura e lamento por este toque pessimista. Um abraço solidário.
Não tenho ilusões sobre os espíritos. Democrata que sou, acredito na necessidade de governos de homens que não são santos para homens que não são santos…
Mas dinheiro acaba.
Isso é fato.
Caro Ethan, não foi a Academia Brasileira de Letras que elegeu uma cadeira de imortal para Ribamar Sarney? Certamente separaram o político do escritor. Em todo lugar há todo tipo de gente e felizmente o resultado da votação sobre Sarney foi cremado, conforme ritual da ABL.
Esses “walking-deads” voltarem para baixo da terra é tão possível quanto um defunto sair do túmulo exclamando: “Voltei para rever os credores!”. O vampirismo na coisa pública é mais antigo que a Babilônia, mas nunca foi tão intenso como nas capitanias hereditárias do Brasil atual. O pior é que Bolsonaro não percebe que está fazendo o jogo dos “walking-dead” ex-presidentes Lula e Dilma, que o judiciário decidiu, com base em leis criadas pelo Congresso Nacional, permitir que fiquem perambulando por aí cavando um buraco bem fundo para todos os brasileiros.
Quando não havia nada no país para justificar os desmandos e a falta de recursos, eles inventavam qualquer coisa e ficava por isso mesmo. No futuro, os nossos governantes de todos os níveis vão dizer que a situação financeira será difícil por conta da Covid-19. E essa justificativa vai durar por governos a fio. Pior, muita gente vai acreditar e permanecerá a leniência de sempre. A direita vai dizer que a situação financeira ficou difícil por causa da “quarentena burra” e a esquerda porque o presidente não tomou as providências quando deveria tomar. Vão se estapear nas redes sociais a troco de nada. Sem tirar nem por o que acontece hoje.
Comentei vários comentários, mas não comentei o “post” propriamente dito.
De fato, concordo integralmente.
Como já tinha me expressado anteriormente, poderíamos mudar de forma mais ou menos harmônica (que julgava menos provável) ou bem mais caótica e conflitiva (que imaginava ser o mais provável destino de nossa Nação).
Pois bem, eu extrapolava nosso comportamento repetitivo de nunca enfrentarmos as questões seriamente e sempre promovermos remendos que melhoram as “coisas” no curto prazo e complicam e pioram tudo mais no longo prazo.
Daí inferia que iríamos alçar voos de “galinhas” cada vez mais baixos e mais curtos ao mesmo tempo que seriam crescentes tanto a dificuldade de elaboração/aprovação/adoção/implantação das reformas pretendidas (mais os “remendos” criariam “realidades” cada vez mais complicadas) quanto a polarização/desavenças políticas.
No limite, essa dinâmica levaria o País à ruptura institucional.
Pois bem, mas havia um vírus no caminho…
De fato, “nada” muda naquela dinâmica descrita acima, exceto que o vírus fará o papel de um “ultra” catalisador/acelerador…
Fernão, também acho que finalmente vamos nos livrar dele. Quando leio as respostas no Twitter aos posts de Rodrigo Maia, por exemplo, vejo que um número razoável de pessoas entende o que está em jogo. Espero que Rodrigo Maia seja jogado no lixo da história, de onde nunca deveria ter saído. Ainda posa de estadista, valha-me Deus!
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Que a lixeira comporte todos, e não se encontre vestígio após o lançamento do descarte imprestável. Talvez Ulysses Quimarães possa ajudar, com grande utilidade, encaminhando tudo ao fundo mar.
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Sim, “Von”!, ir para o fundo do mar. Mas através de um emissário submarino…!
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Estão brincando com fogo. E as consequências advindas de um colapso generalizado na economia e nos serviços públicos essenciais (financiados com impostos que seriam cobrados de base cada vez menor) podem ser imprevisíveis.
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Com média de um voo a cada dois dias, o Botafogo Maia está há mês sem usar jatinhos; fato inédito. Já é bom um começo para enterrar o feudalismo vergonhoso.
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Ora, Ora senhores, o cara é Botafogo o outro é BolsoNero, assim quanto mais arder melhor será, não restará ninguém para pagar a conta e eles auto se imolam.
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Isso aí.
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É muito impossível que cortem a própria carne. A solução está na tragédia, no caos sem distanciamento nenhum, nem social nem político. Só pode ser isso, para que depois o país destruído, se construa do zero.
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O mais lamentável é procurar e aguardar-se um estadista, que se houve possível algum, que gorou no ninho. Pior, a gozação já engendrada aos crédulos, nessa utopia fizeram Thomas More patrono dos políticos. E a igreja o tornou santo; que certamente o era desde a sua concepção.O ótimo de tudo: tudo passa.
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A “corte” feudal é a parasitagem pública. Simples, copiar sociedades civilizadas e acabar com “Estatuto do Parasita Público” e todo brasileiro ser regido por uma só lei: CLT e INSS.
Claro, e acabar com os tais “abusos adquiridos” pecuniários.
O Brasil entraria no mundo civilizado.
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Já não era sem tempo, pois uma nova geração da “corte” dos senhores feudais já estava renascendo …
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Dizem os especialistas que uma das causas (talvez a causa primária) da queda do Império Romano foi o custo da burocracia.
Esse custo da burocracia do Estado fica tão evidente no Brasil que o Senador (voador) Maia me faz lembrar das tantas requisições de cavalos, mulas e carros para viagem pelo Império que os “governadores” das províncias requisitavam aos súditos.
O que muda hoje é que são infindáveis os recursos e os honorários, além das viagens pelos aviões da FAB…Infelizmente, não sou tão otimista quanto tu és, Fernão. Isso não acaba nunca, tribunais, governadores, senadores e deputados se apropriaram da gestão do Estado em seu benefício e sobrevivência infindáveis.
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Vai durar exatamente quanto deixarmos que dure…
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… ou seja, “ad aeternum”! Ou você acredita, Fernão, que essa massa inerte vai reagir algum dia? (na minha infância dizíamos: no dia de São Nunca!)
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Quando caiu o salazarismo, em 1974, os portugueses imaginavam que saltariam das gavetas dos seus escritores milhares de romances, novelas, contos, poemas – que a longa ditadura impedir de vir à luz. Não havia nada. As gavetas estavam vazias. A ditadura não apenas destruíra a política, mas debilitara e, ao fim, esterilizara os espíritos.
Também eu, em 1985, odiei profundamente o governo Sarney, pois acreditava, com base no que via desde 1979, quando os exilados voltaram, que o fim da ditadura seria coroado por uma explosão de vigor cívico e imaginação política. Sarney, eu acreditava, reprimira essa alvorada.
Eu e os portugueses estávamos enganados. Catástrofes não produzem iluminações. São, no máximo, uma oportunidade para que sejam ouvidas algumas vozes a que não se prestava atenção nos tempos normais. Mas, se poderosas forças inovadoras não existirem e não se manifestarem nesse momento, a tendência do “sistema” é o retorno à velha ordem ou ao que for mais parecido com ela: um governo Sarney, por exemplo.
Também torço para que a crise econômica que nos aguarda na esquina produza um debate nacional sobre o Estado patrimonialista. Mas não sou otimista. Conhecendo os laços econômicos e políticos que o Estado mantém com nossa elite intelectual, sou obrigado a perguntar: de onde virão as vozes independentes? Das universidades federais? Da Globonews? Dos institutos de pesquisa subordinados ao governo?
Entendo que, na crise por vir, o patrimonialismo deve ser atacado no seu flanco mais frágil, que são as estatais: privatizar tudo! Isso fortalece, a prazo, o poder econômico da “sociedade civil” e a capacita, cada vez mais, a enfrentar o Estado. Atacar de frente a elite do Estado, exigindo o fim de seus privilégios, é derrota provável, pois o primeiro e mais forte anteparo da privilegiatura é o Judiciário, por acaso um dos mais ricos beneficiários do patrimonialismo. Há que se exigir alguma coisa, é claro, mas será como escalar a face sul do Everest…
Admiro sua bravura e lamento por este toque pessimista. Um abraço solidário.
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Não tenho ilusões sobre os espíritos. Democrata que sou, acredito na necessidade de governos de homens que não são santos para homens que não são santos…
Mas dinheiro acaba.
Isso é fato.
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Só uma coisa pode nos salvar: o tamanho do buraco
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Caro Ethan, não foi a Academia Brasileira de Letras que elegeu uma cadeira de imortal para Ribamar Sarney? Certamente separaram o político do escritor. Em todo lugar há todo tipo de gente e felizmente o resultado da votação sobre Sarney foi cremado, conforme ritual da ABL.
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Precisam ir para a cadeia e tomar todo o dinheiro, bens e todo produto da roubalheira!
Se não vai ter valhido a pena tudo que fizeram!
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Esses “walking-deads” voltarem para baixo da terra é tão possível quanto um defunto sair do túmulo exclamando: “Voltei para rever os credores!”. O vampirismo na coisa pública é mais antigo que a Babilônia, mas nunca foi tão intenso como nas capitanias hereditárias do Brasil atual. O pior é que Bolsonaro não percebe que está fazendo o jogo dos “walking-dead” ex-presidentes Lula e Dilma, que o judiciário decidiu, com base em leis criadas pelo Congresso Nacional, permitir que fiquem perambulando por aí cavando um buraco bem fundo para todos os brasileiros.
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Quando não havia nada no país para justificar os desmandos e a falta de recursos, eles inventavam qualquer coisa e ficava por isso mesmo. No futuro, os nossos governantes de todos os níveis vão dizer que a situação financeira será difícil por conta da Covid-19. E essa justificativa vai durar por governos a fio. Pior, muita gente vai acreditar e permanecerá a leniência de sempre. A direita vai dizer que a situação financeira ficou difícil por causa da “quarentena burra” e a esquerda porque o presidente não tomou as providências quando deveria tomar. Vão se estapear nas redes sociais a troco de nada. Sem tirar nem por o que acontece hoje.
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Fernão e demais,
Comentei vários comentários, mas não comentei o “post” propriamente dito.
De fato, concordo integralmente.
Como já tinha me expressado anteriormente, poderíamos mudar de forma mais ou menos harmônica (que julgava menos provável) ou bem mais caótica e conflitiva (que imaginava ser o mais provável destino de nossa Nação).
Pois bem, eu extrapolava nosso comportamento repetitivo de nunca enfrentarmos as questões seriamente e sempre promovermos remendos que melhoram as “coisas” no curto prazo e complicam e pioram tudo mais no longo prazo.
Daí inferia que iríamos alçar voos de “galinhas” cada vez mais baixos e mais curtos ao mesmo tempo que seriam crescentes tanto a dificuldade de elaboração/aprovação/adoção/implantação das reformas pretendidas (mais os “remendos” criariam “realidades” cada vez mais complicadas) quanto a polarização/desavenças políticas.
No limite, essa dinâmica levaria o País à ruptura institucional.
Pois bem, mas havia um vírus no caminho…
De fato, “nada” muda naquela dinâmica descrita acima, exceto que o vírus fará o papel de um “ultra” catalisador/acelerador…
Abs
LSB
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