Quarentenas e coberturas burras ou inteligentes

31 de março de 2020 § 30 Comentários

Artigo para O Estado de S. Paulo de 31/3/2020

Quem não se comunica se estrumbica“. Jair Bolsonaro é um sujeito que tem de ser ouvido “por partes”, como diria Jack, O Estripador. Para entender o que ele diz é preciso separar forma de conteúdo. É uma atitude que requer tomar calmante porque na forma ele agride com tanta força que o resto ninguém ouve, mas é obrigatória pois, sendo ele quem é, não é ele, é o Brasil quem “se estrumbica“.

A crônica da ultima “birra” é enfática. Para além da citação textual da “gripezinha” de Dráuzio Varela com que quis ironizar “aquela televisãozinha”, ele tinha recuado suspendendo dívidas e dando outras condições para viabilizar a quarentena nos estados. Nada era mais fácil e previsível, porém, que uma admoestação pública como a de João Doria provocasse a resposta que provocou…

Ora, tirar Bolsonaro do sério é covardia. Tarefa pra herói que tem mesmo pena do Brasil é ouvir inteligentemente o lado burro dos discursos que profere. É aí que entra a imprensa. Esse jornalismo rançoso, de superexposição de todo e qualquer pelo de controvérsia, encomenda o aprofundamento do dissenso. Anunciar que o passaporte para a exposição de quem vive de voto na telinha é provocar e sustentar controvérsias bem no meio de um desastre é um ato mais criminoso que o do político que topa esse jogo deletério. Mas tem sido a regra. Nada nesta pandemia pode ser compreendido analisando-se apenas os dados concretos do problema. Ninguém perde muito tempo com eles. O vírus foi politizado como tudo o mais. Ou você é “quarentenista” fechado ou dá briga. É proibido raciocinar em voz alta a respeito.

E, no entanto, está mais claro a cada minuto que a verdade está no lugar de sempre – o meio – e não ha jeito de evitar o pior sem incluir o que há de verdade, tanto na necessidade da quarentena burra para não morrer na chegada da doença, quanto na da evolução para a inteligente o mais rápido possível para não morrer das consequências da outra.

Na China o governo é a polícia e todas as empresas são monopólios pertencentes ao mesmo patrão que além do de empregar, emitir a moeda com que opera suas empresas e aguentar tanto prejuízo quanto quiser nem que o “trabalhador” fique reduzido a comer morcegos, também tem o poder de prender e arrebentar quem ele quiser. Mas nem ela pode brincar com esse fogo. É o pais mais avançado do mundo em tecnologia da opressão o que veio a calhar numa crise como essa. Primeiro fechou Wuhan na marra. Mas o quanto antes passou a testar e tomar temperaturas em massa. Agora, com todo o pais fichado no reconhecimento facial e cada chinês vigiado 24 horas por dia, o celular diz ao governo onde ele anda, com quem se encontra e até de quem se aproxima e o algoritmo da polícia o classifica numa de três categorias: vermelho, amarelo ou verde. É verde quem não saiu do país nem se encontrou com ninguém vermelho ou amarelo nos últimos 14 dias. É amarelo quem veio de fora ou se encontrou com alguém vermelho nos últimos 14 dias. É vermelho quem foi testado positivo ou teve a sua temperatura medida com febre. Isso classifica também as cidades e regiões do pais. O trânsito é livre para as verdes, cidades ou pessoas; tudo é restringido para os amarelos; há supressão total da circulação dos vermelhos.

Assim 80% dos chineses voltaram a estar, como sempre estiveram, semi-soltos e trabalhando muito, enquanto o resto do mundo continua preso, menos nos países que estão fazendo coisa semelhante com os custos e limitações da liberdade democrática (ou quase) como Coreia do Sul, Cingapura, Taiwan, Alemanha e outros que, livres da contaminação em nível critico pela pandemia da conflagração ideológica, estão enfrentando o coronavirus com miolos em vez de bílis, aplicando testes e medindo temperaturas em massa e colhendo números tão bons quanto os da China.

Dinheiro e coordenação são as condições que nos faltam para transitarmos da quarentena burra para a inteligente a tempo de evitar o mergulho que estamos na iminência de dar da miséria para a miséria irreversível. Descobrir onde tem teste, quanto custa, como produzi-los na velocidade necessária; mobilizar “gargalos da quarentena” (supermercados, transportes, etc.) a medir temperaturas são formas de repercutir inteligentemente o modo burro de Bolsonaro afirmar sua parte da verdade desta epidemia e dispensa-lo de fazer a próxima “birra”.

Mas passar adiante dele empurrando-o para a reforma das reformas que, nem ele, nem muito menos quem hoje o critica, quis ou deixou fazer na profundidade necessária para acabar de uma vez por todas com o sistema de privilégios medieval que destruiu este país, seria a única forma da imprensa brasileira pagar a sua dívida histórica. Não só porque não escaparemos do abismo sem isso e porque tempo é tudo, mas porque foi pelo jornalismo pátrio nunca se ter dignado a fazer uma campanha de denuncia remotamente proporcional ao escândalo que são os privilégios da privilegiatura que a economia brasileira chegou a essa pandemia como o “velhinho” mais depauperado e de mais alto risco do planeta de morrer no primeiro minuto que faltar-lhe o ar.

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§ 30 Respostas para Quarentenas e coberturas burras ou inteligentes

  • marcos a. moraes disse:

    ridículo.

    MAM

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  • andré mastrobuono disse:

    Preciso!

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  • andré mastrobuono disse:

    Preciso!

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  • A. disse:

    Admiro muito o Fernão! E ele conseguiu se superar no último parágrafo!!!

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  • rubirodrigues disse:

    Realmente, regular e controlar a disseminação de um vírus como esse requer muita inteligência e organização. Impedir a disseminação, por enquanto é impossível. Deixá-la solta, à natureza do vírus, resultaria catastrófico. Se o Presidente não grita o caminho do meio não seria encontrado e mesmo MAM não pode deixar de reconhecer isso. Quanto ao fim da privilegiatura, só um novo modelo de estado e isso requer uma nova teoria de estado.

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  • Nivaldo disse:

    A impressão que me fica é que na sua burrice ele foi o único esperto que pensou na tragédia posterior à da saúde. Não atribuam qualificativos que ele não possue. Ele é desprovido de qualquer capacidade de análise critica. E as comparações com países tão distintos como a China, os escadinavos e alguns asiáticos carecem de muita informação complementar. Nós não resolvemos problemas tão básicos quanto o saneamento básico, e mesmo assim o energúmeno usou isso como exemplo positivo, que entendo que essas medidas básicas que conseguimos implantar já é um sucesso. A imprensa, quer dizer a midia, essa tal qual o capitão sem neurônios também para onde bate o vento em seu nariz. Até que estamos bem dentro dentro desse furacão, e não graças ao capitão energúmeno.

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  • Amperidónio disse:

    Seo Fernão
    350 bilhões de renúncia fiscal
    20 bilhões na zona franca
    10 bilhões oras automobilísticas
    4 trilhões de renúncias fiscal nos últimos 15 anos
    5 trilhões de débitos tributários não pagos

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  • Pedro Marcelo Cezar Guimarães disse:

    Infelizmente, o Brasil só teve e tem como opção política democrática e saneadora o capitão para lutar pelo povo nesse nosso fragilizado Estado republicano constitucional.
    Não obstante, sempre foi hora para vilipendiá-lo, que o diga a grande imprensa fake News.
    No caminho, as feras corruptas da “privilegiatura”, ressentidas pela abstinência do refestelar-se no erário público, impõem aos heróis nacionais de outrora, os mais idosos de cabelos brancos das passeatas, bem como a todos os nacionais, o confinamento indiscriminado!
    Qualquer resposta democrática possível fica amordaçada. As elites políticas locais (prefeitos e governadores), interessadas apenas na manutenção do próprio status quo afiguram-se como os malfeitores responsáveis pela destruição das garantias à liberdade e aos direitos fundamentais! .
    O totalitarismo, ora patrocinado pelo estratégico do P. C. Chinês, mete o pé na porta do brasileiro.
    Sobra covardia, em meio à luta para retomada do poder alçada pelo esquerdismo!!!

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    • marina alves dos santos disse:

      Esse homem que se reconhece”tosco” ao se expressar, observo-o há uns 4 anos jogando o corpo pra trás e fazendo gesto de disparo com as mãos, é uma incógnita. Destemido, surge em mercados, em padarias sempre requisitado para selfies e tudo mais. Haverá método nesse seu jeito? Quanto à mídia, segundo leio, sempre se abasteceu de verbas públicas que minguaram neste governo; por isso essa perseguição. O governo através de sua equipe tem feito um belíssimo trabalho que não se vê no noticiário. Esse povo que se alimenta do caos não pensa que a miséria do país será a deles também? Quem vai bancar essas empresas com suas celebridades e altos salários? E esses que nos governaram nos últimos 15 anos? Muitos deveriam estar detidos e estão aí querendo dar as cartas.Isso sim, é o fim do mundo!

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    • rubirodrigues disse:

      Realmente Pedro é de uma luta política que se trata. A pós-modernidade, em suas expressões dialética e socialista, inexoravelmente desmancha-se em virtude de contradições internas, embora entenda que seja em razão da ressurreição de ideologias positivistas de direita. Como fazer mentes doutrinadas pela ciência moderna entender, por exemplo, que existe universo para além do âmbito do espaço? Não é fácil, como você mesmo pode constatar meditando sobre a questão. Você também aprendeu que o universo está contido no espaço. Entretanto, o que você vê indica apenas que a matéria do universo está contida no espaço. Para igualar matéria e universo você teria que defender a tese insustentável da existência reduzir-se à matéria. Percebeu o tamanho da encrenca?

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  • Stelios Fikaris disse:

    Infelizmente, perdemos o timing da ação adequada quando nossos técnicos não apostaram na utilidade dos exames diagnósticos e não trabalharam para obtê-los, onde quer que existissem no mundo. Sairia, qualquer que fosse a quantia, mais barato do que sairá agora. Países como Singapura, Coréia e Taiwan apostaram nisso e lidaram bem melhor que o ocidente com a epidemia. Com testagem maciça no início, teria sido possível separar os portadores do coronavirus e seus contactantes do restante da população, permitindo que os soronegativos pudessem trabalhar. Aí sim a economia sofreria bem menos. Os exames ainda são muito necessários, pois há um número reduzido de diagnósticos e caminhamos às escuras, já que os milhares de pessoas com poucos sintomas ou assintomáticas não são identificados e, portanto, políticas públicas em relação a eles não podem ser implementadas. No atual estágio, infelizmente, a permanência das pessoas em casa se faz necessária e o comprometimento da economia ocorrerá. Tomar medidas como Bolsonaro faz não levam a nada, levará pancada porque não há qualquer fundamentação científica pra isso neste momento. Não é na marra que a economia vai crescer e pagaremos o preço de disseminação da doença. De qualquer forma o remédio será amargo e a outra opção parece mais amarga

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  • Carmen Leibovici disse:

    Essa pandemia vai passar sem eles terem resolvido nada a respeito.Burraldo e Maquiavel vão continuar brigando e o que será,será….
    A esperança é darem um final nesse indecente Fundo Partidário.Parece que estamos chegando perto de um final feliz a esse respeito.Será?

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  • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

    Gostei muito do texto e das charges, sendo que a última mostra algo bem possível – confisco de parte das pensões -, talvez depois das reformas Fiscal e Econômica, e então veremos aposentados morrendo de enfarte em número maior do que por ação do coronavírus.
    Fica valendo aqui o comentário que fiz no seu (POST) 25512, onde eu apresentei propostas para instalação de lâmpadas ultravioleta em fossos de elevadores, na entrada de supermercados , locais públicos de grande frequência necessária e em câmaras para a limpeza das cédulas de dinheiro, pois estas são portadoras de vírus, fungos ,bactérias e sabe-se lá mais o quê, provocando a diminuição da imunidade de cada um de nós simples mortais morrendo de medo do covid-19, a tal “gripezinha” que não atinge o super Bolsonaro, talvez alterado por tantos antibióticos que ingeriu durante as internações para se restaurar da facada desferida pelo tal “maluco”.

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  • Peter Spett disse:

    Parabéns Fernão,
    Ref Coluna – Estadão- 31/03/2020
    Grande texto, inteligente, equilibrado e lançador de sérias dúvidas quanto o real papel da imprensa nos grandes temas nacionais.
    Dúvidas que não são de hoje e que instigam a análise desse “quarto poder” em sua tarefa fundamental que é de relatar os fatos como são, manter sua posição equidistante e propiciar ao público elementos que permitam criar opiniões objetivas.

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    • Alexandre disse:

      Nossa imprensa abandonou de vez a ideia de informar e, já tem algum tempo, deu-se o papel de formar. Formar opinião.
      Abs,

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      • carmen leibovici disse:

        Na minha opinião,a imprensa séria continua a informar,o povo, em geral , é que não lê e interpreta os fatos apresentados ,pelas TVs inclusive, segundo suas ideias e gostos, instigados pela ” imprensa”não séria e mentirosa que abunda por aí , e por ” formadores de opinião”dos mais diversos setores,desde igrejas até ONGs,sindicatos e etc.

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      • Alexandre disse:

        Sobrou pouco dessa imprensa séria, Carmen. A maior parte só quer mesmo é impor sua visão de mundo.

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  • Olavo Leal disse:

    Em tempo de coronavírus x economia x ideologias, minha maior preocupação continua sendo o futuro do País. Explico-me.
    É notório que o PSDB não teve capacidade de fazer decolar a candidatura do Alckmin (meu voto seria dele, mas… desperdiçado). Em consequência, deu no que deu: PT x Bolsonaro.
    Agora, uns querem que o Bolsonaro renuncie e outros, o seu impichamento?! Acho que é inútil. Ele é grosso, tosco, finca os pés no chão, parte para frente, seguido por um grande grupo de fiéis, que se aproxima de 1/3 dos eleitores.
    (Isso é relevado a 2.o plano – intencional ou inocentemente? – pela imprensa em geral, inicialmente extasiada e depois perdida, com o fechamento das generosas torneiras orçamentárias abertas em 2003.)
    Ele foi assim desde 1982, vereador no Rio e depois deputado federal, eleito sequencialmente como campeão de votos fluminenses. Isso não é pouco e deveria ser estudado, com muito cuidado, pela imprensa!
    Agora, que ele está conseguindo, contra tudo e contra todos – políticos e megaempresários capitalistas de estado, que conhecemos –, arrumar o Brasil (isso é notório!!), será bom para o País que o abandonemos?
    Já que tive de votar nele – por pura incapacidade e inépcia do PSDB, histórica desde que FHC apoiou (!!!) Lula em 2002 – continuo honrando meu voto, apoiando-o. Que o PSDB admita sua incompetência e prepare um bom candidato para 2022 (ou 2026).
    O PT isoladamente – e a extrema-esquerda, como um todo – não tiveram capacidade de dar um pé no traseiro do Lula e reorganizar-se em torno de um novo nome, após o fragoroso fracasso de 2016. Caíram no conto do seu chefe de quadrilha, que indicou como candidato o… Haddad? Aquele que não conseguiu se reeleger na prefeitura que detém o 3.o maior orçamento do País? Quanta incompetência! Ou seria burrice mesmo?
    Daí, querem tb derrubar o Bolsonaro? 3.o turno não, jamais!!!
    (Eu prefiro o parlamentarismo, no qual o 1.o ministro faria o jogo político. Infelizmente, temos um presidencialismo burro – mas muito burro mesmo!!! – superconcentrado em Brasília, diferentemente do americano, onde cada governador tem a liberdade de 1.o ministro no seu estado.)
    Assim, sujeito a pedradas, continuo honrando meu voto e apoiando quem foi eleito, mesmo com os defeitos que tem – mas que não incluem a desonestidade!

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  • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

    Enquanto funcionários civis e militares brasileiros receberam do governo Bolsonaro aumentos salariais os cidadãozinhos aposentados e pensionistas continuam de quarentena até aprenderam a não reclamar do ostracismo em que vegetam. Quanto do dinheiro roubado pelos corruptos do erário público já foi realmente repatriado para beneficiar o Zé Povinho? Porque o governo Bolsonaro não encara de vez a questão de se pagar aos brasileiros – todos – uma renda mínima, antecipando-se a uma tendência mundial de desemprego? Vamos ter em breve uma casta de párias proporcionalmente maior que a da Índia? É o Brasil ainda não é para todos. Onde andará aqueles projetos de criação de empregos via construção civil, construção de ferrovias e de incontáveis obras necessárias para o saneamento básico. Cadê os bilionários brasileiros que não tomam iniciativa tendo um tremendo mercado como o Brasil, carente em quase tudo?

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  • Luiz Calejon disse:

    E muito agradável ler o Fernão. Preciso na análise, direto nos comentários. Muito melhor que a média dos articulistas atuais, incapazes de fazer uma análise isenta dos fatos, sem se deixar pender pra um dos lados, como se a vida política e econômica de um país tivesse necessariamente só dois lados

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  • Cirval disse:

    Falar em “jeito burro do Bolsoasno agir” é um tremendo de um elogio. Ele está abaixo de idiota, se não, débil mental. Como podem pessoas do mais alto nível achar que ele deve ser apoiado? Não deveria nem ter sido eleito. E vejam no que deu votar por exceção. Votaram em um sujeito que em 30 anos como parlamentar não teve um único projeto de lei que prestasse. Queriam o que? Um estadista? O sujeito foi carregado na campanha por meio dúzia de apaniguados e deduziram que era o povo que o carregava. Foi apoiado por milhares de robôs da internet dirigidos pelo filho 02, o mais agressivo de todos, com tendências ditatoriais. E por um astrólogo que vive na Virgínia. Os militares caíram no conto do vigário e não sabem como sair dessa. E por que temos que aturar um sujeito desse naipe? Diz e desdiz. Não fala uma coisa que preste. Divide o país muito mais do que dividiu o condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, o Lula. Mente na cara dura ou nas mãos cheias como dizia Castro Alves. Com expressivas fake news. O país precisava ter um Rui Barbosa nestas horas para dizer a verdade sobre o Bolsoasno. Neste momento mais difícil pelo qual passa o país ele insiste em desautorizar seus próprios Ministros em vez de uni-los em um mesmo objetivo. Aliás quantos Ministros do seu governo caíram até agora desde a sua assunção ao cargo? Perdemos a conta, não é? Se fosse a Dilma todos saberiam quantos. Até pedalada o sujeito que (des)governa o país provocou. Quem vai adivinhar o por quê do atraso na liberação de mais de 2 milhões de benefícios da Previdência, passadas para o ano seguinte? E dos benefícios da Bolsa Família? Tirou a ciência do meio do caminho para ser ele o ditador de regras científicas. Primeiro foi a pílula do câncer e, agora, a hidroxicloroquina. Falou da gripezinha e todos bateram palmas. É isso, presidente! O mundo está em transe, mas ele não está nem aí. Os velhinhos que ajudaram a mover o país, entre os quais cientistas, artistas, políticos, etc não servem mais. Nem como orientadores dos jovens de hoje. Ficarão sem pai nem mãe. Quem sabe criem um novo mundo. Mas partir do zero é mais difícil, porque as experiências se vão com o velhinhos “que iam morrer mesmo”. E o falso profeta, o Jim Jones ou Hitler Caboclo deste país jogado às traças continua a fazer das suas. Aquele que pulou do PSL quando as laranjas se aproximaram dele.Como já escrevi antes, anulei o meu voto. Nem Chico, nem Francisco. Covarde? Ensimesmado murista? Quem sabe. Até os apoiadores da campanha estão pulando fora do barco. Janaína Paschoal, Joice, etc. Um grande apoiador, o Ronaldo Caiado, também caiu fora para não ser atingido pelos estilhaços. De mão, é claro. Faz arminha, faz! Mas, como diziam os mesmo chineses aqui mencionados sem motivo, porque faz mais de 60 dias que informaram da existência do novo coronavírus e nada se fez em tempo porque a gripezinha não era nada, como diziam Trump e seu imitador barato, o “I love you”. As mortes vão dizer quem estava certo. Ainda, como diziam os chineses que é na dificuldade que aparecem as oportunidades. A o isolamento parcial tem que ser feito. Sair dele somente com segurança. E quais são as oportunidades? Na saída cobrar tudo o que foi gasto de quem pode pagar, como é o caso da privilegiatura (políticos, funcionários públicos de altos salários, militares de alto coturno, aposentados de altos salários, pensionistas filhos “adultos”, etc.), além de empresas que tiveram elevados benefícios fiscais. E não é hora de criticar a midia porque é ela que, hoje, orienta o povo neste vazio de orientação governamental, exceto alguns Ministros que todos conhecem. Estará na hora daqueles que se esbaldaram no mel a se acostumarem com o fel..

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    • Alexandre disse:

      No segundo turno, era Bolsonaro ou a volta do petismo.

      E a China escondeu sim a gravidade do problemas nas primeiras semanas (o que não justifica de todo os erros posteriores de subestimação do problema cometidos por autoridades dos outros países).

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  • pedromarcelocezarguimares disse:

    Nao podemos esquecer de que “comunavirus”,ha muito tempo, infectou a mente de convertidos e agora se lanca o contagio finaln na massa de desavisados. Nao duvido que se trata de uma III guerra, politico-economica, idealizada no P C Chines e recebida de bracos abertos pela nossa falange vermelha.
    Bolsonaro e Trump representam apenas a pedrinha no sapato dessa revolucao global.
    Nossos parasitas locais, comensais do Estado patrimonialista dadivoso regozijam com as novas possibilidades.

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    • Olavo Leal disse:

      Pedro: concordo com tudo que você escreveu. Não está sendo nada fácil para qualquer governante de direita manter-se na direção de seus objetivos dentro da atual conjuntura. Há muita atividade em torno do “Quanto pior, melhor!”. Pior para o povo, melhor para elles, claro!!!.

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  • ulrich milenhausen disse:

    Caro Fernao Lara,e incrivel como divergem os seus “comentaristas”. Uma substancial parte deles enxerga corretamente a sua visao nao so do virus, mas do mundo, lembrando sempre a parcialidade criminosa da justica, do legislativo e da casta publica que nao quetem abdicar do patrimonialismo que lhes e favoravel. Pena que nao da para se descobrir quem sao os infelizes e ignorantes, que nao aceitando suas posicoes inteligentes e corretas usam o espaco para meter o pay em voce. Terminando e para nao deixar nenhuma duvida,talvez a crise ajude a acabar com a PARASITA MAQUINA PUBLICA,mas continuo acreditando que so os homens da farda possam arrumar esta nau desgovernada.

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