Não há mais espaço para amadores

17 de setembro de 2019 § 58 Comentários

Artigo para O Estado de S. Paulo de 17/9/2019

A redução de despesas está proibida pelo STF. O mesmo STF que abriu o ano obrigando o país a gastar mais 16,32% com o funcionalismo com quem já gastava tudo. É inconstitucional impor decência aos meritíssimos que tomam R$ 727 mil ao favelão nacional para reformar piscinas e churrascarias climatizadas de suas mansões ou que se queixam do “miserê” de R$ 24 mil por mês fora mordomias e “auxílios” valendo três ou quatro vezes isso. E o país está tão arrombado que só fica sabendo desses escrachos quando os próprios escrachados se denunciam. Senão passa batido. Ninguém cobra. Ninguém investiga. Ninguém denuncia.

Já o aumento de impostos “está proibido pelo Bolsonaro”. A recriação da CPMF também. Ela tinha mesmo cara de desespero. Nada a ver com liberalismo ou Escola de Chicago. Mas é o único expediente capaz de jogar dinheiro a tempo no caixa de um governo que “já não tem nem para pagar rancho de soldado” (embora tenha pra pagar cavalo de salto de general). Fora daí cai-se numa reforma tributária real que implica desfazer um nó cego por metro pisando os calos de prefeitos, governadores e mamadores de tetas em geral. Falam nela ha 130 anos mas ninguém conseguiu nem começar…

O Brasil está atolado na ilusão de que poderá fazer as reformas todas de que necessita para deixar de ser um país tão indecentemente arcaico e injusto antes de aderir à democracia.

Não vai!

A ordem politica vigente é que determina em favor de quem são feitas reformas. Enquanto o povo continuar sendo a Geni da pseudo-democracia brasileira em cujo lombo todo mundo pode montar como e quando quiser impunemente; enquanto permanecer essa condição de invulnerabilidade absoluta dos governantes e funcionários públicos desde o momento em que o eleitor, que só participa do lance final, chancela com seu voto obrigatório as tramoias lá deles para ver quem terá o direito à primeira mordida na massa dos explorados pelos próximos quatro anos, não sairemos desse ramerrão dos remendos feitos para manter o doente vivo e explorável por mais tempo e não para curá-lo. E se alguém conseguir algum avanço na marra ou na manha, não demora nada — é juiz na cara de pau, é deputado montado em jabuti, é presidente com filho torto — tudo se desmancha e a bandidaiada volta rindo pra rua.

Administrativa, tributária, econômica, penal, da segurança pública, nenhuma reforma será feita para resolver os problemas do povo antes que façamos uma reforma política que ponha o povo no poder, armado para decidir a qualquer momento quem permanece ou não com mandato, quem mantem ou não o cargo público, quais as leis que ele se dispõe a seguir e que funcionários da justiça estão ou não empenhados em faze-las cumprir.

É a mesma lógica do desarmamento. É de um óbvio ululante que é impossível desarmar 100% das pessoas e, muito menos ainda, desarmar a bandidagem com uma simples canetada. Nos “países desarmados” no tapetão, como o Brasil que o foi contra a ordem expressa do seu povo que disse “NÃO” ao desarmamento no referendo de 23 de outubro de 2005 por maioria de 63,94%, só serão desarmados de fato os cidadãos obedientes à lei que passarão a viver totalmente à mercê da bandidagem armada. É essa a verdade que os 60 e tantos mil cadáveres de brasileiros assassinados clamam ano após ano aos céus. Mas se todo mundo estivesse ou pudesse estar armado a bandidagem é que passaria a ter de se cuidar antes de abordar alguém com más intenções. Não precisa sair dando tiro. É como a bomba atômica. Basta todo mundo saber que você tem para que comecem a te respeitar.

Na política é a mesmíssima coisa. Se o eleitor permanecesse “armado” antes e depois de cada eleição, apto a “atirar” a qualquer momento para retomar mandatos, demitir relapsos e corruptos, recusar leis de araque e mandar as suas próprias aos legislativos, os políticos e funcionários públicos é que teriam de pensar 10 vezes antes de agir movidos por interesses escusos.

É um raciocínio límpido, claro e translúcido como a própria luz do sol. E, para além da sua lógica manifesta, existe o fato de que todo o mundo que funciona funciona assim. É o argumento irrefutável do resultado. Menos para o “Brasil com voz”. Lá todo mundo faz questão de não ver.

O brasileiro foi levado desde lá de trás a acreditar que uma boa educação formal é o pre-requisito para a instalação de um sistema democrático e que, sendo este um país deseducado, democracia não é para ele. A verdade histórica é o contrario. A democracia é que é o pre-requisito para se conseguir forçar os políticos a entregar uma boa educação que, por sua vez, é o pressuposto de uma economia próspera e competitiva. Pode ter havido meia dúzia de suíços alfabetizados em 1290 quando inventaram a Confederação lá deles. E os americanos de 1789, assim como os de hoje, não se pareciam nada, como média, com James Madison, Alexander Hamilton e John Jay. A sorte é fundamental para que, na “hora H”, em vez da nata do Iluminismo, não lhe caia uma corte corrupta sobre a cabeça como nos aconteceu em 1808. Mas na Era da Informação a sorte pesa bem menos. Hoje pode-se saber e pode-se copiar o que dá certo como tem feito todo mundo que passou a dar certo.

O que não ha mais mesmo é espaço para amadores. Os inimigos da democracia são profissionais. Será preciso percorrer o caminho inteiro como eles vêm fazendo desde sempre. Apurar e sintetizar metódica e profissionalmente as ideias e informações fundamentais, mapear cientificamente o labirinto legislativo e a tranqueira institucional que se vai atravessar, estruturar redes nacionais como as que se ensaiou a partir de 2013 para semear sistematicamente a boa nova, concentrar absolutamente o foco e partir para o ataque sabendo exatamente por onde começar (distrital puro com recall mais despartidarização só das eleições municipais, por exemplo) porque a barreira é velhíssima e enorme e só poderá sofrer o furo que acabará por derrubá-la se todos os tiros se concentrarem exatamente no mesmo ponto.

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§ 58 Respostas para Não há mais espaço para amadores

  • luizleitao disse:

    FLM, voce esta certo. Mas notou que jose serra (nao gosto dele) prega o distrital misto, que eh enganacao?

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  • marcos a. moraes disse:

    “…Mas se todo mundo estivesse ou pudesse estar armado a bandidagem é que passaria a ter de se cuidar antes de abordar alguém com más intenções. Não precisa sair dando tiro. É como a bomba atômica. Basta todo mundo saber que você tem para que comecem a te respeitar…”

    Patético. Toda vez que vc argumenta ferra com a luta pela democracia. Por quê? Porque vc é um autocrata. Prova? está aqui:

    “…Mas na Era da Informação a sorte pesa bem menos. Hoje pode-se saber e pode-se copiar o que dá certo como tem feito todo mundo que passou a dar certo…”

    A era da Informação elegeu Jair Messias Bolsonaro, o amigo das milícias que vc aprovou, apoiou, votou e ainda hoje apoia.

    MAM

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    • Flm disse:

      Não estou falando de ministros mas do promotor cuja gravação bombou nas redes sociais na semana passada

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    • José Luiz de Sanctis disse:

      Armas são fortíssimos elementos de dissuasão sim. Se tivéssemos algumas bombas atômicas, ninguém estaria falando em internacionalizar a Amazônia. Se as pessoas de bem pudessem portar legalmente uma arma de fogo, bandidos não teriam a audácia que tem, por motivos óbvios. Patético é ver que tem gente que acredita que o desarmamento civil diminui a criminalidade. Quem defende o estatuto do desarmamento das vítimas deve achar que um criminoso iria requerer o porte de arma legal para cometer crimes ou acha que o bandido não consegue comprar uma arma por causa do atual estatuto do desarmamento. O desarmamento civil só favorece criminosos e bandidos, o resto são falácias para enganar os incautos. O voto distrital puro e o recall são armas para dissuadir os bandidos da política.

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      • José Luiz de Sanctis disse:

        E tem mais, copiar o que dá certo no resto do mundo não é demérito, é sinal de inteligência.

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      • Amaro de Souza disse:

        Copiar o procedimento de dissuasão nuclear desenvolvido pela França, é um instrumento Vital para a segurança do nosso país como demonstrou os últimos acontecimentos. O Ministério da Defesa tem que analisar e implementar esse procedimento urgentemente não podemos ficar à mercê dos países detentores do Poder Mundial.

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      • Amaro de Souza disse:

        Copiar o procedimento de dissuasão nuclear desenvolvido pela França, é um instrumento Vital para a segurança do nosso país como demonstrou os últimos acontecimentos. O Ministério da Defesa tem que analisar e implementar esse procedimento urgentemente não podemos ficar à mercê dos países detentores do Poder Mundial.

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    • Ricardo Luiz disse:

      Marcos os democratas genuinos entendem o que o autor deste site escreve. Creio que você, se for um individuo positivo, deveria dar a sua contribuição em sites mais, tipo populismo de esquerda.

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      • A. disse:

        Ricardo: admiro (e invejo) o seu modo diplomático de se dirigir a esse indivíduo “marcos”. Eu não tenho estômago pra isso: o “cara” usa esse espaço como escarradeira e acaba respingando em todos nós!

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  • Fernando Lencioni disse:

    Só tem um problema. Os salário dos ministros não são de R$ 24.000,00 por mês. Cheque a lista abaixo extraída do próprio site do STF:

    Nome
    Bruto (R$)
    Líquido (R$)
    ALEXANDRE DE MORAES
    39.293,32
    26.223,39
    CÁRMEN LÚCIA ANTUNES ROCHA
    43.615,58
    28.668,43
    ENRIQUE RICARDO LEWANDOWSKI
    43.615,58
    24.901,20
    GILMAR FERREIRA MENDES
    43.615,58
    25.655,99
    JOSE CELSO DE MELLO FILHO
    43.615,58
    22.128,37
    JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI
    39.293,32
    25.192,29
    LUIZ EDSON FACHIN
    39.293,32
    24.913,44
    LUIZ FUX
    43.615,58
    29.357,02
    LUÍS ROBERTO BARROSO
    39.293,32
    24.238,27
    MARCO AURELIO MENDES DE FARIAS MELLO
    43.615,58
    25.563,24
    ROSA MARIA PIRES WEBER
    43.615,58
    29.890,67

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  • Fernando Lencioni disse:

    No mais. Excelente artigo como sempre. Mas sempre que leio seus artigos me surge a pergunta: ok, mas… e agora… o que vamos fazer de concreto? Com todo respeito Fernão. Acho que não conseguiremos ir muito longe só com artigos. Precisamos de ações concretas no mundo real. Juntar pessoas dispostas a ir às ruas e onde mais for necessário para criar um movimento na direção das soluções que defendemos. Forçar a pauta. Ainda que seja iniciada por umas poucas centenas de pessoas idealistas.

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    • Jose Simoes Neto disse:

      Lecioni, estou 100% de acordo. Marque um almoço por adesão e me convoque. Estarei lá. Acredito que a excelente pregação do FLM já motiva número suficiente para partirmos para a ação, mesmo que seja só trocar ideia sobre o tema.

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      • Podem me incluir nessa.

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      • Flm disse:

        Fico à disposição.

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      • Fernando Lencioni disse:

        OK. COM O BENEPLÁCITO DO FERNÃO E ADOTANDO A SUGESTÃO DO JOSÉ SIMOES VAMOS COMEÇAR FAZENDO UM MOVIMENTO DE DIVULGAÇÃO JUNTO A TODOS QUE NÓS CONHECEMOS E NAS NOSSAS REDES SOCIAIS PARA PARTICIPAR DO ALMOÇO POR ADESÃO EM SÃO PAULO PARA REUNIÃO DIVULGAÇÃO E DISCUSSÃO SOBRE AS ESTRATÉGIAS – PASSEATA NA AV PAULISTA É IMPERIOSO – PARA LEVAR AO CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO EM GERAL E FORÇAR O DEBATE – SOBRE AS REFORMAS INSTITUCIONAIS QUE FORAM FEITAS NOS EUA DEPOIS QUE ELES SE DEPARARAM COM AS EMPREITEIRAS CORRUPTAS DELES – OS CHAMADOS BARÕES LADRÕES – E QUE TRANSFORMOU OS EUA NA DEMOCRACIA DAS DEMOCRACIAS E NA POTÊNCIA QUE É HOJE. INICIALMENTE VAMOS NOS COMUNICAR POR AQUI MESMO. PEÇO O ESPECIAL OBSÉQUIO DE QUE QUEM TIVER SUGESTÕES E PUDER COLABORAR DE ALGUMA FORMA POR FAVOR SE MANIFESTE. ABRAÇO A TODOS!!!

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    • Ricardo Luiz disse:

      Eu sugiro que , sempre que possível, façamos comentários em publicações diversas, que possam levar ao encaminhamento que pretendemos.

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  • Tereza Sayeg disse:

    Fernando, acho que é por aí: sairmos às ruas sempre que necessário. Não há outro caminho, porque não conseguiremos nada com a “representação” falseada desde sempre. O sistema é bom para eles, não para nós.

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  • Roberto Aires disse:

    Sr.
    nos últimos 15 anos foram 4 trilhões em renuncia fiscal para o empresariado; e tem ainda mais um troco no BNDES. a crer em v. s. o todo o mal decorre do funcionalismo, quando se sabe q a divida toda é de 6 trilhões sendo 4 dados aos empresarios muito competente no capitalismo babananeiro

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  • Mora disse:

    Essa é a verdade. Mas quem quer a verdade? É tocar zabumba na lua. Ninguém escuta. Vai demorar 200 anos. Antes o chicote de um senhor que poderá ser eventualmente um provedor do que a insegurança do caos onde se poderá perder o mínimo que se tem. Tudo manutenção da ordem de 1808. Na história do mundo sempre houveram senhores e escravos. Continua assim. Infelizmente. No pain no gain.

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  • José Luiz de Sanctis disse:

    Excelente artigo. Infelizmente estamos desarmados em todos os sentidos. Não temos como nos defender de criminosos comuns e nem dos políticos. É exatamente por isso que a corja da classe política, com raríssimas exceções, nos querem desarmados em todos os sentidos. O que podemos fazer é divulgar essa ideia, convencer os indecisos e continuar atirando exatamente no mesmo ponto.

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  • Este grupo poderia ler “Any Rand e os devaneios do coletivismo” de Dennys Garcia Xavier, disponível na Amazon para bem se instrumentalizar para essa guerra cultural em curso. Você vai riscar o livro do começo ao fim e ter resposta na ponta da língua para muita bobagem escrita por ai.

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  • Parabéns, Fernão. Fazendo a sua parte à perfeição. Tão livre de viés quanto possível.

    Não entendo o que uns estão fazendo aí, pegando um trecho de texto, arrancando-o do contexto, e analisando-o não sobre a lógica dos fatos, mas sobre “lógica” enviesada ideológica.

    E outros que concordam com você, mas que não satisfeitos com as suas colocações cirúrgicas, ainda querem uma solução para o problema.

    Obrigado pela análise, tenha fé, não desanime, continue firme no seu propósito.

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  • Claudio Roso disse:

    Perfeito. Mas como fazer a reforma política se é a ordem politica vigente é que determina em favor de quem elas serão feitas?

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  • flm disse:

    Trabalhando a mudança como um projeto profissional.
    De novo ponho-me à disposição de quem queira dar o 2º passo…

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  • Jorge dos Santos Filho disse:

    internet: 10 milhões de assinaturas… > reforma política já > voto distrital puro = início da revolução democrática de que o país precisa e nunca fez. Parabéns, FLM e outros possíveis jornalistas brasileiros lúcidos e combativos!

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  • Antonio Brigolatto Camona Barrionuevo disse:

    Vejo com muita tristeza que temos gente aqui que infelizmente não entendeu o que é democracia na essência de um regime político. Na democracia verdadeira a maioria ganha e os perdedores tem que abaixar a cabeça e seguir os ganhadores sem remar para traz. O senhor Fernão, esta lutando para que no Brasil seja implantado o sistema de eleições distrital puro com recall. Ou estamos com ele ou saímos de perto dele e vamos cantar em outra freguesia. Eu tenho trabalhado para divulgar como o sistema distrital puro com recall funciona, Já descobri coisas interessantes, 99% dos brasileiro votantes, ou nunca ouviu falar no sistema ou conhece muito pouco como ele funciona. tenho uma ideia e aceito ideias, Para que o sistema seja implantado na nosso capenga democracia teremos que trabalhar em dois passos. O primeiro passo seria a divulgação, como a ferramenta funciona. O segundo passo seria a convocação de passeatas pacificas para exigir dos políticos que essa ferramenta seja implantada na nossa democracia. Se você ficar sabendo que no próximo fim de semana, haverá uma passeata para reivindicar que os políticos implantem o sistema na nossa democracia e você não conhece o sistema, você vai participar? Se você conhece, você vai ou não vai? Os políticos tem horror de ouvir alguma coisa relacionada ao sistema distrital. Portanto para eles fazerem alguma coisa só na pressão de milhões de brasileiros nas cidades deste país em passeatas dizendo em uma só voz, queremos a implantação do SISTEMA DISTRITAL PURO COM RECALL na nossa democracia. Só ficar escrevendo não vai resolver a questão, temos que partir para a ação.

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  • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

    Meus cumprimentos Fernão por mais este excelente artigo de divulgação do sistema de voto distrital puro com recall, recheado de argumentos que todos os brasileiros entendem porque sofrem na pele há muito tempo a exploração pela privilegiatura e seus colaboradores, incluindo os maus empresários, estes sim, inimigos do Brasil que desejamos. Permita-me sugerir que elabores um caderno especial seriado e encartado no jornal O Estado de São Paulo, que possa servir de material escrito e passado de mão em mão e, ainda, ser livremente copiado, aos milhões, por todos os interessados na divulgação do voto distrital puro com recall aos cidadãos em geral. Aqui entram os verdadeiros empresários, não entreguistas, que se preocupam com o presente e o futuro imediato do Brasil. Poder-se-ia pensar até em se criar uma fundação que coordene os trabalhos necessários, mantida com a colaboração de doadores e participação de profissionais de diversas áreas como a da administração , direito, comunicação e outras. A cornucópia mantida com o sangue da Nação brasileira não mais abunda e breve quererão os donos da coisa pública impor mais derrama de impostos, ou lotear nossas riquezas entre devoradores internacionais do bem comum, nos levando-nos a perder a liberdade para decidirmos sobre nossas vidas. Tenho certeza que, nas entranhas e bastidores das instituições brasileiras, temos muitos cidadãos – penditos ? – que desejam denunciar grandes mazelas para a imprensa livre, democrática e responsável, como combustível para acelerar a compreensão do tamanho da bandidagem que acontece e para fomentar a participação do Povo, carente de verdadeiras lideranças catalizadoras, em direção a conquista do voto distrital puro com recall. Fim da máquina pública inchada e aparelhada e, pelo menos a partir de agora, dos penduricalhos infinitos nos vencimentos nababescos de milhares de funcionários públicos.

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    • flm disse:

      Não tenho nenhuma ligação com o comando editorial de O Estado de S. Paulo do qual sou acionista (muito) minoritário e apenas e tão somente colaborador na pagina A2 onde veiculam opiniões que não são a do jornal. Tenho, aliás, grande dificuldade de identificar qual seja a opinião do jornal…
      Qualquer esforço de estruturação de uma campanha em prol do voto distrital com recall e o resto terá de partir do zero. E como ja disse a outros dois leitores aí acima, fico à disposição para dar as coordenadas teóricas e táticas se alguém se dispuser a estruturar uma operação.
      Tudo sozinho não da pra fazer.

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      • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

        Fernão, sugeri que fossem publicados no Estadão cadernos sob sua orientação por ser um jornal de grande circulação , tanto na forma impressa em papel – palpável – como na mídia eletrônica, de primeira qualidade, para todo o mundo. Os cadernos seriam matéria paga ao jornal por colaboradores interessados na defesa do sistema do voto distrital puro com recall, sem que laços familiares sejam envolvidos, pois nem todos pensam e escolhem as mesmas vias para a defesa da democracia. O senhor tem feito bem a sua parte, cabe agora o Povo se manifestar em boas ações “focadas”. No Brasil os eleitores, de um modo geral, não participam sequer de reuniões partidárias para tomar iniciativas de cobrar toda a hierarquia de caciques a serviço dos que são donos da coisa pública, ao que parece. A discussão do sistema de voto distrital teria que ser iniciada dentro do Congresso Nacional, pressionado pelas Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas, mas diante de tantas cabeças com bocas auto-amordaçadas, e eventuais rabos-presos, no poder político-administrativo, só podemos esperar uma ação intensa de cidadãos bem informados e desejosos de fato do sistema de voto distrital puro, com consciência e discussões democráticas. É isto: ” O Brasil espera que cada um cumpra com o seu dever”. Tempus fugit.

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  • Iza Dias disse:

    Fernão, se há quem possa levar esse seu conhecimento a milhões de brasileiros em linguagem que atinja todas as idades e escolaridades, é o pessoal da Brasil Paralelo. Além do impacto inicial que poderia colocar esse Sistema Político em discussão nacional, os vídeos permanecem “vivos” na internet e continuam educando a população sobre o que é uma Democracia de fato. Pense nisso. Facilitaria muito o trabalhos dos que disseminam suas ideias.

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    • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

      Gostei Iza e lembro que toda a mídia deve estar envolvida. Temo apenas que, em medida e situação extrema, a informação via cibernética seja controlada e censurada, afinal a revolução que representa a proposta do voto distrital com recall incomoda muitos poderosos. Que adianta salvar se não pudermos retransmitir? Quem pode garantir nessa república surrealista que a censura, capciosamente disfarçada e respaldada em lei do Congresso Nacional, não retornará? Eu nãi creio em bruxas, mas…

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      • Iza Dias disse:

        Herbert, acho q ainda não corremos esse risco d censura nas redes quando o assunto é Voto Distrital. O silêncio sobre esse assunto ainda se restringe à imprensa e políticos local, como o Fernão várias vezes mencionou. É um segredo muito bem guardado por aqui.

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    • flm disse:

      Dei uma longa entrevista ao Brasil Paralelo ha um ou dois anos atras onde disse tudo que ha para dizer sobre esse sistema. Usaram uma ou duas frases anódinas no filme que apresentaram recentemente sobre 64. Não sei o que fizeram do resto da entrevista…

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      • Iza Dias disse:

        Pena o desperdício d material q nos seria tão precioso. Acho q somos mesmo muito poucos q percebem onde está a solução dos nossos tantos e diversos problemas.

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  • A. disse:

    …” e só poderá sofrer o furo que acabará por derrubá-la se todos os tiros se concentrarem exatamente no mesmo ponto.”
    – Sugiro que cada comentarista (menos um! – que todos sabem quem é) decline aqui qual é o “seu” alvo! Duvido que haja um consenso, que deve ser o primeiro passo para qualquer empreitada em comum.
    Abração a todos (menos um) e um especialíssimo ao Fernão!

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  • flm disse:

    O meu não foi escolhido por gosto mas em função de uma raciocínio tático. É a receita mínima para dar ao povo a condição de experimentar essa arma que, tenho certeza, vai vicia-lo desde a primeira vez que puxar o gatilho.
    O resto acontece sozinho…
    O maior erro dos brasileiros é querer sempre determinar O RESULTADO do jogo. Democracia não é isso. Democracia é determinar qual é A REGRA do jogo. Dada a regra básica – que é muito simples: “quem tem a ultima palavra em tudo é o povo” – o resto é confiar no povo que acontece sozinho. Só tem de fazer a regra bem feita pra não falsificarem a vontade do povo. É isso que os sistema distrital puro – e só ele – faz.

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    • flm disse:

      Mesmo porque pode fazer e faz todo sentido o povo não querer amanhã o que faz todo sentido que ele queira hoje. A boa regra é a que facilita, tornando ágeis e legitimas, essas super necessárias mudanças de rumo.

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  • Pedro Marcelo Cezar Guimarães disse:

    Constitucional e republicanamente armados:
    “,,,nenhuma reforma será feita para resolver os problemas do povo antes que façamos uma reforma política que ponha o povo no poder, armado para decidir a qualquer momento quem permanece ou não com mandato,…”

    Pessoal e legitimamente armado:
    “…Mas se todo mundo estivesse ou pudesse estar armado a bandidagem é que passaria a ter de se cuidar antes de abordar alguém com más intenções. Não precisa sair dando tiro. É como a bomba atômica. Basta todo mundo saber que você tem para que comecem a te respeitar…”

    O povo precede ao estado, este está a serviço e existe em razão daquele.

    Certo de que:
    Os cães ladram e a caravana passa.

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  • Pedro Marcelo Cezar Guimarães disse:

    Fernão, parabéns pelo texto magistral!

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  • Sonia Resende Barros disse:

    Fernao, mais uma análise verdadeira e corajosa da nossa situação política. Parabéns e obrigada.

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    • A. disse:

      Precisamos mais do que análises verdadeiras e corajosas. Essa é a função do jornalista; a nossa é AGIR. Como dizem os socialistas: “Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país.” (perdoem a brincadeira! Quem disse isso foi John Kennedy…)

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      • Fernando Lencioni disse:

        Por favor leia o que escrevi hoje acima em letra maiúscula

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      • A. disse:

        Sr. Fernando: o sr. tomou para si, em particular, um comentário feito em sentido genérico. Por favor, menos suscetibilidade! Estamos na mesma canoa. Vamos remar na mesma direção?

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      • Fernando Lencioni disse:

        Como assim? Desculpe só pedi para vc ler o anuncio que fiz com a autorização do Fernão para que comecemos um movimento no sentido de levar à concretude as nossas ideias. Só isso. Não me referi ao seu comentário. Desculpe se não me fiz compreender. Há apenas a intenção de começar um movimento reunindo as pessoas que sustentam estas ideais.

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      • Fernando Lencioni disse:

        Para facilitar. Transcrevo:

        “OK. COM O BENEPLÁCITO DO FERNÃO E ADOTANDO A SUGESTÃO DO JOSÉ SIMOES VAMOS COMEÇAR FAZENDO UM MOVIMENTO DE DIVULGAÇÃO JUNTO A TODOS QUE NÓS CONHECEMOS E NAS NOSSAS REDES SOCIAIS PARA PARTICIPAR DO ALMOÇO POR ADESÃO EM SÃO PAULO PARA REUNIÃO DIVULGAÇÃO E DISCUSSÃO SOBRE AS ESTRATÉGIAS – PASSEATA NA AV PAULISTA É IMPERIOSO – PARA LEVAR AO CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO EM GERAL E FORÇAR O DEBATE – SOBRE AS REFORMAS INSTITUCIONAIS QUE FORAM FEITAS NOS EUA DEPOIS QUE ELES SE DEPARARAM COM AS EMPREITEIRAS CORRUPTAS DELES – OS CHAMADOS BARÕES LADRÕES – E QUE TRANSFORMOU OS EUA NA DEMOCRACIA DAS DEMOCRACIAS E NA POTÊNCIA QUE É HOJE. INICIALMENTE VAMOS NOS COMUNICAR POR AQUI MESMO. PEÇO O ESPECIAL OBSÉQUIO DE QUE QUEM TIVER SUGESTÕES E PUDER COLABORAR DE ALGUMA FORMA POR FAVOR SE MANIFESTE. ABRAÇO A TODOS!!!”

        Gostaríamos de poder contar com a sua colaboração. Obrigado.

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      • A. disse:

        Sr. Fernando: obrigado pela explicação. Precisamos mesmo começar por nos fazermos entender. Voltaire: “Se queres conversar comigo, define primeiro os termos que usas.” Abaixo eufemismos, contradições e dubiedade. Abraço!

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      • A. disse:

        Do alto da minha insignificância e irrelevância, farei o que estiver ao meu alcance (limitadíssimo). Mas farei!

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      • Fernando Lencioni disse:

        Sr. A, respeitosamente, os termos de uma conversa informal são dados pelo contexto. Por favor, não me entenda mal. O contexto era a minha transcrição e minha referência ao texto em maiúsculo. O juízo de valor deveria ter se dado a partir daquelas informações. Não me interprete mal por favor não quero criar litígio quero apagar qualquer mal entendido ok? E ao contrário do que o sr pensa o sr pode sim muito. Só seu comparecimento já será muito. Obrigado.

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      • Fernando Lencioni disse:

        O Fernão não tem tempo para levar essa luta sozinho. Ele precisa secção um de nós. Cada pessoa quando se juntar ao movimento “Brasil tem cura” – denominação por ele sugerida – é extremamente importante. Conto com a sua participação e ajuda. Vou procurar por personalidades no direito para se juntar a nós nesse movimento cívico em favor do Brasil tenha certeza. Seria uma honra tê-lo conosco.

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      • Fernando Lencioni disse:

        “De cada um de nós “ em lugar se secção. Desculpe o corretor.

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      • Fernando Lencioni disse:

        “Que se juntar a nós “ e não quando.

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  • Adriana disse:

    Parabéns Fernão! As finanças iam estourar em 2019. Podaram o pouco destinado aos miseráveis e mais pobres, para manter o doente vivo e dando frutos. Na sequência, aumentam o banquete. O caminho é quebrar de vez! Infelizmente. Cada ajuste nos leva mais para-o buraco e amplia as benesses das castas superiores.Somos escravos, sem essa denominação. E nunca nos libertarão.

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    • Herbert Sílvio Augusto Pinho Halbsgut disse:

      Sra. Adriana, nossa força está em exercermos a nossa cidadania, esta é a melhor “arma” de que dispomos. Em política não existe o nunca e as situações podem mudar com rapidez em pouco tempo, ou durar uma eternidade. O Povo nas ruas maciçamente exigindo seus direitos, desde o município até governo central, faz mudar o “status quo” que hoje vigora em nossa Pátria. A História está repleta de fatos semelhantes. Há pouco eu havia escrito um texto bem contundente e fora de hora, meu computador pensou mais rápido – deletei sem querer – e me salvou. Deve tê-lo guardado para um outro momento adequado. Nos libertaremos, sim!

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      • Fernando Lencioni disse:

        OK. COM O BENEPLÁCITO DO FERNÃO E ADOTANDO A SUGESTÃO DO JOSÉ SIMOES VAMOS COMEÇAR FAZENDO UM MOVIMENTO DE DIVULGAÇÃO JUNTO A TODOS QUE NÓS CONHECEMOS E NAS NOSSAS REDES SOCIAIS PARA PARTICIPAR DO ALMOÇO POR ADESÃO EM SÃO PAULO PARA REUNIÃO DIVULGAÇÃO E DISCUSSÃO SOBRE AS ESTRATÉGIAS – PASSEATA NA AV PAULISTA É IMPERIOSO – PARA LEVAR AO CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO EM GERAL E FORÇAR O DEBATE – SOBRE AS REFORMAS INSTITUCIONAIS QUE FORAM FEITAS NOS EUA DEPOIS QUE ELES SE DEPARARAM COM AS EMPREITEIRAS CORRUPTAS DELES – OS CHAMADOS BARÕES LADRÕES – E QUE TRANSFORMOU OS EUA NA DEMOCRACIA DAS DEMOCRACIAS E NA POTÊNCIA QUE É HOJE. INICIALMENTE VAMOS NOS COMUNICAR POR AQUI MESMO. PEÇO O ESPECIAL OBSÉQUIO DE QUE QUEM TIVER SUGESTÕES E PUDER COLABORAR DE ALGUMA FORMA POR FAVOR SE MANIFESTE. ABRAÇO A TODOS!!!

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  • Luiz Calejon disse:

    Neste país de midias corruptas ou nada imparciais é um privilégio poder ler os artigos do Fernão. Ainda bem que temos alguns formadores de opinião desse jaez

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