Como sair da guerra do Rio

3 de outubro de 2017 § 43 Comentários

Artigo para O Estado de S. Paulo de 3/10/2017

A gente vive ouvindo o oposto mas, pensado o problema numa perspectiva histórica, o Brasil não é um caso de fracasso de um projeto educacional. Bem o contrário. Nós somos os que nunca reformamos o nosso. O mais resiliente dos casos de sucesso de um esforço de (des)educação para um modo de estruturar hierarquias morto ha pelo menos 240 anos. Não uma sociedade “an”-alfabeta nem uma sociedade de fugidos da escola. Temos sido meticulosamente “anti”-alfabetizados, na escola e fora dela, para a negação da lógica apenas lógica da ciência moderna que nasceu junto com ela desde as primeiras vitórias da democracia sobre o absolutismo monárquico. Pelo terror puro e simples da Contrareforma e da Inquisição, primeiro; pela proscrição da honestidade mediante o bloqueio sistemático do razoável pela burocracia desde a ocupação do estado pelas corporações de Getulio Vargas; pelos expedientes menos diretamente físicos de exercício de repressão por uma “hegemonia cultural”  fabricada pelos sócios da “privilegiatura” a partir da falência do socialismo real.

Na cultura ibérica de eternos “cruzados” contra os “infiéis” o ofício dos educadores (exclusivamente jesuítas nos primeiros 400 anos) e dos narradores a serviço de El Rei nunca foi interrogar ou relatar fatos mas sim elaborar “provas” da existência do que não há (mas sustenta um sistema multimilenar de poder). E isso vem numa linha de coerência que percorremos sem grandes solavancos pois, desde que o pecado passou a ser caracterizado também pelos “pensamentos”, além das “palavras e obras”, a prova cabal da inocência tornou-se impossivel e todos passaram a estar sujeitos à tortura o que transformou a mentira num imperativo de sobrevivência que a escravidão confirmou com o chicote, para além da ameaça da fogueira nesta vida ou na outra.

Era disso que falava Octávio Paz quando dizia que nós, católicos, sentimo-nos confortaveis demais dentro da mentira. Foi contra a versão institucionalizada dela que protestou o primeiro protestante. E só depois que a mentira armada de violência (o dogma) foi afastada do caminho passou a ser possivel perguntar-se porque, de fato, cai a maçã da árvore e fazer-se a luz que trouxe o mundo moderno ate onde chegou.

Só a lógica não-lógica requer força para se impor. Só a lei de Bolonha, a serviço do príncipe e não da justiça, precisa de 800 páginas a cada passo para desexplicar o que a inteligência naturalmente compreende. A lei comum e a lógica apenas lógica nascem com cada cabeça e consolidam-se com a experiência prática. E os espaços que ela não define de bate-pronto, os interstícios entre o direito de cada um e o do próximo, são o espaço do livre arbítrio, as fronteiras da liberdade individual. Ninguém tem nada com o modo como cada um os preenche.

Abrir-se ao absurdo requer uma intrincada construção que começa por negar a veracidade daquilo que os olhos vêm e os ouvidos escutam, passa pela subversão da ordem cronológica dos acontecimentos para confundir causas com efeitos e termina, no extremo, pela negação da concretude até daquilo que ocupa lugar no espaço e o tato pode palpar. Qualquer semelhança entre tais expedientes e tudo quanto caracteriza o divórcio do Brasil oficial com o Brasil real hoje não é mera coincidência. A democracia é o triunfo do senso comum (no sentido inglês da expressão), daí o esforço concentrado para desqualificá-lo como pouco sofisticado ou reacionário. Ela começa pela reafirmação das cadeias de causa e efeito que até as formas de vida mais básicas são capazes de discernir e apreender. O restabelecimento da primazia do fato sobre a versão que sua majestade dá dele é o que põe a vontade do rei “under god”, e a afirmação do direito igual para todos de ser e acreditar no que quiser e como quiser até à fronteira inviolável do direito do próximo, é o que põe o rei “under the law” como decretou o juiz Coke no ato de lançamento da pedra fundamental da democracia moderna na Inglaterra de 1605 (veja como foi essa história neste link).

Para quem parte do dogma e da repressão à verdade; para quem vive sob uma ditadura dos comportamentos “corretos” ou “incorretos”; para os nascidos e criados na Contrareforma vendo toda dissonância tratada como heresia ser purgada em autos-de-fé, é a vida quem imita a arte pautada por um “diretor”. Mas a libertação está no contrário.

A guerra do Rio de Janeiro, muito mais que à disputa pelo controle dos pontos de venda de drogas nos morros, está referida à guerra de Brasilia e ramificações pelo controle dos pontos de acesso às artérias e veias do Tesouro Nacional no serviço publico, nas estatais e nos órgãos de governo pelas corporações que se apropriaram do estado e sustentam os pretensos ditadores da “hegemonia cultural” sobre tudo que for capaz de produzir eco. Uma coisa é o espelho invertido da outra. A uns une o acesso ao privilégio; aos outros une o nihilismo que resulta da impotência do esforço e do merecimento, sem a consagração dos quais não existe meio de dar a cada um o controle do seu próprio destino.

Não ha como “vencer” a guerra do Rio. As forças armadas dos Estados Unidos com todo o seu poderio e insenção da suspeita de corrupção pelo vietcong não conseguiu vencer a do Vietnã. E de qualquer jeito, guerra urbana só termina no “padrão Síria”, com cidades inteiras reduzidas a pó. O Brasil só sai do inferno enriquecendo. E só começa a desempobrecer se quebrar a “privilegiatura”. Se a força continuar derrotando a razão; se permanecer aberta uma única fresta para justificar poder ou dinheiro senão pelo esforço e pelo merecimento; se existir qualquer outra forma de legitimar poder político que não seja pela definição absolutamente clara da representação popular, a circunscrição dessa representação aos limites seguros do distrito e a submissão completa do representante ao representado pela retomada de mandatos a qualquer momento e o referendo direto de toda lei importante pelos eleitores, só restará, no final, o fuzil. De toga, como na Venezuela, ou de balaclava, como no Rio.

 

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§ 43 Respostas para Como sair da guerra do Rio

  • Saulo Mundim Lenza disse:

    Parabéns Fernão, seu texto mostra claramente que existe saída para o Brasil e o Rio.
    Eu pergunto, existem homens e mulheres, probos (as), para promover um movimento neste sentido?

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    • Fernão disse:

      historicamente, saulo, essas mudanças acontecem quando se torna insuportavel continuar como esta.
      e nos estamos proximos disso.
      sorte sempre ajuda muito, assim como o surgimento da pessoa certa no momento certo.
      eu tento ajudar a sorte…

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      • Carmen Leibovici disse:

        Sorte mesmo e poder por a boca no trombone livremente,sem medo de ser reprimido e “malhado”,em busca de Justica e coerencia ,pois sem Justica e coerencia….
        Uma boa pitada de amor ao proximo tambem ajuda,se nao for o que verdadeiramente move a Roda desta vida.
        Ser Brasileiro tambem ajuda,pois nem todos os povos sao tao amorosos como o nosso,infelizmente.
        (Uma digressao seguindo a sua)

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      • Carmen Leibovici disse:

        O fato de o brasileiro ser um povo mais compreensivo e permeavel ajuda a promover mudancas positivas para todos,por mais paradoxal que isso possa parecer.
        (desculpe,hoje estao mto pensativa sobre essas coisas)

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      • MARCOS A. MORAES disse:

        muito bem! Texto magnifico; ajudou fortemente. MAM

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  • A guerra no Rio antecipa o futuro cultivado pelos políticos do Brasil. Sob a complacência dos cordeiros brasileiros incapazes de se organizar e realizar o trabalho coletivo necessário.

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  • Jose Simoes Neto disse:

    Sei que este espaço tem sido muito mais de reflexões profundas. Contudo, urge avançar para a pratica. As ideias difundidas neste e outros textos do Fernão, são extremamente válidas e deveriam ser experimentadas no Brasil. Quem as colocariam em pratica? Já é hora de algumas entrevistas difundirem estas, pessoas. Estou avido para valorizar meu voto.

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  • Fernando Geribello disse:

    “Tudo bem”. Mas o erro do procedimento foi primário: não deram poder de polícia às gloriosas Forças Armadas.

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  • Carmen Leibovici disse:

    “A guerra do Rio de Janeiro, muito mais que à disputa pelo controle dos pontos de venda de drogas nos morros, está referida à guerra de Brasilia e ramificações pelo controle dos pontos de acesso às artérias e veias do Tesouro Nacional no serviço publico, nas estatais e nos órgãos de governo pelas corporações que se apropriaram do estado e sustentam os pretensos ditadores da “hegemonia cultural” sobre tudo que for capaz de produzir eco.”

    Esse e o problema do Brasil,no Rio,em Sao Paulo e em toda parte.
    Infelizmente,ha um acordo tácito(talvez nap tao tácito)entre os políticos brasileiros(pelo menos gde parte deles)e o crime organizado.Eles se alimentam simbioticamente,conscientemente ou nao.O crime organizado ,do tráfico de drogas,do trafico empresarial agarrado ao parlamento,etc e etc,são todos criminosos buscando suas vantagens.
    O Brasil gravita em torno desse esquema,mas está morrendo por falta de “ar e agua”,que esse esquema suga todo para si proprio.
    O roubo não é só material.
    Isso precisa definitivamente acabar no Brasil.Políticos têm de trabalhar pelo povo e se forem pegos de outro modo,têm de ser extirpados da vida publica e punidos ,como qq outro brasileiro o seria.
    É os privilégios têm de acabar.Eles tem de receber salario para trabalhar,cumprir numero de horas e só.

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  • Zé Rezende disse:

    Fernão,
    admiro sua persistência em continuar pregando no deserto..
    vou continuar acompanhando.
    Quanto ao Rio, acho que vai terminar em Síria.
    Quantos anos seriam necessários para reverter a situação, ainda que por um milagre os governantes se tornacem honestos, competentes e com fundos suficientes para esta transformação?
    Dez anos?

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  • Adriana disse:

    Fernão, excelentes seus artigos. Gostaria que você abordasse em um texto a questão da vitaliciedade para algumas categorias privilegiadas. Salvo engano meu, esse é um privilégio de famílias reais, sendo que abrange a instituição e não a figura do rei, que pode ser deposto.
    Particularmente, considero muito extravagante e sem paradoxo esse aspecto da privilegiatura.

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  • Olavo Leal disse:

    “A guerra do Rio de Janeiro, muito mais que à disputa pelo controle dos pontos de venda de drogas nos morros, está referida à guerra de Brasília e ramificações pelo controle dos pontos de acesso às artérias e veias do Tesouro Nacional no serviço publico, nas estatais e nos órgãos de governo pelas corporações que se apropriaram do estado e sustentam os pretensos ditadores da “hegemonia cultural” sobre tudo que for capaz de produzir eco.”
    A realidade brasileira é muito difícil de ser definida, pois há uma excessiva concentração de poder em Brasília, ou seja, na União. Esta é quem dita as regras, seja para ela própria, para Estados, Municípios, entidades privadas (que visam a lucros ou não), escolas (do primário à universidade), clubes, entidades religiosas e – claro! – principalmente para o indivíduo.
    Todos somos escravos de um “Estado” excessivamente concentrado e multipoderoso (política e economicamente), que não tem a menor condição de conduzir 5570 municípios e 26 Estados mais o DF.
    Este “Estado” não consegue distinguir que o Brasil é regionalizado e, portanto, cada Unidade Federativa área deve ter recursos próprios para resolver SEUS problemas, ou seja, aqueles que o Município não consegue resolver.
    Na realidade, qualquer melhoramento a ser realizado em um município dependerá, sempre, da disponibilidade de recursos. Esses virão, sempre, da carga tributária. Ora, no Brasil os tributos são exageradamente centralizados em Brasília (cerca de 70%, representados por R$ 1,5 trilhão, em 2017). Estados ficam com pouco mais de 20% e municípios, com menos de 10%.
    Assim, não dá para Município e Estado planejarem nada para o bem dos seus cidadãos, pois este dependerá, sempre, do bom relacionamento com o governo federal, o que é consequência de qual partido governa a União, qual o Estado e qual o Município. Se eles não “se falarem” (caso muito comum), qualquer projeto será interrompido após uma eleição (seja no nível federal ou municipal). Com essa explicação, dá para ver como o País se tornou ingovernável.
    Nessa linha, a solução para o Rio, por exemplo, deveria partir do próprio Rio: políticos, entidades privadas, empreendedores, cidadãos etc.
    A União deveria estar preocupada, especificamente, em não permitir a entrada de drogas e armamentos nas nossas fronteiras.

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    • Reginaldo Andrade disse:

      A figura politica do ente município foi criada na CF de 1988. Não existe nada igual em nenhuma outra nação civilizada do mundo! Bastava a União e os Estados. Estes últimos poderiam criar distritos administrativos para descentralizar a gestão. Já imaginou a economia?

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      • Olavo Leal disse:

        Concordo em parte, Reginaldo. A maior economia está em tirar poder — econômico (= tributário) e político — da União. O cidadão está muito próximo do Município, pelo qual deveria ser atendido na maioria das suas necessidades, que são locais, específicas. Depois, o Estado complementaria e, por fim, a União, apenas com o que é comum a vários Estados (não compensando a estes a sua execução => FFAA, PF, Itamaraty, Justiça Federal (basicamente a Constitucional) etc. Parafraseando Ronald Reagan, nossa União assemelha-se a um bebê de colo: consome avidamente pela cavidade bucal e expele um monte de m….(desculpem a expressão) pela outra extremidade.

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      • Olavo Leal disse:

        Complementando, Reginaldo, a CF/88 não criou o Município – este sempre existiu, sendo até então considerado a célula-máter do País.
        A CF/88, que irresponsavelmente transformou nosso País neste exemplo de ingovernabilidade, elevou os Municípios ao mesmo nível dos Estados, ou seja, unidades federativas.
        Com isso, a famigerada União passou a transferir recursos diretamente aos Municípios, by-passando os Estados e reduzindo o poder de ambos, que postam-se sistematicamente de joelhos a Brasília.
        Bota maquiavelismo nisso!!!

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      • Reginaldo Andrade disse:

        Perfeito Olavo, bem corrigido. Realmente a CF não criou os municípios mas uma estrutura de estado triplo sem igual em nenhuma outra democracia do mundo.

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      • Adriana disse:

        Concordo! A imensa maioria dos cerca de 5.500 municípios brasileiros é deficitária. Os municípios no Brasil sugam receitas em proveito da máquina pública, sem beneficiar os municipes. Se houvesse falência para municípios, poucos continuariam a existir.

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    • Carmen Leibovici disse:

      Concordo com vocês, Olavo.A concentração de poder em Brasília beira o ridiculo e o trágico ao mesmo tempo.
      Num país com as dimensões do Brasil,só se ouvir e obedecer sobre o que se decide ali é patético

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      • Olavo Leal disse:

        Certo, Carmen. Basta ouvirmos, lermos ou assistirmos à nossa imprensa: quando ela se refere a Brasília, o termo é “o governo”, como se somente existisse esse nível de decisão. Ora, “o governo” deveria ser o municipal — muito próximo de nós e facilmente acompanhado pela população, que tem condições de exigir muita,mas muita mesmo!, transparência –, seguido do estadual, que complementaria o municipal naquilo que este não tivesse cacife para atender: rodovias, ferrovias, portos, grandes hospitais, universidades, política ambiental etc, etc. “O governo” (federal), como (não) “funciona” hoje, torna nosso País um corpo com excessiva hidrocefalia.

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      • Carmen Leibovici disse:

        É verdade,o enfoque precisa sair “DO governo”,até porque imagine o que não fazem os tantos pequenos governos(quase 6000 municípios)sem os olhos do povo e da imprensa sobre eles.Deitam e rolam.
        O sistema em nos incutido,como bem menciona este artigo,precisa ser alterado em direção ao sentido e ao bom senso.

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      • Carmen Leibovici disse:

        O sistema em nos incutido,como bem menciona este artigo,precisa ser alterado em direção ao sentido e ao bom senso da logica democrática,e a resposta esta mesmo em por nas mãos dos eleitores o poder de fazer e desfazer suas realidades comunitárias como bem entenderem.Recall,referendo,e iniciativas populares ,e, é claro,tirar a grana das mãos de Brasília,e acabar com todas estatais…

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  • Regina T disse:

    “Se devemos lastimar a criatura em oposição à lei do bem, com mais
    propriedade devemos lamentar o povo que olvidou a justiça.”

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  • Oscar Raul LFV disse:

    Que emblemática verve argumentatitva com aspectos do dragão escheriano deflty!

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  • Arnaldo disse:

    É isso. Na mosca, como sempre. Parabéns Fernão, é uma pregação que deverá dar frutos com o tempo…espero.

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  • A estratégia deve ser o combate pelas bordas do sistema. Assim, devemos preparar uma ampla campanha de privatização para ser incorporada na campanha política. O centro do foco deve ser a Petrobras, não apenas por uma transferência de ações, porém propondo um novo modelo energético que saiba alavancar a economia do país e fazer a gasolina chegar na bomba pela metade do preço atual.

    Esta cultura da privatização, estendendo-se para as estatais apenas papelíferas, permite desmontar uma parte substancial da privilegiatura, pois a diminuição do tamanho do estado e de sua numerosa corte abrirá as brechas para o desmonte progressivo do câncer de que convalesce o Brasil. Mãos à obra.

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  • fernandes disse:

    Perfeita e lógica contextualização. Creio que o tempo seja nosso maior inimigo diante de tantas mudanças necessárias e de um povo tão despreparado. O Rio representa hoje o que poderá ser o futuro do país, caso não se combata de imediato uma grave tendência, a infiltração do crime organizado nas instituições. Os sangue sugas do tesouro, como bem mencionado no texto, podem além de tudo estar nos colocando nas mãos de gangues institucionalizadas, afinal são os únicos, além de templos religiosos e Geddel, que possuem dinheiro vivo. Inimaginável um investimento de 4 milhões de reais em um túnel para viabilizar o maior roubo a banco da história. Se não coibirmos rapidamente este crescendo corremos o risco do nome do pretenso salvador, que o povo busca, atender pela alcunha de Marcola. Este, me parece, infelizmente ser o Brasil real.

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    • Olavo Leal disse:

      Antes disso, Fernandes, não surgiria um novo Mourão? O que seria pior? A vacina está no voto, em 2018. Limpeza total!!!

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      • Fernão disse:

        A resposta, senhores e senhoras, é abrir a possibilidade da reforma permanente e decidida pelas pessoas certas, ou seja, os eleitores. Isso se faz com recall, iniciativa e referendo.

        Se pensarmos em por na frente da ferramenta o produto, isto é, que reformas fazer no imposto, nas eleições, na segurança, etc. não faremos nenhuma ou faremos uma errada como serão sempre todas, e depois teremos de esperar o pais chegar ao caos de novo para forçar a próxima.

        O segredo está em tornar o erro barato ou corrigivel a custo baixo e prazo curto.
        A ordem dos fatores é, portanto, fundamental. Temos de abrir é a teforma permanente e não empurrar na frente este ou aquele pedaço dela. Foco é tudo. Ou desperdiça-se uma luta herculea e uma chance unica por muito pouco.

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      • MARCOS A. MORAES disse:

        é realmente fascinante que se tenha que responder um idiotice dessas…MAM

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      • Olavo Leal disse:

        ???

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      • MARCOS A. MORAES disse:

        desculpe-me, pois falei bobagem; gato escaldado é fogo…MAM

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  • fernandes disse:

    Sr. Olavo, o voto em todos os sentidos e formas efetivamente é o caminho.
    Sr. Fernão, quanto às reformas concordo plenamente, que sempre serão feitas de acordo com interesses, incompletas e casuisticamente. Criar um círculo virtuoso perene através dos eleitores no melhor espírito democrático é o caminho ideal.
    Como o Sr. enxerga o início desse processo?

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    • Fernão disse:

      como todos, fernandes: quando um numero expressivo de brasileiros conhecer e desejar a reforma, ela acontece, como aconteceu ate, recentemente, a queda de um governo do pt, coisa que ate bem pouco antes nunca imaginei possivel.

      difundir paciente e persistentemente essa receita é a tarefa que cabe a cada um de nos…

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      • fernandes disse:

        Perfeito. Obrigado por sua resposta. Por sinal o movimento de tabuleiro que vem sendo feito pelo MBL, se eles forem realmente liberais, pode trazer algum fruto já para as próximas eleições. É o único processo que vejo como promissor, pelo fato de engajar sem autoritarismo.

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  • Mara disse:

    Recall? Quem proporia esse recall? Se eles mesmos seriam os possíveis atingidos? Onde se legisla em causa própria, não há como sair do mesmo lugar. Precisamos de uma nova Constituição. Enxuta. Com palavras claras . Taxativas.Como pode uma lei admitir várias interpretações? Ministros também deveriam estar sujeitos a recall.

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  • Carmen Leibovici disse:

    Fernão,mudando um pouco de assunto,o que você acha daquela menina rastejando em volta de um homem nu no MAM ,é o que você acha sobre a divulgação da imprensa sobre esse caso?

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