O que fazer agora?

25 de maio de 2017 § 24 Comentários

Assisto o programa comandado por Gerson Camaroti na Globonews entrevistando Ayres Brito, ex-STF, um brasileiro de boa fé e que indubitavelmente gosta do Brasil (coisa rara hoje em dia),  e mais alguém.

E o programa acaba como todos acabam hoje: “Financiamento de campanhas só pelo estado é o remédio”.

Se a única alternativa aos 2ésleys e odebrechts é o estado é melhor desembarcar logo desse mundo. Porque a única coisa pior que essa corja é a corja do estado que criou esses dois.

Isso não é a saída, é o fim do beco; é o emparedamento da saída!

A única resposta que funciona para esse dilema é voto distrital puro que dispensa as quantidades de dinheiro de que só esses canalhas podem dispor única e exclusivamente porque atras deles esta o estado que agora querem deixar sozinho bancando as eleições. Faz sentido isso!

Se o candidato for o candidato do bairro, de um distrito eleitoral de um tamanho que faça sentido dentro da ideia de efetiva representação que, suponho, continua sendo tudo que visa a “democracia representativa“, ele só precisa de saliva e do dinheiro que seus próprios constituintes podem pagar para fazer campanha.

Esse remédio para montar legislativos e mais o referendo por iniciativa popular para bloquear todas as leis sacanas futuras e o recall para acabar com a impunidade dos representantes eleitos e você tem um país sob nova direção, com o direito à última palavra entregue a quem precisa de leis que prestem.

Isso inicia um processo virtuoso. Abre a possibilidade de irmos reformando o Brasil daí por diante, todo dia, pouco a pouco, defeito por defeito. Não tem outro jeito de fazer. Começar a conversa com listas enormes de reforminhas é o caminho mais seguro para não fazer nenhuma.

E o que fazer com o que está para trás?

Rever a constituição sob o critério inegociável da igualdade perante a lei, sem exceções. Isso basta para limpa-la de tudo que tem la que não presta.

Não tem de inventar nada! Ta tudo inventado ha 241 anos!

Tudo que nós temos de inventar é a condição para parar essa briga insana que nós não temos mais condições físicas nem materiais de levar adiante, dando a quem quiser aderir ao Brasil, nesta altura em que não sobra mais nenhum santo virgem em lugar nenhum nem do país oficial nem no país real, uma chance de se redimir.

Foco, senhoras e senhores! Três palavras para gritar e basta: IGUALDADE! REFERENDO! RECALL! Façam os seus cartazes e vão pra rua que sai. Tudo que a gente quis saiu. O problema agora é que ninguém sabe o que querer.

Ou é isso, ou vamos todos, engalfinhados, acabar exatamente onde querem nos levar os fascistas, arautos do ódio que babam fel e têm sede de sangue que o país inteiro viu atuando ontem dentro e fora do Congresso Nacional.

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§ 24 Respostas para O que fazer agora?

  • Carmen Leibovici disse:

    Acho que no fundo as pessoas gostam de se masturbar mentalmente com encrencas,com o perdao da expressao ,porfavor.
    Nao e possivel,esta na cara ima solucao simples e obvia,mas nao se vai fundo nela.E obvio que precisa organizar a confusao politico/eleitoral do Brasil,e as 3 chaves que voce coloca ,colocam o pais em gavetas e prateleiras tudo bonitinho.
    Acho sue as pessoas ,em geral,querem guardar alguma vantagem na bagunca,pois naoap e possivel que nao se implante a solucao dos problemas

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  • Carmen Leibovici disse:

    Obviamente os problemas ,e correspondences solucoes e buscas de solucoes,assim como conflitos de ideias evontades sempre existirao,mas e preciso sue se criem as regras para sue se resolvam pacificamente e com justica.essa e a funcao das leis,o que nos leva a conclusao de que o Brasil winds nap chegou nen a Hamurabi,quando ma is a Moises.Ja esta mismo na hora de civilizar.desculpe a divagacao…

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    • João B. Ventura disse:

      Concordo – Carmem -, mas é primordial que primeiro o sistema EDUQUE O POVO. Quando alcançarem esta meta, automaticamente terão SAÚDE, SEGURANÇA e tudo mais, inclusivel SABERÃO VOTAR EM PESSOAS SÉRIA E NÃO EM POPULISTAS, pois este tipo de gente nunca valeu nada. Eles dão em palavras e tiram com as duas mãos. Basta vermos a História Universal !

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      • Carmen Leibovici disse:

        Com o atual sistema politico/eleitoral/partidario e impossivel “educar”o povo,por isso e de imensa validate o que propoe o Fernao pois simplifica e objetiva o “sistema” em favor e beneficio do povo e nap em beneficio dos controladores do sistema,como e hoje

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      • Carmen Leibovici disse:

        Os controladores serao o proprio povo ,em suas respectivas comunidades,e isso e mto bom,pois casa pessoa e sociedade sabem muito bem o sue e bom para si.

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      • Carmen Leibovici disse:

        Hoje o poder de controle das decisoes sobre o Brasil ,e o poder de controle do dinheiro do Brasil,esta concentrado nas maos de prefeitos,governadores,e presidents da repuplica,que controlam os vereadores e deputados,e nos ficamos de maps atadas diante desse sistema montado.essas pessoas que controlam o poder sao tao pouco virtuosas,ou menos,do que todos nos,portanto estamos entregando nossos destinos em maos indevidas.casa um precisa cuidar e si e de seu “pedaco” e se responsabilizar por isso.ninguem precisa de (mas)babas,casa um precisa errar e acertar por si so em suas decisoes

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  • Fernando Lencioni disse:

    Fernão também passei por essa entrevista, mas não aguentei a ignorância do entrevistador e tirei do canal imediatamente. Infelizmente o nível intelectual dos jornalistas hoje é tão baixo que um canal voltado supostamente ao jornalismo de qualidade, pois fechado e pago, não apenas não consegue cumprir sua finalidade como vai contra o seu fim precipuo. Fico imaginando que esses profissionais não se dão ao trabalho de estudar os problemas que pretendem investigar e, por isso, vão para o trabalho fazer o mesmo papel que os leigos ou telespectadores fazem, ou seja, apenas sentar e ouvir as explicações dos entrevistados sem em qualquer momento questiona-los a respeito de caminhos e soluções já comprovados pela primeira experiência em outros países ou mesmo teses eventualmente propostas por estudiosos. Não, é uma conversa não diferente das tidas e mantidas nos botequins. Isso é jornalismo? Tenha paciência!

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  • Carlos Oliveira disse:

    Fernão,
    Infelizmente, pouquíssimas pessoas no Brasil hoje conhecem as alternativas ao nosso atual sistema eleitoral “presidencialista”, este que é a degeneração do bastardo Pacote de Abril de 1977, com mais as excrescências criadas depois: Fundo Partidário com o dinheiro do Contribuinte, dezenas de Partidos para Aluguel, horário eleitoral “gratuito” produzido por “marketeiros” venais, e por aí vai…
    Infelizmente, pouquíssimas pessoas no Brasil conhecem e entendem o sistema de eleição pelo Voto Distrital Puro – ao qual se opõem o de Lista Fechada e o tal Distrital “Misto” (em que uma parcela % é eleita em voto distrital e a outra % em Lista partidária fechada).
    Sou a favor do Parlamentarismo Unicameral (com extinção do Senado), i.e., pelo fim desse “nosso” medieval Presidencialismo intuitu personae (quase um Absolutismo!) c/c. um legislativo bicameral. Dentre os países democráticos relevantes, parece que tal sistema só deu certo nos EUA, porque eles são, de fato, uma república Confederada – e não uma Federação “ajuntada” em 15.11.1889 como é o Brasil.
    Precisamos desse debate mais que tudo.

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    • Fernão disse:

      “so deu certo” nos EUA e Inglaterra

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    • Fernão disse:

      “so deu certo” nos eua e inglaterra pq foram os unicos que tentaram e por isso sao as unicas democracias de verdade e se destacam do resto do mundo em literalmente TODOS os aspectos

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      • Carlos Oliveira disse:

        Concordo em gênero, número e grau.
        Sobretudo EUA e Inglaterra se destacam na severidade e seriedade dos juízes e promotores na aplicação impessoal da Lei.
        Basta ver a diferença na aplicação da Lei – vide o caso EUA x Bernie MADOFF, 2008 – e aqui a presepada (PGR + STF) no “nosso” caso JBS ÉSLEYS, 2017.

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      • Adriana disse:

        Será que após essa hecatombe, inclusive apoiada e patrocinada
        por uma muito influente rede de televisão, nossas lideranças colocam esse tema em discussão? Tem que mudar o sistema político para desarmar até mesmo a armadilha em que todos caímos, inclusive os políticos.

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      • Fernão disse:

        eles nao porão nunca.
        nos é que temos de fazer isso.
        quando o povo quer derruba ate governo do pt!

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  • Adriana disse:

    Fernão, tem uma petição do movimento #euvotodistrital. Por falta de divulgação, tem pouquíssima adesão. Acho que o pessoal à frente do movimento, poderia nesse momento, adequado e de discussão de política, se colocar na discussão das alternativas que temos. Principalmente por ser a melhor alternativa.

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  • Ronaldo Sheldon disse:

    Sua proposta tem uma lógica simples, cristalina, inquestionável e, em sendo implantada sem desvios, resolverá definitivamente os nossos problemas. Por que será que até agora nenhum Político/Partido ou Movimento Popular a encampou?
    Tá difícil, e o país escoando pelo ralo.

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  • Mara disse:

    Concordo com o Fernando Lencioni: É lamentável a ignorância dos jornalistas principalmente da imprensa falada rádio e televisão. Basta ver os erros de gramática. Conforme o erro você já duvida da capacidade de raciocínio dos caras como bem denuncia o Olavo de Carvalho. Sem contar o esquerdismo e o fanatismo politicamente correto. . Suponho que isso deve-se ao sistema de Supletivo onde você faz um curso noturno nível I, nível II daí está apto para cursar a Universidade e aí, de posse do diploma sai dizendo abobrinhas. Conclusão: Sem uma profunda mudança no Sistema Educacional não há luz no fim do túnel. A qualquer momento, por uma coincidência qualquer, acontece uma ajuntada de gente nas ruas como em 2013 quando parecia que as coisas mudariam. Também no apoio ao impedimento da daquela doutora economista de araque. Eu acredito que pode acontecer de novo. Eu pouco posso fazer na minha avançada idade aqui em Bertioga. Posso acender vela e orar.

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  • Mara disse:

    Outra coisa sobre o politicamente correto é a constatação de que tanto como o esquerdismo que domina as escolas e o jornalismo domina também os juízes do STF. Imagina só, indenização em dinheiro para presidiário contrariado com o tratamento recebido. Não digo que sejam maltratados mas haverá outra maneira de resolver as coisas. Mais populista que a Ministra Carmem Lúcia? Dizem que pretende se candidatar. To fora! Essa gente pensa que dinheiro dá em árvore.

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    • Adriana disse:

      Também acho que há um esquerdismo judicial. São os denominados garantistas. Quando se garante algo a alguém, em qualquer país, mas em maior força em país miserável como o Brasil, se tira de muitos outros qualquer garantia e dignidade.
      Eles acham que são seres superiores, mas não sabem lidar com contas básicas, de primário. Então concluem que direitos garantidos pela constituição são deveres estatais, mesmo que não exista dinheiro para cobrir tais despesas. Em resumo, pensam mesmo que dinheiro dá em árvore.

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      • Fernão disse:

        esquerdismo = a dinheiro facil/o servidor decidindo o seu proprio salario e aposentadoria.
        as do judiciario sao as maiores do Brasil.
        tem juiz ganhando nais de 500 mil/mes!

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  • Rafael DF disse:

    Bom dia! Vocês tem algum material além do que já existe aqui no blog ou livros sobre o voto distrital com recall? Como se deu esta experiência em outros países? Obrigado!

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