Ainda o Uber, ou Como a democracia devora-se a si mesma

7 de agosto de 2015 § 55 Comentários

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Salvando o Capitalismo dos Capitalistas, de Raghuram G. Rajan e Luigi Zingales, é uma desssa preciosidades que merece ser lida por todos os brasileiros que ainda não desistiram de ter um país próspero e decente para seus filhos, especialmente neste momento em que andamos mais “perdidos no espaço” do que nunca.

Os americanos não sabem vender o peixe do seu sistema de capitalismo democrático, para começar porque, nascidos e criados nesse ambiente absolutamente excepcional tomam-no como padrão de normalidade e, assim, não têm olhos de ver o que ha de tão diferente nele em relação ao que existe por aí nem, muito menos, precisar o que é decisivo no sistema deles para fazer essa diferença. Luigi Zingles e Raghuran Rajan, que vêm de variações do mesmo ambiente viciado em que nós vivemos onde não ha fronteiras nitidas entre o Estado e o Capital, ao contrário, enxergam com absoluta precisão que diferenças são essas e quanto elas pesam para definir o quadro das liberdades civis e a eficiência da economia americana comparada às do resto do mundo.

É o tipo de estudo, enfim, em que o Brasil terá de mergulhar fundo antes de conseguir desatolar do brejo em que vive.

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O Vespeiro foi praticamente inaugurado com uma análise de Zingales sobre a crise de 2008 — “O Capitalismo depois da crise” — que é outra preciosidade e ainda pode ser encontrado acionando a busca aí em cima.

Anteontem, quando publiquei o artigo sobre a disputa Uber x taxistas, Ruy Mesquita Filho, meu irmão, enviou-me este exerto do livro que explica em termos muito mais precisos e técnicos que os que eu usei, exatamente a partir do exemplo do sistema de licenças para taxis, como e porque vai se dando essa metamorfose dos “estuprados” em “estupradores” nos sistemas de privilégio como o nosso, que teremos de entender para poder banir, e de banir para podermos virar um país decente um dia.

O capítulo chama-se “Porque são construídos os canais errados” e começa na pág 179 do livro. A tradução não é brilhante mas é suficiente. Vale a pena ler porque, além da questão dos taxis, aqui se entende também porque nossos políticos não chegam à tão requisitada “união nacional” … para iniciar uma discussão sobre os seus próprios privilégios:

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Dois economistas, Mancur Olsen e George Stigler, argumentaram em trabalhos separados que pequenos grupos de interesse concentrados têm poder desproporcional nas democracias. Esta idéia, que firmou raízes na Universidade de Chicago, é simples e poderosa. Um exemplo pode esclarecer a lógica do argumento.

Em muitas cidades do mundo desenvolvido, o numero de taxis em circulação é rigorosamente regulamentado. A maioria das cidades distribui licenças que dão ao proprietário o direito de conduzir um taxi. Em Nova York esse numero é exatamente 11.787 e nos últimos cinco anos não foram emitidas quaisquer novas autoriozações. Quem desejar operar um taxi precisa adquirir a licença de um taxista já licenciado. Os preços das licenças podem chegar a patamares extremamente altos (mais de US$ 200 mil no caso de Nova York na época que o livro foi escrito) sugerindo que a demanda excede amplamente a oferta.

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Do ponto de vista de um economista isso é uma aberração. O alto preço das licenças sugere que ha entrantes em potencial que desejariam dirigir taxis mas não podem fazê-lo. Essa restrição à operação do mercado parece inadequada. Contudo o publico raramente protesta, mesmo quando a grande dificuldade de conseguir um taxi lhe causa inconvenientes.

Quando se pergunta à prefeitura, a explicação habitual é que as restrições à concessão de novas licenças resultam de alguma combinação de motivos estéticos, ambientais e de qualidade de serviço. Maior numero de licenças implicaria ruas mais congestionadas e motoristas menos polidos. Alem disso, uma concorrência acirrada entre taxistas não favoreceria o público em geral porque haveria menos incentivo à manutenção da frota ou à contratação de motoristas mais educados e competentes.

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Esses argumentos são falaciosos. A maioria das cidades não impõe qualificações mínimas para motoristas de taxi. Os proprietários de licenças não têm maiores incentivos para contratar melhores motoristas (ou para a manutenção de veículos) simplesmente porque ha barreiras à concorrência; na realidade eles têm menos incentivo do que se vigorasse a concorrência. A razão verdadeira para a restrição à concorrência é a óbvia: os detentores de licenças se beneficiam.

Como é que eles conseguem isso? A resposta é simples. Os governos de países democráticos reagem a pressões. Grupos organizados podem exercer mais pressão do que os desorganizados: podem pagar anúncios na televisão; podem falar com funcionários da prefeitura, podem contribuir generosamente para campanhas eleitorais … quais os grupos mais fáceis de organizar? Um pequeno grupo como os de proprietários de licenças para dirigir taxis tem interesses comuns e se reune regularmente em eventos ligados ao ramo. Pode elaborar rapidamente uma pauta consensual. Já o público em geral é formado por pessoas com motivações e gostos muito diferentes. Todos partem de diferentes locais. É difícil organizar qualquer encontro, quanto mais falar com a mesma voz.

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Os clientes se beneficiam de um mercado de taxis concorrencial. Mas cada um deles é pouco beneficiado pelo aumento no numero de taxis, em geral demasiado pouco para justificar qualquer envolvimento político. Além disso os clientes estão dispersos, muitos deles moram fora da cidade, de modo que o custo de ações coordenadas se torna proibitivo. Também é oneroso para qualquer um deles se informar a respeito dos pormenores do problema, se os taxistas e a prefeitura estão certos do ponto de vista econômico ou se estão escondendo a ganância por tras de argumentos falaciosos. Essa ignorância racional é exacerbada pela facilidade com que cada cliente individualmente pode se esconder atras do grande numero de outros clientes e tentar pegar uma carona em suas atividades políticas.

Ja cada um dos donos de taxi é muito afetado pela concessão de novas licenças e tem incentivos para se informar de suas opções políticas. Portanto, os proprietários formam um pequeno grupo bem identificado, que pode facilmente atuar de forma coordenada. Em consequência, mesmo numa democracia, seus intereses muitas vezes prevalecem, apesar da ineficiência das restrições que defendem.

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Os economistas não podem ver ineficiências sem perguntar se não haveria uma maneira melhor de fazer. Se os proprietários de taxi têm tanto poder político, não poderiam aceitar abrir mão de seus privilégios em troca de um pagamento por parte dos clientes? Afinal, todos ficariam em melhor situação.

Infelizmente essas trocas não ocorrem. A falacia dos argumentos dos taxistas em favor das restrições seria revelada (afinal eles estariam dispostos a abrir mão da restrição em troca de dinheiro e aí ficaria claro que a sociedade não estaria no caminho da perdição com o aumento do numero de licenças). E ao deixar de ser ignorante o publico poderia votar pela expansão do numero de licenças deixando taxistas em pior situação do que antes.

De modo mais geral, os privilégios políticos são às vezes tão tênues que não podem ser negociados porque o ato de negociá-los os destruiria. Agora podemos ver como este marco de referência pode explicar por que é possível atrasar o desenvolvimento financeiro“.

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§ 55 Respostas para Ainda o Uber, ou Como a democracia devora-se a si mesma

  • Fernão, valeu. Vou comprar e ler, frise-se.

    “Os proprietários de licenças não têm maiores incentivos para contratar melhores motoristas (ou para a manutenção de veículos) simplesmente porque ha barreiras à concorrência; na realidade eles têm menos incentivo do que se vigorasse a concorrência. A razão verdadeira para a restrição à concorrência é a óbvia: os detentores de licenças se beneficiam………..pressões etc etc”

    Lembra muito aqui o Estado regulando tudo em especial na Petrobras, nacionalização de equipamentos , participação ao pré-sal

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  • Carmen Leibovici disse:

    Interessante.Eu só me pergunto se esse sistema foi criado “espontaneamente”ou se foi planejado.Você sabe?

    Quando me formei,há muitos anos atrás,comprei um livro,que acabei nunca lendo(ainda,talvez,lerei) ,mas peguei agora na prateleira pois achei,talvez,a propósito sobre o assunto que você aborda.

    Chama-se “o negócio é ser pequeno”(small is beautiful)de um escritor chamado E.F.Diz assim a contracapa:….”A tese defendida neste `estudo de Economia que leva em conta as pessoas`,…..torna evidente a trágica verdade de que a humanidade está sendo desvirtuada pelo culto obsessivo do crescimento econômico ilimitado.As dificuldades e os perigos com que hoje não nos defrontamos não resultam de nossos fracassos mas,pelo contrário,dos nossos êxitos.Uma sequência contínua de êxitos na mesma direção intensificou os nossos os nossos problemas….”Enfim,por ai vai.

    Mas eu acho que nós aqui no Brasil ainda estamos longe dessas reflexões.Para nós ainda falta construir o “lar”.

    Vou dar o exemplo que conheço a esse respeito e esse exemplo está em Israel.
    Lá,como é um país que recebe sempre algumas levas de imigrantes e tb é um país que cresce,criam-se cidade do nada,rapidamente.Então se cria uma praça,um centro comercial,um centro médico,pavimentam-se as ruas,e começam a se construir as casas.Do “lado de fora”da cidade,a infraestrutura ,em forma de rodovias ,postos de combustível,etc ,se já não estava pronta ,tb é construida.Aí,com a infraestrutura pronta,as pessoas tem conforto para começar a “correr atrás”.

    Nós ,aqui,estamos ainda num certo caos.Este Brasilzão anda no tapa.Falta planejamento de infraestrutura para as pessoas começarem a pensar no nível que você está pensando.Falta construir o lar.

    Eu penso assim,não sei se concorda…

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  • Carmen Leibovici disse:

    escritor E.F.Schumacher

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  • Carmen Leibovici disse:

    Além da infraestrura inteligente e planejada ,a roubalheira e o desperdício precisam acabar.Aí vai ficar tudo limpinho e bonito para as pessoas progredirem em paz.
    A corrupção e a roubalheira PRECISAM acabar no Brasil.

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  • Carmen Leibovici disse:

    Desculpe,como fui digitando e o teclado está falhando,copiei errado algumas coisas:

    “As dificuldades e os perigos com que hoje(tinha um não a mais ai) nos defrontamos não resultam de nossos fracassos mas,pelo contrário,dos nossos êxitos.Uma sequência contínua de êxitos na mesma direção intensificou os nossos os nossos problemas….”Enfim,por ai vai.

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    • Uma coisa que vale a pena ler com ou sem uber.

      Não sei quem é o autor dessa coisa,mas é uma coisa boa de se ler…

      A palavra “coisa” é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português.

      A natureza das coisas: gramaticalmente, “coisa” pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma “coisificar”. E no Nordeste há “coisar”: “Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?”.

      Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as “coisas” nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. “E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios” (Riacho Doce, José Lins do Rego).
      Na Paraíba e em Pernambuco, “coisa” também é cigarro de maconha.

      Em Olinda, o bloco carnavalesco “Segura a Coisa” tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: “Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já.” E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o “Segura a Coisinha”.

      Na literatura, a “coisa” é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.

      Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de “a coisa”. A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: “Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!”

      Devido lugar: “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (…)”. A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. “Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca.” Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.

      Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta “Alguma coisa acontece no meu coração”, de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).

      Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!

      Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem “Coisinha de Jesus”.

      Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, “coisa nenhuma” vira “coisíssima nenhuma”. Mas a “coisa” tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré (“Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar”), e A Banda, de Chico Buarque (“Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor”), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou.

      Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: “Coisa linda / Coisa que eu adoro”.

      Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquecem, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o “rei” das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.

      Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, “são tantas coisinhas miúdas”). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade (“ô coisinha tão bonitinha do pai”). Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. “Esse papo já tá qualquer coisa…Já qualquer coisa doida dentro mexe.” Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: “Alguma coisa está fora da ordem.”

      Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.

      A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: “Agora a coisa vai.” Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!

      Coisa à toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: “Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente.” E, no verso do poeta, “coisa” vira “cousa”.

      Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para serem usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.

      Mas, “deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida”, cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda.

      Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: “amarás a Deus sobre todas as coisas”.

      ENTENDEU O ESPÍRITO DA “COISA” ?

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  • Luiz Barros disse:

    Fernão:
    Boas pistas foram passadas a um reporter que queira desenvolver uma reportagem extensiva e aprofundada sobre uber e taxistas. Pistas indicando aspectos jurídicos, nos comentários do último post, e em seu segundo artigo, agora, complementadas por considerações econômicas, sociológicas e políticas.

    Agora falta saber se isto despertará o interesse em produzirem-se reportagens sobre o tema, que mereçam o nome. Mais que isto, resta saber, também, até que ponto a imprensa comporta hoje tal tipo de trabalho que, inclusive, envolve custos. Repercutir é barato. Destacar jornalistas para ficarem semanas ou sabe-se lá quanto tempo trabalhando em reportagens de fundo… é caro. Sem falar na ideologia, assunto que você sempre aborda.

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  • Meu caro Fernão Lara Mesquita, vamos acabar com esta falácia, e vamos dar nomes “ás coisas”. É uma falácia em nome da livre iniciativa incensarmos um ramo que teoricamente gozaria das benesses estatais. tendo a isenção de alguns deveres para com o teórico bem-comum, em detrimento àqueles que obedecem a regra do jogo. O jogo é denominado Ética Concorrencial. Tomara que a ganância do Lucro engula e esfole esse bando de aproveitadores. E para que o assunto morra no inferno das insignificâncias lembro a definição de Ética que nos deu o finado psiquiatra Dr.Lenilson Tabosa Pessoa: “Ética é uma forma da mais pura Defesa de Interesses.” Então que impere o Lucro nesta infame sociedade que nem ao menos defende seus direitos. Quando cochilamos os monstros aparecem, não é mesmo. Em anexo algumas reflexões sobre Ética (uma palavra tão espancada) Concorrencial publicada na revista ETCO.

    http://www.etco.org.br/user_file/revista/etco_18.pdf

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  • Em deferência ao Cobucci, o filme indicado da semana é “A COISA”.

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    • Grato pela deferência Eduardo.

      Coisas e coisas pelas quais passamos, fazendo da coisa ética uma ferramenta aos mais impróprios objetivos. Idem a dēmokratía tão desmoralizada pelo abuso levando a passos largos a anarquia. Aliás, é a do momento.

      São tantas desnecessário indicar mas não a fuga das verdadeiras soluções trocadas por afirmações obtusas, insultos óbvios, exageros audaciosos e a sempre constante mentira .

      Não perco mais tempo em discutir ideias e sobretudo dogmas porque o momento é terrível. Pouco me importo se idiotas covardes usam da constituição à seus próprios interesses repetindo a mesma tese a exaustão, mostrando-se levados por interesses mentais abstratos ocultando a permanência do poder ao mesmo tempo em que mostram da perda do discernimento da coisa moral.

      Pior são os que levados às conversas “coisa fiada” ficam discutindo o certo do errado ou o sagrado do profano, não raro à atender suas intelectualidades e vaidades pessoais.

      Pouco me interessa a coisa uber ou sem uber, se é bom ou ruim que fale o mercado consumidor. Se for uma merda ninguém vai querer e se alguém gostar que use e abuse a vontade. Leis de mercado nenhuma legislação consegue evitar de sua ocorrência, mesmo em regimes fortes ( assim surgiu o o contrabando patrocinado com a conivência dos mesmos que proíbem)

      Precisamos da tal da coisa ação, seja impeachment, renúncia ou na marra pelos militares ou escoteiros, porque o que interessa a nossa vida é viver bem com dignidade ” ao longo prazo estaremos todos mortos” lembrando J.M.Keynes, ao invés de assitir os hipócritas filosofando sobre democracia enquanto dela se aproveitam.

      Caro Eduardo, não raro brincamos. A infelicidade geral da nação está nos olhos das pessoas, no comportamento, na angústia e na desesperança com essa gentalha à quem damos poder à nos governar.

      Estou de saco cheio, o Jango e seu esquerdismo foram depostos também por uma dívida externa menor do que roubaram da Petrobras, e os militares sabem bem quais os seus deveres constitucionais, quando a ordem interna está se esfacelando por culpa de atores no poder representantes de um partido político.

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  • Tony Abreu disse:

    existe uma mafia que se beneficia do comercio ilegal de chapas de taxis,a prefeitura ta no esquema pois poderia abrir o mercado de licenças mas não faz … O Uber opera diferente dos taxis paga IPI , ISS , num tem ponto na rua, num tem placa escrita taxi na capota,num apanha passageiros que não tenham pedido o serviço pela aplicação do Uber, enfim é diferente um outro sistema que paga impostos sim e opera legalmente ,que os taxistas querem bloquear e recebem apoio de vereadores que devem ter recebido dinheiro pra campanhas políticas através do sindicato dos taxis . Agora Uber é Google ja vale 57 USD bilhões e tem em muitos países e cidades , o Google é a internet e não sera um bando de vereadores que estão dando tiro no pé, pois existem muitos mais votos de motoristas UBER que de taxistas, que vai conseguir impedir a logica e a Justiça de triunfarem .

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  • Salve! salve! a Republica Fedorativa e Sindicalista do Brasil.
    Viva o TRABALHADOR brasileiro, nababescamente empanturrado com os direitos Getulista (ops! trabalhistas). Férias, 13º salário, teto salarial, direito a dodói, restaurante, transporte, local para excretar xixi e coco, etc e o escambau.

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  • A META ENCOBERTA, QUE BELA DESCOBERTA
    “Não fixaremos uma meta, quando atingirmos a meta, dobraremos a meta”

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    • Eduardo,
      O PSDB já me encheu o saco. O Aécio é contra mas quer fazer a “coisa” do modo dele, o Serra quer poder seja onde for-, o governador de SP ” espera por 2018 pra ser candidato e nós apanhando de todos os lados. Nenhum desses governadores tem a coragem cívica, pelo menos, em dizer que o governo Dilma está afundando o país porque só pensam no próprio futuro político.

      E ferro em “nóis” todos os dias só piorando e os sábios preocupados com a ortodoxia ou heterodoxia na condução econômica, enquanto caminhamos por “defaut” interno abstraído por outros interesses menos louváveis.

      Falta coragem.

      Passei a respeitar o Eduardo Cunha. Porque?

      Simplesmente pelo fato de fazer da Câmara o poder independente que deveria ser e agora é e votar o que tem que ser votado gostem ou não.
      Vi um hidrófobo petista dizer porque votar contas atrasadas de 11 anos? Ele deveria perguntar para os cumpanheiros presidentes porque não o fizeram e sabemos porque. É fácil.

      Dia 16 SP vai mostrar quem somos.

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  • Hundrsen disse:

    Republicou isso em hundrsene comentado:
    Primos sempre…

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  • Enxergando com X: os PREDADORES
    Geralmente possuem 4 dedos
    news.sciencemag.org/biology/2015/08/video-predator-or-prey-eyes-have-it?

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  • Observando as mordomias do José Dirceu verifico que o mesmo é adepto de Banho de Ofurô, o que fez-me evocar a memória de meu pai e de um depoimento que dei a historiadores da ONU – UNESCO, (Projeto HIDROEX) com relação a estórias do Chatão Mineiro.
    BANHO DE OFURÔ
    Dr.Eduardo Gonsales de Ávila
    Hoje no Chatão Mineiro quando queremos livrar das sujidades é uma facilidade, basta abrir a torneira e tenho uma ducha d’água quentinha, pois ali se faz presente a energia elétrica que o meu pai, dr.Fábio, trouxe para a região, após intensa campanha de reivindicação da mesma, foi um trabalhão o levantamento do perfil social da região, e ter uma lista de usuários que a desejassem. A maior bronca vinha de minha mãe, é que entravamos para dentro de casa, vindos do curral com as botinas cheios de barro. Para não sujar a casa exigia que tirássemos as botinas no terreiro, antes de adentrar a casa. No começo tomávamos banhos de balde aos canequinhos, ou então, logo depois, dr.Fábio arrumou uma guilhotina, puxávamos uma cordinha e a água caia sobre o corpo. Houve uma época em que a água vinha de um poço, extraíamos a água num carrilho (*sarrilho, roldana), e os baldes que puxávamos jogávamos sobre a cabeça. Raramente tomávamos banhos no Rio Grande, apesar de ele nesta época não ser poluído como atualmente. E na família temos até um Campeão Paulista de Natação, o meu primo o Dr.Antonio Cesar Martini, cirurgião em São Paulo. Lembro, inclusive certa ocasião inauguramos uma represa na Fazenda São Bento da Ressaca, o próprio dr. Fábio ao inaugurá-la, quase morreu afogado, acometido por cãimbras, teve que ficar boiando um tempão, e o divertido é que ele ficando olhando o céu avistou uns urubus voando em alta altitude em círculos e ai ele pensava, dessa eu não escapo. Escapou. Pessoalmente eu certa ocasião afoguei-me em uma piscina em Andradas, M.G., tendo que ser resgatado, se houvesse morrido hoje vocês estariam livres de ler tudo isto que aqui tenho escrito. Escapei, estou aqui e vocês devem estar desconsolados com tanto palavrório escrito. Dr.Fábio sempre nos contava de quando ele tomou um banho e conseguiu ficar mais sujo do que quando entrou para o seu banho. Foi o Banho de Ofurô. Preparando terras para plantio de arroz nas várzeas do Chatão Mineiro, ele se revezava como tratorista com um Japonês. E após um árduo dia de trabalho chegou a um barraco improvisado que o Japonês construíra mais próximo á lavoura. Imundo, comentou com o Japonês, “estou com poeira até a alma”. O Japonês imediatamente ofereceu seu Banho de Ofurô, um grande tonel de óleo diesel de aço suspenso, onde embaixo queimava uns gravetos para aquecer a água. E o dr.Fábio embarcou nessa. Tirou as vestes e subindo num caixote e apoiando nos bordos adentrou na fria. Bem ele dizia que a água estava quentinha mas na mesma hora ele percebeu o drama, é que a água não era trocada e todas as sujidades do japonês de banhos anteriores estava ali grudando em sua pele. Ao sair do banho o Japonês ainda ofereceu, uma velha e suja e esfarrapada camisa como toalha. Dr.Fábio enxugou toda aquela meleca nipônica, e a partir de então sempre se gabava: “eu nunca estive no Japão, mas banho de Ofurô eu tomei.”

    Dr.Eduardo Gonsales de Ávila, filho de Dr.Fábio Ribeiro de ávila, Chatoneses de coração.
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    Obrigado Zé Dirceu, por suas mordomias lembrarem as múltiplas sujidades vigentes e o fato de que muitos brasileiros não possuem água quente para o banho diário. Esperamos que não falte água na Lava-Jato.

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  • Carmen Leibovici disse:

    Fernão,olha que princípio mais verdadeiro:

    “Call a thing immoral or ugly, soul-destroying or a degradation of man,a peril to the peace of the world or to the well-being of future generations;as long as you have not shown it to be “uneconomic” you have not really questioned its right to exist ,grow,and prosper”

    E.F.Schumacher

    Por exemplo,só quando o lulopetismo se mostrou não viável economicamente é que ele foi exposto pelo que realmente é e seu direito de existir passou a ser questionado.

    Esse princípio vale para tudo!

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  • Gostaria que faltasse e assim ficaria mais sujo por fora mas nunca jamais do que por dentro embora nem liguem porque, como sabemos, trata-se ” do guerreiro do povo brasileiro”.

    Estamos cada vez levado menos a sério.

    NYTimes:

    Petrobras Oil Scandal Leaves Brazilians Lamenting a Lost Dream

    By DAVID SEGAL AUG. 7, 2015

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  • Que saudade das broncas de minha mãe, comentando isto no Vespeiro, seguramente ela nos diria: “Menino não se meta com conversa de gente grande” ou “tenha dó, não suje a Casa”.

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  • Dilma!

    E seu governo me faz lembrar da velha máxima ” quando a maré baixa os destroços sobem”

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  • Coitada, com a oposição que possui não terá o “tiro de misericórdia”, justamente por interesses divergentes da oposição, vai sangrar até o fim. Se tivesse boa formação, “woman sapiens”, renunciaria. Lançaria o Brasil nos braços do Temer, ai então saberíamos realmente o que é sofrer e ranger de dentes. Tem jeito não, a “coisa” do Brasil já foi estrupada. Que fique lá, até o ultimo dos dias, (“till tomorow, até amanhã, se houver amanhã) nas mordomias do poder e que apodreça nos livros da história, como a grande guerreira brasileira.

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    • Como o Brasil é carente de líderes, será que não percebem que o que precisamos é UNIR A OPOSIÇÃO, estão chocando o ovo da serpente encima do muro, o povo já expressou (71% ruim e péssimo) nitidamente o que deseja, e dia 16 de agosto novamente falará a voz rouca (e inexpressiva) das ruas.

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    • Eduardo. Presente pro Temer.

      Michel Temer, o ilusionista

      O Vice-presidente Michel Temer renomeado fiador do governo ou da transição sugere em outras palavras em acordo entre os poderes políticos, deixando de pedir compreensão da sociedade à viabilizar o semi-náufrago governo Dilma. Afinal, é ela a sociedade quem paga o pato enquanto eles brincam de mocinhos e bandidos.

      O ora também coordenador político palaciano deveria lembra-se de que faz parte do governo desde o primeiro mandato da presidente, portanto não deveria surpreender-se com o presente desastre iniciado em 2011.

      Reeleitos graças as mentiras, enganações como as pedaladas fiscais e na aplicação da politicagem na condução econômica à ganhar a eleição como de fato ocorreu o preço chegou e ele, Temer, se beneficiou mantido no cargo.

      Sua excelência vice-presidente, tem em muito sua parcela de responsabilidade na atual e insustentável situação do país e, não será com declarações suas e outras a pedidos, como a ridícula publicação nos jornais das Federações da Indústria, SP e RJ, que a credibilidade voltará. Se faz de inocente à desconsiderar os 60 milhões de devedores/inadimplentes, desemprego, e das angústias das famílias diante da realidade que não demos causa.

      Porque sua excelência tão dedicada aos interesses do país não despertou antes? Não sabia ou não tinha interesse em ” bater bumbo”? O interesse resumia-se em preservar cargos à seu esfomeado partido PMDB.

      Uma sugestão: vá a tv e peça a sociedade mais sacrifício porque o governo com certeza aumentará os impostos, e vamos ver a reação.

      Temos saída? Sim, não só temos como a primeira de aplicação imediata começa com a Dilma fora do governo juntamente com o senhor Temer o ilusionista co-responsável pelo naufrágio.

      Seja quem vier pelo menos teremos mais uma esperança.

      Nessas horas até o Tiririca que pelo menos sabe do que é capaz.

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  • Cobucci
    Em OFF Barack Obama informa-nos que Dillma vai renunciar, e segura essa, o chão vai tremer com Temer:

    http://www.diariodopoder.com.br/noticia/php?i=37163858458

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  • Cobucci
    Só falta melar as pretensões do Temer, titio sabe que ele tem culpa no cartório, e acomodar o Lula na Papuda. Fácil, tem luz do Eletrolão no fim do túnel do Trem Brasil

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    • Quem sabe sobra para o TIRIRICA, pois é bem verdade, pior do que está não fica.

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    • Esse Temer se por acaso ficar o que tenho dúvidas, por pior que seja é melhor que uma fanática ex-brisolista e agora petista.

      Espero que ouça o FHC, deixe o PSDB se matando no atacado enquanto o PMDB é do varejo.

      Quero só ver a coragem em mostrar a verdade fiscal do país e………anunciar mais impostos ou alguma loucura tipo Zélia. lembra?

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    • Culpa no cartório? Uai, ele não é vice-presidente da Dilma? O que ele fez nos 4 anos, dormiu? Esqueceu a Constituição sobre a qual de aulas? , e do artigo 85 ” Das responsabilidades da Presidente da República”.
      Uai, será que o Temer esqueceu ou se fez de morto.

      Ele é co-responsável e se passa por mediador glorificado. No mínimo deve cair junto por distração digamos pra não dizer coisa pior, e em 90 dias outra eleição. Quem sabe o Lula se candidata porque a moleza na grana acabou.

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  • Vai Caiado, vai Caiado, se bobear o Alckmin ou o Zé Serra, dão outra rasteira no Aécio e seguram a Batata Quente.

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    • Caiado, pra mim o melhor parlamentar.

      Os tucanos brigam entre si não pelo país mas pelo futuro político de cada qual. O Serra pra se tornar candidato a Presidência, outro delírio de vitória, vai pra qualquer lado, o Aécio é 2 pra lá 2 pra cá, O Alkmin só fala em 2018 como se aguentássemos até lá. Tem o Tasso que gosto mas o Serra já ferrou com ele uma vez e se puder ferra de novo. Portanto dos tucanos só FHC é que deve ser ouvido.

      O restante desconsidere menos o Tiririca que é sábio!!

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  • É duro largarem o osso. Milicos ondem estão os Brucutus?

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  • Luiz Barros disse:

    Fernão: viu a reportagem na Veja desta semana sobre o “indice Uber”? Se não viu, veja.

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