Como a proibição da caça acabou com os leões de Botswana

27 de junho de 2014 § 4 Comentários

No que diz respeito aos animais o comportamento das pessoas é quase sempre regido pelas emoções e não pelos fatos e pelo conhecimento. E esse tipo de comportamento pode levar aos resultados contrários dos desejados. A perfeição não existe e as coisas não são pretas ou brancas; a conservação ambiental implica quase sempre uma escolha entre o menor de dois males. Uma escolha que pode levar, ou à salvação ou a exrinção de uma espécie.

Depois de trabalhar com os grandes felinos do Sudeste da África, Mikkel Legarth, da Dinamarca, fundou o Projeto Modisa para a Vida Selvagem cujo objetivo é contribuir para definir novos parâmetros no nosso modo de sentir, pensar e agir com relação à conservação da Natureza.image

Assistir a documentários e estudar a vida selvagem africana são as paixões de Mikkel desde que ele se deu por gente. Uma viagem para a África em 2008 mudou radicalmente a vida dele. Depois de se apresentar como voluntário para cuidar dos grandes felinos daquela área, Mikkel acabou ficando 10 meses por lá, comandando 60 voluntários de todo o mundo.

O contato com a realidade local fez com que sua visão sobre o problema da conservação se alterasse radicalmente. Nesta apresentação ele explica os porques.

Infelizmente o sistema do Youtube não transfere, nas reproduções que autoriza de seus vídeos, o sistema de tradução de legendas que é possível utilizar no site original.

Se você não fala inglês suficiente para entender o que ele diz aqui vá ao original no Youtube e assista com tradução. O que ele diz não interessa apenas a caçadores e ambientalistas. É uma lição necessária para todos, especialmente os brasileiros que têm sido bombardeados sistematicamente com visões infantis ou distorcidas desse problema.

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Acima de tudo e independentemente do tema que ele aborda, este vídeo prova que ainda existe gente honesta no mundo e que a geração que está chegando agora ao comando das coisas não tem medo de enfrentar a verdade e é bem mais madura e equilibrada que a que está se aproximando da porta de saída.

O modo como este rapaz explica como superou seus sentimentos e o que se pode colher somente se nos dispusermos a por a razão e a educação à frente deles mesmo sem termos, por isso, de mudar o que sentimos, faz-me ter esperança num mundo melhor, ainda que carregando a dor de ver o Brasil tão distante desse grau de civilização.

Um dia chegaremos lá! E torço para que, com relação à questão ambiental, tão urgente neste país onde biomas inteiros estão à beira do desaparecimento pelas mesmas razões que Legarth aponta aqui, não cheguemos tarde demais.

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§ 4 Respostas para Como a proibição da caça acabou com os leões de Botswana

  • Fernão, infelizmente no tradutor do Youtube tem legendas até em Armênio (nada contra os Armênios) mas em português nada, até nisso somos retrógrados, e no canal do TED na busca dá como vídeo não encontrado, falando em caça, aqui na minha região Campinas SP, tem uma infestação de capivaras, nada contra os bichos, são roedores pacíficos, só saem à noite para se alimentar, não causam estragos, pois só ficam ao redor das lagos e são bonitos, então qual o problema? o problema é a febre maculosa, e a capivara é hospedeira da bactéria, e transmite para o homem, onde trabalho tem bandos de até trinta desses roedores, sabemos de casos de pescadores furtivos, que entram nas represas para pescar e foram contaminados e morreram, assim como funcionários do Largo do café em Campinas SP, também contaminados e mortos, e o IBAMA, proíbe terminantemente qualquer tentativa de remoção ou controle dos bichos, por que não se libera a caça controlada e paga desses bichos? já que não tem mais predadores naturais aqui na região e a procriação deles é muito rápida, decidir diretrizes dentro de um escritório, com ar condicionado, mesa limpa e muito cafezinho é fácil, sair a campo ai são outros quinhentos!

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    • flm disse:

      ola, honorio,
      pode rolar aquela caixinha onde aparece o “armenio” que você vai chegar no “p” de “portugues”.
      ta la, sim. sao aquelas traduções de máquina mas descartado um absurdo ou outro que sempre rola, da pra entender tudo.
      a história é superinteressante…

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    • flm disse:

      ps.: tenho dois conhecidos que pegaram a doença das capivaras. um morreu.

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  • Ronaldo disse:

    Perfeito. Ninguém aprecia mais a natureza, os animais, os peixes e a flora que os caçadores e pescadores esportivos. Eles são os maiores interessados em preserva-la e pereniza-la para que possam continuar desfrutando de seu prazer e transferi-lo para seus descendentes e outros apreciadores. Nós gostamos da natureza porque alguém muito próximo a nós nos ensinou a aprecia-la. As medidas de preservação têm que ser muito bem pensadas e avaliadas antes de serem implantadas sob o risco de terem efeito contrário ao esperado, como comprova hisstória contada pelo Mikkel Legarth neste vídeo. Ainda há esperança para os leões, quem sabe também para os veados, as pacas, as onças, os catetos, os macucos, as perdizes, etc…!

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