Pais justo é país sem cadeia

10 de setembro de 2013 § 8 Comentários

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Carlos Lupi é aquela figura patibular que saiu arrastado de dentro do Ministério do Trabalho naquele período em que os brasileiros, na sua desesperada carência, ainda se agarravam à esperança de que Dilma não fosse o que é.

O sétimo ministro a ser pego com as mãos atoladas na massa nos primeiros meses do governo, ele gritou, esperneou, se agarrou aos móveis, à saia das secretárias, disse que não saia “nem à bala”, que “amava Dilma” e coisa e tal, mas não deu.

As falcatruas dele com ONGs fajutas eram tão escancaradas e obscenas que ele teve de voltar pro banco de reservas e a Dilma de confirmar a regra que, por um momento, quase chegou a consolar o Brasil: chefe de quadrilha flagrado enfiando dinheiro público no bolso vai pro banco … mas a quadrilha não perde o território privativo de caça por direito adrede adquirido.

Puseram lá, então, Brizola Neto, do mesmo PDT, mas o próprio partido achou que ele não era ladrão o bastante. Arrumaram, então, esse velhinho de agora enquanto “desagravavam” Lupi aclamando-o de volta à presidência do partido

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Não demorou nada, Paulo Roberto Santos Pinto, o secretário executivo (isto é, aquele que executava os roubos) do ladrão flagrado volta para servir o ladrão substituto e – bingo! – taí ele pego outra vez enfiando mais 400 milhões nas cuecas com a cumplicidade das mesmas ONGs que costumavam executar com ele o que o chefe mandava que executasse.

De carona, lá está também a condenada do Mensalão, Simone Vasconcelos, que “secretariava financeiramente” o cara-metade do Zé Dirceu em toda aquela falcatrua, o “publicitário” Marcos Valério.

São todos “reincidentes”, assim como vão ser também os condenados do Mensalão – aquele processo que, como lembrou bem o Carlinhos Brickman em coluna recente, já durou bem mais que a Segunda Guerra Mundial, aquela que mudou a cara do mundo – se forem descondenados pelos juízes que a “faxineira” plantou no STF.

Por enquanto, eles ainda estão no estágio do “desagravamento” devidamente devolvidos ao e aclamados pelo Congresso Nacional.

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Moral da história. Vale pra bandidagem dos palácios do Planalto Central a mesma regra que vale pra bandidagem das favelas: como ninguém paga nada, seja qual for a barbaridade cometida, e todo mundo volta pra rua em meses por “bom comportamento”, mesmo que seja serial killer de bebês, não existe essa de “reincidência”. São os mesmos bandidos impunes que continuam cometendo os mesmos crimes de sempre, queném o Donadon.

Na conta dos nossos patriotas da OAB, dos nossos ministros da Justiça e dos juízes vira-casacas plantados no STF, no entanto, o que acontece não é nada disso que esse povo ignorante pensa que vê.

O que explica os nossos recordes mundiais de “reincidência no crime” é que as punições são “severas demais” e, ainda por cima, a serem purgadas em prisões monstruosas às quais a morte é preferível, fato que passa a constituir um argumento decisivo para tirar os bandidos de dentro delas e jogá-los de novo em cima de nós mais rápido ainda.

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Mais um pouquinho e, além da bolsa mais farta até que a dos miseráveis aqui de fora que hoje pagamos a cada um dos poucos que estão presos quase a título de indenização pelo incômodo, ainda vamos ficar devendo liberdade a cada bom brasileiro que for flagrado em delito, coitado!

Do mensaleiro mór ao estourador de cabeças de adolescentes por um celular, este país que pode esfregar na cara de quem quiser “legislações mais avançadas do mundo” pra tudo e mais alguma coisa, não discrimina ninguém: exige impunidade igual para todos, independentemente de raça, credo, condição social ou qualidade do crime cometido!

País justo é país sem cadeia!

Não faz todo o sentido?

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